Choque e Falência
Multissistêmica
“Promover o Ensino, a Pesquisa,
a Extensão, aplicando-os a serviço
do progresso da comunidade que vive
em sua área de abrangência e influência,
contribuindo para o fortalecimento
da solidariedade entre os homens e
para o esforço de desenvolvimento do pais”
Glossário
Choque: estado fisiológico em que
existe um fluxo sanguíneo inadequado
para os tecidos e células do corpo.
Choque Hipovolêmico: estado de
choque resultante do volume
intravascular diminuido devido a perda
de liquido.
Choque anafilático: estado de choque
resultante de reação alérgica grave,
produzindo uma intensa vasodilatação
sistêmica e hipovolemia.
Choque Neurogênico: Estado de
choque resultante da perda do tônus
simpático, que gera hipovolemia
relativa.
Choque Cardiogênico: estado de
choque resultante do
comprometimento ou falência do
miocárdio
Choque Séptico: estado de choque
distributivo resultante de infecção
avassaladora que resulta em
hipovolemia relativa.
Choque Distributivo:estado de choque
resultante deslocamento do volume
sanguíneo criando uma hipovolemia
também chamado de vasogênico
Colóide: soluções endovenosa que
contém moléculas muitos grandes para
passar através das membranas
capilares.
Cristalóides: soluções eletrolíticas
Que se movimentam livremente
Entre o compartimento intraVascular e os espaços interticiais.
Significado do Choque.
 Choque afeta todos os sistemas corporais.
 Pode desenvolver rápido ou lento.
 Durante o choque o organismo luta para manter
a homeostasia restaurando o fluxo sanguíneo e
a perfusão tecidual.
 O cuidado de enfermagem do paciente em
choque requer uma avaliação sistemática
contínua.
 As prescrições devem ser executadas com
rapidez e exatidão.
Classificação do Choque
Conforme sua Etiologia
1-Choque
Hipovolêmico
2-Choque
Cardiogênico
3-Choque
Distributivo
4-Choque
Obstrutivo
(Embolia, Aneurisma
Tamponamento Cardíaco )
Função Celular Normal
ATP
Metabolismo energético ocorre dentro
Da célula onde os nutrientes são armazenados
Através de trifosfato de Adenosina
Contração Muscular
Impulso Elétricos
Metabolismo aeróbico
Fornece mais ATP
Por moléculas de Glicose
ATP
Sintetizado
Aeróbicos
Anaeróbicos
Metabolismo anaeróbicos
Resulta no acúmulo de
Produto final tóxico
Ácido lático.
Fisiopatologia
Aporte sanguíneo diminuído, ficam
Privadas de oxigênio e nutrientes
Iniciam metabolismo anaeróbico.
Cessa o funcionamento da célula,
Edema celular, membrana mais permeável,
As mitocôndrias ficam lesadas e a morte celular
Oxigenação Tecidual
O transporte de gás oxigênio está a cargo da hemoglobina,
proteína presente nas hemácias. Cada molécula de hemoglobina combina-se
com 4 moléculas de gás oxigênio, formando a oxi-hemoglobina.
Nos tecidos ocorre um processo inverso: o gás oxigênio
dissocia-se da hemoglobina e difunde-se pelo líquido tissular,
atingindo as células. A maior parte do gás carbônico (cerca de 70%)
liberado pelas células no líquido tissular penetra nas hemácias e reage
com a água, formando o ácido carbônico, que logo se dissocia e dá origem
a íons H+ e bicarbonato (HCO3-), difundindo-se para o plasma sangüíneo,
onde ajudam a manter o grau de acidez do sangue. Cerca de 23%
do gás carbônico liberado pelos tecidos associam-se
à própria hemoglobina, formando a carboemoglobina.
O restante dissolve-se no plasma.
