RELEVÂNCIA DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR E SUA RELAÇÃO COM A QUALIDADE DE VIDA NO CUIDADO AO PORTADOR DE HEMOFILIA Márcia Felício de Moura Silva1 Staniany Flores da Silva2 Yara Maria Diniz Figueiredo3 RESUMO A hemofilia é uma doença congênita e hereditária de gene recessivo e ligado ao cromossomo X. A maior incidência ocorre no sexo masculino e as mulheres portadoras não apresentam sintomas. O objetivo desta pesquisa foi revisar o que existe descrito na literatura acerca da importância da equipe multidisciplinar na assistência ao portador da hemofilia. Trata-se de uma revisão bibliográfica, com base em artigos científicos do de 2001 a 2011 da biblioteca virtual em saúde, Centro Latino Americano e do Caribe de Informações em Ciências da Saúde - BIREME e livros que abordam o tema hemofilia. Ressalta-se que, apesar das várias políticas voltadas para a área da saúde no Brasil, ainda existe um vazio assistencial em relação ao cuidado prestado ao paciente hemofílico na rede de atenção primária, secundária e terciária da saúde. Tornou-se relevante desenvolver este trabalho considerando ser um grande desafio pesquisar um tema tão pouco discutido na literatura e entre os profissionais da saúde. O assunto abordado neste estudo possibilitou identificar à relevância da busca constante de conhecimento e a necessidade de capacitar e habilitar os profissionais da saúde para cuidar do paciente hemofílico que necessitam de tratamento e cuidados que possibilite a qualidade de vida num contexto multidisciplinar. Palavras-chave: hemofilia, qualidade de vida, equipe multidisciplinar. 1 Acadêmico do Curso de Enfermagem Universidade Vale do Rio Doce Email: [email protected] 2 Acadêmico do Curso de Enfermagem Universidade Vale do Rio Doce Email: [email protected] 3 Orientadora Professora Mestre do Curso de Enfermagem, da Universidade Vale do Rio Doce. Email: [email protected] 1 Na hemofilia, o sintoma mais 1 INTRODUÇÃO comum é o sangramento além do normal, Brasil a interno e ou externo, que pode acontecer hemofilia é uma doença hemorrágica, sem traumatismo aparente ou após algum congênita e hereditária, de gene recessivo e tipo de trauma ou acidente, ocorrendo ligado ao cromossomo X, de incidência principalmente nas articulações e músculos quase masculina, (OYESIKU et al., 2005). Quando o sendo a mulher apenas portadora. É hemofílico se machuca não sangra mais caracterizada à rápido do que uma pessoa não portadora da diminuição da proteína plasmática, fatores hemofilia, apenas sangra durante um de coagulação, com a qual o sangue tempo maior, podendo ocorrer novos demora a formar um coágulo ou, quando episódios de sangramentos depois de um este ferimento que é (2011) afirma exclusivamente pela formado, que deficiência apresenta ou qualidade insuficiente para exercer as funções de ou de uma cirurgia (CARAPEBA; THOMAS, 2007). coagulação. Vidal e Almeida (2008) relatam Existem dois tipos de hemofilia, a que o diagnóstico laboratorial da hemofilia A e a B. Na hemofilia A ocorre deficiência é feito quando a dosagem da atividade dos do fator VIII, e na hemofilia B, do fator fatores VIII e IX é menor que 25% e essa IX. Consequentemente ocorre uma redução dosagem da formação de trombina, fator essencial tromboplastina parcial ativado (TTPa). O para formação da coagulação sanguínea TTPa é usado para detectar deficiências no (SOUSA et al., 2008). sistema intrínseco da coagulação. Seu Rodrigues (2005) afirma que a baseia-se no tempo de prolongamento ocorre em várias situações, hemofilia era conhecida como a “doença incluindo a hemofilia A e hemofilia B. do sangue azul”, pois ocorreu em famílias O autor ainda afirma que além reais da Europa, Rússia e Espanha. A partir dessa avaliação, os exames de imagem são do conhecimento de que a Rainha Vitória necessários da Inglaterra era portadora da hemofilia, e sangramentos da transmissão aos seus descendentes, intracavitários e intracranianos. para a confirmação musculares de profundos, filhos, netos e bisnetos, a doença foi No entanto, apesar do avanço ganhando mais importância e aumentando tecnológico e das pesquisas na área da o interesse dos estudiosos. saúde, ainda existem poucos profissionais capacitados para diagnosticar e cuidar dos 2 portadores desta doença. Partindo do os artigos foram separados em dois grupos. pressuposto da necessidade de conhecer O primeiro descreveu sobre a conceituação mais sobre essa patologia e melhor de compreender impactos mecanismos fisiológicos e diagnósticos. E causados por ela, tornou-se um desafio o segundo identificou artigos relacionados estudar ao tratamento, terapias aplicadas aos os sobre agravos os e portadores destas hemofilia, fatores hemofílicos e genéticos, coagulopatias