Para uma reforma abrangente da organização e gestão do setor público Segunda a Quarta, 28 a 30 janeiro 2013 Auditório 2 da Fundação Gulbenkian A organização e gestão do sector público em Portugal têm partilhado diversas características: a frequência e variedade de reformas a ausência de avaliação dos seus resultados (ou da falta deles) a inexistência de um pano de fundo consensual que lhes assegure continuidade e sustentabilidade e que promova o envolvimento activo dos agentes que nelas participam. As consequências que daí resultam fizeram sentir-se muito negativamente, num tempo em que o país se confrontou com alterações de fundo no seu enquadramento – a adesão à União Europeia, a integração na moeda única e o rápido aprofundamento da globalização. Portugal viveu, assim, repetidos períodos de crise orçamental, a que se somaram a perda de competitividade da economia e o forte endividamento externo, público e privado. O país colocou-se, deste modo, numa situação de grande vulnerabilidade que culminaria na crise que exigiu o recurso à assistência financeira da União Europeia e do FMI. Mas, como sabemos, as crises são também oportunidades. Oportunidades para repensar o que precisa de ser corrigido, com vista a acelerar a saída da crise e sobretudo a garantir que as mesmas circunstâncias não voltarão a ocorrer. Nesta Conferência teremos ocasião, i. em primeiro lugar, de ouvir enunciar princípios conceptuais que devem ser tidos em conta nas reformas da organização e gestão do sector público; Para uma reforma abrangente da organização e gestão do setor público Segunda a Quarta, 28 a 30 janeiro 2013 Auditório 2 da Fundação Gulbenkian ii. em segundo lugar, de ouvir descrever e analisar experiências iniciadas em situações de grande stress financeiro e cujos resultados levam a classificá-las como bem sucedidas. Portugal não pode replicar essas experiências, tal como não pode limitarse a importar reformas decididas no exterior. O objectivo desta Conferência consiste em fornecer ferramentas e estudar experiências que ajudem a traçar uma estratégia e um percurso de reformas adequadas às condições do país. Teodora Cardoso, Conselho das Finanças Públicas