Marcos Alede Nunes Davel REPRESENTACOES SOBRE 0 ENSINO DE INGLES POR PARTE DOS PROFESSORES.DE LiNGUA INGLESA EM CO LEG lOS DA REDE ESTADUAL DE CURITIBA Trabalho de Conclusao curso de lelras da Humanas, Letras e Artes Parana como requisite de Curso apresentado 80 Faculdade de Ciimcias da Universidade Tuiuli do parcial para obtencao do grau de licenciado em Letras. Orientadora: CURITIBA 2011 Ms. Denise Akemi Hibarino RESUMO o e objetivo deste trabalho investigar as repre5enta~6es que professores de lingua inglesa que atuam em colegias da rede publica estadual em Curitiba constroem a respeite do ensino-aprendizagem da Iingu<;:I inglesa. Para isso, sera apresentado primeiramente urn apanhado bibliografico sabre questoes relevantes atualmente discutidas sabre a idioma como a concep9a.o global ou imperialista do ingles e suas implicac;:oes na sociedade e na educac;:ao. 0 trabalho analisa tambem como as Orientac;:6es Curricula res Nacionais para 0 Ensino Media (OeEM), as Parametros Curriculares Nacionais (peN) e as Diretrizes Curriculares Estaduais de Lingua Inglesa do Estado do Parana (OCE) concebem 0 ingles como lingua estrangeira e propoem reflexoes que irao nortear a trabalho do professor. Investiga-se qualitativamente neste trabalho, par meio de entrevistas baseadas em questionarios semi-estruturados, as representavoes de cinco professoras sobre 0 ensino de ingles e como estas questoes estao articuladas ou nao com as questoes presentes nos documentos norteadores do Estado sobre 0 ensino do idioma. Por meio da pesquisa apresentada, e possivel perceber alguns fatores importantes a respeito dos problemas enfrentados pelas professoras em seu dia-a-dia como 0 desinteresse dos alunos e a falta de recursos. Foi possivel tambem notar que as participantes apresentam certa consciencia sabre seu papel transformador de realidades Nota-se, por meio dessa pesquisa, que ha necessidade de que os professores leiam e se interem de forma mais aprofundada com os documentos norteadores do Estado para que possam articular melhor sua pratica com as objetivos do ensino de ingles na escola publica, porem nao se descarta 0 papel do professor como sujeito no processo, capaz de atuar de forma significativa. Palavras-chave: representavoes de professores; ensino de ingles; lingua inglesa. SUMARIO RESUMO 1. INTRODUi;AO 2. liNGUA .... 1 INGLESA E CONCEPi;OES DE ENSINO.. . 7 2.1. INGLES: LINGUA FRANCA OU IMPERIALlSTA?. 2.2. 0 ENSINO DO INGLES NO CONTEXTO DA ESCOLA PUBLICA .15 2.3. LINGUA INGLESA E SUAS REPRESENTAi;OES 3. REFLEXOES COM PROFESSORES 4. CONSIDERAi;OES REFERENCIAS ANEXOS .. .. FINAlS . NA ESCOLA DA ESCOLA PUBLICA.. 7 21 . 28 .48 ... 52 ...... 55 1. INTRODUV.A.O Estudar estrangeira ingles 2005) como e 0 E passivel do prestigio para fins turisticos VaG a principal pois, quando do discurso" ingles, e a lingua (PAIVA do idioma em suas Tai5 paises interessam-se a em ciemcia e a ajuda militar e econ6mica. 0 segundo Rajagopalan seu status au prestigio na medida culturais distintos individuo seus trac;:6es culturais a em leva em considerac;:ao que todo idioma, carrega uma carga ideol6gica indivlduo 0 social. Ao me sma tempo, em que insere S9 (2003), e entra em contato com e cultural. Com isso, ao essa carga ideol6gica e cultural interierir na construc;:ao de sua identidade. Para 0 possibilidade 1 E e em desenvolvimento perceber a lingua inglesa como a lingua do poder, do progresso ingles aumenta na perspectiva que e turismo internacional intervE!rn na cultura, aprender mundial. e cientrficos. apesar de que nem sempre, que aprende contextos fenomeno ens ina desse idioma como uma forma de ter acesso tecnoJogia, ao comercio lingua urn a case do Br~.sil e tant05 Qutros que precisam rela90es comerciais, promover tornou-se estudada em muitos paises desenvolvidos professor, de 0 ensino conscientizac;:ao desse do idioma individuo, pode ser visto de ac;:ao e como uma consequente Entende-se aqui como discurso toda interat;:ao por meio da linguagem e, como coloca Fairclough e Wodar (citado por Van Oijk, 2010) 0 discurso e hist6rico, e uma forma de at;:ao social, constitui a sociedade e a cultura. As DCEs colocam 0 discurso da seguinte forma: Segundo 6akhtin (1988), toda enunciayao envolve a present;:a de pelo menos duas vozes, a voz do eu e do oulro. Para esle fi1osofo, nao ha discurso individual, no sentido de que todo discurso se conslr6i no processo de inlerat;:ao e em funyao de oulro. E e no espat;:o discursivo criado na relayao entre 0 eu e 0 outro que os sujeitos se constituem socialmente. E no engajamento discursivo com 0 outr~ que damos forma ao que dizemos e ao que somos. Dai a lingua Eslrangeira apresentar-se como espat;:o para ampliar 0 contato com outras formas de conhecer, com outros 2008. p.53) procedimentos interpretativos de construc;:ao da realidade. (PARANA, 2 transformava.o social. Paiva (2005) afirma que em que ensina a lingua inglesa, promover sociais, contribuindo culturais e ideol6gicas, 0 professor urna discussao assim o sabre ensina 0 Rajagopalan Lacoste, de ingles, segundo e Yves Lacoste, Paiva (2005), as representac;6es como lingua e 'ouvida inglesa propagandas, programas no naciona!. Esta presente names de casas como 0 de radio. que circulam quanto organismos Unidos internacionais oportunidades enviando dos carros, nas marcas nas picha¢es para seus especialistas parses considerados e americanos, contribuindo para a divulga9ao contribuem que promovem intercambios do mundo inteiro para assessorias, como subdesenvolvidos a utiliza9ao nos Isso revela muito grande da lingua no paragrafo de uma lingua e, inegavelmente, para a prom09ao da lingua academicos, estudem a tanto a Inglaterra atraves de proporcionando em seus cursos e palestras paises e mundo afora. Os vao aos Estados Unidos para aprender par sua vez, vao aos paises para e tambem palo planata. em lingua inglesa, como as citados que pessoas Segundo de carro, de muros. de um pava (PAIVA, 2005). No easa da lingua inglesa, as Estados assunto em nos documentarios, de que a ingles tem uma abrangencia anterior, outro fatar importante eduea,aa 0 0 ingles aparece no rock estrangeiro nos produtos, idioma tem sa disseminado Alem da considera9ao de televisao, traz de pesquisas. atenC;;30 para esta questao. nas novelas nos adesivos comerciais, devido aos produtos dos estrangeira sao autores que discutem par exemplo, do ingles (2006) e tern chamado a lingua educacional ensina da lingua inglesa. implicac;6es sociais e politicas e este assunto tern sido motivolobjetivo A Geopolitica tempo sabre suas implicac;6es para a processo global. Oesta forma, a pesquisa adeta esse foco ao investigar professores pode, ao mesma em desenvolvimento inglesa em diversos para contextos ensinar, e sua permanencia em um status importante Na medida em que esta vem sen do simbolizada (ROSA, 2003, p10), a necessidade apresentadas mas em mundialmente. nos discursos muitos paises e a importancia sabre a mundia.liza~ao onde a poder como "a lingua de se aprender universal" ingles vao sendo do capital nao apenas no Brasil, hegemonico da lingua inglesa estiver instaurado. Atualmente, Parana adota a concep~ao a discurso do ensino de Ifnguas apresentado como pratica formais par meio de generos textuais. pelas DCEs, ensino DeEM de lingua estaduais e PCN, inglesa articulam estudos em lingua este trabalho e investiga inglesa bases norteadores utilizados importancia da debruc;:a-se sabre os professores que Aborda-se puderam da pesquisa tambem complementares seraa anal is ados de autores que tambem discutem ser observados das escolas do publicas a a estado da arte dos que permeiam a na escola. (2005), Paiva (2005), Celani (2002, 2010), Barcelos que apresentadas as concep~oes dos professores, do Ingles no mundo como Rajagopalan que, no decorrer de conteudos cam a pratica de sala de aula, auxiliando e as representac;:oes bibliograficas educa,ao trabalhos como de aprendizagem. processa de ensina e aprendizagem Como sociar e a apresenta~ao Levando em conta as reflexoes seus conhecimentos aluno em seu processo pelo estado do auxiliam dUrante aos (DCE, documentos OCEM oficiais e PCN) serao a ensino de lingua inglesa e a (2003), Rajagopalan e Abrahao no entendimento (2010), da:; questoes a desenvolvimento e Lacoste entre outros discutidas do capitulo e intitulado Segundo a DeE: [ ... J Ao tomar a lingua como interayao verbal, como espa~ de produ~ao de sentidos, buscou-se urn conteudo que atendesse a essa perspectiva. Sendo assim, define-se como Conteudo Estruturante da Lingua Estrangeira Modema 0 Discurso como pratica social. A lingua sera tralada de forma dinamica, por meio de leitura, de oralidade e de escrita que sao as praticas que efetivam o discurso (PARANA, 2008, p.61). 4 Lingua Inglesa Como e Concepr;oes de Ensino. problema representay8.o norteador de sabre as quest6es relacionadas ensina da disciplina. Busca-se a sua que 0 professor no capitulo ate que ponto, dentro do contexte lingua tern dificuldade em articular com a pratica de sala de aula e como alunos que apresentam papel do aprendizado dificuldade pretende-se acerca do ensino-aprendizagem para dificultar partida 0 uma analise da lingua possuem de lingua, autonomia procedimento pesquisa bibliografica tambem as crengas do aprendizado dos perceber 0 a respeito de como dos professores se tornar grandes em sala, assim como podem podem tambem da pesquisa, inglesa; se transformar em ponto de se ensina/aprende o~ procedimentos a investigag.3o oficiais que norteiam OCEM e PCN) com relag.3o ao objetivo no meio academico educativQ e nao conseguem e como investigativos dos conceitos com relag.3o ao ensino e aprendizagem dos documentos o de te6rico-metodol6gicos os dentro do contexto escolar. Como fios condutores conta a analise atua! as professores do ingles e como elas podem Tais crengas reflexao se percebem professores investigar bom aproveitamento seu trabalho. para individuos 0 da de ingles no ensina regular. Ah§m disso, barreiras no se reflete no processo de aprendizagem a ensine discutidas conhecimentos i550 qual entre professores Reflexoes educativo de de lingua inglesa controi atua<;:c3oe concep9ao'de investigar esco/a publica inglesa esta a investigay8.o pesquisa au quais as representa<;6es 0 ensino e crengas de lingua publico levam em brasileiro do ensino de lingua inglesa, que inglesa; a (DCE, aos conceitos do professor, etc .. metodol6gico para investigar utilizado como 0 pelo pesquisador foi primeiramente tema vem sendo abordado e por autores!pesquisadores do assunto. a e discutido A partir da primeira etapa, foi passive I apresentar pesquisa de campo, investigagao que urn apanhado entrou das representagoes Parana relacionados esta dividido imperialista - discute (2005), questoes relacionadas (2005) a importancia 0 ao conceito intitulada de crengas. Ingles: (2005) lingua franca que autores apresentam do ingles e seus reflexos ou como em rela,ao culturais ao enquanto tao importante da Escola que estao coloeadas 0 referentes nome de crengas par fim, para a na Escola, na ao ensino de lingua inglesa na escola e ressaltar da mesma a lingua. Parte-se, e Suas Representat;aes que para este trabalho maneira e que, em alguns e em outros representagoes, crengas e momentos sem prejulzo ao a concepyao de do conceito. trabalho segue, depois de investigar lingua inglesa, reflexoes os professores, questoes referentes sobre as orientaryoes pedag6gicas de urna breve investigaryao esco/a publica. - ao posicionam.ento e Breton Inglesa ~ importante sao definidos com entendimento Lingua Ing/esa e concep90es algumas das as discussoes A lingua algumas questoes representagoes aparecerao do do estado, ou seja, DeE, peN e OCEM, e como tais documentos se1(ao seguinte o capitulo ensino de lingua inglesa e concebem qual aborda-se a de de ensino com a segao 0 Ensino do Ingl8s no Contexto Publica, no qual sao apresentadas articulam 0 au global e tambem como esse idioma tornou-se Segue-se nos documentos embasar instrumento da rede estadual em tres sey:oes. A primeira Lacoste ingles. Busea-se analisar idioma imperialista para como com os objetivos da pesquisa. de Ensino mundialmente. escrita momento dos professores Para melhor organizay:ao do trabalho, Rajagopalan de forma num segundo apresentada norteadoras sobre as representa1(oes/crengas no capitulo seguinte: Reflexaes do Estado e com a pesquisa com professores com da A pesquisa de campo (oi realizada por meio de queslionario roteiro semi-estruturando professoras com base na pesquisa de lingua inglesa colegios bibliografica baseado em urn e aplicado publicos da rede estadual a cinco de ensino em Curitiba. 