assim como enfatizar os pacientes a equipe cuidados a serem prestados. Neste sentido multidisciplinar na qualidade de vida do esta pesquisa objetiva revisar o que tem hemofílico. descrito na literatura acerca da relevância da equipe multidisciplinar na assistência ao 3 A HEMOFILIA portador da hemofilia. A Hemofilia é uma doença congênita, 2 METODOLOGIA hereditária, caracterizada pela ausência de fatores de coagulação no artigo sangue. O sangue é um tecido vivo que, no científico, adotou-se o método de revisão corpo de um adulto, se encontra em média bibliográfica, artigos cinco litros, variando de acordo com o científicos em banco de dados como: peso, e é constituído por parte líquida que é Scientific Online o plasma, composta por água, sais, (SCIELO), Centro Latino Americano e do vitaminas e fatores de coagulação, e por Caribe de Informações em Ciências da partes sólidas que são as hemácias, Saúde (BIREME), Literatura Internacion leucócitos e plaquetas. Para o hemofílico, a saúde (MEDLINE) e Literatura Latino parte do sangue ausente ou diminuída são Americana os fatores de coagulação, que se encontram Para elaboração com Eletronic em deste base em Library Ciências da Saúde no plasma (SOUSA et al., 2008). (LILACS). Durante a pesquisa foram selecionados 50 artigos do ano de 2001 a Na hemofilia, o fator de coagulação 2011 relacionados à hemofilia, equipe não existe ou tem pequenas quantidades multidisciplinar com levando a pessoa a ter crises hemorrágicas, hemofílico e a qualidade de vida. Após a que podem ser traumáticas, como por leitura foram selecionados 31 artigos que exemplo os ferimentos ou espontâneas, que foram organizados em planilha de excel. acomete os músculos e as articulações Para compreensão do objetivo da pesquisa (MESSAGI, 2006). no cuidado 3 De acordo com Pereira (2010), a crônico de inflamação, levando a novas intensidade dos sintomas da hemofilia hemorragias (GARCIA, 2011) . pode ser classificada como leve, moderada Assim Say et al. (2003) afirmam e grave que serão classificadas com base que embora a hemofilia não represente um na atividade dos fatores VIII e IX. A forma risco de vida estatisticamente significativo, leve apresenta-se entre 5% a 30 % de fator ela é considerada uma doença grave devido na composição sanguínea. Na forma às complicações músculo-articulares já moderada apresenta 1% a 5% de fator na citadas, verificando-se a importância da composição sanguínea. Já na forma grave equipe multidisciplinar no tratamento do corresponde a menos de 1% de presença do individuo com hemofilia. fator no sangue. A hemofilia, em especial a grave, 3.1 GENÉTICAS NA HEMOFILIA evolui com sangramentos espontâneos ou pós traumas predominantemente em A hemofilia é decorrente de um articulações e músculos, como também defeito genético, que está ligado ao sujeita o corpo humano a sangramentos cromossomo X, pois este é responsável por graves em outros órgãos, tais como: carregar sistema nervoso central e periférico, trato produção dos fatores de coagulação. Como gastrointestinal, sistema urinário e outros, o sexo masculino apresenta apenas um com morte, cromossomo X, de origem materna, se este morbidade com seqüelas permanentes. gene for anormal para a produção de Estes eventos são potencializados quando o fatores de coagulação considera-se que ele tratamento doses vai obter a doença, pois quando um de seus inferiores ao recomendado e o paciente não cromossomos X é anormal, provavelmente é assistido por equipe multidisciplinar será capacitada. Os sintomas da doença podem coagulação saudável, se esta possuir um se iniciar desde o nascimento, com céfalo- segundo X normal, será suficiente para hematomas, produção significativo é risco ministrado equimoses, de em hematomas cutâneos ou musculares e hemorragias os genes portadora, de que podendo fatores de controlam ter a uma coagulação (BITTENCOURT, 2010). espontâneas que podem ser cerebrais Em casos muito são articulares e ou de tecidos moles. A médio encontradas e longo prazo, os sangramentos recorrentes variando da ordem de uma em cem nas articulações, predispõem a um estado milhões, sendo que a probabilidade de um 4 mulheres raros hemofílicas, homem ser hemofílico varia de um em dez mil homens (MACEDO, 2005). Segundo Tosetto et al. (2004), um homem hemofílico que se casa com uma mulher normal, terá filhos genotipicamente normais, pois o cromossomo Y não transmite a doença. No entanto suas filhas serão obrigatoriamente portadoras. No caso de um homem normal casar-se com uma mulher portadora, suas filhas terão 50% de chance de serem portadoras e os filhos 50% de serem hemofílicos, visto que a Figura 1 herança pode resultar em probabilidades Fonte:htp://www.drshirleydecampos.com.br. diferentes, segundo