8/5/2012 Avaliação Nutricional de Crianças Prof. Me Natanael Moura [email protected] Classificação Etária RN – menor de 28 dias Lactentes – 28 dias a 24 meses X 28 dias a 12 meses Pré-escolar – 24 a 59 meses X 1 a 6 anos Escolar – 5 a 9 anos 11 meses e 29 dias X 7 a 10 anos 1 8/5/2012 Importância da Avaliação Nutricional Classificar o estado nutricional • Crescimento ideal • Desenvolvimento ideal Identificar: desnutrição, sobrepeso, obesidade ou em risco nutricional. Identifica carências nutricionais específicas Permite planejamento adequado nutricional O que pode interferir no EN ? ALIMENTAÇÃO IDADE SEXO ATIVIDADE FÍSICA FATORES AMBIENTAIS • • • • renda familiar escolaridade materna apoio psicológico vacinação 2 8/5/2012 Indicadores do EN Recém Nascido 3 8/5/2012 Fonte: Avaliação nutricional da criança e do adolescente – Manual de Orientação / Sociedade Brasileira de Pediatria. 4 8/5/2012 EXAME FÍSICO NEONATOLOGISTA BASEADO EM DADOS DE PRONTUÁRIO PELE, FACE, EXTREMIDADES (PALMAR E PLANTAR), CABELO, LÍNGUA, UNHAS, PERFUSÃO SANGUÍNEA Classificação do Recém Nascido Idade Gestacional Peso ao Nascer Segundo IG e PN • Pré termo: < 37 semanas • A termo: 38 a 42 semanas • Pós Termo: > 42 semanas • • • • • • Extremo baixo peso: < 1000 g Muito baixo peso: < 1500g Baixo Peso : < 2500g Insuficiente: ├2500 – 3000g Adequado: ├3000 – 3999g Macrossomia: ≥ 4000g • Pequeno para a idade gestacional (PIG): < p10 • Adequado para a idade gestacional (AIG): p10 p90 • Grande para a idade gestacional (GIG): >p90 5 8/5/2012 IG x PN Avalia adequação do peso ao nascer em relação à idade gestacional. Classificação de RN A Termo PIG Proporcional ou crônico Desproporcional ou agudo Restrição nutricional ao longo da gestação Restrição nutricional somente no último período de gestação (patologia obstétrica, diminuição permeabilidade pacentária) Nasce com BP, mas proporcional em relação ao comprimento que está comprometido. Peso é baixo e desproporcional em relação a estatura (normal) Díicil recuperação da estatura, mas pode manter o canal de crescimento ascendente (velocidade de crescimento adequada). ESTATURA SEMPRE MANTERÁ ABAIXO DO REFERENCIAL Condições ambientais favoráveis há mudança no canal de cresciemento atingindo valores de referência. 6 8/5/2012 Peso ao Nascer Diagnóstico Primário. • Indicador de crecimento e desenvolvimento. • Crianças com BP Fator preditivo para baixa estatura. Reflete o período intra-uterino. • Problemas ocorridos durante a gestação Fator preditivo da morbimortalidade perinatal. • Crianças com BP > mortalidade nas primeiras semanas de vida (OMS, 1995) Perda de Peso Fisiológica 10 a 20% Mensuração: 1 a 2x/dia Ganho: 20 a 40g/dia Lactentes 7 8/5/2012 Anamnese Clínica e Alimentar Fonte: Avaliação nutricional da criança e do adolescente – Manual de Orientação / Sociedade Brasileira de Pediatria. Medidas Antropométricas Perímetro Cefálico Peso Comprimento Perímetro Torácico 8 8/5/2012 Peso Expressa a dimensão da massa corporal (tecido adiposo e muscular); Modifica-se de forma rápida e intensa em intervalos curtos de tempo Diagnóstico precoce de desnutrição e da recuperação nutricional; Considerado o melhor indicador Sensível a pequenas mudanças (lactentes); Isolada, não identifica qual compartimento adiposo/muscular) Usar associado com antropométricas. afetado (tecido outras medidas Até 2 anos é o parâmetro que tem maior velocidade de crescimento Peso varia mais em função da idade que do comprimento. Considerações Desconsiderar o peso para diagnóstico nutricional Edema, ascite, hidrocefalia, desidratação e visceromegalias. Pesar a criança, porém sempre relacionar com outros parâmetros: Hidrocefalia = relacionar com a circunferência cefálica Ascite = relacionar com