Regulação da Pressão
Volume
Sanguíneo
Bomba
Cardíaca
Vasculatura
Neuro
Químico
Hormonal
Pressão Arterial
Média
PAM
Perfusão dos Tecidos
PAM 80mmHg.
Débito Cardíaco
Determinado pelo
Volume sistólico
(Qdt. Sangue ejetado
Na Sístole) e
Pela FC
Resistência Periférica
Determinada pela
Diâmetro das arteríola
Regulação da Pressão
Barorreceptores
Conduzem os Impulsos
Para o Centro Nervoso
Regulam FR Melhorando
Concentração O2/Co2
Pressão Baixa: Catecolaminas
(Adrenalina/Noradrenalina)
São liberadas pela
Glândula supra-renais
Aumento FC e Vasoconstrição
Melhorando PA
Regulação da Pressão
Papel dos Rins
Liberam
Renina
Potente
Vasoconstritor
Conversão
Angiotensina I
Angiotensina II
Esse efeito leva, indiretamente a liberação de aldosterona
A partir do córtex renal, promovendo a retenção
De sódio e água e liberação hormônio (ADH) pela hipófise
Retendo mais água ,podem levar horas ou dias.
Manifestações Clínicas
• Metabolismo anaeróbico= Ácido Lático
• Acidose Metabólica
• FR Aumentada (Acidose Metabólica)
para eliminar o CO2 aumentado, com isso
resulta da elevação do PH sanguíneo
provocando uma Alcalose respiratória
• Confusão e Agressividade (Alcalose)
•
Tratamento de Enfermagem
Monitorando a Perfusão Tecidual
•
•
•
•
•
•
•
Observar nível de consciência.
Coloração/Perfusão da Pele
Débito urinário
Exames Laboratoriais
Administração da Medicação
Atentar para PA/FC/FR/SpO2/K+/Nacl+
Tratamento de Enfermagem
Problemas Respiratórios
• Ventilação Mecânica nos casos avançados.
• Ausculta com estertores
• Hipoxemia provocam vasocostrição
pulmonar, diminuem ou parem de produzir
surfactante e colabam.
• Desenvolvimento da SARA.
Tratamento de Enfermagem
Problemas Cardiovascular
• A falta de suprimento sanguíneo adequado
leva às arritmias e a isquemia, o paciente
apresenta uma FC acima de 150bpm, dor
torácica, pode até mesmo sofrer um IAM.
• Os nivés das enzimas cardíacas aumentam
(CPK-MB-Disidrogenase lática -DHL)
Tratamento de Enfermagem
Problemas Neurológicos
• À medida que o fluxo sanguíneo para o
cerebro se torna comprometido e estado do
paciente deteriora.
• Hipóxia= confusão, letargia, perda de
consciência, dilatação pupilar apenas com
reação luz.
Tratamento de Enfermagem
Problemas Renais
•
•
•
•
PAM < 75 mmHg resultam em IRA
Redução do débito urinário.
Aumento de Uréia e Creatinina.
Fluxo urinário abaixo de 30ml/h
Tratamento de Enfermagem
Problemas Hepáticos
• Diminuição do fluxo sanguíneo com prometem o
ficado de realizar suas funções metabólicas e
fagocitárias.
• Paciente torna mais suscetível a infecção
• Problemas com degradação da amômia e ácido
lático.
Tratamento de Enfermagem
Problemas Gastrointestinais
• Isquemia GI provocam ulcerações por
estresse no estomago.
• Intestino Delgado:Mucosa pode torna-se
necrótica e esfacelada gerando diarréia
sanguinolenta.
