PARA DISCUSSÃO Reforma da Atenção Primária Primary Health Care Reform Panorama Atual da Atenção Primária no Rio de Janeiro Daniel Soranz Subsecretário de Atenção Primária Vigilância e Promoção da Saúde VIII Ciclo de Debates – Conversando sobre a Estratégia de Saúde da Família, promovido pela ENSP. Na pauta, a conferência Metas e efetividade na avaliação de qualidade da ESF: e a promoção da saúde? Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil Cobertura de Saúde da Família X Despesa Hospitalar Capitais % despesa assistência hospitalar % cob Saúde da Família 82,1 3,3 Belo Horizonte-2007 55,7 68,7 São Paulo-2008 47,4 26,6 Vitória-2008 13,2 66,4 Porto Alegre-2008 65,1 22,3 Curitiba-2008 57,2 32,6 3,2 75,5 Aracaju-2008 27,4 87,4 Recife-2008 60,6 52,2 Salvador-2008 43,1 11,7 Maceió-2008 56,1 26,9 Fortaleza-2008 57,8 26,6 São Luis-2008 59,7 29,7 João Pessoa-2008 48,9 91,9 Teresina-2008 49,7 94,3 Florianópolis-2007 % de cobertura da Estratégia de Saúde da Família 100.0 Rio de Janeiro2008 90.0 80.0 70.0 60.0 Rio de Janeiro 50.0 40.0 30.0 20.0 10.0 0.0 0.0 20.0 40.0 60.0 80.0 100.0 % despesa assistência hospitalar Fonte: Para dados de cobertura da Estratégia de Saúde da Família, DAB/MS. Para dados do percentual da despesa liquidada em assistência hospitalar, SIOPS/MS, 2008. O Caso Rio de Janeiro (THE CASE OF RIO DE JANEIRO) – Um dos maiores gasto per capita em saúde do País. – (one of the highest per capita health budget in Brazil). – Os piores indicadores do País até 2008. – (the worst health indicators in Brazil up to 2008). – O menor financiamento publico municipal entres as Capitais em 2008. – (the lowest public financing amog all capital municipalities in Brazil in 2008). 5-nov-15 [email protected] 2 Caminhos a escolher (Pathways to choose) 5-nov-15 [email protected] 3 Evolução (%) do Saúde da Família Município do Rio de Janeiro – 2008 a 2016 963 738 1.188 1.038 813 506 266 165 68 Categorias (%) cobertura (eq completas) 2008 3,5 2009 8,9 2010 18,2 2011 27,3 2012 39,8 2013 45,0 2014 55,0 2015 60,0 2016 70,0 Fonte: CNES e Plano Estratégico da Prefeitura do Rio (2013-2016). 5-nov-15 [email protected] 4 Evolução do número de ACS e AVS do Município do Rio de Janeiro - 2008 a 2016 ACS AVS Fonte: CNES e Plano Estratégico da Prefeitura do Rio (2013-2016). 5-nov-15 [email protected] 5 2011 situação recente (Recent Situation) • Entre 2009 e 2011, a cidade do Rio de Janeiro representa maior ampliação de acesso do País, do total de 804 equipes implantadas, 476 (59,2%) são da SMSDC/RJ ! • (Between 2009-2011 Rio de Janeiro city had the greatest expansion of PHC teams, of the 804 teams, 476 (59,2%) were created there) • O SUS na cidade do Rio de Janeiro tem seu maior crescimento registrado na historia ! • In Rio de Janeiro, “SUS” had the highest growning of all history. 5-nov-15 [email protected] 6 RCSP - Cidade do Rio de Janeiro A Reforma Atenção Primária (RCSP) na Cidade do Rio de Janeiro foi iniciada em 2009 com alicerce na mudança organizacional da SMSDC, que coloca a Atenção Primária como ordenadora das Redes de Atenção Primary Health Care Reform (PHCR) in Rio de Janeiro has begun in 2009 supported by organizational change of SMSDC, which introduced PHC as the coordenator of local care nets. Daniel Soranz 5-nov-15 [email protected] 7 Onde queremos chegar? Maior expectativa de vida com qualidade. Desejamos que o carioca possa viver mais e melhor! 5-nov-15 [email protected] 8 PROMOÇÃO DA SAÚDE OS ÚLTIMOS 35 ANOS (1970 – 2005) - I • Década de 70 – Crise dos sistemas de saúde: Ineficácia, ineficiência, ineqüidades e crise de credibilidade, face à transição demográficoepidemiológica: envelhecimento e mudança nos padrões nosológicos, medicalização, desenvolvimento tecnológico e explosão de custos e gastos. • Novas concepções do processo saúde-doença-cuidado, globalizantes, articulando saúde e qualidade de vida. mais • Informe Lalonde (1974) – Campo da saúde: Biologia humana, meio ambiente, estilo de vida e organização da atenção à saúde. “Até agora, quase todos os esforços da sociedade canadense destinado a melhorar a saúde, assim como os gastos setoriais diretos, concentraram-se