0 roteiro de perguntas (vide anexos 1 e 2) contempla questoes referentes a formayao do professor, aos ~esafios que encontrou e ainda encontra em sala, ao conhecimento que possui dos documentos norte adores da educac;:ao (DCE, PCN e OCEM), e as representac;:6es que os professores apresentam aprende ingles. As respostas fcram analisadas e apresentadas e discussao sobre os resultados sobre 0 aluno que em forma de analise obtidos, levando em considerac;:ao a bibliografia estudada e as hip6teses levantadas nesta pesquisa. A reflexao Curitiba com professores contribui atualmente. 0 de colegios professor, a quem cabe educativo e cobrado constantemente professor em sala, compreender que da rede estadual para a com preen sao do que esta acontecendo porem torna-se grande importante que, como sujeito, como indivlduo, influenciarao todo 0 processo, representayoes culturais e socia is. responsabilidade pcr resultados, e que em nas escolas no processo tala-se bastante no papel do olhar para esse ele traz consigo ele de ensino tambem esta profissional e representac;:oes permeado par 2. liNGUA INGLESA E CONCEP\;OES DE ENSINO 2.1. INGLES: LiNGUA FRANCA OU IMPERIALISTA? Considerar a lingua inglesa quest5es como a geopolitica influ€mcia sobre territ6rios. na 8tualidade signifiea levar em conta algumas do idioma que analisa as rela90es de poder e de culturas e processos identitarios, Lacoste (2005), ge6grafo frances em seu livro A Geopolltica a geografia interay80 tern urn papel social muito importante das na90es e neste livro, apresenta da nova organiz89ao des espayos relacionado discuss6es segundo do Ingles. Para as disGute 0 autor, novas formas de sobre as conseqUencias sobre as popula90es, levando em considerar;ao principal mente a lingua inglesa. ~A abordagem geopolltica de urna lingua nao se limita a examinar no mapa 0 alcance de sua exlenS20 e seus limites com outras IInguas, a coincidencia (ou a nao-coincid~ncia) com as fronteiras desse ou daquele Estado" (LACOSTE, 2005, p.7). Isso se deve, linguisticas no caso de um estudo apresentadas pelas popular;:oes dentro de uma nar;:ao podem existir linguas p~r grupos ou comunidades linguistico, que p~r causa habitam das variar;:6es um mesmo pais, pois e/ou variar;:oes do idioma oficial falado e -que nao vao necessariamente apresentar-se de forma escrita. Segundo determinados construr;:ao de Enlende-se 0 mesmo autor (LACOSTE, territorios Eslados-Nar;:ao3 Estado-Na~2o 2005) a difusao de uma lingua por durante seculas se deu par meio de rivalidades, como com propagar;:ao de Ifnguas nacionais uma denomina~ao utilizada povas e manlinham a unidade por meio do poderio em detrimento pela Hist6ria para determinar vezes eram farmades mititar de seus lideres. grandes areas territariais unidas par um exercito. Esses territOries muitas par diferentes par meio da das linguas 0 dominio das nayoes se refletia na lingua, que tambem se regionais. caracterizava como urn instrumento de dominayao significa tambem a dominayao/imposiyao territorial. A dominayao da lingua do dominador territorial e esta pratica vem dos povos antigos. Surge, por meio da domina9ao e 0 caso aplicado a idiomas como de forya e poder reveladas grande difusao, pel a geopolitica desempenhe papel caracteristicos as outras civiliza90es. nao precedentes existem receptividade territorial, do politico exito do 0 termo imperial esta relacionado a como tais imperios do que acontece com Durante a expansao suas linguas entre as popula90es adotaram Portugal, colonias exclusivamente no mantiveram colonia is, europeia Espanha, tra90s ao idioma, 0 tenha permanecido culturas locals que nao sao facilmente alcance ainda Imperio e segundo Romano utilizar e diferente 0 termo que ocorreu entre os seculos XV e Inglaterra, Fran,a europeus, atualmente e Holanda propagaram As na90es que foram durante depois idiom a do colonizador, transformados seu suas Unguas nacionais, que dominavam. de paises 0 seus conceito de lingua imposta. 0 suas linguas aut6ctones do ex-colonizador tange como a China e linguas e dialetos ja falados por seus povos. Segundo territorios que relacionado impuseram imperialista como seculos e imprima ingles nos dias atuais. Consequentemente, imperial para a lingua inglesa retoma alguns de destaque idioma, a ling.uas de nayoes XVIII, paises que agora e A autora endente ainda que, no caso do ingles, remete 0 termo imperialismo, fazem com que uma lingua imperial, de mundiais. Breton (2005), 0 do ingles. Breton (2005) afirma que as rela90es de sua independencia, e excluiram Lacoste em de sua cultura nao as (2005), cada um dos Estados independentes, em maior ou menor grau, mesmo que a lingua como lingua oficial. Isso se deve a forya das transformadas pelo contato com outra lingua, como pode-se observar em muitos palses da Africa. No entanto, mundialmente quais sao os fatores que fizeram do Ingles falada? Ao se analisar alguns fatos que ocorreram XX, podem-se identificar alguns que favoreceram 0 uma durante desenvolvimento lingua 0 seculo do poder do ingles. Durante 0 periodo pas-guerra, a bipolaridade promovida entre EUA e URSS favoreceu a aceitayao do ingles, visto que: segundo Giblin (2005) de um lado os Estados Unidos apresentavam eram vistos como os grandes como a principal potencia vencedores economica do conflito mundial. e ja se No outro polo, a cortina de ferro era pouco atrativa aos olhos dos jovens. cheios de expectativas que encontraram na cultura norte-americana ideologica, vend ida pelo American Para Breton (2005), 0 reflexos de sua identidade cultural e Way of Life. ingles nao estava estabelecido como lingua cientifica ate 0 fim da Segunda Guerra, pais ate a fim do sec. XIX alemaes, japoneses franceses cantribuiam muitQ. para a progresso da ciencia. Depois Guerra, as Estados Unidos abriram as partas de suas universidades para estudantes e pesquisadores pas-guerra, muitos dentistas e da Segunda e laboratorios da Europa e de outros paises. Durante a periodo e pesquisadores se refugiaram nos EUA. Com isso, pais se viu repleto de grandes mentes que, com idioma nadonal. e 0 tempo, comeyaram A autora afirma que essa politica contribuiu lingua inglesa muitos triunfos, como se pode observar, numera de premios Nobel lotados em solo americano a utilizar 0 0 para trazer para a por exemplo, no grande que sao de pessoas que vieram de palses da Europa e Asia. Muitas das grandes descobertas cientificas, as ciencias informaticas, a origem da internet, e tantas outra~ tecnologias produzidas em solo americana foram 10 desenvolvidas per pessoas das mais diversas nacionalidades, Estados Unidos. Esse movimento influenciou as esperas cientificas que tiveram instigados a participar seus pesquisadores para isso, era preciso talar ingles (LACOSTE, Atualmente, imperialistas, IingOistico como principalmente de dominayao. Rajagopalan sendo "a forma mais nefasta dos paises em nome em estao e do acesso 0 se da na esfera economica lermo imperial aplicado Africa, representatividade Mesmo questionou-se Asia, Australia, em todo assim, 0 0 de pessoas e ainda tem grande idiomas (LACOSTE, de Lacoste (2005) abordada em determinados Estados como 2005), 0 a colonizados lingua inglesa" mais como conquista e cultural. em mais de urn continente falada quando naquele com mais grupos populacionais. 0 durante falado ou menos muito tempo, por mais de 42 e espanhol, que tarnbem pais. Ve-se se fala em lingua globais e produ9ao acima - Unidos, alemao, au a frances representatividade dentro do Estado de maior influencia meio das rela96es economicas e lingua mais variados, sendo mundo como lingua estrangeira. dentro· dos proprios milh5es de imperialismo 2005) se do pela sua difusao como lingua materna America), uso de outros tiveram nao se configura ao ingles (BRETON, 0 idioma apresenta-se planetaria. (Europa, imperialismo ela pode constituir- universal de territorios, o a lingua inglesa torna-S9 pela qual as pavos (2005, p.37). Nesses termos, pois tal dominio e de urn idioma mais do traz 0 conceito desenvolvirnento, da globaliza9ao de Qutros paises desenvolvimento, e como 0 que precisa ser mais bern esclarecido se como urn instrumento rnentalrnente par quest6es dos 2005). ao pensar em termos de poder e influencia que na sua simples imposiyao muito relevante. desse habitantes que, rnesrno imperialista - por cultural de massa na perspectiva ingles sofre interferencia de outros idiomas Neste senti do, Rajagopalan (2003) defende 11 a ideia de que nao auto-suficiente, ha mais como sustentar pais vive-sa atualmente comunidades dos Estados Lopez e Strada (2005) reforyam Unidos mundo menes bilingues, Segundo extrema mente ao considerarem que apresentam afirmam que a conhecimento e fragi!. conceito classico de lingua, de lingua marcando todas as de fala. Em contrapartida, dentro 0 grande heterogeneidade inexpressivos a menor diversidade das linguas provindas as autores, linguas a poder da lingua inglesa pais como uma das na90es do 0 como na atualidade, 0 linguistica e tambern da grande migrayao da Europa alemao, assim italiano como e frances sua utiliza9ao estao e valor cultural, politico e econ6mico. Nao e passive I analis~r. a processD de expansao em considera9ao lingua inglesa as duas grandes enquanto essas escolhas representa~ao passam idioma da lingua inglesa sem levar linhas de pensamento, global pel a esfera ou ·imperialista. politica, tornando au seja, a concep~ao Rajagopalan dificil defende perceber 0 de que poder da linguistica: A tentaltaO e pensar que e a linguagem que representa 0 mundo, sendo que nos, enquanto, usuarios da lingua, estamos inteiramente amerce das representa0es que nossa linguagem nos imp6e. Ademais, existe a crenlta de que, sob condiltoes ideais, a linguagem possa ser total mente transparente. Como podemos, entao, falar em escolhas no interior da relar;ao representacional entre a linguagem e 0 mundo? (RAJAGOPALLAN, 2003, p.34) No mundo globalizado, essas escolhas estao permeadas como par exemplo a grande mobilidade e pn3ticas sociais que diferentes vez encontram-se classificado como p.57), e abrange popula~6es rna is interligados transnacionalizaQ8o par diversos fatores, de pessoas, pensamentos, na esfera global possuem uns. aos oulros. par Robins nao s6 a esfera economica comportamentos Esse (apud e politica e que cad a fenomeno vai RAJAGOPALAN, como a cultura. ser 2003, Tambem 0 12 fen6meno da desterritorializa~ao das pessoas vern aumentando, do numero de pessoas que se consideram e tern relac;:6es suas Surge, e entaD, uma nova Esse fenomeno dai, ordem (RAJAGOPALAN, 2003). mundiais culturas menores, a populayao pessoas etnias e tradic;oes de diferentes culturais Nao se pode dizer, entretanto, baseada Percebe-se tais ate certo ponto as regionalismos onde se apresentam. aspectos possivel que defend em como lingua imperialista 0 lingua inglesa tempo em que existe de urn culturais parecidas, tornam-se E que surgira a partir que tornam par outro importantes perceber lado, as grandes reforyam-se e marcam as culturalmente uma coexistEmcia cultura global e a local sem que uma necessaria mente se imponha a defendem no e que durante na comunicac;:ao em que, ao mesmo de alguns Tanto as pensadores lugares que rompem ate pouco tempo era inimaginavel mundial lado a transnacionaliza98o metropoles motivQs como a grande barreira entre as pav~s, esta se com grande rapidez. uma nova relac;:ao entre linguas, que, muito tempo apresentava·se dissipando do mundo per diversos representac;:5es globalizadas. planeta com as mais variadas barreiras. cidadaos au seja, a aumento entre a sabre a outra. ingles como idioma global como as que possuem bons argumentos em seu favor, como e a caso de Breton: o ingles ocupa 0 campo do digital. A densidade dos inlernautas acompanha os avantros do ingles. A internel um indice revelador da potencia cultural americana - islo e, da lingua inglesa. Realmenle a ingl13s se impoe como a lingua da inovatrao. Naluralmente, nao se Irata de ocupar tolalmente esse campo, mas uma especie de vacuo favorece 0 usc do ingles: quanto mais difusao, melhor imagem. 