Considerações Como é por todos aceite, os documentos previsionais que são aprovados para vigorar durante um período de tempo, por via de regra um ano na parte a que se reporta o orçamento, assume uma característica não de certeza absoluta acerca dos resultados que vão ser alcançados mas sim de uma previsão face aos obtidos em anos anteriores, no que concerne à receita esperada e, a partir desta, uma projecção do que se estima executar em função daquilo que é pelos órgãos municipais considerado como estratégia de gestão. O Orçamento é pois um documento previsional, e como tal, define um conjunto de meios necessários para se fazer face aos objectivos propostos pelo Plano de Actividades Municipais e pelo Plano Plurianual de Investimentos. Assim, este documento que agora apresentamos – Documentos Finais de Prestação de Contas – constitui uma análise da execução desse mesmo Orçamento e a comparação do grau de execução entre o que havia sido planeado e o que foi efectivamente executado. Pese embora constitua um imperativo legal, pois a sua obrigatoriedade resulta do disposto no Decreto-Lei nº 54A/99, de 22 de Fevereiro, da alínea e) do nº 2 do artigo 64º da Lei 169/99 de 18 de Setembro, alterado pela Lei nº 5-A/2002 de 11 de Janeiro, conjugado com a Resolução do Tribunal de Contas nº4/2001- 2ª Secção, que aprovou as Instruções para a organização e documentação das contas das autarquias locais, também é um facto que o Relatório de Gestão é um documento de prestação de contas que, à semelhança das demonstrações financeiras, tem a missão de disponibilizar informação de carácter económico, financeiro e também social sobre a entidade a que respeita a um conjunto alargado de destinatários e utilizadores da informação. É assim este documento um elemento de gestão estratégica e de análise comparativa entre a realidade projectada e aquela que, no decurso do ano, foi possível implementar e executar. 1. RECURSOS HUMANOS Os Recursos Humanos são actualmente, num tempo em que o conhecimento e a informação desempenham o papel central na sociedade, um factor estratégico nas organizações públicas, sendo alavanca indispensável no sucesso da acção, da produtividade e realização global das entidades. O Município prosseguiu uma gestão dentro dos princípios de equilíbrio, observando como uma das principais condicionantes a situação geral do país, bem como a produção de matéria legislativa que se veio revelar fortemente restritiva no tocante a novas admissões e progressões na Administração Pública, pela Lei nº 12A/2008, de 28 de Fevereiro (LVCR – Lei de Vínculos Carreiras e Remunerações), que entrou em vigor de forma faseada no ano de 2008, vindo a produzir os seus efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2009. 1.1. Distribuição dos efectivos por grupo profissional No esquema seguinte podemos verificar a distribuição dos efectivos por grupo profissional, sendo possível verificar que a categoria que figura com mais efectivos continua a ser a de assistente operacional, mercê da continuidade da inclusão em serviços municipais de áreas de actividade em que o pessoal operacional é o mais adequado, não constituindo este facto o resultado de uma opção gestionária de base financeira mas antes de base gestionária mercê do conjunto de tarefas e funções a desempenhar. Categoria Dirigente Técnico Superior Assistentes Técnicos (Incluindo Coordenador) Assistente Operacional (Incluindo Encarregados) Carreira de Informática Policia Municipal Outros Total Nº 8 80 173 608 4 17 88 978 Relatório de Gestão do Município de Paredes de 2010 2 1.2. Distribuição do Pessoal/ Sexo/ Grupo profissional No esquema seguinte podemos verificar a distribuição do pessoal pelo sexo e grupo profissional, sendo daí também possível verificar que existe uma elevada correspondência entre o grupo de pessoal/categoria e o nível habilitacional, verificando-se ainda, pela análise do mapa seguinte que uma elevada percentagem dos trabalhadores, superior a 50%, não possuem habilitações superiores ao 9º ano de escolaridade. Sexo Feminino Masculino 5 3 55 25 Categoria Dirigente Técnico Superior Assistentes Técnicos (Incluindo Coordenador) Assistente Operacional (Incluindo Encarregados) Carreira de Informática Policia Municipal Outros Total 1.3. 