na assistência médica. Entretanto, as causas principais de adoecimento e morte têm origem nos outros três componentes do conceito” (A New Perspective on the Health of Canadians). Buss PM; Promoção da Saúde no Brasil Conferência apresentada ao, I Seminário Brasileiro de Efetividade da Promoção da Saúde, Rio de Janeiro, 2005 5-nov-15 9 [email protected] Conferência - Internacional sobre Atenção Primária de Saúde (1978) – Declaração de Alma Ata • Oito elementos essenciais para alcançar saúde para todos: • educação dos problemas de saúde prevalentes; prevenção e controle. • promoção do suprimento de alimentos e nutrição adequada. • abastecimento de água e saneamento básico apropriados. • atenção materno-infantil, incluindo o planejamento familiar. • imunizações contra as principais doenças infecciosas. • prevenção e controle de doenças endêmicas. • tratamento apropriado das doenças comuns e dos acidentes. • distribuição de medicamentos básicos. Buss PM; Promoção da Saúde no Brasil Conferência apresentada ao, I Seminário Brasileiro de Efetividade da Promoção da Saúde, Rio de Janeiro, 2005 5-nov-15 10 [email protected] CONSTITUIÇÃO FEDERAL - LEI DO SUS Carta de Ottawa: 1986; VIII Conferência Nacional de Saúde: 1986; Constituição Federal: 1988; Leis do SUS (8.080 e 8.142): 1990 Art. 196: “A saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. Lei 8.080 (art.2º): “A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso a bens e serviços sociais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do país (par. 3º). Buss PM; Promoção da Saúde no Brasil Conferência apresentada ao, I Seminário Brasileiro de Efetividade da Promoção da Saúde, Rio de Janeiro, 2005 [email protected] Saúde: as iniqüidades • O principal problema de saúde no Brasil são as iniqüidades nas condições sociais e de saúde e no acesso aos serviços sociais e de saúde • Iniqüidades em saúde entre grupos e indivíduos são as desigualdades de saúde que além de sistemáticas e relevantes são também evitáveis, injustas e desnecessárias (Whitehead) [email protected] Taxa de mortalidade infantil no Município do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro e Brasil, para o período 2004-2011 5-nov-15 [email protected] 13 Taxa de mortalidade neonatal no Município do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro e Brasil para o período 2004-2011 5-nov-15 [email protected] 14 Distribuição dos Óbitos de Residentes do Município do Rio de Janeiro segundo Tipo de Causa Externa, 1996-2011 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500 0 Homicídios Quedas Lesão auto-provocada Outras causas externas 5-nov-15 Acidentes de Transportes Intervenções legais Lesões de Intenção Indeterminada [email protected] 15 Metas e efetividade na avaliação de qualidade da ESF BRASIL IDSUS Média da ação coletiva de escovação dental supervisionada (nº de procedimentos) 2008 2009 2010 2011 2012 278.263 184.843 263.954 441.564 456.632 Aumento de 58,6% Aumento de 67,2% [email protected] Metas e efetividade na avaliação de qualidade da ESF BRASIL IDSUS Proporção nascidos vivos de mães com 7 ou mais consultas de pré-natal Nº de procedimentos de pré-natal: 2008 2009 2010 2011 2012 201.131 223.541 230.631 304.647 444.635 Aumento de 51,5% Aumento de 32% [email protected] Metas e efetividade na avaliação de qualidade da ESF BRASIL IDSUS Razão de exames citopatológicos do colo do útero em mulheres de 25 a 59 anos e a população da mesma faixa etária Nota IDSUS 2008/2010: 2,61 Total de exames citopatológico cérvico-vaginal na cidade do Rio: 2008 2009 2010 2011 110.730 136.912 152.488 213.764 Aumento de 93% Aumento de 40% [email protected] Metas e efetividade na avaliação de qualidade da ESF BRASIL IDSUS Razão de exames citopatológicos do colo do útero em mulheres de 25 a 59 anos e a população da mesma faixa etária Nota IDSUS 2008/2010: 2,61 Total de exames citopatológico cérvico-vaginal na cidade do Rio em unidades básicas: 2008 2009 2010 2011 45.652 47.961 72.187 161.792 Aumento 255% Aumento de 124% [email protected] Metas e efetividade na avaliação de qualidade da ESF BRASIL IDSUS Razão de exames de mamografia realizados em mulheres