0 ingles lantra suas redes muilo alem do que a geografia ensina. Numerosos paises induslrializados, cuja capacidade de inovatrao e imensa e cuja lingua e vigorosa, nao deixam de pagar um tributo notavel ao ingles, em consequencia das positr6es conquistadas na abertura do mercado. Contudo, essa atitude e consciente (ao menos se pode pensar que seja). Mas se passa muito rapidamente do mercado, legitimo no quadro da economia, para uma oulra dimensAo, que e a do proveito individual e 0 da ascensao social (BRETON., ~005. p.23) e o usa dos termos "0 ingles se impoe" ou "0 ingles lan,a suas redes" sugere 13 que a autora posiciona-se numa perspectiva esse foco, e passivel notar que Unidos, se transformou 0 do idioma. cientifico, na esfera Unidos fcram palco de fenomenos rock foi, por exemple, inglesa, aconteee mesma urn meio de propagar 0 e 0 casa do cinema, idioma mundialmente nao compreendendo servido perseguem camunar as a politica expansionista, internacionais verdadeiras esta se transformando que "estaduniza9ao" Americana'''' continuam fen6meno que esse ou e mostra "[ ... J nova nao ordem internacional, 0 sempre foram, passa mundial porem de sob urn a que ou seja, ainda identitario, Rajagopalan eufemismo egide fato de que qualquer lingua inglesaque, ao da vai para "Pax intera9ao a Norte- entre Unguas em que uma aeaba prevaleeendo. ser eleita como idioma de Esse e camunica9ao afeta as demais linguas do planeta, pais passa a ser existir um cantato maior dos falantes de outras linguas com chamar governantes (2003, p.60). Nao se pode deixar de lado da como marcas da globaliza9aO, fenomeno uma de 0 mesmo autor coloca lingOistica, como todo processo gera uma rela9aa de for9as eantradit6rias vaa - (GIBLIN, can<;:oes em sabre a lingua inglesa inten90es disfan;:ada de altruismo. persistem as lutas por poder. A identidade o easa palavras (2003) revela ainda que certos discursos para que as rela90es defender muitas cantavam da musica. ate as dias de hoje. Rajagopalan ten ham por dos Estados das produ<;:oes Gutturais as Estados midiciticos como 2005), pois todos as paises, per meio do radio e da televisao lingua Olhando nurn idioma imperialista. Ah~m do avanyo o imperialista ingles, por meio de a<;:6es conscientes esse fenomeno de 0 estuda da lingua inglesa. Alguns autores imperialismo Iinguistico,. enquanto oulros vao 14 classifica-Io como invasao Iinguistica4• Como citado anteriormente, alem da ex pan sao territorial ha naD de outro idioma que seja utilizado precedentes como esse e que fizeram, 0 na historia seu processo em Qutros tempos, da humanidade de expansao linguas como 0 vai latim e a chines idiomas de representatividade. Levanta-se pensar 0 entao, a partir das considera¢es ingles dentro de urn paradigma de lingua repassando inglesa podem valores certificar-se hOje representado Os questionamentos nacional. a qualidade alunos nao percam seus pr6prios valores? E idioma, possam nao estao (2005, p. 37) concretas assegurar na que os enfim, resistir ao imperialismo pela lingua inglesa?" acima documentos como as Orientac;6es Curriculares Nacionais sao discutidos Curriculares pel a educac;ao Nacionais (OCEM). no Grifo do autor (RAJAGOPALAN, 2003) Brasil em as Parametros (PCN) e, no Estado do Parana, pelas Diretrizes Estaduais de Lingua Inglesa (DCE), que serao discutidos 4 0 Rajagopalan do ensino, possivel, de como de lin~ua e como professores sabre isso: "e passivel adotar posturas sala de aula que, sem prejudicar linguistico imperialista de que, ao ensinarem contriuios ao interesse levanta varios questionamentos acima, a problematica Curriculares na proxima seC;ao. 15 2.2. 0 ENSINO DO INGLES NO CONTEXTO DA ESCOLA PUBLICA No Brasil, as discussoes produzindo analises discuss5es vern culminar educay80 dentre brasileira. sobre 0 e posicionamentos ensino de lingua inglesa vern acontecendo importantes com a publicac;ao para Ensino Fundamentat as Parametros de Lingua Estrangeira ensina brasileiro. de documentos norteadores Curriculares de lingua como pratica social fundamentada para a Nacionais (peN) de 1998, pautado na abordagem e Essas e Bases da Educay80 Em 1996, surge a Lei de Diretrizes Qutras demand as, origina 0 que, para a na conceP9ao comunicativa (PARANA, 2008). Os principais abordados aqui sao tres: Media (OeEM) curricula documentos as Orienta90es que abrangem e sua formulacao; norteadores da educaC;8o basica Curriculares Nacionais a Ensino Media e discutem os Para metros Curriculares para quest5es Nacionais no 0 Brasil Ensino relacionadas mesmo papel da OCEM, porem abrange as anos finais do Ensino Fundamental Diretrizes Curriculares apanhado das discuss5es os para 0 Estaduais de Lingua lnglesa dos dais documentos Estado do Parana, levando (DCE) anteriores, em considerac;ao ao (PCN) possuem que apresentam a e as urn citandowos e adaptandoa realidade do ensino no estado. Segundo (2006), objetivos as Orientac5es as objetivos de um curso diferenciadas. Curriculares para a Ensino Medio de Lingua Inglesa do ens ina de idiom as na escola de idioma, pOis as finalidades regular sao diferentes de tais instituic;:5es dos sao Esse rator deve ser levado em consideraC;ao, apesar de muitas vezes gerar interpretac5es equivocadas colocando a ingles como uma disciplina de lingua 16 instrumental, concentrando ser aprendido esforyos em isoladamente de seus valores sociais, cutturais, (MEC, 2006, p.90), e renegando opeN (DeE), Ja recomenda, trabalho 0 contexto segundo Curriculares as Diretrizes Nacionais Cabe ressaltar no mesmo de formay3o que a OCEM escrita e comunica9ao ressaltado politicos Curriculares da Educa,ao a comunicay3o academica, publicada do Estado do Parana e a escrita, no de usa pelos alunos. para 0 Ensine Media (MEC) abordam de forma oral e escrita para ravereeer pessoal e profissional. em 2006 ressalta oral devem ser contextualizadas documento, e ideol6gico" e sua forma,2o. de Lingua Estrangeira em 1999 pelo Ministerio ensina do ingles, enfatizando 0 o aluno em sua demanda Ainda papel dos aprendizes da escola publica, tern pouca oportunidade (PCN), publicados diferente 0 base ado . em leituras, posta que a oralidade brasileiro as Parametros contelidos, "[...] como se tal idiom a pudesse ha um esclarecimento que a pratica (EDUCACAO, sobre 0 da 2006, p.87). ambito da leitura nos PCNs: Alem da compreensao geral, dos pontos principais e das informayOes detalhadas (rases da leitura amplamente divulgadas em orientayaes anleriores. como no primeiro Para metros Gurriculares Nacionais do Ensino Fundamental), 0 exercicio de leitura desse texlo deve, segundo as teorias sabre letramento, desenvolverJvaUar-se para a habilidade de conslruy8o de sentidos, inclusive a partir de informayoes que nao constam no texto. Poderia, por exemplo, preyer perguntas ou renexoes como: quais sao as possiveis significados e leituras a serem conslru[dos a partir desse lexlo? Quem sao os brasileiras descritos no texto como usuarios da Internet? Quem nao esla incluido nessa eslatlstica e por que? Os dois numeros 19.7 milMes e 14.3 milhOes referem-se aos brasileiros. 0 que descrevem? Que diferenyas apresentam e por que? 0 que e necessario para ser um usuario da Internet? (MEG, 2006, p.93) A discussao documentos abordar 0 sobre ensino de lingua inglesa oficiais. processo Moita Lopes (2005) tambem nao esta presente participa dessa de aceita9ao e implanta.yao da competencia do processo de ensino competencia Gomunicativa, de idiom as com a formula9ao que proporcionou arcabou90 nos ao comunicativa do conceito te6rico somente discussao dentro Hymesiano de para as regras de 17 usa da lingua que relacionava usuario e suas competencia praticas comunicativa, entre Qutras, passaram s6cio-culturais do relacionadas algumas comunicar Como a aprendizagem de frases a ser ensinadas ingles, fon;:ando com a realidade frases usa do idioma com as praticas sociais focalizando 0 socio-culturais. isoladas como valoriz898o como I'm sorry, thank 0 da yolf. urn meio de dar conta das regras a criac;ao de representa90es nem sempre da cultura da lingua, ou seja, a alune aprendia e era [evado a pensar que jil. possuia nessa perspectiva de ingles, pais consideram que as documentos que professor 0 habilidade reduyao das desigualdades apenas para S8 sociais e apresentar estabelecer no estado do Parana. entendimento propostas das necessidades da sociedade social e educacional da lingua inglesa na educa9ao basica e hegemonia e linguistica as Diretrizes da eduCa9aO basica; busca 0 sobre e a equidade 0 resgate respeito 0 entre da funyao a diversidade pautada no ensino que nao prioriza a manutenyao de cultural. As DCEs tambem entre lingua nacionais, contemporanea do curriculo na dessa visao para se te6rica e metodotogicamente todas as disciplinas cultural, identitaria de poder existentes subsidia-se pelos documentos 2008) fundamentam-se ensina algo que vai alem do as relayoes Com isso, as DCEs de lingua inglesa (PARANA, 0 que a lingua inglesa deve auxiliar a sociedade. A partir das reflexoes oficiais tentarn propor deve proporcionar que aborda Moita Lopes (2005), pois defendem 5 da em lingua inglesa: Nao e Estaduais resultado ressaltam a importancia do professor reconhecer a relayao e pedagogia critica, nurn ensina baseado na media9ao do conhecimento Grifo do aulor 18 que possibilite tecnologias uma analise no atual contexte questoes critica das re"lagoes global educativ~, pedag6gico Portanto, par meio da abordagem e discursivo, comunicativa carregam ou uma levando reuniao em ~onsidera9ao urn discurso, ja que a processo (PARANA, todos especificos pensar as aspectos de comunica98o 2008, p. 53). devera contemplar em contextos Deve-se novas critica na medida em que as a professor de trabalho. sociedade, a "pedagogia da cultura, do poder. e as 000 se separam" comunicativa usa de frases para comunicag3o 0 supermercado, Hngua, e concebida de usa da lingua, do dicilogo, da comunica<;ao, questoes da politica e da pedagogia apenas entre e relagoes de poder. Nesse documento em como um abordagem socioculturais se configura naD que por meio de discursos. Atualmente de estabelecer (2005), o constante interculturais. 0 questionamento, maior interayao professor do discurso busca Essa competemcia, e constru930 de segundo Almeida conhecimentos que e uma perspectiva possivel sob a 6tica como pratica socia? e que, tanto ele como seu aluno, sao sujeitos em transformac;:ao, pratica social da lfngua sao seres inacabados que, a todo instante, de ensino, sua pn3tica social no ambiente inglesa, mundo, novas maneiras de usar Grifo meu. em contato com 0 dlferente. precis a ter claro que essa interac;:ao com 0 ambiente 6 e e precise pensar em uma maneira possam ser levados a refJetir de forma critica sobre elas e assim competemcias permite promovam culturas diferentes rela90es entre elas de forma que os sujeitos, ao entrarem com tais culturas, desenvolver coexistem serao capazes 0 de desenvolver idiom a e sua importancia por meio da escolar e com a novas no processo leituras educativo. de 19 Alem disSQ, ao conceber a lingua como discurso, conhecer e ser capaz de usar uma lingua estrangeira. permile-se aos sujeitos perceberem-se como integrantes da sociedade e participanles ativos do mundo. Ao estudar uma lingua estrangeira, 0 alunofsujeito aprende lambem como atribuir significados para entender rnelhor a realidade. A partir do confronto com a cullura do outro, torna-se capaz de delinear um contorno para a pr6pria identidade. Assim, aluara sabre as sentidos pass/veis e reconstruira sua identidade como agente social (PARANA. 