Alimentação Contínua
Promove Tolerância
Gastrintestinal e Crescimento
em Recém-Nascidos de Muito
Baixo Peso
Marcelle Amorim - R3
Neonatologia/HRAS/SES/DF
Orientadora: Alessandra Moreira
Introdução
 A intolerância alimentar é problema comum em
RN MBP (< 1200g), necessitando do uso de NPP
e NPT.
 Retardadores da alimentação enteral plena:
- Imaturidade fisiológica geral
- Desorganização da motilidade GI
 A alimentação enteral precoce com pequenos
volumes associados a NPP promoveu a maturação
e desenvolvimento GI.
Introdução
 Blondheim et al (1993) compararam alimentação
contínua com intermitente : evidência de que a
alimentação em infusão lenta melhora a função
motora duodenal.
 As estratégias de alimentação e seus efeitos na
tolerância GI e crescimento têm sido estudadas,
mas os resultados são conflitantes e limitados.
Objetivo
Comparar os efeitos da Alimentação
Enteral Contínua x Intermitente sobre a
tolerância gastrintestinal, avaliar o tempo
para alimentação enteral plena e o
crescimento de RN com peso ao nascer <
1200g e IG 24- 29 sem.
Método
1. Modelo de Estudo e População
 RN – seleção (3 unidade neonatais independentes do
Hosp. Univ.) dentro das 30 horas de vida
randomizados em 3 grupos:
CNG = alim. nasogástrica contínua;
ING = alim. nasogástrica intermitente;
IOG = alim. orogástrica intermitente.
e
Método
 Os RN permaneciam nos grupos a partir da
randomização até 32 sem de idade gestacional
pós-concepção (IGpC) ( fase de intervenção).
 Critério de inclusão : peso ao nascer < 1200g e
IG 24 (0-7) e 29 (0-7) sem.
 Critério de estab. respiratória: diferença O2
arterio-alveolar ≥ 0,18 com paO2 e
paCO2
normais, FiO2 entre 0,55 e 0,6.
Método
2. Protocolo de estudo
1ª hora de vida - HV 60-80 ml/kg/h com
glicose a 10g/100ml e alimentação enteral
antes de 30hdv, usando somente leite
humano.
Grupo principal = dieta contínua em bomba de
infusão ( Terufusion Syringe Pump).
Grupos controles = dieta a cada 3 horas por
15-40 min.
Método
 Dieta: aumento gradual
-RN PN < 1000g - 10-15 ml/kg/d
-PN 1000- 1199g - 15-20 ml/kg/d
-3° dia:  em 15- 20 ml/kg/d
 NPP: < 72hdv. Volume aumentado em 10
ml/kg/h até 140- 160ml/kg/h
 Dieta = 75% do volume total, a NPP era
interrompida e fortificantes de LH adicionados
Método
 Resíduo gástrico
CNG = 8/8hs
IOG e ING = 6/6hs
 Intolerância alimentar (sinais de Enterocolite
Necrosante - ECN):
Distensão abdominal, desenho de alças na
parede, aspirado biliar ou vômito, RG > 50%
da dieta prévia ( IOG ou ING), ou que
excedesse a infusão da hora.
Método
3. Análise Estatística
• Resultado primário (tempo para chegar a dieta
enteral plena) → padrão Hazard e intervalo de
confiança 95% : Análise de regressão Cox’s.
• Fatores demográficos, relacionados ao
nascimento, resultados nutricionais e morbidades
clínicas → Análise de variância (teste
Bonferroni)
Método
•Variáveis de distribuição anormais→ teste
Kruskal-Wallis não-paramétrico
• Resultados dicotômicos →Teste de Fischer.
• Os dados são expressos em média e mediana
e a significância estatística foi 0,05.
Resultados
→70 (91%) RN foram randomizados
→ 7 (9%) excluídos :
5 - falta de consentimento;
1 - os dados foram perdidos;
1 - a mãe morreu durante a cesárea.
Dois
foram
excluídos
após
a
randomização
por diagnóstico de
malformação.
Resultados
Fase de intervenção - 3 RN mudaram
dos seus grupos :
-
-
-
1 do IOG → CNG por 14 d: apnéia grave
e bradicardia por RGE;
1 do IOG→ ING por 13 d: bradicardia
durante inserção das sondas;
1 do ING→ IOG por 6d: retenção de
CO2 por obstrução nasal pela sonda.
Resultados
Resultados
Resultados
Resultados
Resultados
Mortalidade sem diferença estatisticamente
significante:
- Precoce: um óbito por grupo → colapso
circulatório e respiratório;
- Após a fase de intervenção: 2 óbitos do CNG
 com 33 e 47 sem por sepse , disf.
respiratória e circulatória, e doença pulmonar
crônica.
Discussão
O estudo demonstrou que alimentação
contínua nos RN < 1200g e IG 24-29 sem
promoveu tolerância GI e reduziu o tempo
necessária para atingir dieta enteral plena.
Além de parecer mais adequada
fisiologicamente para tolerância enteral dos
RN extremos < 850g.
Discussão
→ Resultados contrastam com estudos
prévios:
- diferença da IG;
- peso ao nascer;
- uso de leite humano exclusivo;
- início precoce de dieta enteral;
- aumento diário do volume da dieta.
Discussão
Akintorin e Silvestre,
diferente de
Schanler, observaram - não haver diferença
estatisticamente significante na intolerância
alimentar, na freqüência de RG e vômitos
entre a dieta contínua e intermitente.
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Alimentação contínua promove tolerância