de 50 a 69 anos e a população da mesma faixa etária Nota IDSUS 2008/2010: 0,98 Nº de exames de mamografia: 2008 2009 2010 2011 2012 33.609 19.077 36.895 33.377 88.004 [email protected] Metas e efetividade na avaliação de qualidade da ESF BRASIL IDSUS Cobertura vacinal com a vacina tetravalente (%) Nota IDSUS 2008/2010: 7,60 2008 2009 2010 2011 2012 90% 92% 89% 94% 94% [email protected] Metas e efetividade na avaliação de qualidade da ESF Fonte: Assessoria de Atividade Física/SPS/SUBPAV/SMSDC-RJ [email protected] Metas e efetividade na avaliação de qualidade da ESF Fonte: Assessoria de Atividade Física/SPS/SUBPAV/SMSDC-RJ (Dados Primários) [email protected] Metas e efetividade na avaliação de qualidade da ESF BRASIL IDSUS Fonte: Assessoria de Atividade Física/SPS/SUBPAV/SMSDC-RJ (Dados Primários) [email protected] Metas e efetividade na avaliação de qualidade da ESF Fonte: Assessoria de Atividade Física/SPS/SUBPAV/SMSDC-RJ [email protected] Reforma da Atenção Primaria Sistemas de saúde com bom desempenho na Primeira Infância tem características em comum: 1. Vinculação pessoa a pessoa: Os profissionais tem uma lista de pacientes da qual são responsáveis. Os pacientes sabem quem é a equipe responsável pelo seu cuidado. 5-nov-15 [email protected] 26 05/11/2015 Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil 27 05/11/2015 Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil 28 Reforma da Atenção Primaria Sistemas de saúde com bom desempenho na Primeira Infância tem características em comum: 2. Longitudinalidade do cuidado • Sempre a mesma equipe cuida da mesma Família. 5-nov-15 [email protected] 29 Avaliação dos Profissionais Em Domicílio (MAPEAR n=10.350) SATISFAÇÃO CONHECIA PROFISSIONAL ATENÇÃO E CORDIALIDADE SE APRESENTOU PELO NOME CHAMOU PELO NOME APARÊNCIA CUIDADA LAVOU AS MÃOS APARENTOU SER PROFISSIONAL, C/ CONHECIMENTO Técn./ Agente Assist. de Enfermeiro Médico Dentista de Saúde Dentista 100% 99% 99% 99% 97% 76% 63% 73% 56% 70% 100% 98% 99% 98% 98% 100% 98% 99% 99% 97% 99% 98% 99% 99% 97% 100% 99% 99% 98% 98% 82% 70% 83% 84% 26% 100% 99% 99% 98% 98% Em relação ao último atendimento domiciliar, quase todos receberam agentes de saúde. 15% foram atendidos por enfermeiros, técnicos ou auxiliares de enfermagem; 11% por médicos; 5% por dentistas e 2% por técnicos ou assistentes de dentista. 30 [email protected] Variáveis Variável 02 [email protected] Reforma da Atenção Primaria Sistemas de saúde com bom desempenho tem características em comum: 3. Coordenação do cuidado Os serviços de Saúde da Família coordena os demais níveis de atenção. Papel de gatekeeper. Proteger a criança de intervenções desnecessárias 5-nov-15 [email protected] 32 05/11/2015 Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil 33 05/11/2015 Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil 34 EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE PROCEDIMENTOS AMBULATORIAIS MARCADOS PELO SISREG – MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO JANEIRO A JULHO DE 2012 120,000 110,000 100,000 90,000 80,000 70,000 60,000 50,000 40,000 Jan-12 Feb-12 Mar-12 Apr-12 May-12 Jun-12 Jul-12 Fonte:05/11/2015 SISREG III, Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro, em 28 de setembro de 2012 35 Carteira de Serviços Sistemas de saúde com bom desempenho características em comum: 4. Serviços de atenção primária resolutivos. 5-nov-15 [email protected] 36 Pagamento por desempenho • Reformas dos Cuidados de Saúde Primários de Portugal. (2005/2010) (Primary Health Care Reform in Portugal) • Reforma do NHS (1991-2000) (NHS Reform) • Pagamento por desempenho Rio de Janeiro 1995 (Payment for performance in Rio de Janeiro – 1995) • Acordo de resultados Casa Civil Prefeitura do Rio/2010-2012 (Result Deal – Municipality of Rio 2010/2012) 5-nov-15 [email protected] 37 Variáveis incentivo institucional à gestão do TEIAS; objetivo induzir boas práticas na gestão da OSS e alinhá-las às prioridades definidas pela SMSDC Variável 01 Este recurso somente pode ser utilizado no objeto do contrato de gestão 80 a 100% - 2% dos recursos orçamentários pré-definidos a OSS 60 a 79% - 1% dos recursos