2008. p.S7). o professor horizontes, de Ifngua estrangeira independentemente numa realidade do mercado da escola transforma-se da visao de mundo que quanta em outra, 0 aluno ira compreender de trabalho, percepr;:ao de mundo, ou da perspectiva de vida, na sua pratica social. enquanto em ampliador aluno tenha, 0 quest6es que 0 de pais, tanto que vao alem auxiliarao sujeito participante em sua de certas comunidades. A perspectiva ampliada do ensino-aprendizagem rompe tambem com a ideia colonialista da disciplina. imperialista Como abordado permeiam 0 no capitulo anterior, os conceitos comunicar;:ao sobrevivem global. As OCEs colocam culturais, comunicam-se compreenda que portanto, passiveis Percebe-se, documentos significados anterior sao com .a esfera que as sociedades relacionam-se, atravessam e buscam entender-sa mutuamante. socials por meio das discuss6es da educa9ao ao professor abordando de com a nao geopoliticas e que 0 aluno construidos e, 2008). neste capitulo, em no abrangente ao mesmo que os tempo mais direcionam global, em sua pratica. A Hngua inglesa foi apresentada forma brasileira apresentada e considerada Espera-se e historicamente apresentadas a ensino contempon3neas fronteiras de transformar;:ao na pn3tica social (PARANA. norteadores que dao autonomia capitulo os de que a lingua inglesa nao e sim um idioma relacionado de modo isolado; estrangeira de lingua global ou ensino do ingles na escola. Com a abordagem pel as OCEs, fica claro a posicionamento um idioma imperialista, de uma lingua que dUrante muito tempo permeou alguns fatores que a 20 transformaram em urn idiom a global, de importancia Neste capitulo, lingua adotada Estaduais espera-se pelos documentos de Lingua estrangeira, pratica dos profesores auxiliar 0 que a discussao oficiais, entendimento de como idiama e qual a perspectiva em especial que estao da escola publica. 0 mundial. tenha esclarecido professor as Diretrizes mais farternente Espera-se a concep9ao Curriculares relacionadas com a que estas discuss6es deve compreender de ensina que deve adotar aD mediar de possam a importancia do aprendizado de 0 lingua inglesa do aluno. Parte-se tamanda entaD, para uma abordagem como vies 0 professor alguns fatores relacionados representagoes permeiam ao conceito oficiais apresentam inglesa e ensino, analisar como os professores seguinte, Serao abordados de crengas/repres~ntagoes a pratica de professores, de abordar como os documentos 7 de outro tema no capitulo e suas representagoes/crengas7. e como essas pois torna-se importante, alguns conceitos os compreendem Crenyas e representayoes serao usadas como sin6nimos neste trabalho. depois sobre lingua e articulam. 21 2.3. LiNGUA INGLESA E SUAS REPRESENTAt;OES NA ESCOLA o ensina do Ingles em sal a de aula qual 0 que 0 e permeado per Qutras questoes como ingles que se ensina na escola, qual 0 ingles que a aluno quer aprender aluno ira fazer com 0 ingles que ele aprende. chamadas por alguns autores influenciar a maneira receptividade como para aprendizado professor' do aluno. Como exemplo, o motivQ de se estudar contribui de crengas 0 sua Rosa (2003), sua dissertac;ao (BARCELOS e 0 tambem ROSA 2003) vao idioma 0 muitos professores ingles, normalmente e uma 2010, ira trabalhar em sala e a e alunos, ao justificarem afirmam que colocac;:ao no rnercado de ingles Essas representac;oes, aprendizado 0 de trabalho. Qutros do idioma afirmam que 0 porta de acesso ao mundo. pesquisadora de mestrado em Unguistica 0 discurso acesso ao mundo globalizado, que e propagado afirma Giblin (2005) no prjm~iro capitulo. formaC;ao de representac;oes Aplicada da Unicamp, de que a lingua principalmente Tais discursos e inglesa pela midia, conforme permeiam dos sujeitos, tanto professores critica em uma senha de as processos e aprendizes de de lingua como aqueles que nao a estudam. Os estudos Barcelos (2010), sabre as representac;oes que indica muitos tiveram seu foco na identifica9ao com a influencia trabalhos sabre 0 sao apresentados assunto, de cren9as, outros apresentam referencia de ensino send a que uns autora, foram relevantes a crenc;as e se elas representaram autonomo ou nao. por apresentarem Esses estudos, urn passo importante par certa preocupa9ao das cren9as na pn3.tica do professor e na aprendizagem Hi! os que fizeram implementa9ao de professores dos alunos. obstaculo ainda para segundo na cornpreensao a 22 das cren~as. Entretanto, apenas sua identifica~ao Urn dos aspectos levantados por Barcelos (2010), em urn de seus trabalhos, a estudo de crenCY8sque investigam professor como gramatica, linguagem ludica, oralidade. fatores Esses aspectos especificos leitura, born professor. tradUy80 e ensina de dentro do processo identidade(s), pesquisas sao construidas e como suas cren<;:as e suas experiemcias A autora trabalhos levanta dados tem escolhido publica (Pereira, que a midia no primeiro (2003) relata como questaes de mestrado aprender (28/10/98); (16/09/98): como publicadas num pais com um peda90 publico em que um bom as cren<;:as de alunos sobre lingua. numero e professores de na escola 2005, Apud BARCELOS 0 tipo de cren<;:as desses suas abordagens de 2010, p.30). pode influenciar capitulo, referentes bastante espa<;:o na imprensa, dissertayc30 a atualidade, trazem dados importantes como ja citado com a(s) em um ambiente de ingles como segunda (BARCELOS, de e da 2010). e alunos e como essas cren<;:as podem influenciar Considerando inglesa, de lfnguas sabre a inter-relaCY8o de crenc;:as 2005; Coelho, 2005; Lima, 2005, Miranda, ensinar e de aprender" avaliac;:ao e a respeito ao longo do tempo por meio da intera<;:2Io de sobre investigar 2010). "Esses trabalhos professores motivac;:ao, de aprendizagem-ensino debruyam-se e de valores do correcyao de erros, born aprendiz, para urn entendimento rela\,ao desses fatores com cren\,as (BARCELOS, Algumas do sistema vQcabulario, lem contribuido estudos especificos nao e suficiente. e as representa<;:oes de acordo com Giblin de lingua (2005). Rosa ao ensino de lingua inglesa no pais ganham investigadas em sua pela Revista Veja: A febre de aprender ingles - 0 caso das reportagens bilingOe, jiJ se faz exame 0 Idioma Mundial - 0 de lingua que as adultos Do you speak. .. ? - brasileiros estudam ate em concurso precisam ingles fazer para mais do que 23 a maioria nao consegue aprender (14/08/96) (ROSA, 2003 p.S). nunca, mas A lingua inglesa no ensina regular foi, par alguns anos, ofertado na grade curricular, e 56 nos ultimos anos vern dividindo e idiomas como jovens 0 brasileiros casa do espanhol, ainda agora obrigat6ria. nao se interessam S9 da pel a ideia de que Como ja foi abordado 0 Ainda segundo idioma que assegura nos capitulos anteriores DCEs (PARANA. 2008). essas discussoes sabre inglesa estao lange de terminar, porem e 0 ingles e 0 0 0 (Jnico idioma da nova oferta, as mesmo Alvarez sendo 0 (Apud Rosa, exito na vida e 0 ingles. par Rajagopalan (2005) e pelas ensinolaprendizagem importante ingles no Parana adota uma yisao critica sobre que Apesar tanto pelo espanhol, Brasil rodeado de paises de lingua espanhola. 2003) isso 0 espa~o com outros relembrar da lingua que a ensino de idioma, e isso se reflete na ideia de idioma que assegura exito na vida deve ser questionada pelo professor. o ensino de lingua inglesa na escola esta participando sujeito e, por isso, deve ser visto como cientifico·formal da sal a de aula. 0 professor discurso e 0 discurso da sociedade idioma em sala de aula, pois os da constrw;;:ao do algo que vai alem do conhecimento deve levar em considera9ao seu com rela9ao a lingua inglesa ao trabalhar reflexes de tal aprendizado estarao 0 nas representa90es dos sujeitos participantes do processo educativo. Paro (2008), por sua vez, afirma, sobre 0 processo de ensino da escola publica atual, que a escola d~ve levar em conta a comunidade em que esta inserida ao desenvolver sua pro posta pedag6gica. Essa percep9ao sobre a comunidade qual a escola esta inserida sera de suma importancia para 0 inglesa, posto que, de acordo com as mudan9as de comunidade, do sujeito e a importfmcia da lingua inglesa na constru9ao na ensino de lingua as representa96es de seu processo de 24 identidade iraQ variar, assim como as argumentos como par alunos para 0 Para compreensao sala de aula permeado aprendizado de. como se pelas representa90es e confrontam conhecimento, relacionando-se uns com transforma9ao" (2005, p.31). o processo especificos de ensina caminhos vidas. na escola interpretativQs dos sujeitos envolvidos, ira entre si e com diferentes as Qutros legitimar contribuindo em processo determinados de que iraQ construir os sujeitos de maneira a valorizar contato dos alunos com as mais variadas 0 a tim de oferecer aos sujeitos maneiras diferentes mundo, de nomea-Io, diferentes contextos permitindo discursivos Jordao constante de sentidos certos pensamentos e buscar formas de conhecer, de produzir senti dos, de se ver no a eles, com a ampliayao e construirem-se tipos de conhecimentos, para construyoes e excluir outros. A escola deve se voUar para esses e outros procedimentos amptiar ao maximo em €I percebida "como urn espayo cnde varias se encontram determinados tanto par professores em suas da esse processo de ensino/aprendizado defende a ideia de que a sal a de aula subjetividades utilizados e a utilidade do idioma de contato, como sujeitos circularem amplos par (JOROAO, 2005). Acredita-se fatores que nao de construyao desafiam a escola homogeneidade, e possivel de sujeitos moderna neutralidade, pensar levantados sabre educayao pela a refietir sabre seus pressupastas igualdade e progresso sem cansiderar p6s-modernidade, (JORDAO, pois as eles de universalidade, 2005). A escola, como funciona hoje, foi criada no espinto da modernidade, para servir a seus prop6sitos e perpetuar suas perspectivas de mundo. Conforme constatam os educadores do seculo XXI, esse modele' tornou-se obsoleto levando a urna insatisfacao visivel os professores e professoras. os alunos e as alunas, a quem a educayao devena servir. A estrutura escolar precisa ser Iransformada para atender as necessidades de suas comunidades locais, nacionais, globais, para integrar-se ao mundo fora dela, para deixar de ser uma ilha; a eseola precisa ser signifieativa, preeisa mostrar-se util nao para satisfazer 0 25 mercado de trabalho, Iransformar 0 mundo, mas para transformar permitir aos individuos que dela nao 0 mercado e 0 sistema, transformarem sao exclufdos a si mesmos. (JORDilO, 2005 p33) Assim, ao se pensar nos discursos da importancia (ROSA, 2003) da lingua inglesa, atual a respeito que constituem e ressignificam a identidade do sujeito ja que a maior parte dos discursos afirma que falar ingles naD e apenas posiyao que circulam na sociedade pode-se perceber discursiva saber a lingua i,nternacional, de poder, na qual a lingua poder. Identificar-se como sujeito e construir-se tarnbam ocupar essa pOSiy030 Ainda segundo e sim, S9 inscrever e inglesa tid a como ideologicamente numa simbolo 0 do e com tal discurso de poder. Jordao (2005), na p6s-modernidade, a linguagem e concebida como mais do que um simples intermediario entre a sujeito e a mundo, vai alem de ser de apenas percebemos meio trans parente E no mundo. e neutro par meio dar da linguagem nome aos fenomenos que a mundo que do sujeito se constituira. -A finguagem, na perspeCliva de mundo p6s-moderna, deixa de lado suas supostas neutralidade e transparencia para adquirir uf11a carga ideologica imensa, e passa a ser vista cemo um fen6meno carregado de significados anteriores aos seus usuaries, ou seja, culturalmente tingidos nas palavras de que fazemos uso· (JOROAO, 2005 p. 30). Com isso, par varias 0 discurso torna-se repleto de sentido de outros sujeitos, permeado representa96es de diversas sociedades, culturas. organiza a concepc;ao de mundo, a percepc;ao da realidade, a linguagem mundo. modificada, intimamente com a lfngua alterada, (estrangeiras imensas: este;a De acordo utilizada, ressignificada. e maternas) ensinar e aprender a ligada adquirem linguas "E uma e forma como as individuos essa percepc;ao aqui que os importancia tambem A pratica ensinar discursiva e com isso faz com que de mundo professores e uma percebem podera de a ser Hnguas responsabilidade e aprender a nomear 0 26 mundo, ensinar subjetividades" e aprender (JORDAO, em consideragao ensinofaprendizagem influenciando de lingua Toma-s9 importante haver diferengas Algumas e t mesma inglesa, se basear. de relacionar tendo sua pratica professores as diferentes consciencia da discrepancia par nao possuirem da segaa anterior muitas de suas praticas torna-se muito fortes, de suas 896e5, alternativas quando sabre as docurnentos nao nas quais se pensa em em contata com norteadores. dificultada dos professares Para pelo fon;:a de tambem podem ser afetadas contextuais, como afirma Borg (2003, citado par BARCELOS canseguem programar meia da autonomia as instrugoes farnecida suas de acordo ao professor, representagoes. tais representa90es questoes propostas estarao mais voltadas para urn ensino estruturalista. As representagoes identificar de em sala. podem ser muito enraizadas, discutiras por importante que pode que atuam