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IMPLEMENTAÇÃO DE
POLÍTICAS
EDUCACIONAIS À LUZ DO PME: O DESAFIO DOS
CONSELHOS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO
DEBATENDO O ENSINO
FUNDAMENTAL
Célia Maria Vilela Tavares
Graduada em História e Filosofia
Mestra em Ciência Política
O ensino fundamental (EF), que
historicamente se inicia com o
processo de alfabetização, era de
duração e frequência obrigatória de
quatro anos até 1967, de oito anos
até 2007 e agora, de nove anos.
Meta 2: universalizar o ensino
fundamental de 9 (nove) anos
para toda a população de 6
(seis) a 14 (quatorze) anos e
garantir que pelo menos 95%
(noventa e cinco por cento) dos
alunos concluam essa etapa na
idade recomendada, até o último
ano de vigência deste PNE.
(A meta é acompanhada de 13 estratégias)
DISCUTINDO O ACESSO
DISCUTINDO A PERMANÊNCIA
DISCUTINDO A QUALIDADE
DISCUTINDO A QUALIDADE
Quanto mais recursos financeiros e
escolaridade tenham os pais, maiores as
chances dos filhos serem todos
alfabetizados e em idade menor;
Os fracassos no processo de
alfabetização e letramento são
proporcionais ao despreparo dos
professores, ao descompromisso dos
gestores e à ausência de um projeto
pedagógico na escola.
Portanto, é preciso articular ações de
escolarização dos pais (oferta de EJA
Fundamental e Média para pais e mães de
alunos) com as políticas de aumento de
renda das famílias.
Só assim poderemos superar as
diferenças entre municípios com 2% e
40% de analfabetos que subsistem no
Brasil.
Além disso é preciso fomentar ações de
formação continuada de professora(e)s
alfabetizadora(e)s e garantia de formação
inicial de professores em Cursos de
Pedagogia de qualidade, com exigência de
que seus alunos desenvolvam durante o
curso práticas de alfabetização;
Avaliação contínua dos processos de
alfabetização desenvolvidos pela escola.
Não podemos reduzir a medida da
qualidade a índices e médias gerais e
de incompleta sensibilidade – como o
IDEB.
É preciso fazer avaliação contínua e
cumulativa da aprendizagem dos
estudantes.
João, como você adquiriu tanta informação e
como você prende um auditório por três horas
seguidas sem usar um power point?
Será que foi porque leio mais de duas horas por
dia de Machado a Balzac, de Guimarães Rosa a
Dostoiewski? Ou porque, ao visitar uma escola
ou universidade, pergunto e quero ver suas
bibliotecas?
João Monlevade
Temos que verificar as razões de diferenças extremas
de desempenho entre escolas e escolas e até mesmo
entre uns e outros grupos de alunos.
É fundamental que se multipliquem os esforços de
inspirar soluções mais simples e ações prioritárias
para impedir que algumas escolas (principalmente de
periferias de regiões metropolitanas) apresentem
resultados desanimadores que se repetem ano após
ano.
Precisamos discutir as razões objetivas de saltos de
qualidade e de resultados surpreendentes no Ideb de
municípios pequenos, com baixa disponibilidade
financeira de investimento em educação, mas com
alto grau de intencionalidade política em fazê-la de
qualidade.
A população-alvo da meta 9 que trata da
alfabetização de adultos é a que hoje se
considera “de risco”, ou seja, composta pelos
segmentos de maior vulnerabilidade social,
econômica e cultural do Brasil.
Algumas propostas:
Criação de turmas de EJA com pais e mães de
crianças com fraco desempenho na
aprendizagem nos primeiros anos do EF;
Fortalecimento da gestão democrática nas
escolas públicas que atendem a estes segmentos
vulneráveis, focado em assembleias escolares e
no funcionamento regular dos conselhos
escolares;
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10
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Coluna 1
Coluna 2
Coluna 3
6
4
2
0
Linha 1
Linha 2
Linha 3
Linha 4
A tradição de só se recuperar a escolaridade (com a
respectiva titulação) e não se construir a formação,
acabou concentrando a oferta da EJA nos
tradicionais segmentos do ensino fundamental e
médio de crianças e adolescentes. O resultado é
trágico: além das altas taxas de evasão, o que se
observa agora é a falta de procura. Assim, são 57
milhões os brasileiros com mais de 15 anos que
não concluíram o ensino fundamental.
Todos os cursos na modalidade de educação de
jovens e adultos deveriam não somente ter como
objetivo a qualificação para o trabalho mas também
compor seu currículo com conteúdos humanísticos,
científicos, culturais e profissionais.
Ensinar
é um exercício
de imortalidade.
De alguma forma
continuamos a viver
naqueles cujos olhos
aprenderam a ver o mundo
pela magia da nossa palavra.
O professor, assim, não morre
jamais...
Rubem Alves
*15/09/1933
+19/07/2014
Muito mais que exorcizar seus demônios e
satanizar suas beatitudes, Antônio Abujamra
tenta realizar os ideais do (poema de Rimbaud)
“Barco Ébrio”.
“Indiferente às minhas equipagens…
… pelos rios segui, liberto desta vez”.
“Caminhando no
incerto e idolatrando
a dúvida”
*15/09/1932
+28/04/2015
PENSAR A EDUCAÇÃO DE FORMA SISTÊMICA
IMPLICA EM CO-RELACIONAR TODAS AS 20
METAS DO PNE, DE FORMA QUE PARA
GARANTIR UM ENSINO FUNDAMENTAL DE
QUALIDADE É PRECISO DISCUTIR TAMBÉM:
META 1 – EDUCAÇÃO INFANTIL
META 3 – ENSINO MÉDIO
META 4 – EDUCAÇÃO ESPECIAL
META 5 – ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS
META 6 – EDUCAÇÃO BÁSICA EM TEMPO
INTEGRAL
META 7 – QUALIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA
META 8 – ESCOLARIDADE MÉDIA DA POPULAÇÃO
META 9 – ALFABETIZAÇÃO DE ADULTOS
META 10 – EJA PROFISSIONAL
META 11 – EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA
META 12 – EDUCAÇÃO SUPERIOR – GRADUAÇÃO
META 13 – QUALIDADE DA EDUCAÇÃO SUPERIOR
META 14 – PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU
META 15 – PROFESSORES PARA A EB
METAS 16, 17, 18, 19 e 20 – VALORIZAÇÃO DOS
PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO,GESTÃO
DEMOCRÁTICA E FINANCIAMENTO DA
EDUCAÇÃO
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implementação de políticas educacionais à luz do pme