a localização do gene Google, 20/06/2012 hemofílico (TOSETTO et al., 2004). O autor ainda afirma que há outra probabilidade, quando um 3.2 MECANISMOS FISIOLÓGICOS homem hemofílico casa-se com uma mulher Pio, Oliveira e Rezende (2009) portadora, a doença se manifestará no sexo afirmam que a coagulação do sangue feminino, neste caso os filhos têm 50% de consiste chances de serem normais e 50% de serem bioquímicas sequenciais envolvendo a hemofílicos, já as filhas serão 50% interação portadoras e 50% hemofílicas. Portanto referidas como fatores da coagulação, além observa-se que mulheres portadoras podem de células, em particular, as plaquetas e ser normais ou hemofílicas. íons. em uma de série de proteínas, Caracteriza-se reações comumente como fenômeno fisiológico e dinâmico, que favorece na diminuição do sangramento, impedindo que ocorra extravasamento para os tecidos vizinhos, assim evitando a hemorragia e trombose. O mecanismo homeostático primário, complementado pela a ação dos 5 vasos e plaquetas, é eficaz para cessar aprisiona hemácias, leucócitos e plaquetas, temporariamente sangramento. formando assim o coágulo que pára o fluxo Entretanto, para que o resultado seja do sangue no vaso lesionado (CAIO et al., efetivo, é necessário o mecanismo de 2001). o coagulação, hemostasia secundária, com a De acordo com Cavalcanti (2004) o devida formação de uma coagulação, para hemofílico por não possuir um dos fatores que o tampão hemostático se mantenha de de coagulação, fator VIII ou fator IX, em forma permanente e haja uma eficiente quantidade ou qualidade suficiente para hemostasia (MANSO, 2007). exercer suas funções, o coagulo em sua A hemostase abrange três estágios formação torna-se ineficaz na contenção do que contribuem para a formação do sangramento. coágulo: a constrição do vaso lesado; formação de trombo plaquetário; coágulo 3.3 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS de fibrina (SOUSA et al, 2008) Souza e Elias (2005) proferem que Na hemofilia o sintoma mais quando um vaso sanguíneo é lesado, ocorre comum é o sangramento além do normal, imediata contração da sua parede, que que localiza nas articulações e nos reduz o fluxo sanguíneo no seu interior, na músculos (CARAPEBE; THOMAS 2007). tentativa de interromper a perda de sangue. Manso (2007) enfatiza que as A contração da parede do vaso pode ser hemartroses e sangramentos musculares, se produzida tornam por reflexos nervosos desencadeados pelo estímulo da dor. A musculatura do vaso comuns nos hemofílicos, principalmente em sua forma grave. Os sofre episódios hemorrágicos modificações que são desencadeadas por clinicamente substâncias liberadas pelas plaquetas, que, moderada e grave, pois podem ocorrer além disso, se agregam para ajudar a após traumatismos de pequena intensidade formar o coágulo. Ocorre uma cascata de ou que não esteja associado a traumas reações químicas que envolvem diversos evidentes, o que vai depender do grau de fatores do plasma sangüíneo, chamados severidade da doença. fatores de coagulação. Essas reações acabam por produzir uma as caracterizam hemofilias em leve, As hemartroses podem ocorrer em proteína qualquer articulação, principalmente chamada fibrina. As moléculas de fibrina naquelas que possuem quantidade maior de se juntam para formar uma rede, que tecido 6 sinovial, destacando-se como articulações mais acometidas em ordem decrescente de freqüência os joelhos, 3.4 DIAGNÓSTICO cotovelos, tornozelos, quadris e ombros (BRASIL, 2011). Em relação ao diagnóstico, Manso Geralmente, as atividades da vida (2007) descreve que para haver um diária, como caminhar ou correr coloca em tratamento qualificado na hemofilia é risco o hemofílico que pode apresentar necessário um diagnóstico preciso, com quadros hemorrágicos, sendo assim, com a uma boa avaliação clínica que inclui dificuldade de cicatrização que o portador histórico familiar e exame laboratorial. apresenta, deve-se ter uma atenção especial As formas leves e moderadas da voltada aos cuidados nos atos cirúrgicos e hemofilia procedimentos invasivos (BRASIL, 2011). diagnosticadas durante a infância, porém a Carvalho et.al. (2007) acrescentam hemofilia são difíceis grave é de serem geralmente ainda que os traumas na hemofilia não diagnosticada em idade precoce. A doença definem que o paciente sangre mais rápido se manifesta raramente antes dos três e sim que sangrem durante um tempo meses de idade, caso ocorra algum trauma prolongado e que em relação a esta (BITTENCOURT, 2010). afirmação, em uma pessoa normal quando Marques e Leite (2003) salientam ocorre uma entorse, que normalmente que no histórico familiar é importante causará lesão em alguns capilares, o que investigar seus antecedentes