hi! mais de dez anos e que nao entraram permeada e contexte 2010), pais este explica as questoes a mudanga no e as ar;oes dos professores Issa deve ser levada em consideragao suas representa90es deformar representar;oes do professor com profissionais esses professores, e/ou pais por meio de seus discursos as representa96es a professor mudar formar representar;oes dos alunos. repesentac;:6es dos professores canseguem possam das representar;6es (1994; apud BARCELOS, entre mundo, do ens ina de lingua inglesa nas escolas, as a construyao a que afirma Johnson de 2005 p.30). Dentro da perspectiva levar percepr;oes e como pelos documentos Sobre a articula9ao Nesse com suas crengas, este pode [nterin, reprogramar torna-se estao influenciando ou seja, por sua pratica, muito a articula9ao oficiais com a pratiea do professor entre as orientagoes per questoes 2010), pais professores relevante entre as em sala. do Estado e a pratica do professor, 27 Barcelos conflitos (2010) caloca entre percebem 0 que -existe uma relag30 de complexidade que os professores pensam a sala de aula e a que as "ultimos dizem que eles devem fazer" (BARCELOS, A partir dessa discussao, professores da rede estadual como estao sendo (2010). elas que devem fazer em sala, como eles metodos au programas de educag30 2010, p.30). propoe-se investigar as representag6es de ensina em Curitiba para identificar articuladas que pode gerar nesse processo apresentado dos suas crengas e por Barcelos 28 3. REFLEXOES COM PROFESSORES Apes apresentar mundo atualmente as quest6es de Lacoste, na primeira sec;:ao do primeiro OCEM apontados e PCN) bibliografica, (2005) importancia da Hngua inglesa na segunda capitulo. sel'ao fcram levantados norteadores do capitulo algumas de lingua inglesa no par Rajagopal':'in e Breton (2005), entre outros autores, pelos documentos investigou-se professores a referentes PUBLICA e a percepc;:ao desse idioma sob a 6tica global e imperialista, meio das discuss6es irnportantes DA ESCOLA quest6es alguns pontcs mais da educac;:ao brasileira 1. Seguindo-se referentes por meio das discuss6es as com (DeE, a pesquisa representac;:oes de Barcelos de (2010) Jordao e Rosa (2003) na tereeira sec;:ao do primeiro capitulo. Este capitulo qualitativa apresenta que embasaram urn breve apanhado a pesquisa de observar como as questoes professores que tambem discutiras no capitulo sobre os conceitos e apresentada de pesquisa aqui com anterior estao articuladas 0 fim entre que atuam em colegios da rede estadual de ensino em Curitiba. Para abordar a metodologia levantar algumas questoes de pesquisa utilizada, sabre a pesquisa qualitativa, torna-se importante sua origem e como ela esta norteando este trabalho. o genese inicio GOLDENBERG, a pesquisa humanas do paradigma com Theodor interpretativista Adorno 1999), oriundos positivista deveriam e JOrgen para a pesquisa Habermas da Escola de Frankfurt. Apresentavam de Comte, que defendia utilizar as mesmos que pesquisas metodos das ciencias se opor a metodologia das Ciencias naturals (1833-1911). Dilthey (citado por GOLDENBERG, Segundo cientifica (BORTONI-RICARDO, foi a fil6sofo alemao 2008; uma real'ao em ciencias naturais. tem sua socia is e 0 primeiro a Willhelm Dilthey 1999), as metodologias 29 utilizadas pelos dois campos - ciencias naturais diferenr;:a fundamental que sao seus objetos cientistas lid am com objetos externos, cientistas lidam com emor;:oes, valores, e ciencias de estudo; conhecidos socia is - passu em uma enquanto de forma objetiva, subjetividades. conclui que as "ciencias particulares de quantifica,ao. sociais devem S8 preocupar as na segunda as Essas diferenr;:as entre as duas ciencias permitiu a Dilthey mostrar que existem objetivos, e fatos sociais que nao sao suscetiveis na primeira metod as de pesquisa Goldenberg (1999, p.18/19) com a compreensao e nao com a formulaC;:8o de leis generalizantes, de casas como fazem as ciencias naturais. No seculo XX, as pesquisadores compreensao nao poderia pais este innuenciava e a realidade Frankfurt, da populayao. principalmente e interpretativismo compreensao que existe com relayao objetiva<;ao, da Escola de a pesquisa positivista mundo independentemente Dutro conceito surgido com 0 pesquisador/observador par seu conhecimento tem de mundo, (citado por GOLDENBERG, a objetividade que se resume Goldenberg sua 0 paradigma capacidade seu sistema 1999), convencido das pesquisas ao esforyo qualitativas, do pesquisador ja e urn julgarnenta no qual a pesquisador cria em conter (1999) ira refutar essa imparcialidade, de urn objeto de pesquisa s6cio-hist6rica oriundas de mundo de de valores como urn agente ativo, e"nao um relator passivo. Pierre Bourdieu entretanlo vigentes. 0 que a das sociedades, as percepty6es como uma alternativa que na~ ha como observar que permeada ao ser considerado s6cio-hist6rico Surge, por meio das discussoes interpretativista das praticas socia is e significados do 0 contexto de forma direta as acontecimentos, a paradigma defendendo crfticos do positivism a argumentavam negligenciar do problema 0 a subjetividade, pOis a simples escalha de valor, assirn como esta inserido, conceito de e sua orientatyao 0 momento te6rica ira 30 infiuenciar 0 resultado qualitativo, 0 pesquisador fen6menos da pesquisa. sempre que the parecem totalidade da pesquisa Independente do metodo, ira dirigir sua atenc;::ao relevantes, e construida em func;:ao A partir pesquisas da caloca quantitativas, que permitam dos fenomenossociais estudados a reconhecer ao pesquisador de "compreensao da das au A pesquisa leis a tratamento e a e nao sua expressividade das elaborac;::ao da subjetividade sua pesquisa. e "descri9ao qualitativa, generalizantes as especificidades que envolvem do significado em seus contextos aspectos pressuposil;:6es. 1999). caracteristicas diferentemente presta-se singularidade potencial das que, de metodos au com base no que Ihe pareee ser mais uti! para compreensao (1999) para certos de suas responder ao seu problema de pesquisa (GOLDENBERG, Goldenberg se quantitativa densa" numerica" Parte-se dos e da para a fenomenos (GOLDENBERG, 1999, p.50). Howard Becker (apud GOLDENBERG, procedimentos uniformes utilizados na pesquisa produzir as teorias e tecnicas necessarias chama Os "modelo artesanal". metodos capazes a fazem com tambem, segundo as teorias que seus problemas seu autor ja que, de acordo com Goldenberg alternativas diferentes nao espera-se levantar maneiras, estarao orientam a autor, esta impregnado pode ser vista de muitas quantitativa, para a trabalho pesquisadores de auxiliar a responder rela9ao 1999, p.57) prop6e que, no lugar dos sim refletir junto, compreender livres para de pesquisa, seu embasamento com as preferencias delas certa au errada, que desenvolver assim como teorico, que de ou urn grupo ja que sao No caso dessa pesquisa, sabre as representa90es como essas representa90es deve e dificuldades (1999), uma organiza9ao nenhuma e podem ate ser complementares. urn julgamento a pesquisador que esta realizando, dos professores, estao articuladas e com os 31 conceitos apresentados nos capitulos anteriores. Para adetar as ideias de Becker para a pesquisa deve ter a delimitac;ao as objetivos e problemas pesquisador de pesquisa. deve esclarecer apresentar sua organizar;ao, claramente as criterios suas proprias conclus6es grupos au individuos Trazendo defende que pedagogico, com as docente pesquisando quais profissionalmente de conhecimento Torna-s8 esta sabre as resultados similares" para 0 e desenvolver mais quest6es relevante nos colocar de pesquisa de suas OU (2008) e trabalho sobre as praticas de aperfeic;:oar-se ac;:oes como mediador que 0 pesquisador aqui tambem ingles e para turmas grande responsabilidade reflexao, e do professor anteriores do ingles e tambem de compreender pedag6gicas professor da de lodas as e Ensino Medic. Dentro da minha perspectiva, foco de todo a processo de ensino!aprendizagem, capitulos imperialistas as orientag6es Bortoni-Ricardo condic;:oes uma compreensao leitor possa tirar 1999, P.58). da escata, trabalho 0 e do processo de interaC;:8o com seus alunos. e 0 grande colocado deve implicac;ao em Qutros (GOLDENBERG, associar tern a sejam do grupo que esta pesquisando, e refJetindo sobre sua propria pratica, convivendo, (1999), 0 pesquisador e a sua passivel contexte que consegue series/an os do Ensine Fundamental professor Goldenberg obtidas par seu trabalho. rede estadual de ensine desde 2007 lecionando esta com assim como para que Qutros pesquisadores as caracteristicas em situal'6es pesquisador 0 explicitada, para sua escolha, "de tal forma que a perquisa 0 De acordo esses pontcs capazes de analisar as conclus6es tambem qualitativa, de seu objeto de estudo claramente par (2005), pais, como ao falar das pelas DCEs (2008), cabe ao professor suas representag6es que estao colocadas a responsabilidade Rajagopalan 0 a e articular com todas e, alem de todo esse processo de de entrar em sala e atuar e, por meio de 32 sua atuayao, cultura, transformar aprendizagem. em realidade Essa 0 que se propoe perspectiva estara presente em termos de ensina, na analise dos dados obtidos. Para a realizayao pesquisa qualitativa desta descritiva parte-se de duas variaveis, oficiais e a literatura professores que sao sabre lingua sabre tal assunto. como alguns autores tratam perguntas pesquisa bibliografica conhecimento inglesa as conceitos apresentado na escola pelos documentos publica, e as crenyas bibliografica abertas que contemplassem para que fosse possivel realizar estrulurada, pais, basicos apoiados segundo individual as assuntos uma analise com professores hip6teses de coleta de dados rrivHios (1987), em teorias e hip6teses que vai decorrendo a entrevista, que sao formuladas Dentro do conceito de pesquisa imedialamente em tres partes: da rede chamada parte-se a estadual de da pesquisa de de entrevista de certos que interessam baseada e, a em entrevistas semi- questionamentos pesquisa e, a medida em de novas aos questionamentos Para a pesquisa iniciais. semi-estruturada existem atual, entende-se que a medida que surgem novas questionamentos, para a entrevistado. a formac;:ao do professor, inglesa, e as representayoes e a partir das respostas roteiro basico norteia a entrevista dividido tratadas comparativa tende a surgir novas questionamentos muitas etapas que podem ser seguidas. sao colocados e analisar te6rico discutido. pela entrevista Esse tipo de lecnica dos de urn roteiro de ensino do estado do Parana gravada como meio de documentayao campo. de par Trivif'ios (1987), pois partiuse para a elaborayao assunto, entre as respostas e 0 apanhado Optou-se 0 em conta apresentados Depois de fazer uma pesquisa 0 abertas e enuncia90es na revisao sao [evados e correlacional (vide anexo). 