140 33 351 257 2 0 48 601 2 17 40 377 Distribuição do Pessoal por nível habilitacional Nível Habilitacional Feminino 0 6 109 14 193 19 122 60 78 601 Doutoramento Mestrado Licenciatura Bacharelato 12º ano de escolaridade 11º ano de escolaridade 9º ano de escolaridade 6º ano de escolaridade 4º ano de escolaridade Total Sexo Masculino 0 2 60 2 57 16 44 18 178 377 Relatório de Gestão do Município de Paredes de 2010 3 1.4. Distribuição de Pessoal por Escalão Etário Idades 18 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 ou mais Feminino 5 70 111 94 83 83 66 52 30 1 0 TOTAL Sexo Masculino 6 32 50 45 63 65 59 45 11 1 0 TOTAL 11 102 161 139 146 148 125 97 41 8 0 978 Pela análise do mapa anterior é possível verificar que cerca de 72,30% dos efectivos estão situados no escalão etário entre os 18 e os 49 anos, índice que denota uma organização jovem. 2. GRANDES OPÇÕES DO PLANO Plano Plurianual de Investimentos (PPI) e Plano de Actividades Municipais (PAM) O PPI espelha o investimento físico e as transferências de capital organizando, por objectivos, programas, projectos e acções, as intervenções sectoriais desenvolvidas pelos diferentes pelouros, num horizonte móvel de 4 anos. Para uma melhor percepção, e porque considerámos que se trata de uma comparação importante, confrontámos a execução financeira ao longo dos 3 últimos anos. Relatório de Gestão do Município de Paredes de 2010 4 Comparação dos valores executados de2008, 2009 e 2010 por função (Valores em euros) 2008 674.481,60 428,05 395.671,70 0,00 14.250,92 Serviços Gerais de Administração Pública Segurança e ordem públicas Educação Saúde Acção Social Habitação e Serviços Colectivos Cultura Desporto, Recreio e Lazer Indústria e Energia Transportes e Comunicações Comércio e Turismo Outras Funções TOTAL 3.830.059,91 403.953,82 3.310.653,00 334.722,00 8.250.319,98 60.816,00 0,00 17.275.356,98 2009 2010 405.636,73 0,00 3.657.945,24 0,00 202.416,75 293.051,59 242.001,20 5.590.227,29 0,00 85.827,00 3.718.974,51 267.072,54 2.699.796,77 534.117,45 7.628.631,17 328.280,00 0,00 19.442.871,16 1.245.247,26 154.193,84 746.487,96 292.688,55 2.748.681,96 31.663,06 29.748,00 11.459.817,71 É facilmente verificável que, no período em análise (2010) houve uma forte contenção no investimento global realizado, que sofreu, relativamente ao ano de 2009, um decréscimo de € 7.983.054,00. Este decréscimo é facilmente entendível mercê da conjuntura económico-financeira, quer do país, quer da sociedade em geral, factos que levaram também a uma retracção do investimento em geral e que tem um enorme reflexo nas receitas arrecadadas e, consequentemente, no volume de investimento que se torna possível efectuar. Pese embora essa retracção do mercado, foi feito um enorme esforço financeiro elevando em cerca de dois milhões de euros o investimento na área da educação, tomando-se e dando-se continuidade à opção política de promoção de uma acção educativa de índices de qualidade de excelência elevados através, nomeadamente, do investimento em estruturas físicas de ensino que se encontrem com uma distribuição territorial adequada à realidade do concelho, quer em matéria de índices populacionais, quer à estrutura física e viária da área de abrangência dos equipamentos, tomando sempre como rumo a Carta Educativa de Paredes que, como é do conhecimento geral, foi por muitos considerada como uma das mais ambiciosas do país. Assim, durante o ano de 2010 entraram em funcionamento o Centro Escolar de Gandra /Astromil, o Centro Escolar de Mouriz/Besteiros/Vila Cova de Carros e o Centro Escolar de Vilela, estando os restantes em execução. Ainda nesta matéria, importa sublinhar que o ano 2010 marcou o arranque da construção da nova Escola EB2/3 de Baltar. Relatório de Gestão do Município de Paredes de 2010 5 2. ORÇAMENTO 3.1. Estrutura da Receita No ano de 2010 os recursos financeiros globais foram de € 46.534.009, correspondendo € 31.494.682 a receitas correntes, € 13.382.765 a receitas de capital, € 46.930 a reposições não abatidas nos pagamentos e € 1.609.631 ao saldo da gerência anterior. Resumo da Receita (Valores em euros) RECEITA CORRENTE Impostos Directos - IMI - Impostos Único Cobrança - IMT - Derrama - Impostos Abolidos Impostos Indirectos Taxas Multas e Ot. Penalidades Rend. Propriedades Transferências Correntes Empresas Públicas - Administração Central: - FEF - FSM - IRS - DREN - GGF – Ministério Educação - Participação Comunitária - Segurança Social - Outros Venda Bens e Prest. Serviços Outras Receitas Correntes Total Receitas Correntes (%) 8.791.887 5.673.117 992.272 1.585.428 474.693 66.377 179.366 894.892 65.111 18.626.961 1.057.099 7.549.314 1.914.175 1.103.218 2.855.775 3.811.845 6.496 23.074 305.965 2.754.503 181.962 31.494.682 Receita Total: 46.534.009 RECEITA DE CAPITAL 18,89 12,19 2,13 3,41 1,02 0,14 0,39 1,92 0,14 40,03 2,27 Venda de Bens Investimento Transferências de Capital: - Soc.Públicas/Emp.Públicas - Administração Central: - FEF - FEDER - Outros - Administração Local Activos Financeiros Passivos Financeiros: - Emp. Curto Prazo - Emp. Médio e Longo Prazo 545.931 10.836.835 0 1,17 23,29 0,00 5.032.877 5.600.328 203.630 0 0 10,82 12,03 0,44 0,00 0,00 2.000.000 0 4,30 0 16,22 4,11 Outras Receitas de Capital 0 2,37 6,14 8,19 Sub-Total Receitas de Capital 13.382.766 0,01 Reposições não abatidas nos 0,05 Pagamentos 46.930 0,66 Saldo da Gerência Anterior 1.609.631 5,92 0,39 67,68 Total das Receitas de Capital (%) 15.039.327 0 28,76 0,10 3,46 32,32 (este valor inclui o saldo da Gerência Anterior) Como se pode depreender pela análise do quadro acima apresentado, é de realçar o esforço do Município na gestão das disponibilidades de tesouraria, tendo sempre procurado, e conseguido em função das prioridades que têm sido apresentadas, assegurar o cumprimento dos seus compromissos. Relatório de Gestão do Município de Paredes de 2010 6 Rácios de Estrutura da Receita Evidenciam as proporções entre as principais rubricas da receita. Receitas de Capital Receitas Correntes = 47,75% Transf. Correntes Receitas Totais = 40,03% Transf. Capital Receitas Totais = 23,29% RECEITA TOTAL – FUNDOS PRÓPRIOS E ALHEIOS Descrição Receitas Próprias Receitas Alheias FEF FSM IRS DREN Gabinete G. Financeira FEDER Outras Transferências Saldo Gerência Total Geral Ano 2010 15.460.582 29.463.796 12.582.191 1.914.175 1.103.218 3.059.405 3.811.845 5.600.328 1.392.634 1.609.631 46.534.009 (%) 33,22 63,32 27,04 4,11 2,37 6,58 8,19 12,03 3,00 3,46 100,00 Receitas Próprias As Receitas Próprias são constituídas por valores obtidos a nível interno, através do produto dos impostos directos e outros que recaem sobre o sector produtivo, bem como da prestação directa de vendas e serviços, cujas componentes integram parcelas correntes e de capital. As Receitas Próprias atingiram o montante de € 15.460.582, correspondendo a uma autonomia financeira na ordem dos 32,22%, muito embora deva também considerar-se a nível dessa mesma autonomia todas aquelas receitas que não sendo geradas directamente pela actividade diária dos órgãos e serviços municipais, lhe estão destinadas por via legal e que são ali consideradas como receitas alheias. Relatório de Gestão do Município de Paredes de 2010 7 3.2. Evolução da Receita O quadro e gráfico infra revelam a evolução da receita ao longo de quatro anos: (Valores em euros) Descrição Ano 2007 Ano 2008 Ano 2009 Ano 2010 Correntes 27.606.990,00 28.495.014,00 31.888.106,00 31.494.682,00 Capital 8.255.688,00 16.540.329,00 20.403.512,00 13.429.696,00 Receita Total 35.862.678,00 45.035.343,00 52.291.618,00 44.924.378,00 Gráfico 2: Evolução das Receitas Euros 60.000.000 50.000.000 40.000.000 30.000.000 20.000.000 10.000.000 0 Ano 2008 Receita Corrente 2009 Receita Capital 2010 Receita Total Relatório de Gestão do Município de Paredes de 2010 8 3.3. Estrutura da Despesa O quadro que se segue reproduz a estrutura da despesa, evidenciando o comportamento das suas variáveis. ESTRUTURA GLOBAL DA DESPESA Descrição Ano 2010 (%) Despesas Correntes 27.275.671,00 63,10% Despesas de Capital 15.964.021,00 36,90% 43.239.692,00 100% TOTAL 3.4. Evolução da Despesa EVOLUÇÃO DETALHADA DA EXECUÇÃO DA DESPESA (Valores em euros) Descrição Var.abs. [2009;2010] Variação % Ano 2007 Ano 2008 Ano 2009 Ano 2010 10.050.161,00 11.058.241,00 14.684.140,00 14.716.280,00 32.140,00 0,22% 9.259.464,00 9.735.017,00 9.814.771,00 8.784.065,00 -1.030.706,00 -10,50% Juros e Outros Encargos 296.033,00 355.885,00 251.485,00 228.527,00 -22.958,00 -9,13% Transferências Correntes 2.880.278,00 3.301.832,00 3.678.891,00 3.231.702,00 -447.189,00 -12,16% Subsídios 285.900,00 675.986,00 36.000,00 10.000,00 -26.000,00 -72,22% Outras Desp. Correntes 507.827,00 349.205,00 315.541,00 305.097,00 -10.444,00 -3,31% 12.577.369,00 17.275.357,00 19.442.871,00 11.459.818,00 -7.983.053,00 -41,06% 231.498,00 227.709,00 332.228,00 406.304,00 74.076,00 22,30% Activos Financeiros 50.000,00 120.000,00 175.000.00 2.431.00 -172.569,00 -98,61% Passivos Financeiros 824.625,00 2.173.380,00 2.568.030,00 4.095.468,00 1.527.438,00 59,48% TOTAL 36.963.155,00 45.272.612,00 51.298.957,00 43.239.692,00 -8.059.265,00 -15,70% Pessoal Aq. Bens e Serviços Correntes Bens de Capital Transferências de Capital Relatório de Gestão do Município de Paredes de 2010 9 Pese embora a componente da despesa decorrente de encargos com pessoal seja uma das que não teve variação negativa, será de notar que essa variável não é controlável na parte relativa a valores globais de encargos com cada grupo de pessoal