familiares, proporcionará um pequeno sangramento, identificando o aparecimento dos primeiros ficando o local apenas dolorido, no he- sintomas, como que ocorreu a hemorragia, mofílico, este sangramento não cessa, se houve trauma ou se foi espontânea. tendo como sintoma inicial o formiga- Destaca ainda que no paciente com a mento que resulta em dor, formando aos hemofilia severa os sintomas podem poucos hematomas e quando ocorre em aparecer logo que ele aprende a andar, por articulações formam-se as hemartroses, volta de um ano de idade. Nos casos de que provocam dores intensas, edema e hemofilia leve, só ocorrem hemorragias mobilidade prejudicada. Como caracte- quando há traumatismo ou cirurgia. rística da doença o autor afirma que a Após histórico familiar, busca-se o gravidade torna os sinais e sintomas mais exame laboratorial, que avalia o tempo de intensos e constantes. sangramento, a contagem de plaquetas e o tempo de protrombina, o tempo de 7 tromboplastina parcial ativada e a dosagem domiciliar – DD, do fator de coagulação dos fatores VIII e IX possibilitam a específico para seu tratamento. Ao receber identificação dos tipos de hemofilia, a DD, terá orientação do rigor para o diferenciando preparo se é A ou B (SANTAMARIA, 2005). e auto aplicação, tão logo apareçam os primeiros sintomas. Esta proposta de DD permite ao paciente, um 4 TRATAMENTO E QUALIDADE DE tratamento precoce do sangramento, VIDA reduzindo assim suas complicações. Tais informações evidenciam a Sousa (2010) descreve que o importância da participação da família do tratamento da doença é um processo portador de hemofilia. Destaca que a DD, complexo, uma vez que não existe cura, no reduz as visitas do paciente aos serviços de entanto destaca ações preventivas e terapia Hemofilia, assim como o número de medicamentosa, não somente em episódios aplicações de concentrado de fator de de hemorragias, mas formas para evitá-las coagulação (RODRIGUES, 2005). e prevenir eventuais complicações que Ressalta poderão surgir ao longo da vida. que a autonomia do portador de hemofilia, possibilita maior Como forma de tratamento, Pereira liberdade para realização das atividades de (2010) informa que, existe a reposição de lazer, fator de coagulação como resolução de responsabilidade do paciente com seu demanda ou profilático, sendo realizado tratamento. Ainda como benefício da DD e por via endovenosa, após avaliação do da autonomia registra-se redução do hematologista que calcula a quantidade e a número de faltas na escola e no trabalho, o dosagem, menor tempo de dor e incapacidade física dependendo do grau e localização da hemorragia. assim como aumenta a (PEREIRA, 2010). Vidal (2008) destaca que quanto Considerando a saúde essencial mais cedo se inicia o tratamento, menores para serão pelos fundamental o conhecimento do individuo sangramentos. Em função desta afirmação, a cerca de sua posição na sociedade, de o portador de hemofilia deverá ser acordo com a cultura, valores que vivem, cadastrado e ter acesso ao Centro de em relação aos objetivos, expectativas e Tratamento da Hemofilia de sua região e padrões de preocupação (NUNES et al., sempre que possível receber a dose 2007). as sequelas provocadas 8 a qualidade de vida, torna-se Garbin et al. (2007) concorda que a 4.1 TERAPIAS APLICADAS AO qualidade de vida está relacionada à saúde PACIENTE HEMOFÍLICO e que é uma forma de verificar o impacto de determinadas doenças na vida dos pacientes, e valorizados que abrange pelas pessoas 4.1.1 Medicina Hematológica atributos agregando Ao hematologista compete a conforto ou sensação de bem estar, realização de diagnóstico da coagulopatia e mantendo de forma razoável a função condições física, emocional e intelectual. adequado (MARQUES; LEITE, 2003). Os mesmos autores destacam ainda A básicas partir para do tratamento diagnóstico que, no indivíduo com hemofilia, a hematologista qualidade de vida relacionada à saúde, informações/orientações de forma clara aos sofre um decréscimo, quando comparado à familiares e pacientes, relacionadas à população o patologia e a adaptação com a mesma, impacto da doença caracterizada pelos promovendo sua integração ao grupo episódios de sangramento espontâneo e multiprofissional que deve participar desde pós-traumático, o diagnóstico e acompanhá-lo no decorrer em complicações geral, os considerando quais nas acarretam articulações deve-se pelo prestar da vida (CAVALCANTI, 2004). (CARVALHO et al., 2007). Os Caio et al. (2001) acrescentam que pacientes apresentam crises hemorrágicas de repetição, necessitando o indivíduo com diagnóstico de hemofilia, atendimento além de muitas vezes necessitar de uma cabendo ao hematologista proceder à reposição urgente do fator de coagulação