a circunferência abdominal A perda de peso é mais grave, quanto menor a criança, devido as menores quantidades de reservas energéticas corporais. Melhor indicador do EN para < 1ano Ganho de peso Criança pesada periodicamente observam-se mudanças no processo nutricional. Curvas de crescimento no 1° trimestre de vida são imperferfeitas 9 8/5/2012 Considerações Taxas de ganho de peso nos primeiros dois meses de vida: 33 g/dia 28 g/dia Peso: 3x no 1° ano de vida Demais anos: 2 a 2,5g/kg Para lactentes... Avaliar GANHO DE PESO E CURVA DE CRESCIMENTO Valores médios de ganho de peso por dia, por trimestre (NCHS, 77/78): Tipos de Balança Menores de 2 anos de idade ou até 16 kg 10 8/5/2012 Tipos de Balança Maiores de 2 anos Estatura / Comprimento Comprimento < 24 meses Estatura (altura) ≥ 24 meses Indicador do tamanho corporal e do crescimento linear; Reflete potencial genético; Modificações ocorrem em tempo prolongado Agravos nutricionais a longo prazo; Após 2 anos, o crescimento, é mais lento e constante peso varia mais em função da estatura do que em relação à idade. A estatura aumenta em 50% no primeiro ano de vida 11 8/5/2012 Estimativa da Altura Crianças hospitalizadas e acamadas. A) Altura Joelho Pré-escolares a adolescentes. Meninos A (cm) = 64,19 – (0,04 x idade) + (2,02 x AJ) Meninas A (cm) = 84,88 – (0,24 x idade) + (1,83x AJ) B) Chanfradura do braço Todas as idades. Distância entre a ponta do dedo médio e o osso esterno A (cm) = multiplicar por 2. Estatura / Comprimento < de 2 anos > de 2 anos 12 8/5/2012 Perímetro Cefálico Relação direta com o tamanho do encéfalo Reflete crescimento cerebral acelerado. Seu aumento proporcional indica crescimento adequado. Identifica ocorrências de patologias: Microcefalia e Hidrocefalia. Valor nutricional quando associado com circunferência de tórax. Último a ser afetado por nutrição inadequada e o primeiro que cresce ao se atingir a oferta protéica calórica adequada. Medição deve ser feita até 36 meses (Chemin) 24 meses (Duarte) CC/idade p10 – p90 Técnicas de Medição Com uma fita milimetrada ao redor do crânio, sem adereços, posicionar a fita acima da sobrancelha e posterior a região occipital, deixando as orelhas livres. Procurar sempre o MAIOR diâmetro da cabeça Microcefalia Hidrocefalia 13 8/5/2012 Perímetro Torácico Reflete o desenvolvimento dos músculos torácicos. DEP = não ocorre desenvolvimento devido a atrofia do músculo torácico e à redução do tecido adiposo. Técnica: É o MAIOR diâmetro do tórax, geralmente na altura dos mamilos. Medir com a criança deitada, sentada ou em pé. 14 8/5/2012 Relação PT/PC PT/PC= Perímetro Torácico/Perímetro Cefálico 0 a 6 meses = 1 Eutrófico 6 meses aos 5 anos > 1 = Eutrófico < 1 = Desnutrição Pré escolares & Escolares 15 8/5/2012 Características Pré escolares < ritmo de crescimento Redução ou irregularidade do apetite 1) ↓ Velocidade de ganho de peso e estatura ↓ necessidade de energia 2) Alcance da maturidade neurológica > deambulação, busca o alimento por si só; expressar aceitação e recusa do alimento Escolares Crescimento lento e constante > membros inferiores em relação ao tronco > acúmulo de tecido adiposo Estirão de crescimento Definição dos hábitos gerais e alimentares (gostos, preferências e aversões) Principais Problemas Nutricionais DEP Anemia ferropriva Hipovitaminose A Raquitismo (vit D, Ca, Fosfato) Bócio endêmico (Iodo) Escorbuto (vit C) Cárie dentária Beribéri (vit B1) Sobrepeso Dislipidemia (CT e TG) 16 8/5/2012 Anamnese Clínica Hábitos alimentares (qualidade e quantidade da alimentação oferecida) Atividade física curricular e extracurricular (incluir atividades dos períodos de lazer) Internações e doenças (infecciosas, anemia, desnutrição) Presença de risco familiar de desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e neoplasias, entre outras) Fonte: Avaliação nutricional da criança e do adolescente – Manual de Orientação / Sociedade Brasileira de Pediatria. Anamnese Alimentar Idade da criança Objetivo da avaliação Escolha do inquérito Condições sócio econômicas Disponibilidade de tempo 17 8/5/2012 Valorizar... História Alimentar Pregressa Duração do AM Idade e evolução do desmame Desmame precoce Razões??? Condutas alimentares anteriores Introdução, progressão e variedade de alimentos História Alimentar Atual n refeições, horários; Alimentos consumidos (quantidade, qualidade e frequência); Ingestão hídrica; local de realização das refeições e quem oferece. Relato de perdas aumentadas (diarréia, vômitos, diálise...) Dentição e mastigação Alergias e Intolerância Aversões e preferências Exame físico Estado geral de hidratação e humor, mobilidade Cabelo, pele, olhos, boca, língua, unhas, regiões palmar e plantar, MMII Perda de massa muscular (tríceps, quadríceps, tórax, face,deltóides) Tecido adiposo (coxa, região do tríceps e cintura) Sintomas relacionados às deficiências nutricionais 18 8/5/2012 Solicitação Exames Bioquímicos Idade Anteceden tes clínicos Motivo da consulta Exames Bioquímicos História dietética Estado nutricional Bioquímicos Pré escolares Avaliar necessidade: anamnese/ exame físico e problemas nutricionais mais prevalentes Escolares Anual ou semestral (rotina) Avaliar necessidade: anamnese / exame físico e problemas nutricionais mais prevalentes 19 8/5/2012 Antropometria Pré escolares Avaliação baseada em percentil ou z-escore Escolares Avaliação baseada em percentil ou z-escore Índices Antropométricos 20 8/5/2012 Índices Antropométricos São constituídos de 2 medidas antropométricas brutas Medidas antropométricas isoladas não permitem AN precisa PESO/IDADE (P/I) ESTATURA/IDADE (E/I) PESO/ESTATURA (P/E) Não são independentes São complementares entre si para o diagnóstico nutricional. Índices Antropométricos 21 8/5/2012 Peso/Idade Expressa a massa corporal em relação à idade cronológica; Adequada para acompanhamento do ganho de peso e reflete a situação global do indivíduo; Não diferencia o comprometimento nutricional atual (agudo) dos pregressos ou crônicos; Preconizado pelo MS para avaliação do EN Cartão da Criança. > Sensibilidade até 2 anos Deficiências nutricionais afetam mais o peso do que estatura Estatura/Idade Expressa crescimento linear para uma idade específica; Utilizado até a adolescência. Ganho de estatura é lento Demora a refletir processos de carência nutricional. Índice que melhor indica o efeito cumulativo de situações adversas sobre o crescimento da criança; Déficits indicam inadequações acumuladas de longo prazo. 22 8/5/2012 Peso/Estatura Expressa a harmonia entre a massa corporal e altura Harmonia do processo de crescimento; Sensível para o diagnóstico de emagrecimento e excesso de peso Necessita de medidas complementares para o diagnóstico de sobrepeso e obesidade. Utilizado até os 5 anos de idade Limitação: não diferencia massa magra e gorda e nem a distribuição de gordura. Não é indicado utilizar o termo obesidade para descrever altos valores de P/E em nível individual IMC/Idade Expressa a relação entre o peso da criança e o quadrado da estatura e a idade cronológica. É recomendado internacionalmente no diagnóstico individual e coletivo dos distúrbios nutricionais. Indicador de gordura corporal total nos percentis superiores Vantagem: índice empregado em outras fases da vida Proporcionar continuidade em relação ao indicador utilizado entre adultos. 