Tratamento de Enfermagem
Problemas Hematológicos
•
•
•
•
•
•
Hipotensão+Fluxo sanguíneo diminuído+
Acidose metabólica+hipoxemia = Coagulação
Equimoses, petéquias,
Tempo de Coagulação alterado
Consumo de Fatores de coagulação/plaquetas
Reposição de sangue
Terapia com
Medicamentos Vasoativos
Suporte Nutricional
“Promover o Ensino, a Pesquisa,
a Extensão, aplicando-os a serviço
do progresso da comunidade que vive
em sua área de abrangência e influência,
contribuindo para o fortalecimento
da solidariedade entre os homens e
para o esforço de desenvolvimento do pais”
Medicação Vasoativa
•
•
•
•
•
•
Usado em todas as formas do choque
Ajudam a melhorar a FC, Contratilidade,
Redução da resistência vascular.
Necessitam de Acesso Central
Usar Bomba de Infusão
Controlar SSVV
Suporte Nutricional.
• Taxas Metabólicas aumentadas durante o
choque aumentam o requisitos energéticos.
• Dieta com 3.000 calorias diárias
• Uso da glutamina =melhora a estrutura
imunológica do GI fonte de energia para
linfócitos e macrófagos
• Uso de antiácidos e bloqueadores de H2
• (Ranitidina e Sucralfato)
“Promover o Ensino, a Pesquisa,
a Extensão, aplicando-os a serviço
do progresso da comunidade que vive
em sua área de abrangência e influência,
contribuindo para o fortalecimento
da solidariedade entre os homens e
para o esforço de desenvolvimento do pais”
Tipos de Choque
Choque Hipovolêmico
• Definição: tipo mais comum
• Causas:
•
* perda sangüínea secundária
hemorragia (interna ou externa) e
•
* perda de líquidos e eletrólitos
• Ocorre quando existe uma redução de 15
à 25% no volume intravascular
• Isso representa uma perda de 750 a
1.300ml de sangue em uma pessoa de 70kg
Choque Hipovolêmico
Volume sangüíneo
diminuído
Retorno venoso
diminuído
Volume sistólico
diminuído
Débito cardíaco
diminuído
Perfusão tecidual
diminuído
Choque Cardiogênico
• Capacidade do coração bombear sangue
está comprometida, e o suprimento de
O2 está inadequado para o coração e
tecidos.
• Geralmente ocorre nos pacientes que
tiveram IAM e lesão principalmente no
Ventrículo Esquerdo.(Parede Anterior)
Contratilidade cardíaca
diminuída
Débito cardíaco e
volume sistólico
diminuídos
Congestão
pulmonar
Perfusão
tecidual
sistêmica
diminuída
Perfusão diminuída
da artéria
coronária
Tratamento
•
•
•
•
•
•
Fornecimento de O2
Controle da Dor Torácica
Administração de Medicamentos Vasoativos
Controle da Freqüência Cardíaca
Fornecimento de Suporte hídrico
Implementação de suporte cardíaco
Mecânico (marcapasso)
Choque
Distributivo
• Definição: Causado pela perda de tônus
simpático ou pela liberação de
mediadores químicos.
• Subdivisão:
* neurogênico;
* anafilático;
* séptico
Vasodilatação
Choque Distributivo
Má distribuição do
volume sangüíneo
Retorno venoso
diminuído
Volume sistólico
diminuído
Débito cardíaco
diminuído
Perfusão tecidual
diminuído
Choque Séptico
• Mas comum entre os choques
distributivos.
• È a principal causa de morte nas UTI
• Em pacientes criticamente enfermos
varia entre 25-50%
• Técnicas de redução da IH.
Choque Neurogênico
• Vasodilatação acontece em conseqüência
da perda do tônus simpático, causado
por lesão raquimedular, anestesia
espinhal, ou lesão SN.
• Sinais:
• Pele quente
• Bradicardia
•
Choque Anafilático
• È provocado por uma reação alérgica
grave, quando um paciente que já produziu
anticorpos para uma substância não
própria (antígeno) desenvolve uma reação
antígeno-anticorpo sistêmico.
• Mastócitos liberam substancias vasoativas
potentes como a histamina, ou a
bradicinina, que geram vasodilatação.
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Choque e Falência Multissistêmica