orientação terapêutica adequada, como terapêutica, necessita de uma assistência dose de reposição de fator ideal, frequência multidisciplinar que aborde os diversos e manutenção da mesma e outras medidas aspectos, com vista a qualidade de vida. específicas a cada episódio hemorrágico. Beltrame (2007) acrescenta que a saúde, como busca de equilíbrio hematológico frequente, Ainda em relação à responsabilidade do e hematologista destaca-se a relevância das qualidade de vida, não se trata de simples avaliações periódicas ausência de doença e sim de aspectos averiguando mudanças no comportamento multidimensionais que pode afetar a vida da doença ou outras com morbidades que das pessoas. possam afetar sua saúde (CARAPEBA; THOMAS, 2007). 9 dos pacientes, Os hematologistas, médicos que se problemas motores e posturais (MULDER, dedicam a assistir os pacientes com 2006). diagnóstico de hemofilia atuam como Devem orientar os exercícios mais referência para orientação aos demais adequados médicos, estabelecendo o diagnóstico e articulações, evitando acompanhando de forma integrada com hemartroses, que outros importante profissionais orientando o tratamento por toda a vida do hemofílico ao fortalecimento sítio das assim, as representam um de sangramento (CAVALCANTI, 2004). (CAVALCANTI, 2004). 4.1.3 Educação Física 4.1.2 Fisioterapia Segundo Beltrame (2007) as A fisioterapia tem objetivo de atividades do ser humano, desde a pré- melhorar a qualidade de vida, reduzindo os história, passando pelos períodos mais períodos de imobilização e incentivando a remotos até os dias atuais, refletidos na sua prática capacidade de sobrevivência e exploração de esportes proporcionando adequados, mobilidade articular, do meio estão relacionadas com o melhorando força muscular, além de movimento. Ao longo dos tempos, o estimular atividade física, proporcionando homem aprimorou o movimento para as assim suas situações de sobrevivência como a condições físicas adequadas (BRASIL, 2011). Segundo pesca e a caça, por exemplo. O homem Brasil (2011) a moderno vem evoluindo e estudos sobre a fisioterapia é definida como um conjunto atividade física vêm se preocupando cada de técnicas, métodos e atuações que, por vez mais com as questões que envolvem a meio de aplicação de técnicas físicas e com saúde e bem estar de todos. apoio de outras ciências, curam, previnem Para o portador de físicas e e adaptam as pessoas afetadas por qualquer Hemofilia deficiência somática e orgânica a um nível desportivas adequado de saúde. promovem não só benefícios físicos e Sendo assim, o fisioterapeuta as paciente são atividades indispensáveis, musculoesqueléticos, deverá avaliar o paciente e planejar mas pois também psicossociais (BRASIL, 2011). individualmente o tratamento fisioterápico Beltrame em (2007) enfatiza que a a ser aplicado, seguindo de acordo com os atividade física na vida do hemofílico 10 contribui para socialização, respiratória, aumentar a integração social e individualização, desenvolvimento motor e melhorar a autoestima (OLIVEIRA et al., a personalidade. Vale ressaltar que as 2009). tendências esportivas estão cada vez mais De acordo com Mulder (2006) os presentes no mundo dos hemofílicos e esportes que minimizam os riscos de pessoas com coagulopatias. trauma são: natação, golfe, tênis de mesa, Na hemofilia as hemorragias pesca, ciclismo, ocorrem principalmente sob forma de musculação e tênis. hematomas e hemartroses, sendo esta Como última, uma das complicações dança, cuidado em frescobol, qualquer mais atividade física a ser iniciada, deve-se características da doença. As hemartroses propor um período de aquecimento e são uma alongamento das articulações e músculos, mais objetivando a promoção de mudanças sangramentos articulação dentro que frequentemente o de afetam e metabólicas, preparando o corpo para as tornozelo. Na ocorrência de repetição das atividades físicas e com isso, reduzindo o hemartroses, quando não tratadas, estão risco associadas (BRASIL, 2011). à joelho, cotovelo degeneração articular, de lesões musculoesqueléticas chamadas de artropatia hemofílica, tendo como consequência dor, deformidades 4.1.4 Nutrição articulares e impotência funcional grave (OLIVEIRA et al., 2009). A nutrição é importante para O desenvolvimento de uma boa musculatura ajuda articulações a das proteger manter a saúde e prevenir doenças. Os as distúrbios causados por deficiência manifestações nutricional, superalimentação ou consumo hemorrágicas. Portanto, torna-se necessário de refeições pobremente balanceadas estão incentivar a prática de atividade física e entre as causa de doença e morte desportiva ainda na infância, considerando (BRUNNER; SUDDARTH, 2002). as aptidões individuais o desejo e os