CONGRESO LXV CONGRESSO NACIONAL DE BOTÂNICA BOTÁNICA XXXIV ERBOT - Encontro Regional de Botânicos MG, BA, ES 18 A 24 DE OUTUBRO DE 2014 - SALVADOR - BAHIA - BRASIL Latinoamericano de Botânica na América Latina: conhecimento, interação e difusão FITOSSOCIOLOGIA EM ÁREA DE REGENERAÇÃO NATURAL NA ZONA DE TRANSIÇÃO AMAZÔNIA/CERRADO AUTOR(ES):Karine da Silva Peixoto;Kelyane da Silva Melo Santos;Fernando Elias da Silva;Simone Matias de Almeida Reis;Marco Bruno Xavier Valadão;Josias Oliveira dos Santos;Karla Monique Silva Carneiro;Iraciely Aguiar Vicente;Raiane Gonçalves Beú;Eder Carvalho das Neves;Josenilton de Farias;Beatriz Schwantes Marimon;Ben Hur Marimon Junior; INSTITUIÇÃO: Laboratório de Ecologia Vegetal -Universidade do Estado de Mato Grosso campus de Nova Xavantina. Vegetações remanescentes na borda sul da Amazônia têm sido ou já foram afetadas em diferentes graus de degradação em decorrência da expansão da fronteira agropecuária. A regeneração natural em pastagens abandonadas nessa região ainda é pouco estudada. O objetivo deste trabalho foi conhecer as características florísticas e estruturais de uma pastagem em regeneração natural (PR) e comparar com cerradão (CD) e cerrado típico (CT) não perturbados em áreas adjacentes. Essa pastagem foi formada há 35 anos em local originalmente de CD e a exclusão do gado se deu há cerca de 13 anos. O levantamento foi realizado em 0,5 ha de parcelas permanentes da PR, no Parque Municipal do Bacaba, Nova Xavantina-MT. Foram medidos diâmetro e altura dos indivíduos com diâmetro na altura do solo ≥ 3 cm. Foram totalizados 1507 indivíduos distribuídos em 87 espécies e 38 famílias. A riqueza de espécies foi semelhante à do CD (84 espécies e 37 famílias) e CT (80 espécies e 36 famílias). Porém, a área basal foi menor (6,5 m2) em relação ao cerrado típico (12,52 m2) e cerradão (25,95 m2), mesmo com o maior limite de inclusão de diâmetro nestas áreas (DAS ≥ 5 cm). Na PR a diversidade de Shannon (H’) foi 3,66 nats.ind.-1 e a equabilidade (J) de 0,82, enquanto que no CT foi H’= 3,78 e J= 0,86 e no CD H’= 3,67 e J= 0,84. As espécies com maior IVI na PR foram Tachigali vulgaris L.G.Silva & H.C.Lima (27,5), Qualea grandiflora Mart. (23,1) e Qualea multiflora Mart. (16,9). Nesse caso, diferiu-se do CD, cujas espécies de maior IVI foram Hirtella glandulosa Spreng. (IVI= 46,37), T. vulgaris (25,38) e Xylopia aromatica (Lam.) Mart. (18,46). Os valores diferiram também do CT, onde Qualea parviflora Mart. (27,49), Davilla elliptica A. St.-Hil. (18,09) e Roupala montana Aubl. (14,48) foram as três espécies de maior IVI. O fato de T. vulgaris constar entre as três espécies mais importantes na PR e no CD, indicam que a PR pode estar retornando naturalmente a formação CD. Conclui-se que, mesmo após apenas 13 anos de exclusão do gado, a vegetação PR está em processo de recuperação estrutural e florística em CONGRESO LXV CONGRESSO NACIONAL DE BOTÂNICA BOTÁNICA XXXIV ERBOT - Encontro Regional de Botânicos MG, BA, ES 18 A 24 DE OUTUBRO DE 2014 - SALVADOR - BAHIA - BRASIL Latinoamericano de Botânica na América Latina: conhecimento, interação e difusão relação às áreas adjacentes não perturbadas, apresentando fortes indícios de estar retornando ao estado original de CD. Este fato pode estar sendo facilitado pela fonte de espécies disponível nas proximidades, a proteção contra o fogo e entrada de animais de criação. (Os autores agradecem ao Projeto CNPq/PELD Sítio 15). Palavras-chave: florística, restauração ecológica, riqueza de espécies.