23 8/5/2012 Circunferência de Braço Reflete reserva de energia e massa protéica; Alternativa na avaliação EN quando a aferição do peso e estatura não é possível Indicador DEP. Pode ser usada independentemente ou associada a outras medidas (dobras cutâneas); Ideal para < 5 anos de idade < ponto de corte (12,5 cm) < peso (= P/E) Pontos de Corte CB (OMS, 2007) Classificação em Percentil Percentil Diagnóstico P3 – P97 Adequado < P3 Déficit Classificação em Desvio Padrão Desvio Padrão Diagnóstico - 2 DP e + 2DP Adequado <- 2DP Déficit 24 8/5/2012 Antropometria A/I - Crescimento IMC/I – Massa corporal em relação à altura Composição corporal: • TECIDO ADIPOSO • ∑2 PC (PCT ; PCSE) – percentil – MAIS USADO • % GC Equações com ( PCT ; PCSE) 8 -18 anos al 1988) (Slaughter et • TECIDO MUSCULAR: AMB/IDADE - percentil Classificação da composição corporal pelos indicadores AMB; PCT ; PCT + PCSE ( Frisancho 1990) PERCENTIL TECIDO ADIPOSO TECIDO MUSCULAR ≤5 Depleção/Baixa reserva Hipotrofia/baixa reserva 5 |-15 Abaixo da média/risco de déficit Abaixo da média/risco de déficit 15|-85 Média/Adequado Eutrofia/Adequado 85|-90 Excesso Acima da média/Adequado ≥ 90 Obesidade Acima da média/Adequado 25 8/5/2012 Interpretação dos Índices Escore-Z ou Múltiplos de Desvio Padrão (DP) Indica quanto um valor encontra-se distante da média ou mediana. Se o valor do escore Z for ZERO (0) Valor da medida obtida = Valor da referência Equivale ao percentil 50 nas curvas de crescimento. Escore – Z = Ex: Menina de 6 anos E = 103 cm VM = 112 cm DP = 3 Valor observado – Valor da mediana Desvio padrão da população de referência Escore – Z = (103 -112) = -3 3 26 8/5/2012 Percentis Refere-se a que posição o valor da medida ocupa em relação aos 100% da distribuição de referência. Ex1: Uma criança encontra-se no p95 para E/I 5% das crianças da população de referência apresentam estatura superior a sua. Ex2: Uma criança encontra-se no p5 para E/I 95% das crianças da população de referência apresentam estatura superior a sua. O percentil 50 equivale à mediana Considerado ideal É o que corresponde a 100% de adequação de uma determinada medida. É o sistema utilizado no cartão da criança Desvantagens: O mesmo intervalo de percentis pode corresponder a ≠ mudanças de valores absolutos de E e P. Não permite identificação eficaz de pequenos ganhos ou perdas % de Adequação em Relação à Mediana Consiste numa razão entre o valor observado de uma medida e o valor mediano da distribuição de referência, expresso sob a forma de percentual. % da mediana = Valor observado Valor mediano de referência x 100 Utilizado nos critérios de classificação de Gómez e Waterlow. Desvantagem: ausência de uma correspondência exata com um ponto fixo de distribuição. 27 8/5/2012 Sistemas de Classificação 28 8/5/2012 Gómez (1946) Critério para identificação de crianças mexicanas sob risco de morte. Crianças < 2 anos. Baseia-se apenas no índice P/I O peso é o parâmetro que tem maior velocidade de crescimento, variando mais em função da idade do que do comprimento da criança, o que o torna mais sensível aos agravos nutricionais. Limitações: Classificação ↓ sensibilidade e especificidade; Não diferencia o tipo de desnutrição; Utilização de pontos de cortes aleatórios para definição dos graus de desnutrição. % Adequação Eutrofia ≥ 90% Desnutrição 1 grau ≥ 75% - 90% Desnutrição 2 grau ≥ 60% - 75% Desnutrição 3 grau < 60% Waterlow (1976) Crianças de 2 – 10 anos de idade. Baseia-se em dois índices: P/E e E/I. O crescimento é mais lento e constante, fazendo com que o peso da criança varie mais em função de sua estatura do que da idade Classificação P/E E/I Eutrofia > 80% > 90% Desnutrição pregressa > 80% < 80% Desnutrição aguda < 80% > 90% Desnutrição crônica < 80% < 90% E/I = Estatura encontrada x 100 Estatura Ideal (P50) P/E = Peso encontrado x 100 Peso ideal para Estatura (P50) 29 8/5/2012 Curvas do National Center for Health Statistics (NCHS) – 1977 Recomendadas para os EUA: Referencial P/I; P/A; A/I; CC/I. Idades: 0 – 18 anos de ambos os sexos Recomendação para uso internacional pela OMS das curvas Adequado para avaliação de diferentes grupos raciais. Adoção pelo MS para AN de crianças no Brasil. Limitações das Curvas NCHS: Baseadas em amostra de crianças de uma única comunidade; Amostra etnicamente homogênea (crianças brancas de classe média); Alimentação predominantemente artificial. Revisão das curvas (1985) Curvas do Centers for Disease Control and Prevetion (CDC) – 2000 Mudanças: Ampliação das amostras – inclusão de crianças negras e descendentes de mexicanos ) Garantir representatividade racial e diversidade étnica; Extensão das curvas até idade de 20 anos; Introdução do IMC/idade – Crianças 2 a 20 anos; Curvas baseadas em crianças que se alimentam de LM e fórmulas industrializadas; Exclusão dos dados de crianças com muito baixo peso ao nascer (< 1,5 kg) Padrão de crescimento ≠ Extensão das medidas de comprimento (45 vs 49 cm) e altura (77 cm vs 99cm) Desenvolvimento dos percentis 3 e 97 para todas as curvas (antes 5 e 85) e do percentil 85 de P/A e IMC/idade. 30 8/5/2012 NOVAS CURVAS DE CRESCIMENTO - OMS OMS (2006) Curvas para < 5 anos de idade OMS (2007) Curvas a partir dos 5 até 19 anos de idade Curvas OMS 2006 Objetivo do estudo: “Estabelecer novo padrão internacional mediante a elaboração de um conjunto de curvas adequadas para avaliar o crescimento e EN de crianças até a idade pré-escolar”. Metodologia: Amostra de cerca de 8.500 lactentes e crianças sadias. Estudo abrangeu diferentes continentes (África, Américas, Ásia e Europa) 31 8/5/2012 Curvas OMS 2006 Critérios de Inclusão População ● Condições favoráveis; sócio Individual econômicas ●Ausência de patologias ou outras condições maternas adversas (limitem ● ↓ mobilidade da população (permitir crescimento das crianças); acompanhamento); Mães não fumantes; Mães dispostas a amamentar (20%); Gravidez não gemelar; Existência de suporte e instituições Nascimento a termo qualificadas para AM. Curvas ● Amamentação exclusiva ou predominante (4 – 6 meses de idade); ● Introdução de alimentos complementares (4 - meses de idade) ● Amamentação parcial até os 12 meses de idade ou mais. Curvas OMS 2007 Por quê? Lançamentos das curvas para menores de 5 anos de idade; Epidemia de obesidade no mundo. Reconstrução da referência de crescimento recomendada pela NCHS (1977) para crianças a partir dos 5 aos 19 anos de idade. Estudo multicêntrico, semelhante ao realizado na elaboração das curvas para crianças de 0 a 5 anos seria inviável, pela impossibilidade de se controlar o dinamismo do ambiente em que elas vivem. Aplicação de métodos estatísticos atualizados para que as novas curvas fossem adaptadas ao padrão de crescimento infantil da OMS aos 5 anos de idade e aos pontos de corte SP e OB recomendados para adultos. 32 8/5/2012 1 2 Para uma visão mais crítica..... 33 8/5/2012 p85 – p97 Risco para Excesso de Peso > p97 Excesso de Peso p15 – p85 Normalidade p3 – p15 Risco para Baixo Peso < p3 Baixo Peso > P15 Estatura adequada p3 – p15 Risco para Baixa estatura < p3 Baixa estatura 34 8/5/2012 > + 3 DP Obesidade grave + 2 DP a + 3 DP Obesidade + 1 DP a +2 DP Sobrepeso + 1 DP a - 1 DP Peso adequado - 1 DP a - 2 DP Déficit Leve de peso - 2 DP a - 3 DP Déficit moderado de peso < - 3 DP Déficit grave de peso ≥ -1 DP Estatura adequada - 1DP a -2DP Déficit de estatura leve - 2 DP a -3DP Déficit de estatura moderada < - 3DP Déficit de estatura grave 35 8/5/2012 Gráficos de Crescimento 36 8/5/2012 Como Utilizar e Interpretar as Curvas??? Ex: Maria, 3 anos 2 meses e 10 dias , Peso: 13kg e