por ser decorrente dos valores legalmente impostos na remuneração de cada grupo, sendo também importante salientar que as despesas com pessoal reflectem um peso de 32,5% no total da despesa e representam cerca de 46,10% do total das receitas correntes de 2009, percentagem muito inferior ao limite legal estipulado no nº 1 do artigo 10º da Lei nº 44/85 de 13 de Setembro. No que respeita aos Passivos Financeiros, verificou-se um aumento na ordem dos 59% que deve, essencialmente, ao facto do município ter iniciado, no ano 2010, a amortização do empréstimo contraído no âmbito do Programa de Regularização Extraordinária de Dívidas do Estado (PREDE). Quanto às variações negativas, realça-se a rubrica dos Activos Financeiros que registou uma diminuição devido ao facto do Município ter procedido à realização do aumento de capital na empresa municipal AMIParedes, no montante de € 17.165.000,00, tendo a subscrição sido efectuada através da entrada em numerário e em espécie no valor de € 2.431,00 e de € 17.162.569,00, respectivamente. Aliás, após análise do quadro acima referido, verificou-se que, no ano 2010, o Município de Paredes apresentou variações negativas nas rubricas de Aquisição de Bens e Serviços Correntes, Juros e Outros Encargos, Transferências Correntes, Subsídios, Outras Despesas Correntes, Bens de Capital e Activos Financeiros, o que permite constatar o enorme esforço que tem vindo a ser efectuado no sentido da reduçãoda despesa global, traduzindo assimuma variação negativa de 15,70%. Este facto notório de redução de despesa corrente foi ainda mais evidente se tivermos em linha de conta o enorme esforço financeiro que tem vindo a ser feito no sector educativo e à necessidade de dar resposta aos compromissos assumidos nesta área, designadamente na concretização de serviços como auxílios económicos a alunos do 1º ciclo do ensino básico, nas refeições na educação pré-escolar e 1º ciclo, transportes escolares, actividades de enriquecimento curricular, bolsas de estudos, entre outros. Relatório de Gestão do Município de Paredes de 2010 10 É ainda de relevar que, motivado pela conjuntura económico e social desfavorável que todo o país atravessa, houve um acréscimo significativo do número de alunos subsidiados o que implicou um aumento dos encargos do Município durante o ano em análise quer com auxílios económicos, quer com refeições e bolsas de estudo. Ao nível dos transportes escolares, e apesar de a tendência ser para uma diminuição do número de alunos, a realidade é que, em 2010, tal como verificado no ano anterior, além de se ter verificado o tarifário praticado pelas empresas transportadoras houve também um aumento do número de alunos/famílias com necessidade de subsidiação. No âmbito da transferência de competências do Ministério da Educação para o Município de Paredes que se efectivou com a celebração do contrato de execução, o qual identificou as condições em concreto que, nos vários domínios, asseguravam o exercício das atribuições e competências, destaca-se o domínio do pessoal não docente, o que implicou um aumento extraordinário das despesas com remunerações desde a data da entrada em vigor do contrato, ou seja, do ano de 2008 para 2009. De notar ainda nesta vertente que, de 2009 para 2010, se verificou um novo aumento motivado sobretudo pela colocação de mais 51 trabalhadores necessários para fazer cumprir o rácio estabelecido no contrato de execução. Relatório de Gestão do Município de Paredes de 2010 11 3.5. Execução Global do Orçamento É igualmente importante, analisar os desvios entre os valores do orçamento e a correspondente execução, para que seja possível uma maior percepção dos desvios e das taxas de execução. ORÇAMENTO FINAL/EXECUTADO (Valores em euros) Orçamento Final Execução Valor Desvio Taxa de Execução Receita 01 – Impostos Directos 02 – Impostos Indirectos 04 – Taxas, Multas e Outras Penalidades 05 – Rendimentos de Propriedade 06 – Transferências Correntes 07 – Venda de Bens e Serviços Correntes 9.062.449,00 8.791.886,43 -270.562,57 97,01% 197.727,00 179.366,44 -18.360,56 90,71% 1.166.589,00 894.891,65 -271.697,35 76,71% 147.886,00 65.110,98 -82.775,02 44,03% 20.403.562,00 18.626.960,99 -1.776.601,01 91,29% 3.236.284,00 2.754.503,49 -481.780,51 85,11% 08 – Outras Receitas Correntes 151.841,00 181.961,82 30.120,82 119,84% Total das Receitas Correntes 34.366.338,00 31.494.681,80 -2.871.656,20 91,64% 09 - Vendas de Bens de Investimento 55.745.593,00 545.930,87 -55.199.662,13 0,98% 10 - Transferências de Capital 35.939.678,00 10.836.834,47 -25.102.843,53 30,15% 0,00 -2.825,00 0,00% 