orçamentários pré-definidos a OSS 1% dos recursos em investimentos pela CAP (distrito sanitário) na Rubrica “adaptação de unidades de atenção primária” <60% - 2% dos recursos orçamentários à CAP [email protected] Variáveis Variável 01 [email protected] [email protected] Variáveis Valor trimestral de R$ 3.000,00 por equipe de SF; Deve ser aplicado na própria unidade de saúde; Não atingimento metas implica aplicação recursos na rubrica “adaptação e manutenção da unidade”; Variável 02 Matriz de indicadores deve ser contratualizada com as equipes; 18 indicadores agrupados em ACESSO (4), DESEMPENHO ASSISTENCIAL (8), SATISFACAO USUARIOS (1), CUSTO-EFETIVIDADE (5). [email protected] Variáveis Corresponde a variável do salário dos profissionais (10% salário base a cada mes); Variável 03 São avaliados em grupo para cada equipe de SF; Leva em consideração as especificidades locais e de perfil epidemiológico; Grande liberdade de composição da variável; Avaliação trimestral; Unidades contábeis (teto 100 UC=10%do salário) [email protected] Variáveis Variável 03 [email protected] Variáveis Variável 03 [email protected] 5-nov-15 [email protected] 45 Reforma da Atenção Primaria Sistemas de saúde com bom desempenho na tem características em comum: 5. Monitoramento/lei dos cuidados inversos Os que mais necessitam de cuidados em saúde são os menos por eles beneficiados. Assim, os programas de saúde atingem maiores coberturas nos grupos populacionais que deles menos necessitam2 1. Hart JT. The inverse care law. Lancet 1971 (Feb); 405-12. 2. Dias-da-Costa J, Victora CG, Barros FC, Halpern R, Horta BL, Manzolli P. Assistência médica materno-infantil em duas coortes de base populacional no Sul do Brasil: tendências e diferenciais. Cad Saúde Pública 1996; 12 (S1): 59-66. 5-nov-15 [email protected] 46 Reforma da Atenção Primaria Sistemas de saúde com bom desempenho na tem características em comum: 6. Integração Vigilância e Atenção Primária Apresentação dos dados por unidade e por equipe. Inserção dos agentes de endemias as equipes Alertas dos prontuários eletrônicos 5-nov-15 [email protected] 47 [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] Reforma da Atenção Primaria Sistemas de saúde com bom desempenho na tem características em comum: 7. Regras e prazos claros para os profissionais e usuários 5-nov-15 [email protected] 52 Reforma da Atenção Primaria Sistemas de saúde com bom desempenho na tem características em comum: 7. Regras e prazos claros para os profissionais e usuários 5-nov-15 [email protected] 53 DIMINUIÇÃO DO SETOR HOSPITALAR Leitos Hospitalares por 100.000 hab 1000 800 600 400 200 19 81 19 82 19 83 19 84 19 85 19 86 19 87 19 89 19 90 19 92 19 99 20 05 20 09 20 11 Leitos por 100.000 hab 1200 Rio São Paulo Portugal Espanha [email protected] Inglaterra Itália Distribuição das despesas da saúde em capitais selecionadas – Brasil - 2010 100% 80% 60% 40% 20% Vigilância em Saúde de io ib a ur it C R Fl or ia nó po lis Ja ne iro Pa ul o Sã o Be lo H Vi tó ria or iz on te 0% Atenção Básica Ambulatorial e Hospitalar Fonte: SIOPS / MS. 5-nov-15 55 situação futura 2016 • Cariocas tem a maior expectativa de vida do País! • Redução de leitos hospitalares ocorre espontaneamente devido melhoria da resolutividade do SF. • Prontuários das ESF do Rio tronam-se principal referencia para pesquisa clinica e construção de protocolos terapêuticos. • Fichas A são uma das principais fontes de informação para formulação de politicas Inter setoriais . • Redução expressiva nas desigualdades entre os indicadores sociais. 5-nov-15 56 NHS UM VALOR OLÍMPICO (NHS : an Olympic Value) 5-nov-15 [email protected] 57 5-nov-15 [email protected] 58 Obrigado! Thank you! Je vous remercie! Daniel Soranz Subsecretario de Atenção Primária, Vigilância e Promoção da Saúde Undersecretary for Primary Care, Surveillance and Health Promotion Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil City Department of Health and Civil Defense Prefeitura do Rio de Janeiro City of Rio de Janeiro 5-nov-15 2016 Games: Our goal: 70% of Primary Health Care – the greatest olympic legacy that a City can reach !! [email protected] 59