riscos destas atividades, afirma a necessidade de uma dieta balanceada, uma hemofílico a manter uma postura correta, vez que a obesidade é fator prejudicial desenvolver entre os hemofílicos, pois sobrecarrega as melhorar muscular, a sentido flexibilidade melhorar do assim (2004) o o ajudando Cavalcanti equilíbrio, e a força articulações e assim enfatiza o papel da capacidade nutricionista na equipe multidisciplinar, 11 que fornecendo as orientações necessárias Incentivar a periodicidade ao para uma alimentação adequada a cada dentista para o diagnóstico precoce da caso, contribui para a qualidade de vida do cárie, hemofílico. familiares informar os ao paciente recursos e e ou serviços disponíveis na comunidade, para melhor apoiar 4.1.5 Saúde Bucal o paciente (CAVALCANTI, 2004). Coracin (2008) destaca a promoção Segundo Coracin (2008) as da saúde na hemofilia, enfatizando que intervenções dentárias e educação da saúde quanto mais cedo ocorrer a educação para bucal os cuidados com a cavidade bucal, evitar- estágios da vida para manter a condição se-á a necessidade de procedimentos bucal num estado ótimo. invasivos no futuro e possíveis da (2004) reforça necessárias nos primeiros O autor ainda cita que o Ministério hemorragias. Cavalcanti são Saúde disponibilizou para os em profissionais um manual de atendimento publicação que os dentes não tratados odontológico para pacientes portadores de podem levar a quadros hemorrágicos coagulopatias hereditárias, considerando a intensos. Destaca a promoção a saúde, o complexidade das possíveis complicações. cuidado especial do ensinamento dos pais e crianças indicados na prevenção da 4.1.6 Assistência Social cárie dentária realizada por meio da relação de causa e efeito entre açúcar e Para Pereira (2010) o assistente cárie dental, o incentivo a criar hábito de social é um profissional que tem como um não ingerir alimentos entre as principais dos objetivos principais o atendimento aos refeições. Ainda como educação para a indivíduos saúde, orientar sobre a escovação e o uso dificuldades sociais que afetam as suas do fio dental nos dentes após as necessidades básicas de sobrevivência, na principais refeições e antes de dormir, promoção e participação social. identificando as principais quando não for possível realizar a Pereira (2010) confirma que a escovação, o paciente deverá realizar pelo hemofilia é uma “doença social”, que traz menos bochechos para os alimentos se aos soltarem dos dentes. físicos, seus interferem 12 portadores emocionais em sua desdobramentos expressivos realidade que social, justificando assim a presença do assistente 4.1.7 Psicologia social na equipe multidisciplinar que o atende. De acordo com Cavalcanti (2004) o De acordo com Pio, Oliveira e Rezende (2009) as psicólogo se destaca como um dos atribuições profissionais da saúde, de relevância na desempenhadas pelo assistente social em assistência ao hemofílico e sua família, proteção ao hemofílico e seus familiares uma vez que desenvolve por meio da devem estar voltadas para a entrevista com educação, aconselhamento individual e eles, visando à avaliação da situação familiar, além da assistência comunitária, socioeconômica, e estratégias que os possibilitem aceitar os profissional. Ainda como atribuição do desafios físicos, emocionais e sociais assistente social destaca-se: a informação relacionados ao distúrbio da coagulação. habitacional aos portadores e familiares sobre a Pesquisa realizada por Carapeba e Associação dos hemofílicos existente no Thomas (2007) enfatizam a forma de Estado e Região e Centro de Tratamento ao atendimento Hemofílico e os recursos que oferecem ao psicoterapia individual e em grupo para paciente, a orientação quanto aos direitos crianças, jovens e adultos com hemofilia legais previdenciários e ou Trabalhista, com ênfase na orientação e acolhimento além de fornecer informações sobre o familiar, auxílio quanto ao transporte e inclusão em acompanhamento do paciente com um programas governamentais de apoio social. novo posicionamento frente à doença de Esta prática profissional vem se forma que as dificuldades diárias sejam desenvolvendo, e se destacando na ação de enfrentadas de maneira segura e saudável. promoção à saúde, uma vez que o processo Messagi (2006) discorre sobre a saúde-doença é determinado socialmente e importância de se dar suporte psicológico reforçado pelo conceito ampliado de saúde. ao paciente com dor e destaca a Assim, a atenção à saúde não está centrada importância de “desenvolver uma relação apenas sob o enfoque do profissional com o paciente e que dê a ele uma médico, mas nas diferentes intervenções, oportunidade cujas práticas enfocam a prevenção aos sentimentos”. do assim de psicólogo, como