2.100.150,00 2.000.000,00 -100.150,00 95,23% 13 - Outras Receitas de Capital 94.605,00 0,00 -94.605 0,00% Total das Receitas de Capital 93.882.851,00 13.382.765,34 -80.500.085,66 14,25% 4.497,00 46.930,48 11 - Activos Financeiros 2.825,00 12 - Passivos Financeiros 15 – Reposições não abatidas nos pagamentos 16 – Saldo da gerência anterior --- --- --- --- 1.609.631,00 1.609.631 129.863.317,00 46.534.008,62 -83.329.308,38 35,83% 01 - Despesas com o Pessoal 15.154.379,00 14.716.280,67 -438.098,33 97,11% 02 – Aquisição de Bens e Serviços 14.825.105,00 8.784.064,65 -6.041.040,35 59,25% 03 – Juros e Outros Encargos 264.427,00 228.527,17 -35.899,83 86,42% 04 - Transferências Correntes 4.703.178,00 3.231.701,56 -1.471.476,44 68,71% 05 - Subsídios 119.930,00 10.000,00 -109.930,00 8,34% 06 - Outras Despesas Correntes 531.925,00 305.097,20 -226.827,80 57,36% Total das Despesas Correntes 35.598.944,00 27.275.671,25 -8.323.272,75 76,62% 07 - Aquisição de Bens de Capital 88.898.960,00 11.459.817,71 -77.439.142,29 12,89% 1.016.847,00 406.304,24 -610.542,76 39,96% 52.560,00 2.430,81 -50.129,19 4,62% 4.295.986,00 4.095.467,55 -200.518,45 95,33% 20,00 94.264.373,00 0,00 15.964.020,31 -20,00 -78.300.352,69 0,00% 16,94% 129.863.317,00 43.239.691,56 -86.623.625,44 33,30% TOTAL DA RECEITA Despesa 08 - Transferências de Capital 09 - Activos Financeiros 10 - Passivos Financeiros 11 - Outras Despesas de Capital Total das Despesas de Capital TOTAL DA DESPESA Relatório de Gestão do Município de Paredes de 2010 12 Pela leitura do quadro podemos verificar que o Município recorreu ao saldo da gerência anterior (ponto 16 da Receita),, através de Revisão Orçamental, tendo-se tendo verificado duas Revisões Orçamentais durante o ano de 2010. Sendo o orçamento municipal uma previsão, previsão, é natural que surjam desvios, o que está reflectido nas taxas de execução. As receitas correntes tiveram um grau de execução de 91,64% e as de capital de 14,25%, dando origem a uma execução global da receita de 35,83%, entre o inicialmente previsto e o executado. Este facto denota a enorme seriedade na avaliação e inscrição das receitas esperadas, não só porque a variação verificada é essencialmente motivada pela não concretização, no período em análise, das expectativas relativas a transferências externas, como pela elevada percentagem de concretização da receita corrente inscrita. Ao nível da despesa, verificamos que a corrente e a de capital registaram níveis de execução de 76,62% e 16,94%, respectivamente, traduzindo-se traduzindo numa taxa de execução global lobal de 33,30%, percentagem muito próxima da execução da receita, reflectindo o ajustamento das duas vertentes. Taxas de Execução da Receita e da Despesa 150% Corrente 125% Capital 100% 75% 91,64% 76,62% 50% 25% 14,25% 16,94% Receita Despesa 0% Pela análise deste gráfico podemos verificar que a receita corrente é superior à despesa corrente o que evidencia o nítido cumprimento do equilíbrio orçamental, que se traduz na necessidade das receitas correntes serem pelo menos iguais às despesas correntes, permitindo a formação de poupança corrente e possibilitando a sua aplicação em despesas de investimento estimento. Relatório de Gestão do Município de Paredes de 2010 13 4. ENDIVIDAMENTO Nos termos da Lei nº 2/2007, Lei das Finanças Locais (LFL), de 15 de Janeiro, são estabelecidos limites para o endividamento de curto, médio e longo prazo, bem como para o endividamento líquido. De acordo com o referido diploma, o artigo 37º define que «o montante de endividamento líquido total de cada município, em 31 de Dezembro de cada ano, não pode exceder 125% do montante das receitas provenientes dos impostos municipais, das participações do município no FEF, da participação no IRS, da derrama e da participação nos resultados do sector empresarial local, relativas ao ano anterior». No que respeita aos limites de médio e longo prazo, o nº 2 do artigo referido no parágrafo anterior estabelece que «o montante em dívida de cada município referente a empréstimos a médio e longo prazo não pode exceder, em 31 de Dezembro de cada ano, a soma do montante das receitas provenientes dos impostos municipais, das participações do município no FEF e da participação no IRS (…), da derrama e da participação nos resultados das entidades do sector empresarial local, relativas ao ano anterior». Por último e relativamente ao endividamento de curto prazo, o artigo 39º refere que «o montante dos contratos de empréstimos a curto prazo e de aberturas de crédito não pode exceder, em qualquer momento do ano, 10% da soma do montante