0 roteiro de entrevista DeE, oeEM e peN esta de lingua 33 Foram entrevistadas em colegios cinco professoras em Curitiba. da rede publica numera, que esta de acordo primeira a ser entrevistada com a ordem (professoras no EF como no Ensino Media. As professoras comunidade. favelas e dcupa90es. A P3 trabalha em urn colegia mais central trabalham Qutras atuam tanto em colegios de mais carentes, professoras, urn a P1 foi a das profissionais 1, 2, 4 e 5 trabalham Oessas que atuam receberam portanto, 1 e 5). enquanto periferia, na regiao sui de Curitiba, atendendo familias de todas das entrevistas, e a P5 a ultima. Algumas apenas com Ensino Fundamental moradoras estadual Para nao revelar suas identidades, 4 e algumas 5 moram na cidade. na e nao atende alunos de invas6es au favelas. A primeira enquanto parte do roteiro de perguntas sujeito atuante na educagao. para a entrevista ja trabalhou, graduagao contemplavam porque visa a compreender Para isso, as perguntas a tempo de atuagao do professor, optou pelo curso de letras, se considera foi suficiente para seu inicio de carreira, a trajetoria como dos professores conseguiram e as dificuldades se adaptar passive I perceber que acabam convergindo muitas dupla licenciatura desses desafios e possivel obtidas na ao observar que passaram no inicio da carreira e inseridos. e Tambem e os problemas afirmam sabre a porque que decidiram (P1, P2, P4) au gostarem escolheram estudar apontados de literatura mas foi possivel perceber durante cursar uma ingles por gostarem e acabaram (P3 e PS). Nao e objetivo de pesquisa observar professores. que enfrentou em que estao se repetem ao relatarem em lingua inglesa, do idioma portugues realidade em quais escolas para certas quest5es. Todas as professoras, licenciatura a iniciais que a formagao e os desafios comegar a atuar na escola publica. Com as informag5es a professor norteadoras fazendo a atuacao em sal a a entrevista que as 34 professores com ens ina do ingles 0 gastar da lingua inglesa tern uma relay80 que revelaram e 0 casa literatura com do que as que escolheram muito methor a licenciatura par causa da P3, que fala que as motivDs de sua escolha letras se deu "pela literatura .. eu adorava literatura da pelo curso de .. e como consequencia tinha que escolher uma lingua e eu escolhi 0 ingles". Mais adiante, ao analisar sua pratica, proF 3 considera: professora "de lingua portuguesa 2, tambem 6tima, mas de lingua inglesa ao Falar de sua escolha relata: "Eu sempre razoavel". A 905tei de leitura, a de interpretayc30 de texto e par isso escolhi letras", mas tambem nao faz referencia lingua inglesa. E em fazer objetivo questionar importante primeiramente foi suficiente observar 0 curso de essas 0 poder de mobilizagao para motiva-Ias literatura. a lingua profissionais do que realmente Nao foi possivel inglesa abrem de seu espa90 do curso de graduagao, a gostar do idioma, e tambem lecionar ingles, em detrimento principalmente que, ao excluirem letras, 0 menor para que nao interesse em e gostam no estudo de lingua que identificar ate que ponto esse fator influencia a pratica das professoras. A proF 3, ao falar dos seus desafios em sala revela que 0 principal desafio enquanto professora: '"de ingles foi a questao que as alunos tambem nao eslao preparados, entao eles sabem muito menos do que voce imagina e do que vem para voce passar para a aluno. Ai vem, por exemplo um conteudo la que ta programado pelas diretrizes, pelos ... par todo esse sistema af que e colocado pra gente, dai voce vai, tenta explicar a que ta colocado ali no planejamento, mas ele nao tem a base, a inicio, nao sa be nada, entao a aluno fica venda s6 verba to be a resto da vida." (professora 3) E perceptivel articular 0 conteudo nesse momenta de fala, que a P3 apresenta que deve trabalhar em sala com as discussoes pelas DCEs de Lingua Inglesa. lais documentos seyeo 0 ensino de ingles na escola publica, apresentam, apresenlam dificuldades em apresentadas como mencionado discussoes na relevanles 35 sobre ensine da lingua e 0 escola, 0 que deve ser levado em conta ao se ensinar ingles na mas naD apresentam entregam total autonomia serem mais adequados apontado conteudos para 0 a serem professor trabalhados. trabalhar Eses documentos as conteudos para se atingir urn nivel de criticidade que acredita esperado, como nas DCEs. Pode-se observar que a professora 1 revela certa simpatia ingle5a, sendo a (lnica que inclui a lingua inglesa em sua resposta pela lingua sabre a porque escolheu fazer letras: "porque eu sempre gostei das letras, das palavras ... sempre fui fascinada por elas ... e af eu descobri que tinha urn curso de letras, que voce aprendia 0 ingles e a portugues e que voce aprendia tambem lecionar". (professora 1) Seguindo que as maiores com 0 roteiro, a professora desafios relacionados estao relacionados a salas superlotadas .. basicamente As professoras relacionado falta de" recursos 3 relata, assim como a professora a dificuldade e materiais 1 e 5, em dar aula na escola publica como relata 2: "falta de material, e isso" (professora 2). 1,4 e 5 relatam que a grande desafio que encontraram nao apenas ao fato de terem que lidar com urn ambiente estava com poucos recursos, mas tam bern com alunos que muitas vezes sao bastante desinteressados. "Ah, meu grande desafio ao iniciar a carreira foram mesmo as alunos~. (professora "tive dificuldade sim ... mais por causa materiais sabe~. (professora 5) da indisciplina dos alunos 4) e da falta de recursos "e que os nossos alunos, eles sao.. de escola pUblica.. eu acredito assim.. muito carentes ... nas questoes assim de terem uma base muito fraca, e eu acho que isso dar compromete a compreensao, a interpretat;ao deles dentro da ... no meu caso que sou professora de ingles, a lingtiagem ne ... entao eu ... eu acho assim que e porque muitos sao abandonados na escola, 0 pai nao acompanha ... e eu acho que e um desafio muito grande .. voce tem que trabalhar com ele e com as fruslrat;oes que vem junto com ele ... nilo tem que e ... te apoie assim ... pra Ie dar aquele empurrao". (professora 1) 36 o que apresenta tambem €I professor tern autonomia uma discussao relagao aos problemas identidade trabalhar P1 sabre seus apresentada desafios pelas socia is vividos a lingua em sala. Ofato destitui de capacidade com as mudang8s profissional nao precisava pertinente, quando realidade apontam eles tambem que 0 fazem parte da em conta ao do aluno estar em situagao social de risco nao 0 papel do professor de paradigma. Com 0 ensina crftica (PARANA, passa a ser de mediador 2008), 0 em sala tern mud ado pensar no aluno, apenas no conteudo porem com a pedagogia pon§m na qual atua. Com que devem ser levados para seu aluno como um sujeito em constru9ao de conhecimentos, a pelos alunos, de aprendizado. de acordo ensinado, DCEs para adaptar as conteudos do aluno e de suas representagoes bastante €I 0 estruturalista, que precisava professor 0 ser deve olhar e seu papel, de apenas divulgador de conhecimentos e realidades, e e essa mudanrya que parece que P1 nao can segue perceber. Com relaryao a formaryao, todas as professoras universidade nao foi suficiente. Como e a caso ~Nao, eu precisei fazer curso de aprimoramento a fala" (professora 2) afirmaram das professoras que 0 ensino na 1, 2 e 3 que relatam: .. na lingua inglesa ... pra ... desenvolver mais "nao ... completamente preparado nao ... porqueeee ... voce aprende assim um ... um ... voce tem muilas dicas, mas quando voce entra na realidade de uma sala de aula voce precisa ler muita crialividade, voce precisa buscar muila coisa por fora ... entao uma faculdade nao 0 suficienle". (professora 1) e "e ... de lingua portuguesa Embora questao as documentos mostrou-se pode infiuenciar sim, mas inglesa nao .. nilo foi suficiente". oficiais muito importancia. nao abordem (professora a fluencia De certa maneira, a pratica do professor que pode sentir-se do professor a nao-fluencia inseguro 3) essa no idioma ao trabalhar com o idioma. Percebe-se que, ao lralar da lingua inglesa, as DCEs partem do 37 pressuposto de que todo professor 0 lecionando, que naD e de in91e5 domina plenamente a aplicavel realidade 0 idioma que esta atual, como pode-s6 inferir palas talas das professoras. A segunda professor parte articula do roteiro as informagoes postuladas educac;ao. Como pode-se perceber anterior, trazem tais documentos toi elaborada pelo professor pel a muito ao planejar dos que estao trabalhando atualmente, contemplados recentes. que possuem e refletir sabre suas aulas. As para atuais, ja que muitos mais de 10 anos de profissao, em sua graduac;;ao com tais discussoes para a processo de reflexao do profissional para a realidade que existe, para os que leram tais documentos, como ser As orientac;;oes e informac;;oes can tid as neles podem ser vistas como um caminho diferenr;:a em sua pratica para a que deve sabre a lingua, sua pratica e como transpor esses conhecimentos de sala de aula. Acredita-se 0 no capitulo DeE, peN e OCEM sao de extrema importancia provavelmente visto que sao documentos oficiais interessante entrem em contato com discussoes nao fcram como pelos 6rga05 governamentais urna reflexao levada em consideragao que todos as professores compreender na analise dos documentos orientagoes apresentadas visando professor e em seu entendimento grande de ensino de lingua inglesa na escola. Essa parte do roteiro de questoes e refletir sabre elas.com documentas oficiais documentos? (DCE, entrevistas que ja leram alguma considera portanto, OCEM e PCN)? 0 identificar essas que voce conhece dos Como voce ve a importancia desses 0 que voce entende par lingua enquanto pratica social? Com relaryao aos documentos nao busca, base em tres perguntas: coisa, algumas (professora 4). norteadores da educaryao publica, consideram importantes, Entretanto, ao analisar todos dizem porem tem uma que a grupo de respostas, 38 campa rand a 0 nivel de conhecimento e argumentary80 ao talar dos documentos se certa duvida com rela~ao ao fato de que, na realidade, [eram, au naD entenderam sabre a assunto, e responder sendo de forma vag a sabre entender a profissional entende como lingua enquanto vagas 4, que respondeu seu entendimento a lingua enquanto A professora documentos tecnologia, A lingua ja sobre a concep9aO enquanto seu trabalho em tal conhecimento que acredita de lingua por que tais enquanto pratica para estar conectado social revela que, apesar P5 con segue articula-Io como par lingua articular sua res posta que "e importante que atualmente au quase dos documentos oficiais. mundo~. Essa vi sao sobre pratica muito 0 conceito, esc1arecedoras. priMica social". Apesar 5 disse Conhecer pouca coisa e revelou como a talar mais pouco pratica social e como isso influencia sao importantes; social obteve-se cria- au naD naQ sou be explicar muito bern a que exatamente sala, 0 que reitera a suspeita de que P4 nao consegue nao ter lido os documentos e pouco conhecer nao ver importancia no qual ela pareee pratica social: "acho importante de achar importante, acabaram da professora 0 nada desses documentos, oficias muito do que leram, pois mesma instigadas as respostas Houve casas, como as professoras, em sua pratica no de nao problematizar ao inserir a questao da permeia a vida dos alunos. pratica professoras que entendendo toda a amplitude justificam social falando tambem nao e muito sobre uso do conceito, 0 apenas da bem articulada lingua repetindo no pelas dia-a-dia, de forma nao mec€mica a discurso comum das escolas. Dentro estadual, desse discurso as professoras documentas norteadores, comum, muito 1, 2 e 3 relatam pais sempre ouvido entre que ja entraram sao estudados professores em contata em cursos da rede com os e capacita~6es. 39 Acreditam que sejam documentos argumentos para explicar desenvolver urn argumento sua importantes, importancia. mas nao Oa mesma para explicar a lingua enquanto conseguem forma, nao articular conseguem pratica social. ~enlao ... todo 0 professor ... ele conhece lodos esses documentos, porque ele faz cursas ne. mas eu fa~o muito tempo que fiz curses desses ... desses documentos. Nao lembro tudo no momenta ... 0 teor ... assim, 0 conteudo desses documentos assim nao me vern na memOria agora "ah, na questao de voea montar 0 ... 0 planejamento ... ne ... pra voca ter 0 seu projeto pra saber 0 que voce vai trabalhar no ana todo ... e fazer um paralelo desses documentos com 0 que voce pretende isso e, ensinar no ano" (... J ~e toda maneira, todo meio que a ser tern pra sa comunicar seria isso?" [ ... } "porque eu quando passo pro mau aluno a questao da lingua inglesa, que voce sempre escuta urn au outro falar assim: mas eu nunca vou viajar para os Estados Unidos ... ent~o eu js aproveito esse gancho e js digo: voce nao vai aprender ingles para viajar, voce vai aprender ingles para que voce tenha um conhecimento basico de vocabulario que te abram as portas no futuro ... no mercado de trabalho ... entao a importancia do ingles, a importancia da comunicaC;ao da lingua ... como prsticas sociais que eu entendo ~ de voce ler oportunidades melhores pra voce encarar 0 mercado de trabalhon. (professora 1) H [ o ••• ] relato de P1 mostra que ela relaciona a questao da colocavao poram, como ja foi apresentado capitulo 1, 0 do trabalho aprendizado e e nao desenvolvimente que no mercado permeiam de trabalho, a foco principal relar:;:oes. Pode-se informar:;:oes apresentadas do antes relacionar pela professora: concepcyao de ensino ensino mais Seguindo "Pra mim que permeia tradicional, questoes levantadas de textos mais de essa fala cern discutidos sua visao, 0 momenta aqui ainda que terern e sim, 0 culturais outras duas como professora em que se deu sua sido urn pouco nao leva no no mundo lingua, seu tempo de trabalho estruturalista, pela pedagegia ensino de ingles e das questoes que passa de vinte anos, e nos leva a cempreender formac;:ao, au seja, ensino de lingua inglesa com a do ingles nao garante esse acesse ao sucesso esse de uma vis?o critica a respeite suas 0 em lanr:;:ados; e a voltada para urn considerar:;:2o as critica. com as falas das professoras: sao diretrizes, sao parametros que .. que norteiam a educayao brasileira ft ( ••• ] 40 -Como eixos norteadores ... como base mesma" {... ] ·um inslrumento vivo que faz parte da sociedade e e'lolui conslantemente-. (professora que .. urn instrumento 2) Menlao ... nas nassas reuniOes pedag6gicas a genie tern ne ... e ... loda ... 