62º Congresso Nacional de Botânica Botânica e Desenvolvimento Sustentável 07 a 12 de Agosto de 2011 Frotaleza, Ceará, Brasil CARACTERIZAÇÃO DA MORFOANATOMIA DA FOLHA DE CODONANTHE GRACILIS (MART.) HANST. (GESNERIACEAE) E SUAS ADAPTAÇÕES COMO RESPOSTA AO HÁBITO EPIFÍTICO (1) FRANCIS PEREIRA DIAS Co-autores: FRANCIS PEREIRA DIAS e MARISA SANTOS Tipo de Apresentação: Oral RESUMO CARACTERIZAÇÃO DA MORFOANATOMIA DA FOLHA DE Codonanthe gracilis (Mart.) Hanst. (Gesneriaceae) E SUAS ADAPTAÇÕES COMO RESPOSTA AO HÁBITO EPIFÍTICO (1) Francis Pereira DIAS (2) Marisa SANTOS (3) Grande parte da diversidade vegetal das Florestas Tropicais Úmidas está representada por epífitas, as quais detêm muitas estruturas anatômicas que possibilitam a adaptação a restrição de água e luz, decorrentes da forma de vida. Gesneriaceae é a segunda maior família em número de espécies entre as eudicotiledôneas epifíticas; Codonanthe gracilis é uma epífica bem representada nos forófitos da Mata Atlântica do Brasil, ocorrendo do Sul da BA até o RS, sendo frequente na Ilha de Santa Catarina (Florianópolis, SC). O presente estudo visa caracterizar a morfoanatomia foliar de C. gracilis e correlacionar às adaptações ao hábito epifítico. Para o estudo em microscopia óptica foi usado o terço médio de folhas (lâmina e pecíolo) totalmente expandidas, in vivo (para testes histoquímicos) ou fixadas com gluteraldeído 2,5%, em tampão fosfato de sódio 0,1M, pH 7,2, infiltradas com historresina e coradas com azul de toluidina. Foram feitas secções transversais, longitudinais e paradérmicas. Amostras fixadas e desidratadas foram secas em Ponto Crítico de CO2, para análise ultraestrutural em microscopia eletrônica de varredura. A folha é dorsiventral, hipoestomática, com estômatos anfianisocíticos, epiderme geralmente uniestratificada, tricomas unisseriados aglandulares (raros) e mesofilo constituído por hidrênquima e parênquimas clorofilados, paliçádico e esponjoso. Os feixes vasculares são colaterais, delimitados por bainha parenquimática clorofilada na lâmina e com células pétreas no pecíolo. No bordo foliar há deposição de compostos fenólicos. Entre as características xeromórficas, importantes para o equilíbrio hídrico, destacam-se: células epidérmicas altas (por vezes formando duplo estrato), estômatos com átrio externo evidente e ampla câmara subestomática, cutícula espessa, densos depósitos de ceras epicuticulares e mesofilo com presença de hidrênquima (com mucilagem e em algumas células com reforços de celulose na parede). 62º Congresso Nacional de Botânica Botânica e Desenvolvimento Sustentável 07 a 12 de Agosto de 2011 Frotaleza, Ceará, Brasil Palavras-chave: Codonanthe gracilis (Mart.) Hast., Epífita, Anatomia Foliar. (1) Projeto "Rede em epífitas de mata atlântica: Sistemática, Ecologia e Conservação" do Programa Nacional de Apoio ao Desenvolvimento da Botânica PNADB. (2) Bolsista de Iniciação Científica (PIBIC/CNPq). Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Centro de Ciências Biológicas, Departamento de Botânica, Laboratório de Anatomia Vegetal, Florianópolis, SC, Brasil. [email protected] (3) Docente e Bolsista de Produtividade do CNPq. Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Centro de Ciências Biológicas, do Departamento de Botânica, Florianópolis, SC, Brasil.