Estatura: 80 cm Regra de aproximação para as idades Idade = 3 anos e 2 meses < p3 Baixa estatura 37 8/5/2012 > P15 Estatura adequada Além da LOCALIZAÇÃO no gráfico é essencial o acompanhamento da INCLINAÇÃO da curva ponderal Curva representa a direção do crescimento Curva Ascendente Curva Horizontal • Adequado • Inadequado • Cuidado criterioso • Inadequado Curva Descendente 38 8/5/2012 Avaliação Nutricional em Situações Especiais 39 8/5/2012 Prematuridade Fases de Crescimento do RN Pré Termo Fase Inicial Não há ganho de peso real Redistribuição hidroeletrolítica Perda fisiológica de 5 a 10% do peso do nascimento Fase Transitória Início de ganho de peso discreto, desde que seja viável aporte calórico protéico mínimo e estabilização das intercorrências clínicas. Fase de crescimento acelerado ou de crescimento de recuperação (catch up) ↑ ganho de peso e crescimento linear Fase de Crescimento Compensatório A velocidade de crescimento normal é superior ao das crianças a termo e inversamente proporcional ao peso do nascimento. Fase de Déficit do nascimento é compensado e o RN assume a crescimento normal velocidade de crescimento e ganho de peso de crianças nascidas a termo. 40 8/5/2012 Curvas de Crescimento - PMT Curvas existentes metodológicas. Diferenças O que é recomendado para avaliar ganho de peso e crescimento de crianças com PMT??? Utilizar as curvas recomendadas pela OMS para crianças a termo, porém corrigir Idade cronológica. IDADE = até 24 MESES CC até 18 MESES COMPRIMENTO até 36 MESES Cálculo da Idade Corrigida Fundamental para o correto diagnóstico do desenvolvimento nos primeiros anos de vida. Idade Corrigida = Idade Cronológica (meses) – Meses de Prematuridade Ex.: Admitindo-se que a Idade Gestacional é de 40 semanas, uma criança de 11 meses que nasceu com 28 semanas de gestação, ou seja, 12 semanas de prematuridade, seria registrada no gráfico subtraindo-se 3 meses. Sua idade corrigida seria então, 8 meses. Idade Corrigida = 11 meses – 3 meses = 8 meses 41 8/5/2012 Síndrome de Down Síndrome de Down Curvas específicas • Padrão de crescimento e desenvolvimento são diferentes aos das crianças sem a síndrome ● Crescimento mais lento ● Maior tendência acumular gordura em ● Disfunções da tireóide ● ↓ TMB ● Hipotonia muscular ● Retardo de crescimento antes mesmo do nascimento 42 8/5/2012 Curvas de Cronck et al População americana Adotado pela CDC Uso no Brasil até 2002. Curvas de Mustachi Estudo na população com Síndrome de Down em São Paulo Novo parâmetro para AN para portadores com SD no Brasil Neuropatias 43 8/5/2012 Estado Nutricional EN comprometido Déficit de peso e no crescimento Má nutrição Fatores que dificultam a alimentação ● Padrão posturais anormais ● Alterações na mastigação ● Refluxo gastroesofágico ● Incoordenação motora ● Dificuldade em se alimentar de forma independente Avaliação do Estado Nutricional Deformidades osteoesqueléticas Espasmos musculares Fatores que dificultam a medição antropométrica Deficiência cognitiva Alterações do equilíbrio postural (postura não ereta Convulsões. 44 8/5/2012 Estratégias para Mensuração Antropométrica Peso Peso do paciente no colo do cuidador Peso individual do cuidador Peso do Paciente Estatura Estimativa da altura Mensuração dos ossos longos Estimativa da Altura Medida Medida Estimativa estatura(cm) (cm) Estimativa dede estatura Comprimento da ulna E = (4,35 x B) + 21,8 Comprimento da Tíbia (CT) E = (3,26 x T) + 30,8 Altura do Joelho (AJ) E = (2,69 x J) + 24,2 (Steveson, 1995) É recomendado o uso das medidas da altura do joelho ou o comprimento da tíbia devido ao menor desvio padrão. CB e PCT para avaliar as reservas (comparar com o próprio paciente). CU: olécrano ao estilóide CT: Borda súpero-medial