PROCESSAMENTO
AUDITIVO
Isabella Monteiro de Castro Silva
Profa Dra Especialista em Audiologia – Fonoaudióloga Clínica
SILVA, IMC - 2012
SILVA, IMC - 2012
A ORELHA

ORELHA MÉDIA
 Tuba
auditiva: proteção, drenagem, aeração e
equalização das pressões.
SILVA, IMC - 2012
A ORELHA

ORELHA MÉDIA
A
tuba auditiva é mais horizontalizada na criança do
que no adulto. Este fato implica maiores possibilidades
de infecções de orelha média. Devido ao crescimento
do crânio, a posição da tuba modifica-se.
SILVA, IMC - 2012
SILVA, IMC - 2012
A ORELHA

ORELHA INTERNA
 Cóclea:
onde se localiza o órgão de Corti. As células
ciliadas são organizadas em filas formando um
caracol.
SILVA, IMC - 2012
A ORELHA

ORELHA INTERNA
 Existe
uma função tonotópica na captação do som.
SILVA, IMC - 2012
A ORELHA

TEORIA DA CÓCLEA ATIVA
SILVA, IMC - 2012
EMISSÕES OTOACÚSTICAS

A amplitude das Emissões Otoacústicas Evocadas
Transitórias (EOAET) pode ser reduzida com a
aplicação de ruído competitivo. Este efeito de
supressão das EOAET, provavelmente resultante da
ação do sistema olivo-coclear medial (SOCM)
SILVA, IMC - 2012
EMISSÕES OTOACÚSTICAS


Hipóteses da função do COM predominantemente
inibitória : papel na captação de sinal em presença
de ruído simultâneo, na proteção contra lesão por
ruído elevado, no controle do estado mecânico da
cóclea, e na atenção auditiva
Não é observado em casos de desordens do
processamento auditivo central, constituindo assim
instrumento promissor no diagnóstico destas
patologias.
SILVA, IMC - 2012
EMISSÕES OTOACÚSTICAS

Instrumento promissor para diagnóstico de
transtornos do processamento auditivo
 Em
indivíduos sem alteração de processamento é maior
o efeito de supressão na OD
 Não é observado em casos de desordens do
processamento auditivo
 É observado maior na OE em pacientes com TPA
SILVA, IMC - 2012
VIAS AUDITIVAS


As várias fibras que saem de cada CCI formarão o
VIII par de nervo, o nervo vestíbulo-coclear.
Os potenciais gerados em cada fibra e a cada
sinapse ao longo do sistema auditivo central devem
estar em sincronia total para que sejam
interpretados adequadamente no córtex auditivo e
áreas associativas.
SILVA, IMC - 2012
A ORELHA
SILVA, IMC - 2012
A ORELHA
SILVA, IMC - 2012
VIAS AUDITIVAS


Mais do que simplesmente servir como uma via, cada
nível das vias auditivas ascendentes contribui com
processos significantes que resultam na extração e
realce de importantes traços da fala.
Sistema altamente redundante, onde as funções de
repetem para garantir a comunicação.
Bellis, 2003
SILVA, IMC - 2012
VIAS AUDITIVAS



Nervo Auditivo: “quebra” do sinal acústico em seus
componentes, organização tonotópica
Núcleo coclear: Realce da modulação do sinal
Complexo olivar superior: Codificação da informação
binaural (localização da fonte sonora)
SILVA, IMC - 2012
VIAS AUDITIVAS
Colículo Inferior: Maior Realce na modulação
das amplitudes do sinal
 Corpo Geniculado Medial: Primeira via entre o
tronco e o cérebro, realce das variações
mínimas do sinal acústico; integração
multimodal

SILVA, IMC - 2012
SILVA, IMC - 2012
CÓRTEX AUDITIVO PRIMÁRIO A1



Lobo temporal Esquerdo
Giro de Heschl: crítico para a análise dos estímulos
de fala
Mantém a organização tonotópica
SILVA, IMC - 2012
CÓRTEX AUDITIVO SECUNDÁRIO A2
Associação
Área de Wernicke: reconhecimento do estímulo
auditivo e compreensão da fala:
 Reconhecimento de palavras
 Significado
 Interpretação
 Leitura e Escrita
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CÓRTEX AUDITIVO
SILVA, IMC - 2012
CORPO CALOSO


Feixe de fibras que conecta os dois hemisférios
Responsável pela comunicação e integração
interhemisférica
SILVA, IMC - 2012
CORPO CALOSO
Processamento Auditivo


HE: sintaxe
semântica
fonologia
análise (todo para as partes)
HD: percepção musical
reconhecimento dos contornos acústicos
síntese: (partes para o todo)
Bellis, 2003
SILVA, IMC - 2012
PROCESSAMENTO AUDITIVO

