As afirmações e os desafios da fé cristã A relevância da ressurreição Fonte: Ouça o Espírito ouça o mundo John Stott Escola Dominical IPJG Pb. Iberê Arco e Flexa 15/4/2012 A afirmação e o desafio fundamental da fé cristã: A Ressurreição! A ressurreição de Cristo é o penhor da nossa ressurreição (1 Co 15.1-19) 1Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais; 2por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão. 3Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, 4e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. 5E apareceu a Cefas e, depois, aos doze. 6Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem. 7Depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos 8e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo. A ressurreição de Cristo é o penhor da nossa ressurreição (1 Co 15.1-19) 9Porque eu sou o menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo, pois persegui a igreja de Deus. 10Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo. 11Portanto, seja eu ou sejam eles, assim pregamos e assim crestes. 12Ora, se é corrente pregar-se que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como, pois, afirmam alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? 13E, se não há ressurreição de mortos, então, Cristo não ressuscitou. A ressurreição de Cristo é o penhor da nossa ressurreição (1 Co 15.1-19) 14E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé; 15e somos tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos asseverado contra Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam. 16Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. 17E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. 18E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram. 19Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens. O fundamento maior de nossa fé é a ressurreição de Jesus • O testemunho que Cristo dá de si mesmo – Jo 11.25-26 – Ap 1.17-18 • O testemunho de Pedro – At 2.23-24 • O testemunho de Paulo – At 13.28-31 Jo 11.25-26 - 25Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; 26e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto? Ap 1.17-18 - 17Quando o vi, caí a seus pés como morto. Porém ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último 18e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno. O fundamento maior de nossa fé é a ressurreição de Jesus • O testemunho que Cristo dá de si mesmo – Jo 11.25-26 – Ap 1.17-18 • O testemunho de Pedro – At 2.23-24 • O testemunho de Paulo – At 13.28-31 At 2.23-24 - 23sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos; 24ao qual, porém, Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse ele retido por ela. O fundamento maior de nossa fé é a ressurreição de Jesus • O testemunho que Cristo dá de si mesmo – Jo 11.25-26 – Ap 1.17-18 • O testemunho de Pedro – At 2.23-24 • O testemunho de Paulo – At 13.28-31 At 13.28-31 - 28e, embora não achassem nenhuma causa de morte, pediram a Pilatos que ele fosse morto. 29Depois de cumprirem tudo o que a respeito dele estava escrito, tirando-o do madeiro, puseram-no em um túmulo. 30Mas Deus o ressuscitou dentre os mortos; 31e foi visto muitos dias pelos que, com ele, subiram da Galiléia para Jerusalém, os quais são agora as suas testemunhas perante o povo. Stott coloca três grandes questões em torno da ressurreição de Cristo: • O que significa a ressurreição? • Questão semântica • Ela aconteceu, de fato? • Questão histórica • Ela tem relevância? • Questão de relevância O significado da ressurreição: A questão semântica • O Senhor ressurreto não é apenas uma influência que sobreviveu. – Não é como Che Guevara que, apesar de morto, “sobreviveu” em sua influência. • A ressurreição de Cristo inaugurou uma nova ordem de realidade. Significado da ressurreição: A questão semântica • O Senhor ressurreto não é um cadáver ressuscitado. – 3 ressuscitações feitas por Jesus: a filha de Jairo (Mt 5.35-43), o filho da viúva de Naim (LC 7.1216) e Lázaro (Jo 11.39-44). Cada um deles estava morto e voltou à vida pelo poder de Jesus. Mas voltaram a morrer. • Jesus foi elevado a um novo nível de existência, vivo pelos séculos dos séculos! – Ap 1.9-18 Ap 1.9-18 - 9Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulação, no reino e na perseverança, em Jesus, achei-me na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus. 10Achei-me em espírito, no dia do Senhor, e ouvi, por detrás de mim, grande voz, como de trombeta, 11dizendo: O que vês escreve em livro e manda às sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia. 12Voltei-me para ver quem falava comigo e, voltado, vi sete candeeiros de ouro 13e, no meio dos candeeiros, um semelhante a filho de homem, com vestes talares e cingido, à altura do peito, com uma cinta de ouro. Ap 1.9-18 - 14A sua cabeça e cabelos eram brancos como alva lã, como neve; os olhos, como chama de fogo; 15os pés, semelhantes ao bronze polido, como que refinado numa fornalha; a voz, como voz de muitas águas. 16Tinha na mão direita sete estrelas, e da boca saía-lhe uma afiada espada de dois gumes. O seu rosto brilhava como o sol na sua força. 17Quando o vi, caí a seus pés como morto. Porém ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último 18e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno. • Significado da ressurreição: A questão semântica • O Senhor ressurreto não é: – uma religião assentada na experiência dos discípulos. Rudolf Bultmann: “... um resgate pessoal e subjetivo da fé nos corações de seus seguidores.” – apenas uma personalidade desenvolvida. David Jenkins: “a ressurreição foi a liberação ou explosão da personalidade de Jesus”. – Meramente uma experiência ativa do Espírito. Peter Carnley: “o verdadeiro evento da Páscoa foi o fato de os discípulos terem chegado à fé.” Significado da ressurreição: A questão semântica • O Senhor ressurreto é, em verdade, uma pessoa transformada. – Lc 24.39-43 - 39Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho. 40Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. 