da tíbia até a borda do maléolo medial inferior AJ: do joelho até calcanhar 45 8/5/2012 46 8/5/2012 EXTREMOS NUTRICIONAIS: DESNUTRIÇÃO X OBESIDADE Desnutrição 47 8/5/2012 Desnutrição Definição: Desequilíbrio entre a ingestão e o gasto energético e/ou de nutrientes específicos. Etiologia: Primária Resultante de baixa ingestão energética. Secundária Resultante de doenças de base. Tipos mais graves: Marasmo Kwashiorkor Marasmo Deficiência predominantemente de ENERGIA. Características: Criança emagrecida (perda de tecido adiposo e muscular) Retardo no crescimento e no desenvolvimento psicomotor; Pele seca, fina e enrugada; Cabelo ressecado; Sem edemas; Função hepática normal; Albumina sérica normal ou reduzida. 48 8/5/2012 Kwashiorkor Deficiência predominantemente de PROTEÍNAS. Características: Massa muscular severamente desnutrida; Redução de tecido adiposo (menos intensa em relação ao marasmo); Retardo de crescimento; Presença de edema Com CACIFO; Hepatomegalia por esteatose hepática; Cabelo seco, quebradiço, arrancado facilmente, despigmentado (com sinal da bandeira); Lesões na pele; Má cicatrização; Alteração no perfil bioquímico (HIPOALBUMINEMIA, leucopenia, anergia cutânea) EDEMA 49 8/5/2012 Associar os indicadores: AMB/CMB = depleção de massa muscular ( proteólise) PCSE/PCT = depleção de reserva adiposa ( lipólise) Exames bioquímicos ! Exame Físico Auxilia na determinação da extensão da DEP e da TN 50 8/5/2012 Bioquímicos • Dificulta a interpretação dos exames bioquímicos • Não é preconizado exames de rotina Desnutrição específicos Exames bioquímicos • Solicitados de acordo com as condições específicas, visando esclarecer a suspeita do exame físico. 51 8/5/2012 Obesidade Obesidade É o excesso de massa adiposa em relação ao peso corporal total que resulta em efeitos deletérios para a saúde. Classificação: Endógena ou primária Decorrente de problemas hormonais (ex: hipotireoidismo). Exógena ou secundária Etiologia multicausal Decorrente do balanço positivo de energia entre ingestão e gasto calórico (95%). Chances de uma criança ser obesa na vida adulta: Se ambos os pais são obesos: 80% Se um dos pais for obeso: 40 a 50% Se os pais forem magros: 7% 52 8/5/2012 Obesidade Fatores etiológicos: Hereditariedade Períodos críticos da vida Durante os 2 primeiros anos ↑ HIPERPLASIA Puberdade Ambiente Hábitos familiares inadequados - Alta ingestão de gordura e alimentos açucarados. - “Beliscar” entre refeições. - Rejeição à alimentos naturais. Desmame precoce Introdução de alimentos inadequados (quantitativamente e qualitativamente) Uso de Fórmulas Infantis Obesidade Fatores etiológicos: Inatividade Física Avanços tecnológicos: - Restrição das brincadeiras nas ruas - Horas assistindo TV e videogames Fator psicológico Ciclo vicioso: ↓ Auto-estima ↑ Depressão ↑ Busca por alimentos 53 8/5/2012 Como avaliar a obesidade infantil? P/E Foi amplamente utilizado Não identifica MG x MLG Não permite avaliar a distribuição da gordura corporal Não diferencia os tipos de obesidade (grave, moderada, leve) % adequação Percentil Z-score Classificação ≥ 120% ≥ P 95 ou 97 +2 Obesidade 110 – 120% P 90 – P95 ou 97 +1 Sobrepeso IMC/ idade Mais frequentemente utilizado 54 8/5/2012 Exames Bioquímicos Se baseia na investigação das repercussões metabólicas relacionadas ao excesso de gordura corporal. Perfil lipídico • Valores elevados: trimestral • Valores limítrofes: semestral • Valores normais: anualmente Glicemia • Valores normais: anualmente • Valores elevados: trimestral Hemograma • Associação positiva entre anemia e obesidade baixa qualidade alimentar da dieta. • Valores normais: anualmente • Valores alterados: trimestral Valores de Perfil Lipídico (Crianças > 2 anos até adolescentes) 55