Compreende um conjunto de habilidades auditivas
realizadas pelo SNC que são necessárias na
interpretação das informações auditivas. Entre elas
estão: detecção, localização da fonte sonora,
reconhecimento, discriminação, atenção seletiva,
memória de curta duração e aspectos temporais da
audição.
(ASHA, 1996)
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AVALIAÇÃO DO PROCESSAMENTO
AUDITIVO


Avaliação de habilidades auditivas específicas
O estudo das habilidades alteradas caracterizam
subperfis
SILVA, IMC - 2012
ANÁLISE TEMPORAL



É realizada através da análise dos picos e vales da
onda sonora.
Quando uma onda atinge a membrana basilar, essa
receberá uma propulsão para cima (correspondendo
aos picos) ou para baixo (correspondendo aos vales).
A direção diferente proporciona ativação o
desativação das CCE e CCI, que altera o sinal
recebido pelo nervo, fornecendo informação
temporal.
SILVA, IMC - 2012
ANÁLISE TEMPORAL

Na percepção da fala, os aspectos
temporais são importantes para
discriminação dos diferentes sons


o vozeamento aparece primeiro na palavra bato
do que na palavra pato);
na discriminação de palavras semelhantes (pasta
– patas).
SILVA, IMC - 2012
RESOLUÇÃO TEMPORAL

A velocidade de processamento de todas essas
informações auditivas, e principalmente do sinal de
fala, exige muito do sistema nervoso auditivo.
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TESTES E ANÁLISE TEMPORAL
 RGDT
– 15ms entre 5 e 6 anos e 10ms a partir 7
 PPS/DPS – ordenação e integração
 SSW – organização

A percepção de fala envolve mudanças muito
rápidas de sinal acústico, sempre envolvendo
análise temporal
SILVA, IMC - 2012
ANÁLISE TEMPORAL

Apesar dos aspectos temporais da audição serem
processados por todo o SNAC, o hemisfério
esquerdo é o principal envolvido na percepção do
ordenamento temporal de dois ou mais estímulos.
Porém, quando uma reposta verbal sobre a ordem
dos estímulos está envolvida, a tarefa é mais
complexa.
SILVA, IMC - 2012
ANÁLISE TEMPORAL

Nos testes de ordenação de padrão de freqüência
e de padrão de duração, o hemisfério direito
analisa os contornos acústicos dos tons
apresentados, envia-os para o hemisfério esquerdo
via corpo caloso, permitindo a nomeação destes
estímulos. Quando não é requerida a nomeação (só
a imitação ou humming dos estímulos) considera-se
que apenas o hemisfério direito está sendo
avaliado.
SILVA, IMC - 2012
ANÁLISE TEMPORAL
SILVA, IMC - 2012
LOCALIZAÇÃO SONORA

LOCALIZAÇÃO HORIZONTAL
 Ocorre
análise das diferenças entre os sons que
atingem as 2 orelhas.
 O som atinge diretamente a orelha que está em sua
direção e atingirá a outra orelha após várias reflexões
no ambiente. Isso promove uma diferença de tempo
interaural. Os sons mais atingidos são os sons graves
(até 3kHz).
SILVA, IMC - 2012
LOCALIZAÇÃO SONORA

COMPLEXO OLIVAR SUPERIOR MEDIAL
 Recebe
feixes dos núcleos cocleares ipsilateral (feixes
mais curtos) e contralateral (feixes mais longos).
 Somando a diferença de tempo interaural com a
diferença de comprimento das fibras, ocorre uma
diferença de fase pós-sináptica.
 Os neurônios dessa região são detectores de diferença
de fase.
SILVA, IMC - 2012
LOCALIZAÇÃO SONORA
Com as várias reflexões, ocorre, também, absorções
de energia. Isso promove a diferença de intensidade
interaural, que afeta mais os sons agudos.
COMPLEXO OLIVAR SUPERIOR LATERAL
 Este local recebe fibras excitatórias da porção
anterior do COS ipsilateral e inibitórios do corpo
trapezóide contralateral.