das receitas provenientes dos impostos municipais, das participações do município no FEF e da participação no IRS (…), da derrama e da participação nos resultados das entidades do sector empresarial local, relativas ao ano anterior». Em suma e para uma melhor percepção, temos então: Limites de endividamento líquido Para o cálculo dos valores referentes ao ano 2010, tivemos de considerar: ≤ 125% Limites de CP Limites de endividamento de MLP ≤ 10% ≤ 100% Fundos municipais de 2010; Participação de IRS de 2009; Impostos municipais de 2009; Derrama de 2009; Participação nos resultados das entidades do sector empresarial Relatório de Gestão do Município de Paredes de 2010 14 Temos, então: (valores em euros) Endividamento: Líquido Médio e Longo Prazo Curto Prazo Limites 27.538.533 22.030.826 2.203.083 A situação face aos limites de endividamento previstos na Lei nº 2/2007, de 17 de Janeiro (LFL) e no art. 33º da Lei nº 53-A/2006, de 29 de Dezembro que aprovou o Orçamento de Estado para 2008 é a demonstrada no seguinte quadro: Designação Montante Observações Total endividamento bancário curto prazo 0,00 (A) = Saldo credor conta 2311 Empréstimos de curto prazo não amortizados até 31 de Dezembro do ano em causa 0,00 (B) = Saldo credor conta 2311 em 31 de Dezembro Capital em dívida de médio e longo prazos município 13.496.472,63 (C) = Saldo credor conta 2312 Total endividamento líquido município (D) = Passivos - Activos da linha (A) do Quadro 2. 21.677.222,77 Activos e passivos financeiros Contribuição AM, SM e SEL para o endividamento bancário de médio e longo prazos -246.647,91 Contribuição AM, SM e SEL para o endividamento líquido -1.157.878,99 Capital em dívida de empréstimos de médio e longo prazos excepcionados dos limites de endividamento municipal Dívidas à EDP 1988 Capital em dívida de médio e longo prazos a considerar Endividamento líquido a considerar (E) = Total das contribuições AM, SM e SEL para o endividamento bancário de médio e longo prazos* (F) = Total das contribuições AM, SM e SEL para o endividamento líquido* (G) = Campo A do recapitulativo do Quadro 3. Endividamento de 1.539.974,09 médio e longo prazos (H) = Campo B do recapitulativo do Quadro 3. 0,00 Endividamento de médio e longo prazos 11.709.850,63 (I) = (C) + (E) - (G) + (B)** 20.519.343,78 (J) = (D) + (F) - (G) - (H) Relatório de Gestão do Município de Paredes de 2010 15 Podemos, então, concluir que o município não ultrapassou, no ano 2010, os limites de endividamento previstos na Lei das Finanças Locais, apresentando ainda uma margem de € 10.320.975,37 e de € 7.019.188,22, o que corresponde a uma margem disponível de 46,85% e de 25,49%, relativamente aos limites de médio e longo prazo e de endividamento líquido, respectivamente. O endividamento líquido municipal é «equivalente à diferença entre a soma dos passivos, qualquer que seja a sua forma, incluindo nomeadamente os empréstimos contraídos, os contratos de locação financeira e as dívidas a fornecedores, e a soma dos activos, nomeadamente o saldo de caixa, os depósitos em instituições financeiras, as aplicações de tesouraria e os créditos sobre terceiros», nos termos do nº 1 do artigo 36º da LFL. De acordo com o nº 2 do mesmo artigo, para «efeitos de cálculo do limite de endividamento líquido e do limite de empréstimos contraídos, o conceito de endividamento líquido total de cada município inclui: a) O endividamento líquido e os empréstimos das associações de municípios, proporcional à participação do município no seu capital social; b) O endividamento líquido e os empréstimos das entidades que integram o sector empresarial local, proporcional à participação do município no seu capital social, em caso de incumprimento das regras de equilíbrio de contas previstas no regime jurídico do sector empresarial local». Para este apuramento, considerou-se o endividamento líquido e os empréstimos da Associação de Municípios do Vale do Sousa e da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa. Contudo e no que respeita à alínea b) referida no parágrafo anterior, apenas tivemos em conta os valores apresentados pela Sociedade Hidroeléctrica do Rio Ferreira, Lda. e pela Municípia, S.A. atendendo a que foram as únicas participadas que apresentaram os relatórios referentes ao encerramento de contas do ano 2010. Em relação à Sociedade Hidroeléctrica do Rio Ferreira, pudemos constatar que o resultado de exploração anual operacional acrescido dos encargos financeiros se apresentou positivo, cumprindo, desta forma, as regras de equilíbrio de contas previstas no artigo 31º da Lei nº 53-F/2006, de 