discutir em no seus agravos relacionados à patologia que pode Shikasho, Barros e Ribeiro (2009) colocar em risco a qualidade de vida dos sustentam a importância do psicólogo na indivíduos (SAY et al., 2003). medida em que o suporte emocional 13 possibilita o confronto do paciente nas suas referência no tratamento da hemofilia, angústias e sofrimentos relacionados com a sendo doença. ensinamento e controle da dose domiciliar, As autoras também sustentam que responsável pelo acolhimento, com orientações contínuas ao paciente e a um dos maiores desafios enfrentados pela sua família família é saber conciliar o cuidado sem 2007). (CARAPEBA; THOMAS superproteger, a ponto de contribuir com a Tais orientações e alguns cuidados independência do portador desta patologia, de acordo com Brunner e Sauddarth estimulando atividades que contribuem (2002) devem ser compartilhados com o para o desenvolvimento da autoestima do paciente e sua família, informando que os portador dessa coagulopatia. mesmos devem enfermagem: ser realizados promover alívio pela e minimização da dor, monitorar perfusão 4.1.8 Enfermagem tissular Sousa et al. (2008) afirmam que o adequada, mobilidade, utilizar conservar a medidas de enfermeiro é um profissional da equipe prevenção, controlar o sangramento e de saúde, que de acordo com sua orientar formação, está capacitado para assistir o problema, proteger o paciente em relação portador desta patologia. a possíveis traumatismos, imobilizar quanto à cronicidade do Os autores ainda ressaltam que os articulações em casos de hemorragias portadores de hemofilia possuem receios articulares, observar e anotar os episódios para as realizações de algumas atividades hemorrágicos, diárias e que estes receios são rompidos especiais em procedimentos como tri- pela intervenção da enfermagem, por meio cotomias, lavagens intestinais e aplicação de orientação direta aos pacientes e seus de calor, auxiliar o hemofílico na higieni- familiares, assim como por intermédio de zação, atentando para não machucar a palestras ministradas em Unidade Básica gengiva e mucosa oral. realizar os cuidados de Saúde (UBS), em escolas, na Estratégia Tosetto et al. (2004) afirma que de Saúde da Família (ESF) e também pela considerando a importância da saúde, cabe construção de materiais educativos para o ao paciente e sua família. possibilite o acesso às informações sobre a Além do papel educador, enfermeiro uma assistência que o patologia, o que possibilitará o exercício enfermeiro é o profissional de maior do autocuidado amenizando a dor e o risco 14 de sequelas. Deve ainda estimular a 4.2 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR autoconfiança, para que o portador de hemofilia obtenha atividades diárias, independência desmistificando nas O tratamento da hemofilia deve ser a realizado nos profissionais para os familiares evitando a discriminação terapêutica de reposição dos fatores de no convívio social. Deve-se ainda sugerir coagulação, atendendo as intercorrência soluções para o enfrentamento de desafios diárias e acompanhamento compartilhar tratamento e orientações a sobre conscientização o dos serviço prestam por doença por meio da orientação educacional e que hemocentros, assistência ambulatorial das de manifestações clínicas da doença (CAIO et.al., 2001). recursos disponíveis. O atendimento ao portador de Todas estas medidas indicam como hemofilia é uma das preocupações da é indispensável para o hemofílico e seus Federação Mundial de Hemofilia, que familiares a assistência de enfermagem, já enfatiza a realização da assistência por que estes pacientes e sua família vivem em uma equipe multidisciplinar visando à constante stress, angustia e ansiedade, qualidade de vida do mesmo. Destaca que necessitando de apoio, uma vez que estes nesse tipo de atendimento, a formação de sentimentos são gerados a partir de novos cada profissional e a interação entre eles episódios possibilita avaliar o paciente, de forma hemorrágicos (MESSAGI, 2006). holística não apenas no aspecto físico, Ressalta-se que a intenção final de como também psicossocial, evidenciando a toda a assistência prestada pelo enfermeiro grande relevância da participação de todos ao portador de hemofilia é a integração os profissionais da equipe no cuidado e na desse indivíduo na sociedade, de maneira orientação a esses pacientes (MULDER, consciente sobre suas limitações, porém 2006). sem que isso seja um obstáculo nas suas Oliveira et. al. (2009) demonstram relações pessoais e, assim, concorrer para a preocupações com os portadores dessas melhoria na qualidade de vida do portador coagulopatias, lançando cartilhas para destas coagulopatias e de seus familiares orientação aos diversos profissionais da (SOUSA et. al., 2008). saúde, visando reduzir os casos de sequelas e lesões decorrentes de um diagnóstico ineficaz. 