41E, por não acreditarem eles ainda, por causa da alegria, e estando admirados, Jesus lhes disse: Tendes aqui alguma coisa que comer? 42Então, lhe apresentaram um pedaço de peixe assado [e um favo de mel]. 43E ele comeu na presença deles. Significado da ressurreição: A questão semântica • A ressurreição foi um ato dramático de Deus, através do qual ele interferiu no processo natural de corrupção e decomposição. At 2.25-27- 25Porque a respeito dele diz Davi: Diante de mim via sempre o Senhor, porque está à minha direita, para que eu não seja abalado. 26Por isso, se alegrou o meu coração, e a minha língua exultou; além disto, também a minha própria carne repousará em esperança, 27porque não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção. Sl 16.10 - 10Pois não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção. A ressurreição foi: • Um evento histórico e objetivo, datável (no 3o. dia após a Páscoa de 30 dC); • A confirmação da vinda do Messias ao povo de Israel At 2.29-36 - 29Irmãos, seja-me permitido dizer-vos claramente a respeito do patriarca Davi que ele morreu e foi sepultado, e o seu túmulo permanece entre nós até hoje. 30Sendo, pois, profeta e sabendo que Deus lhe havia jurado que um dos seus descendentes se assentaria no seu trono, 31prevendo isto, referiu-se à ressurreição de Cristo, que nem foi deixado na morte, nem o seu corpo experimentou corrupção. 32A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas. 33Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis. 34Porque Davi não subiu aos céus, mas ele mesmo declara: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, 35até que eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés. 36Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo. Um evento físico: o corpo ressuscitado de Jesus foi “transformado”. Significado da ressurreição: A questão semântica • Deus resgatou Jesus do reino da morte e transformou seu corpo em um novo veículo para sua personalidade, dotando-o de novos poderes e conferindo-lhe imortalidade. – 1 Co 15.1-19 A ressurreição aconteceu de fato? Questão histórica • 1a. Prova: o desaparecimento do corpo. Nunca houve uma explicação satisfatória para o seu desaparecimento, a não ser a ressurreição. • Para abafar o surgimento do novo movimento, bastava apresentar o corpo. Mas não o fizeram. Teriam os discípulos escondido o corpo? Ora, alguém se disporia a sofrer e morrer por um evangelho que, neste caso, não passaria de uma mentira inventada por si mesmo? A ressurreição aconteceu de fato? Questão histórica • 2a. Prova: O Senhor reapareceu! Por quase seis semanas. – – – – Mt 28.9-10;16-17. Mc 16.9;12;14 Lc 24.15-16;30-31;36-40 Jo 20.15-18;19-21;26-28; Jo 21.14 Mt 28.9-10;16-17 • 9E eis que Jesus veio ao encontro delas e disse: Salve! E elas, aproximando-se, abraçaram-lhe os pés e o adoraram. 10Então, Jesus lhes disse: Não temais! Ide avisar a meus irmãos que se dirijam à Galiléia e lá me verão. • 16Seguiram os onze discípulos para a Galiléia, para o monte que Jesus lhes designara. 17E, quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram. Mc. 16.9, 12, 14 • 9Havendo ele ressuscitado de manhã cedo no primeiro dia da semana, apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual expelira sete demônios. • 12Depois disto, manifestou-se em outra forma a dois deles que estavam de caminho para o campo. • 14Finalmente, apareceu Jesus aos onze, quando estavam à mesa, e censurou-lhes a incredulidade e dureza de coração, porque não deram crédito aos que o tinham visto já ressuscitado. A ressurreição aconteceu de fato? Questão histórica • 3a. Prova: o surgimento da Igreja • Alguma coisa sobrenatural deve ter acontecido para transformar os apóstolos e enviá-los em sua missão pelo mundo afora. De acuados, derrotados e medrosos, transformaram-se em intrépidos anunciadores de Jesus! • O desaparecimento do corpo. • O reaparecimento de Jesus. • O surgimento da Igreja. Um conjunto de sólidos fundamentos para crermos na ressurreição! A ressurreição aconteceu de fato? Questão histórica • O Sudário de Turim: Uma evidência fotográfica da ressurreição? Qual a relevância da ressurreição? 1. Ela nos garante o perdão de Deus Sem a ressurreição, teríamos que concluir que a morte de Cristo foi um fracasso. Paulo viu claramente esta lógica: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação e vã a nossa fé ... E ainda permanecei nos vossos pecados; e os que dormiram em Cristo pereceram. As consequências terríveis da não-ressurreição seriam que os apóstolos são falsas testemunhas, os crentes não estão perdoados e os cristãos mortos pereceram. Mas Cristo ressuscitou, e ao ressuscitá-lo , Deus nos garantiu que aprova sua morte expiatória, que ele não morreu em vão e que aqueles que confiam nele recebem perdão livre e pleno. A ressurreição dá validade à cruz! Qual a relevância da ressurreição? 2. Ela nos garante o poder de Deus: precisamos tanto de seu perdão no passado como de seu poder no presente. Faz-nos novas criaturas! Qual a relevância da ressurreição? 3. Ela nos garante a vitória definitiva de Deus! – O cristão espera no futuro, diferentemente de outras religiões. Não tememos a morte, cremos na ressurreição. E cremos que Jesus vai voltar em espetacular magnificência, regenerará o universo e fará novas todas as coisas! A ressurreição de Cristo é o fundamento de todas as nossas esperanças! Pg.95