0 contata com lodos esses documentos a gente ... e ... trabalha em cima, e responde questoes e quest6es e questionarios ... entao, importante, mas eu acho que tern muita caisa que poderia ... ser subsliluido por Qulras eoisas mais importantes ainda que ... eles nao calocam ali. Questao de valores que ... na lingua inglesa par example nao colocado". (professora 3) e e ... e "na minha opiniao. a lingua enquanto pratica a-<lia ... ne ... na sociedade. (professora 3) E interessante enquanto pratica articular;ao observar social ao planejar que P3 consegue de maneira suas aulas. De maneira social. Nao e e conceitos A terceira .. utiliza no dia- a conceito e que certamente diferente, de lingua facilita sua P2 tenta formalizar urn que real mente pensa com relar;<3o tanto oficiais quanta com relar;80 ao conceito de Ifngua enquanto passive I perceber, conhecimentos 0 lingua que voce sintetizar bern simples conceito que nao revela campi eta mente aos documentos social e aquela pratica par meio de sua fala, se P2 can segue articular tais com sua pratica em sala de aula. parte da entrevista tern par tim trabalhar com as crenr;as sabre a lingua inglesa, a ensina do idioma na escola publica. Assim, inicia-se com a seguinte pergunta: a professor em sala de aula tern consciencia mediador de mudanr;as articula sua pratica com a processo inserido. Esta pergunta, professoras, ate 0 maior de educar;ao momenta, devido a todo a processo fazendo que P2 e P5 responderam professor a aluno esla par parte das revissem seu conhecimento de maneira enquanto 0 de reflex<3O gerado com que as profissionais posturas, suas pn3ticas e como estavam articulando em sala. Percebeu-se no qual ao ser respond ida. mostrou certo desconforto a que pode ter acontecido pela entrevista do seu papel na vida do aluna? Com objetivo de revelar como suas com a pratica mais direta, enquanto as demais pararam para renetir sabre seu dia-a-dia antes de responder: 41 "eu acredito que nem lodos as professores tern essa consci~ncia. alguns sim~. (professora 2) "se ele nao tern, ele tern que ter consciencia ... ne ... que ele naD ta ali s6 passando uma tarde com 0 aluno, que ele la ... passando pro aluno ... a melhor maneira de ele Jer e compreender uma lingua estrangeira, no casa 0 ingl1':s", (professora 1) ~sim, tern", (professora 5) "no geral eu acho Que nao ... algumas vezes ... em sala ... esquecemos que podemos fazer a difereny8 na vida das CrianY8s ... enos contentamos com as cinco por cento dos que apresentam urn born resultado", (professora 4) ~eu teohaL.. eu tenho ... eu enquanlo professora ... eu ... eu tenho conscil~ncia de que eu, eu vou ser muito innuenciavel ne, no que eu falar .. muitas vezes ele vao ... acatar aquilo que eu falo~. Ao ser questionada sobre os demais professoras, P3 conclui: "nao ... porque hoje, 0 professor ... ele ... a maioria ... eles se preocupam em ... digamos que ... e ... a nao ter problemas la na frente, e nao ... com 0 aprendizado, se aprendeu ou nao, se fez ou nao ... ". (professora 3) e ... Seguindo entre as normal mente em enunciado para 0 que aprende 0 parte-se ingles para a perceP9ao e seus alunos que os alunos.. rela9ao professor apresentadas roteiro, de percebo possuem que 0 aulas aos professor seus - com do professor rela9ao - e as cren9as alunos, essa que questao foi completar. A questao seguinte, sobre a relayao as aulas esses posta de profissionais em forma pelo professor em sala com seU$ alunos, na segunda desta parte do roteiro. Aquestao crenya do professor e 0 contraste busca contrastar parte da entrevista alem de complementar de ainda sobre a percep9ao tem de seu aluno segue com uma frase a ser completada: ingles ... " Essa frase, ao ser completada, ingles a primeira com 0 "0 aluno as cren9as que ele vivencia e segunda perguntas seguinte: "a escola ensina um ingles ... " volta para a entre 0 que a professor pratica em sala. Tal questao visou contemplar acredita e 0 que realmente essa reflexao por parte do professor. 42 "urn ingles basieD ... 0 que e uma pena". (professora 4) ~a escola ensina urn Ingles mecanico, que naD se preocupa ingles mais gramatica~. (professora 2) com a fala, interpreta980 ~a escola ensina um ingles ... e ... ele vai dando urna no<;ao ... pra que ele naD fique assim achando que a ingles 13um grego pra ele, que ele consiga numa musica entender urna fase, uma mensagem, nesse sentido. Mas a aluno de escola publica que esta de sexto ana ao nono, ele naD falando, ele naa sai construindo certos textos porque dentro de um numero grande de alunos Que nos temos em sala isso nao e muito passivel". (professora 1) e... "eu acho que naD falar necessariamente humanamente impassivel pele tanto de aula que a gente tern ... mas ... 0 basieD ne entender pelo menos 0 ... do que se t<3falando .. quando Ie ou ve qualquer coisa ... entender.. pra ele conseguir sair de determinadas situa~6esH. (professora 3) Observa-se nas Falas de P2 e P4 e ensinado na escola. P4 usa proficiEmcia do idioma, que avanvado. Continuando 0 0 uso de adjetivos termo basico, e normalmente fazendo dividido com sua fala, P4 apresenta nivel de idioma ensinado na ~seola. Seguindo da escola como mecanico, mais preocupado para explicar referencia em basico, 0 ingles que ao nivel de intermediario e certo pesar com relavao a esse a mesma linha, P2 classifiea com a gramatica, ingles 0 nao se foeando muito na fala e na interpretavao. Retomando aqui sevao 2 do capitulo de interpretavao 0 que vai permitir mesmos doeumentos Apesar 0 Nesse realidade 0 aluno nao fazem de os mesmos nao se visa a proficieneia inferir qual ofieiais, apresentados de P2 com relavao de texto, que e um dos grandes foeos de tais doeumentos, a leitura eseola. que esta posta nos doeumentos 1, ve-se que existe uma preoeupavao desenvolver referencia doeumentos eritieo. em alguns e importante na qual ele esta inserido que lembrar e 0 ou seja, Porem, esses a ser ensinado momentos no uso da lingua inglesa na escola publica, nivel de ingles satisfatorio ponto, seu senso a niveis de ingles eoloearem nao na a falta na que e possivel aluno deva aleanvar. que a autonomia que -vai auxilia-Io do no trabalho proFessor e a com a lingua 43 ln9le5a. Pode-s9 encontrar escolas publicas que atendem comunidades cantata freqOente com a idioma, porem, existem comunidades economicas professor para adaptar pagar urn curso seu conteudo de ingles para que nao tern com mais condic;oes as filhos, possibilitando para um ingles mais complexo ao do que so mente 0 basico. Algumas autores reflexoes ja citados, fragmentado, permeado Essa reflexao e levada revelar como 0 perguntas anteriores, trazem uma apresentadas n09ao pera DeE e tambem de sujeito par muitas cren98S e que que de ingles articula foram: "consigo perceber esta par alguns pronto, que e esta em constante transformac;ao. em conta nas duas perguntas professor nao finais do roteiro que buscaram esse conceito de sujeito. Com isso, as mudanc;;as em mim e/ou em meus alunos com relac;;ao as crenc;;as sobre a lingua inglesa e aprendizado?" e "0 professor ideal e assim:". Com professoras conta. relac;;ao as disseram Colocaram mudanc;;as perceptiveis ser possivel que algumas outras fazem com que ampliem aluno aprendendo bem mediado, as vezes. com muita perceber, turmas em si enos alunos, todas as apesar de muitas vezes nao se darem fazem com que elas tenham seus conhecimentos, e tambem P3 fala que ~sse processo interac;;ao e acompanhado que mudar, que percebem de mudanc;;a precisa de perto para poder se tarna rnais seu ser ser percebido. "sim, voce expande "sim ... muilos (professora 5) seu conteudo acham que conforme e rnuito dificil as alunos". .. mas (professora quanta 4) praticamos facH". "eu acho assirn que eles ficam mais confortaveis ... e ... nao e urn ... urn ... eu to pensando assim nos iniciantes, que as nosso vem de primeira a quarta assim sem n09ao nenhuma, eles nao tem ne na escola da prefeitura ingl~s, entao eles vem assim zeradinhos. Entao eu acho 44 assim que ... e urna mudanca gradual. .. gradualmente que voce vai venda assim essa mudanya neles, sabe, urna compreensao, uma melhora em alguma expressao. que ... voce as vezes S8 surpreende com ele ... puxa, ele conseguiu assirnilar esses verbos, ele conseguiu assimilar essas express6es, ele conseguiu montar urna frase, e eu as vezes me surpreendo .. na siluat;:ao ... e ... de dificuldade que n6s passamos aqui ... eu penso: nossa, eu consegui passar isso e ele conseguiu entender isso ne, entao imagine se tivessemos loda urna estrutura, como que esse aluno ida aprender essa lingua inglesa", (professora 1) A tala de P1 apresenta Percebe-se que idioma assim e, assimilar/interagir consegue um apanhado aluno que comega 0 como com trabalhar 0 com Outro ponto interessante afirma, sabre a estudar ficam mais 0 ensino do ingles na escola. ingles vai se familiarizando confortaveis, ou seja, 0 idioma de maneira mais natural. E curioso perceber que Pi 0 ingles em sala de maneira e como Pi fica admirada significativa alunos. Esse fato leva a pensar que P1 pod~ nao estar aproveitando de ingles, e que isso independe todo mais, aprofundar de seus 0 potencial mais 0 nivel de estrutura. Em relac;:ao ao ideal de professor, ja se considera com seu aluno. com 0 desenvolvimento dos alunos par nao acreditar que eles podem aprender profissional com conseguem as respostas bem capacitado revelam que muitas vezes para atuar, faltando apenas 0 alguns recursos: "eu ... seria uma professora ideal no caso ... se eu tivesse, em ver de 40 alunos numa sala, tivesse 10 numa sala. Eu me realizaria, porque ai eu iria ensinar·realmente ingles, porque eu acho assim um absurdo voce trabalhar com 40 alunos e querer ensinar ingles para eles. Que nem todos tern a vontade de aprender uma lingua diferente, entao voce tem que trabalhar com 0 animo, com a disposit;:ao do aluno, e com a falta de recursos, entao eu pra ser ideal, teria que ser assim ... reduiido as salas de aula ne, pra que voce pudesse ter seu trabalho de uma forma legal". (professora 1) "que se preocupa com 0 aprendizado do alu·no ... na minha opiniao ne ... 0 professor ideal e aquele que se preocupa com 0 aprendizado do aluno e que ... ele nao fica s6 ... e ... apegado ao sistema, porque 0 sistema dita uma coisa, e a realidade e a pratica e outra~. (professora 3) Pode-se recorrentes, ensino perceber que alguns problemas como a qualificac;:ao, os desafios de lingua na escola publica. E enfrentados pel as professoras que encontram interessante colocar sao e a visao que tem do que, apesar de as 45 profissionais nenhuma terem dito nao ter sido suficiente caleca formag8.o problema 0 continuada colocando na documentos da capacitag8.o, tempo para como estrutura urn problema. fisica norteadores sua formag8o da escola, da educ8gao naD estao de acordo com a realidade Percebe-se nos auto-aprimoramento que objetivos au professor 0 acaba apresentados das escola, a responsabilidade Nesse ponto, retomando desenvolvimento de seus alunos, fica urn questionamento a responsabilidade como muitos professores iniciais, pelos para 0 ens ina de ingles que, como P3 afirma, de seu trabalho. real mente ternando 0 nas perguntas pela limitagao a fala de P1, que fica admirada sobre S9 0 que Ihe cabe no ensina fazem, jogam a culpa dos problemas com professor 0 esta do ingles, au se, de aprendizado dos alunos na estrutura e no governo. Esse permitem pequeno perceber universo quest6es de representa<;:6es relevantes sobre como analisados 0 professor nesse trabalho esta encarando ensino da lingua inglesa em sala, como suas representa<;:oes estao interferindo pratica e como norteadores permite estao perceber interessantes dificuldades articulando da educa<;:ao brasileira para que, 0 apesar ensino para articular as quest6es (peN, DeE desses de lingua, tais conhecimentos colocadas e DeEM). documentos as professoras 0 sua pelos documentos foco no professor trazerem discuss6es a apresentam com sua pratica, muitas e isso se da par alguns motivos. Acredito apresentados que somente 0 pelos documentos boa aulaiprofessora. leis conhecimento oficiais documentos referencia ja que, como pode-se observar, sao sujeitos em constante e a articula<;:ao dos conhecimentos nao sao suficientes nao devem para assegurar ser tomados nas discuss6es mudan<;:a e seria impossivel do capitulo como uma a (mica anterior, todos ter uma participante que 46 seguisse tudo 0 que as documentos G professor, permeado ensina de lingua inglesa propoem. par suas representac;6es, deve se dar na escola, dificultada pela falta de leitura, au capacitac;ao educacionais. Ele precisa acompanham as mudanc;as novas representac;6es sua pratica, processo atento da sociedade, encontrados nos documentos deixamos educativ~, dentro as mudanc;as na educac;ao, permeadas como Qutros fatores aluno, 0 facilitando do ingles. A importancia das representac;:6es dos professores. ern sala de aula nao quando focamos que tambern ou dificultando 0 desta pesquisa foco voltou-se Como professoras docente, E necessario para poder contrasta-Io Essa suposta estas por estao professor no e professores, as e como isso tambem fica a.cargo Nao foram considerados e relevantes ensino e a receptividade do da compreensao os fatores externos que estes fatores identifico muitas das questoes ou seja, em muitos momentos norteadores reflexao, desenvolver e a existem, professor. 