15 Em relação à composição da equipe cuidar destes pacientes e de suas famílias multidisciplinar para o tratamento de que necessitam de tratamento e cuidados portadores que possibilite a qualidade de vida, num de doenças hemorrágicas, Cavalcanti (2004) descreve que a mesma contexto multidisciplinar. deve ser constituída por médicos, dentistas, enfermeiros, assistentes O assunto abordado nesta pesquisar sociais, possibilitou identificar à relevância da nutricionistas, fisioterapeutas e psicólogos. busca constante de conhecimento e a Wisniewski e Kluthcovsky (2008) necessidade de capacitar à equipe ressaltam que o hemofílico é uma pessoa multiprofissional acerca dos cuidados a com de serem prestados ao hemofílico, uma vez desenvolvimento físico, intelectual e social que a qualidade de vida deste indivíduo daqueles que não tem tal diagnóstico, relaciona-se a um sistema de rastreamento tendo as mesmas capacidades, aptidões, e diagnóstico precoce, juntamente com a potencialidades e produtividade, desde o profilaxia primária. as mesmas possibilidades período escolar até sua inserção no Apesar de todos os autores citarem trabalho. a relevância da equipe multidisciplinar nos cuidados necessários ao portador de hemofilia, observa-se que em algumas 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS situações a assistência ainda é restrita e é Apesar das várias políticas públicas generalizada. voltadas para a área da saúde no Brasil, Este estudo trouxe novas ainda existe um vazio assistencial em inquietações aqui colocadas como duas relação ao cuidado prestado ao paciente propostas hemofílico na rede de atenção primária, investigações que com certeza contribuirá secundária e terciária da saúde. para rever a qualidade de assistência Desenvolver esta pesquisa novas Proposta 1: Realizar uma pesquisa entre os profissionais da saúde. de campo que busque conhecer a realidade pesquisa da assistência ao hemofílico e sua família contribuirá para o despertar de novos na rede primária, secundária e terciária de estudos saúde em Governador Valadares. incluindo, desta de Valadares. o tema é pouco discutido na literatura e resultado realização prestada ao hemofílico em Governador significou um grande desafio, uma vez que O para capacitando e habilitando os profissionais da saúde para 16 Proposta 2: Desenvolver uma cundária, com propósito de acolher e parceria entre o Departamento de Atenção realizar assistência ao portador dessa a Saúde da Secretaria Municipal de Saúde patologia, bem como assistir aos seus e o Hemocentro Governador Valadares familiares quanto ao enfretamento do para a capacitação da equipe multidisci- diagnostico e cuidados domiciliares ao plinar inseridos na rede primária e se- hemofílico. THE RELEVANCE OF THE MULTIDISCIPLINARY TEAM AND ITS RELATION TO THE LIFE QUALITY AND CARING TO THE BEARER OF HEMOPHILIA. ABSTRACT Hemophilia is a congenital and hereditary genetic disorder, composed of a recessive gene that’s linked to X chromosome. Its highest incidence occurs on males and the women carriers of this gene usually don’t have any symptoms. The purpose of this research is to review what’s been written in the literature regarding the importance of the multidisciplinary team in assisting the bearer of hemophilia. This is about a bibliographical review based on scientific articles from the virtual library BIREME and books concerning the theme hemophilia. Despite the many policies aimed to health care in Brazil, there is still a lack of assistance in the primary, secondary and tertiary attention networks relating to the care provided to hemophilic patients. It became very relevant to develop this work considering it to be a great challenge to research a theme that is rarely discussed in literature and among health care specialists, also to encourage studies that will capacitate professionals with ability to take care of these patients and their families that are in need of special treatments and greater life quality. Keywords: hemophilia, life quality, multidisciplinary team. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BELTRAME, Luis Gustavo Normanton. Hemofilia vida ativa. 1ª ed. Brasília: CREF/DF, 2007. BRASIL. Ministério da Saúde . Manual de Reabilitação Na Hemofilia. Biblioteca virtual em saúde do ministério da saúde, 2011. BITTENCOURT, Cláudia Santos. A leitura como mediação na educação à distância e semipresencial. Cadernos de Pesquisa e Extensão. Vol. 1, N. 1, dezembro de 2010. BRUNNER; SAUDDARTH. Tratado de enfermagem médico cirúrgica. 9ª edição v. 1, 2002. CAIO, Vânia Maria. et al. 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