29 de Dezembro, que estabelece o Regime Jurídico do Sector Empresarial Local. No que respeita à Municípia, este resultado apresentou-se negativo, contudo, ao abrigo do nº 5 do artigo 32º da Lei nº 64-A/2008, de 31 de Dezembro, que estabelece a Lei de Orçamento de Estado para 2009, não consideramos o endividamento desta empresa dado que a sua contribuição iria originar uma diminuição do endividamento líquido do Município. Relatório de Gestão do Município de Paredes de 2010 16 Importa ainda referir que, para o cálculo do endividamento líquido à data de 31 de Dezembro, os serviços financeiros procederam à contabilização de todas as facturas que deram entrada no município no ano 2011, até à data do encerramento, cuja data de emissão respeita a 2010 e considerou, no estrito cumprimento dos princípios contabilísticos, aquando da especialização do exercício, os custos e proveitos diferidos, bem como os acréscimos de custos e proveitos. No que respeita ao endividamento de curto prazo, há que destacar que o município contraiu um empréstimo até ao montante de € 2.100.000,00, o que corresponde a cerca de 95% do limite previsto para 2010, junto do Banco Santander Totta, S.A., tendo utilizado o valor de € 2.000.000,00 para ocorrer a dificuldades de tesouraria, procedendo ao pagamento total do mesmo até 31 de Dezembro, pelo que o endividamento de curto prazo no final do ano corresponde a € 0,00. Relatório de Gestão do Município de Paredes de 2010 17 5. SITUAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA 5.1. Balanço O Balanço permite a verificação da posição financeira e patrimonial do Município no final do ano comparativamente com o ano anterior. (Valores em euros) Balanço 2010 2009 Activo 252.251.477,42 219.512.015,32 Activo Fixo 238.627.791,93 238.627.791,93 213.802.953,65 213.802.953,65 12.003.622,74 465.672,16 6.509.909,88 5.028.040,70 4.416.004,40 484.102,32 377.006,98 3.554.895,10 1.620.062,75 1.293.057,27 175.319.471,23 169.541.697,74 156.276.532,61 1.927.408,50 10.456.151,28 6.659.378,84 155.623.500,36 1.927.408,50 16.699.073,60 -4.708.284,72 76.932.006,19 49.970.317,58 96.297,15 11.391.366,74 41.629.729,27 274.158,03 13.847.293,24 20.907.267,76 23.814.613,03 14.941.598,55 Imobilizado Activo Circulante Existências Dívidas de Terceiros Disponibilidades Acréscimos e Diferimentos Fundos Próprios Património/Partes de Activos/Doações Reservas Resultados Transitados Resultados Líquidos Capital/Reservas Passivo Provisões para Riscos e Encargos Dívidas a Terceiros - Médio e Longo Prazo Dívidas a Terceiros - Curto Prazo Acréscimos e Diferimentos Relatório de Gestão do Município de Paredes de 2010 18 Podemos constatar o seguinte: O total do Activo Líquido atingiu em 2010 o valor de € 252.251.477,42 traduzindo um acréscimo de cerca de 15% face ao ano transacto, impulsionado essencialmente pelo aumento de capital da sociedade Agencia Municipal de Investimento de Paredes, EM, SA, pela realização dos novos Centros Escolares e respectivos estudos e projectos. Relativamente ao Passivo, podemos constatar que houve um aumento, em termos globais, em relação ao ano anterior, facto que resulta essencialmente do comportamento da rubrica Dívidas a Terceiros a Curto Prazo decorrente, em grande medida, da facturação referente à Construção dos Novos Centros Escolares uma vez que, para além da quota-parte que tem de ser assumida pela componente municipal também é facto que os atrasos na transferências da componente comparticipada leva a que o volume de facturação apresentada e não paga leve a estes comportamentos agora demonstrados. Analisando a estrutura do Balanço podemos constatar que o Activo Fixo, ou seja, os bens duradouros e as participações do Município noutras entidades representam 94,6% do total do activo. De acordo com o estipulado no Plano Oficial de Contabilidade das Autarquias Locais, os subsídios recebidos pelo Município para comparticipação no investimento em bens corpóreos, devem ser registados na contabilidade aquando da apresentação do pedido de pagamento pela autarquia local e encontram-se evidenciados na rubrica de “Acréscimos e Diferimentos” (Proveitos Diferidos). Daqui, podemos concluir que € 21.075.613,02 que corresponde ao agregado mencionado, não constitui qualquer tipo de dívida nem qualquer limitação à utilização dos financiamentos obtidos, mas apenas são o reflexo da aplicação do princípio contabilístico da especialização do exercício previsto na alínea d) do capítulo 3.2. do POCAL. Relatório de Gestão do Município de Paredes de 2010 19 5.2. Indicadores Económico-Financeiros Indicadores 1 Índice de Solvência 2 Autonomia Financeira 3 1. = 2010 2009 = 21% 15,8% = 69,5% 77,2% Empréstimos Activo Líquido = 5,4% 7,2% Dívidas a Terceiros Activo Líquido Fundos Próprios = Activo Líquido Grau dependência dos empréstimos 4 Liquidez Imediata = Disponibilidades Passivo Exigível a C/P = 12,1% 17,0% 5 = Activo Circulante Passivo Exigível a C/P = 28,8% 21,1% Liquidez Geral Índice de Solvência Indica a capacidade do Município para, com o seu Activo, fazer face aos compromissos assumidos. Verificamos uma aumento de 15,8% para 21%, o que continua a evidenciar uma boa capacidade do Município em solver os seus compromissos. 2. Autonomia Financeira A estrutura do financiamento das acções da Autarquia pode ser analisada através do Índice de Autonomia Financeira, que mede até que ponto a actividade está a ser financiada com capitais angariados pela mesma. Apesar de, neste exercício, se ter verificado uma diminuição de 7,7% relativamente a 2009, por efeito do aumento dos Fundos Próprios e dos investimentos realizados, continua a evidenciar uma reduzida dependência perante os credores. Relatório de Gestão do Município de Paredes de 2010 20 3. Grau Dependência dos empréstimos Indica a dependência do Município perante o financiamento das actividades executadas, pelo que o valor apresentado de 5,4% evidencia a capacidade de liquidar os seus compromissos com recursos próprios, registando um decréscimo de 1,8% face ao ano anterior devido ao facto do Município não ter contraído nenhum empréstimo de médio e longo prazo durante o ano 2010, encontrando-se apenas a amortizar os existentes. 4. Liquidez Imediata Sendo este valor de 12,1%, significa que o Município não dispõe de disponibilidades de tesouraria suficientes para liquidar de imediato a dívida de curto prazo. Mas traduz o cumprimento do preceito legal que obriga o Município a ter em disponibilidades para proceder ao pagamento imediato da totalidade das cauções retidas a terceiros e operações de tesouraria, sendo pois o valor das disponibilidades de € 5.028.040,70 e aqueloutro de € 1.733.722,92. Este indicador reflecte ainda que a política do Município privilegia uma optimização na gestão dos recursos financeiros, tendo as disponibilidades necessárias para cumprimento legal. 5. Liquidez Geral Este indicador determina a capacidade do Município em face aos seus compromissos a curto prazo, que no corrente ano se encontra a 28,8%. 6. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DOS RESULTADOS Propõe-se que ao Resultado Líquido do Exercício, no valor de – € 6.659.378,84 seja dada a seguinte aplicação: - Reforço da conta 57.1 - Reservas Legais pelo valor de € 332.968,94. - Reforço da conta 59 - Resultados Transitados pelo valor de € 6.326.409,90. Mais se propõe que na conta 51 - Património se reforce o valor de € 346.967,75, no sentido da sua estabilização, perfazendo, assim, o valor de € 151.000.000,00, por contrapartida da conta 59 - Resultados Transitados. Relatório de Gestão do Município de Paredes de 2010 21 NOTA FINAL Numa análise atenciosa e isenta deste documento, podemos concluir que continua a existir rigor e objectividade na elaboração dos documentos previsionais da Autarquia e que se mantém a postura de seriedade na gestão do Município. O Município pautou-se pela continuidade das políticas de controlo orçamental e de optimização de custos, política esta que não é alheia nem pode estar arredada da análise conjuntural nacional e internacional, pelo que, a tomada de decisões durante o período em análise foi influenciada pelas fortes restrições financeiras impostas à Administração Local Autárquica por parte da Administração Central, bem ainda pelo recrudescimento da actividade económica, designadamente ao nível do imobiliário, o que implicou uma forte queda nas receitas esperadas e influencia também a decisão sobre os investimentos prioritários que têm de ser levados a efeito, não sendo também de olvidar que, mercê da crise que afectou também as famílias, houve de facto um elevado esforço de investimento na área do apoio social. Relativamente às condições em que se desenvolveu e executou o Orçamento de 2010, anote-se que, não só, foi respeitado o princípio de equilíbrio orçamental, como se executaram todas as Receitas e Despesas dentro do formalismo legal exigido, desenvolvendo-se o Orçamento, Plano Plurianual de Investimentos e Plano de Actividades Municipal, de acordo com as regras contabilísticas fixadas nos diplomas legais. Paredes, 5 de Abril de 2011 O Vice-Presidente da Câmara Pedro Dinis Mendes, Dr. Relatório de Gestão do Município de Paredes de 2010 22