SILVA, IMC - 2012
LOCALIZAÇÃO SONORA



O som atingindo a orelha mais próxima excitará
COS ipsi e inibirá o contra mais intensamente, pois
o som chega mais intenso.
Na orelha contralateral, o COS ipsi será menos
excitado e o COS contra menos inibido.
Resulta na excitação maior do lado de onde vem o
som.
SILVA, IMC - 2012
TESTES E LOCALIZAÇÃO SONORA



Localização em 5 direções
MLD
Testes que envolvem separação binaural
 Consoante/vogal
 Dicótico
de dígitos
 SSW
SILVA, IMC - 2012
INTERAÇÃO BINAURAL
Refere-se à maneira como as duas orelhas
trabalham juntas. Envolve a localização e
lateralização do estímulo auditivo, detecção de
sinal na presença de ruído e fusão binaural.
Complexo olivar superior

SILVA, IMC - 2012
AUDIÇÃO DICÓTICA


A audição dicótica acontece quando estímulos
auditivos diferentes são apresentados em cada
orelha simultaneamente.
As vias auditivas contralaterais são mais fortes e
mais numerosas que as vias ipsilaterais. (Teoria de
Kimura)
SILVA, IMC - 2012
AUDIÇÃO DICÓTICA
SILVA, IMC - 2012
AUDIÇÃO DICÓTICA



Devido à dominância cerebral esquerda para
a linguagem, há vantagem da orelha direita
em relação à esquerda, principalmente durante
processo maturacional Bellis, 2003
CV/DD/SSW possuem vantagem da OD até
8/9 anos
Após maturação do sistema, único teste que é
possível de analisar dominância lateral é o CV
(Pereira, 2012).
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INTEGRAÇÃO BINAURAL

Captação das informações fornecidas em
ambas as orelhas
SILVA, IMC - 2012
SEPARAÇÃO BINAURAL

Direcionar a atenção para uma orelha e
captar apenas as informações dessa orelha.
SILVA, IMC - 2012
SEPARAÇÃO BINAURAL

Performance auditiva com sinais acústicos
competitivos
SILVA, IMC - 2012
AUDIÇÃO MONOAURAL

Performance auditiva com sinais acústicos
degradados
SILVA, IMC - 2012
TRANSTORNO DO
PROCESSAMENTO AUDITIVO

Inabilidade ou impedimento da habilidade de
atender, discriminar, reconhecer, ou compreender
as informações apresentadas auditivamente
mesmo em indivíduos com acuidade auditiva e
inteligência normais.
ASSOCIATION OF CHIDREN AND ADULTS WITH LEARNING DISABITIES
(ACLD)
SILVA, IMC - 2012
TRANSTORNO DO
PROCESSAMENTO AUDITIVO


É um distúrbio da audição no qual há um
impedimento da habilidade de analisar e/ou
interpretar padrões sonoros.
É uma deficiência observada em um ou mais
comportamentos auditivos.
(ASHA, 1995)
SILVA, IMC - 2012
TRANSTORNO DO
PROCESSAMENTO AUDITIVO

Decodificação
 Processos
envolvidos habilidade de analisar do
ponto de vista acústico um evento sonoro

Codificação
 Processos
envolvidos na habilidade de integração
das informações sensoriais – auditivas e nãoauditivas

Organização
 Processos
envolvidos na habilidade de
sequencializar eventos sonoros.
SILVA, IMC - 2012
TRANSTORNO DO
PROCESSAMENTO AUDITIVO

Bateria de testes deve ser realizada com testes
padronizados e sistematizados
 Processamento
temporal deveria ser obrigatório
 Acesso complicado

Somente o teste SSW permite a possibilidade de
classificar o grau
 Pode-se
caracterizar o grau do TPA somente por
este teste?
 Casos que apresentam SSW normal e
processamento temporal alterado
SILVA, IMC - 2012
TRANSTORNO DO
PROCESSAMENTO AUDITIVO

Associação com outras patologias e trasntornos
 TDAH
 Dislexia
 Distúrbio
de leitura e escrita
 Distúrbio de aprendizagem
SILVA, IMC - 2012
TRANSTORNO DO
PROCESSAMENTO AUDITIVO

Realização do teste sob efeito de medicação
 Critério
para execução da bateria: nível mínimo de
atenção para realizar o teste
 Consegue fazer teste em menos sessões
 Mantém o padrão de atenção apresentado em
situações de aprendizagem: sala de aula/terapia
 Não permite ver progressos do comportamento sem
a medicação
SILVA, IMC - 2012
TRANSTORNO DO
PROCESSAMENTO AUDITIVO

Realização do teste sem medicação
 Avaliação
do estado natural dom comportamento
auditivo e atenção
 Muitas vezes não temos nível mínimo de atenção
para o teste
 Resultado pode não condizer com os resultados da
terapia
SILVA, IMC - 2012
TRANSTORNO DO
PROCESSAMENTO AUDITIVO


Estratégias para visualizar melhora neural:
terapia fonoaudiológica e exames
eletrofisiológicos
Estudos com PEATE-BERA, P300, supressão das
EOAs
 Latências
maiores e morfologia do traçado pior em
TPA
 Após treinamento auditivo formal e informal há
melhora dos parâmetros de análise
 Schochat
(2005), Gil (2012), Morlet (2012)
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