0 tambem na pesquisa, aos documentos sala de aula. para 0 sao as motivacy6es de alunos ele como objetos de estudo, apesar de se compreender 0 pais par novas tecnologias, pelos professores oficiais. Normalmente de lado permeia a pratica docente, pois 0 das novas perspectivas representac;:6es que alunos e mesmo a escola tem do ensino, aprendizado como culturais e sociais. Muitos desafios contemplados estar nao compreende e essa falta de compreensao da educacyao nao solucionam que com processos melhoria 0 professor que facilitarao no processo se dar pela utilizac;:ao de tecnicas pelas que recorrer problemas pontuais em valorize sua pratica e seu conhecimento que colocam 0 colocadas percebemos tais documentos 0 de ensino!aprendizagem mais variadas, e, a partir de sua ensino/aprendizado. que 0 professor de ingles pode s6 poderar fazer 47 usa se conhece-Ias, do aluno com 0 por meio de problematizagoes aprendizado de ingle-s. em que relacione a pratica social 48 4. CONSIDERA<;:OES FINAlS o ensina educac;ao basica. da lingua inglesa no Brasil esta Com isse, percebe-se e pais. Nesta perspectiva, importante contemplado a importancia no curricula observar que, segundo as documentos do estado, au seja, as OCEs, peN e OCEM. a inclusao de tal idiom a importancia no mundo como urn idioma de comunicac;:ao a influ€mcia da lingua inglesa como lingua imperialista questoes, esses levantam mesmo tempo, ao considerarem pontos 0 interessantes fatores como a cantata Entre um e outro conceito Torna-se postura pode influenciar 0 sabre ingles pode ser observado 0 encontra-se importante 0 para ensino e como 0 idioma, ingles 0 0 e uma professor a sob essa 6tica. Ao entre povos facilitado professor aprendizado tais como pelo idioma e como as culturas se manter, tais autores colocam que a ingles na escola. (2005) e Breton (2005) no mundo sob duas perspectivas: lingua, a troca de informac;:6es possibilitada idioma da par sua e a lingua inglesa como lingua global. Ao analisarem autores noc;:ao de lingua imperialista e como conseguem S8 oficiais global. Alguns autores, como Lacoste (2005), Rajagopalan analisam da que tal idioma tern para 0 pela locais lingua global. que precisa compreender ensinar como tal sua de urn novo idioma pode influenciar a vida dos alunos. Orientando 0 professor citados. Estes colocam que 0 nessa discussao, encontram-se construc;:ao de uma vi sao critica de mundo, contribuindo uma leltura de mundo de forma a entender. e identificar impregnam as documentos ensino da lingua inglesa deve auxiliar um idioma ou ~Utro, tornanda-a 0 para que ele possa fazer as diferenc;:as culturais capaz de se tamar um individuo cantata com outras culturas e na~ simplesmente ja aluno em sua urn ser pass iva a55imilador que ativo no de tudo 49 e a que Ihe refiexao apresentado. contribuindo 0 para professor tern a responsabilidade a aquisiyao de media~ao torna-S8 uma carga pesada para condi90es de articular interculturais au compreender e e de que maneira 0 competencias professor, essa Essa que muitas vezes naD tern como S8 concretizam passivel de mediar interculturais. mediar essas competencias esse processo de forma satisfat6ria. o professor entao volta a idioma, aprendizado tambem carrega alva no processo e aluno. Percebe-se decisivo sabre a maneira como se pode esquecer S8r 0 que 0 consigo mediador 0 que a papel do professor como uma carga principalmente as suas representayoes levar em conta 0 individuo cultural, sabre conhecedor suas 0 entre e nesse interim atuno vai perceber a lingua inglesa. professor, 0 educativ~, Contudo, de outro representayoes nao idioma. de mundo e ensino do ingles. Oeve-S9 tambem aluno, pais ele tarnbam traz consigo sua visao de mundo e faz suas mediac;oes. Torna-se necessaria percepyao apresentada voltar-se acordo com as concepyoes importante, apresentadas qual a percepyao esta pesquisa entrevistou estadual em Curitiba, semi-estruturado com para esse professor para investigar como e se a par ele condiz, ou nao, com aquilo que se espera dele, de pelos documentos norteadores, E, rnais que eles trazem sabre a ensino de ingles, Para isso, cinco professoras que atuarn em coh§gios da rede publica par meio de pesquisa qualitativa, gravac;ao das entrevistas utilizando-se como meio de de questionario investigac;ao e documentac;ao, Pode-se perceber que as professoras seja par falta de recursos, mostraram conscientes enfrentam au par falta de interesse no seu dia-a-dia dificuldades, dos alunos. Tais professoras de se'u papel como mediadoras de culturas e realidades se e ao 50 refletirem mesmas sabre sua no decorrer alunos diferentes, processo pratica tambem conseguiram de sua vida profissional, que trouxeram de aprendizado saibam a teoria na hara, consigo desafios e representa<;oes 0 conceito identificar mudan~as proporcionadas diferentes com de mundo distintas. teorica formal, em pelo cantata mas acredito si com rela~ao ao Talvez elas naD que elas sabem teorizar a propria pratica ao fazer defini<;oes simples. Com rela<;ao ao conhecimento que as professoras sabre as documentos apresentaram, naD S8 pode concluir concepr;:ao de lingua adotada par lais documentos. profissionais provocadas oficiais e as concep<;6es que elas compreendem Infelizmente, percebe-se nao tiveram urn contato muito profundo ou talvez nao foram instigadas, a pensar sabre a ass unto. 1550 certamente vai influenciar e pode ser urn dos fatores que fazem com que elas nao consigam alunos um forte motivo para aprender auxflio para a entrada oficiais para educa~ao dos focos configura-se a que tais do ensino, no mercado de trabalho. nao colocarem de alguma ingles, colocando-o Porem, muitas apesar a inser~ao no mercado forma essa vi sao deve suas praticas, passar para as vezes como um dos documentos de trabalho como urn ser considerada pais conhecimento para em uma pratica social, pois e uma forma de levar 0 fora da sala de aula, para a pratica social do aluno. Por meio dessa pesquisa professores seus foi possiv\?1 perceber algumas representac;:6es de lingua inglesa na escola publica e como esses profissionais conhecimentos pelos documentos e representac;:6es oficiais norteadores Nota-se que as professoras com conceitos da educal'ao conseguem e reflexoes articulam apresentados (OeEM, DeE, peN). articular de alguma maneira algumas quest6es como a pratica social do ingles, a percepc;:ao de desenvolvimento por meio de sua pratica. Percebe-se de grande necessidade do aluno por parte das professoras 51 de estrutura, nao ficando muito mesma prom over seu trabalho, informatica. claro como sendo que n9rmalmente laboratorios de pesquisador, nao seria capaz de promover de ingles, pais a cantata com 0 idiom a podem Outro ponto documentos reflexoes Pon§m, importante oficiais por apresentadas desenvolvimento tenha professores estrutura, as condic;:6es dos e participantes, e tambem OU se refere aDs na vi sao do com rela~ao ao ensina para que 0 aluno interaja sobre a necessidade para melhor sobre a percep~ao as quest6es e de quais reflex6es dos compreensao de da lingua inglesa a cullura e que por meio desse trac;:ar um esboc;:o sobre algumas da rede publica estadual de releitura referenles de vi sao crftica por parte do aluno. Espera-se sido possivel interferir sem a usc de computadores. a ser levantado parte poderia essa estrutura dessa tantas diferenvas em tais documentos para a educac;::ao brasileira trabalho a existencia com vDcabulario, promovidas S8r isso realmente representac;:oes de podem ser desenvolvidas para a melhoria da educac;:ao publica. Partimos da premissa de que nao existem maneiras de pensar erradas, da mesma forma que nao ha obrigac;:ao por parte do professor acordo com 0 que apresentam os professores percebem o unice de fermar meie professor os documentos professores ou mesmo tern e deve utilizar sua autonomia as documentos pelas questoes levantadas de, do compartilhamento meio formac;:ao continuada. professoras de permear revelam. ou como oficiais nao sao suas praticas. em sala de aula e, mesmo 0 que nao oficiais, sua pratica estara permeada a respeito da lingua inglesa par ele mesmo, problematizar entrevistadas compreender sua pratica docente e que os documentos conhec;:a de forma aprofundaaa per oficiais. Tentou-se corretas de pensar de de [deias com outros sua pratica e torna-Ia e sera capaz profissionais, melhor, ou de assim como as 52 REFERENCIAS ABRAHAo, Maria Helena Vieira; BARCELOS, Ana Maria Ferreira (Orgs). 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REFLEXAo DE liNGUA SOBRE REPRESENTAC;:OES DE INGLESA NA ESCOLA PUBLICA Objetivos: • Investigar as crenc;as dos professores de Lingua Inglesa da rede publica de Curitiba; Identificar as crenyas sabre: a ensina de lingua inglesa, ing[esa na educayao sabre 0 basica e sua papel do professor, 0 relac;ao com a mundo, 0 papel da lingua 0 papel do aluno, papel da escola publica; Analisar as fatores que influenciam as mudanc;as destas crengas; Investigar as praticas e metadalagias utilizadas pelas professares em sala de aula; Analisar a usa, receptividade e relagaa existente entre as dacumentas aficiais norte adores da educagaa e a pratica de sal a de aula das professares; Investigar as percepgoes inclusaa/exclusao Procedimentas: de professares quanta ao processa de promavida pela lingua inglesa. sua l?articipa9ao cansistira na realiza9aa desta entrevista. A transcrigaa sera enviada casa haja interesse. Sigilo: apenas do identificados As informagoes pesquisador pelos seus farnecidas responsavel. nomes, apenas ·sao canfidenciais Os sujeitos como da e de conhecimento pesquisa participante nao seraa 1, entrevistado 1, 56 professor 1. Curitiba, _ Assinatura do pesquisador Entrevistado (a), _ _ 57 Questionario Professores TCC Este roteira de perguntas professor sabre 0$ seguintes visa nortear a conversa entre pesquisador e temas: 1} Sobre a forma~ao do professor a) Ha quante tempo leciona? b) On de? c) Por que decidiu estudar Letras? d) Considera que sua forr:na~ao foi suficiente para iniciar a carreira de professor? e) Quais foram as primeiros desafios que enfrentou 2) Sobre as DeE, oeEM ao comeyar e peN de lingua jngiesa a) 0 que voce conheee dos doeumentos ofieiais (DeE, oeEM, b) Como voce vEt a importancia desses documentos? c) a lecionar? peN? a que voce entende por "lingua enquanto pratica social"? 3) Sabre as crenyas: a) Qual 0 tipo de indusao e exclusao que 0 aprendizado da lingua inglesa pode promover? b) 0 professor mediador em sala de aula tern consciencia de mudanyas do seu papel enquanto na vida do a/uno? c) Com rela~ao as aulas de ingles normalmente d) 0 aluno que aprende ingles .... percebo que os alunos .. e) A escola ensina um ingles ... f) Consigo perceber mudanc;as em mim e/ou em meus alunos com relac;aa as crencas sabre a lingua ing1esa e aprendizada? g) 0 professor ideal e assim: