Edição 109 9912289475/DR-MG Agosto | Setembro de 2013 revista Fechamento autorizado. Pode ser aberto pela ECT. Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação Pequenos notáveis Crie novidades para o público infantil! Feira da Panificação Fique por dentro da Superminas Panificação do Futuro em BH Conheça o projeto Mídias sociais Como usar na padaria? ITAMBEZINHO. NOVOS IOGURTES LÍQUIDOS COM O MESMO DELICIOSO SABOR DO PETIT SUISSE. www.itambe.com.br Livre concorrência. com eLa, todo mundo sai ganhando. Por isso, a souza cruz quer que o varejo seja Livre Para instaLar Peças exPositoras de quaLquer fabricante de cigarro. Com a livre concorrência, as empresas ganham mais pontos para vender seus produtos, os varejistas ganham mais variedades e os consumidores ganham mais opções de ofertas. 22 a 24 outubro de 2013 Expominas | BH A FEIRA DA PANIFICAÇÃO É A SUPERMINAS FOOD SHOW NÇ T A L PRINCIPAIS ATRAÇÕES • PADARIA CONCEITO O N Dois setores fortes do varejo (Panificação e Supermercados) para juntos disponibilizarem as melhores palestras, melhores mix de expositores e melhor ambiente para relacioI DA DE namento empresarial. OV AME N • Clínicas tecnológicas com temas específicos para a PANIFICAÇÃO; • 40 palestras nacionais e internacionais; • Mais de 400 expositores regionais, nacionais e internacionais dos segmentos PANIFICAÇÃO e SUPERMERCADOS; • Exposição de nichos: Tecnologia, FLV, Vinhos, Cachaça, Internacional e Floricultura; • Sorteio de 1 automóvel zero km e diversos prêmios para negócios realizados junto aos expositores. ACESSO A PROGRAMAÇÃO OFICIAL RES, PANIFICADO . PARTICIPEM PATROCíNIO ENCONTRO FEMININO: PATROCíNIO JANTAR VIP: PATROCíNIO PALESTRA: PATROCíNIO ESTACIONAMENTO: PATROCíNIO PRÊMIO NEGÓCIOS E RELACIONAMENTO: PATROCINADORES SETORIAIS: PATROCINADORES OFICIAIS: A partir de julho de 2013 nos sites: www.amipao.com.br www.amis.org.br informações completas da programação e sobre acesso a feira. DIVULGAÇÃO: APOIO: REALIZAÇÃO: 10 22 14 Índice 06 FIQUE POR DENTRO 10 Parcerias Vilma Alimentos 12 Gestão Gestor ou executor? 14 OPortunidade Grandes influenciadores 16 superminas Prepare-se para a Feira da Panificação 20 Ingrediente Farinha de arroz 21 Receita 22 feira 38 pop FIPAN Donuts 24 capacitação 40 sócio Escola móvel em Contagem 28 Case sócio-colaborador 42 história Boníssima 30 negócios Fornos 44 Ambiente A união faz a força 32 lazer Têndencia e aperfeiçoamento 46 marketing Tiradentes 35 Entrevista Web como aliada 48 inovação José Batista de Oliveira Panificação do Futuro Pão de arroz Expediente Amipão Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação Presidente da Amipão (SIP) l José Batista de Oliveira Presidente Amipão (AMIP) l Tarcísio José Moreira Revista Amipão l Publicação bimestral da Amipão - Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação Avenida do Contorno, 4.610 - 2º andar - Funcionários CEP 30110-028 - Belo Horizonte - MG - (31) 3282-7559 [email protected] . www.amipao.com.br Diretor-Geral l José Batista de Oliveira Conselho Editorial l Juliana Maria Durães da Cunha Pereira e Dine Alvarenga Colaboradores l Núcleo de Excelência em Treinamento da Indústria de Panificação e Confeitaria do Estado de Minas Gerais “Marta Salej” Comercialização l Marketing e Comercial da Amipão (31) 3282 7559 Reportagens, Redação, Fotos e Projeto Gráfico | Editora Tangiranda Reportagem | Gabriel Carrara, Raquel Gondim, Isabella Lacerda Fotografia | Nicolas Lovisolo e www.shutterstock.com Designer | Hugo Santos www.capaiz.com.br Revisão | Lúcia Helena Junqueira Edição | Gabriel Carrara Editora Tangiranda - Rua Dominicanos, 165 - sala 406 - Serra Belo Horizonte - MG - (31) 2555-2004 - (31) 8322-0820 [email protected] ® 32 30 Sócios colaboradores da Amipão 42 Editorial A panificação em Minas Gerais começa a voltar suas atenções ao maior evento do setor. A 27ª Superminas, feira da panificação e do setor supermercadista, caminha para sua consolidação como referência nacional, com uma expectativa de quantidade e qualidade de negócios ainda maior do que no ano passado. Para que tudo transcorra com sucesso, é fundamental a presença do panificador mineiro. Queremos que a feira se torne um momento privilegiado para aumentar a competitividade de seu empreendimento, seja por meio de bons negócios, seja por meio da capacitação em ferramentas otimizadas de gestão. Nesta edição da Revista Amipão, você encontrará tudo que precisa saber para se preparar para a feira da panificação. Além do destaque dado ao evento, trouxemos também os detalhes do projeto que vai mudar a cara do setor na capital mineira - o projeto Panificação do Futuro em BH. Com a participação de todos os empresários, essa iniciativa tem tudo para firmar de vez as padarias do Estado na vanguarda do setor com uma sólida referência em valores competitivos. Não deixe também de conferir as oportunidades para o dia das crianças. Os pequenos merecem uma atenção especial na sua padaria, e criar novidades será uma grata surpresa para você e para eles também. Nos vemos na Superminas! José Batista de Oliveira e Tarcísio José Moreira Presidentes da Amipão – SIP e AMIP 6 Presidente do SIP é o novo presidente da ABIP Após anos de trabalho junto à indústria da panificação em Minas Gerais, o presidente do SIP, José Batista de Oliveira, foi eleito por aclamação para ocupar a presidência da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP). Realizada na convenção do setor em Manaus em junho, a eleição escolheu seu representante para o quadriênio 2013-2017. O novo presidente assume o cargo em cerimônia solene que acontecerá no dia 06 de agosto, na Confederação Nacional da Indústria (CNI). Posse da nova diretoria ABIP Em solenidade realizada no dia 6 de agosto, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, recebeu presidentes de entidades e diretores da ABIP para a posse do Sr. José Batista de Oliveira como novo presidente da entidade para o mandato 2013/2017. Nos dois dias seguintes, ele já se reuniu com representantes do setor para a discussão em reunião da construção do Planejamento Estratégico da ABIP. Jantar do Panificador Já confirmou presença no maior evento social da panificação em Minas Gerais? O tradicional Jantar do Panificador está confirmado para o dia 23 de agosto, das 21h às 03h, no Clube Jaraguá, em Belo Horizonte. Para animar a pista, o jantar vai contar com a dupla Rick e Ricardo e DJ Valber e Léo Moura. Quem comparecer ainda vai concorrer a uma viagem em sorteio! Não Viner hand itc perca esta festa! FIQUE POR DENTRO Dia do Panificador O dia 8 de julho é dedicado a Santa Isabel, rainha portuguesa que distribuiu pães aos mais pobres em uma época de muita fome - e, por isso, é considerado também o Dia do Panificador. Para marcar a data, a Amipão recebeu panificadores e parceiros em seu anfiteatro para a homenagear os profissionais do setor. O evento contou com a palestra do Padre Gilson de Oliveira Filho, que promoveu uma reflexão sobre valores na família e nos negócios. Ao final, os participantes se descontraíram em um coquetel, promovido com os parceiros Mil Mix, Centerpan, Bunge, Café Fazenda Caeté e Pão de Queijo Dona Papa. 8 Participe do Teatro da Qualidade! Anote na agenda: o Teatro da Qualidade 2013 está é marca registrada do evento. Tratando situações na marcado para o dia 27 de agosto, em sessões às padaria de um jeito cômico, o Teatro da Qualidade 8h45 e 15h, no Teatro Sesiminas! É uma oportunidade é um importante aliado do empresário na busca pela para os panificadores promoverem, entre seus funcio- excelência dos serviços. Para outras informações, li- nários, uma reflexão sobre o ambiente de trabalho e gue para a Central de Relacionamento Amipão: (31) motivar seus colaboradores com o bom humor que 3282-7559. Lançamento do Festival Pães e Quitandas de Minas Realizado no auditório da Amipão em 12 de junho, o lançamento do Festival Pães e Quitandas de Minas 2013 reuniu panificadores, fornecedores e organizadores para conhecerem as etapas do evento em detalhes. Do dia 4 de setembro a 4 de outubro, os consumidores poderão provar quitutes preparados com os dois ingredientes da edição: milho e leite. Os cinco mais votados irão a júri técnico, a ser realizado na feira Superminas Foodshow, no dia 23 de outubro. Neste ano, o festival conta com o patrocínio de Vilma Alimentos, Aurora Alimentos, Itambé e Souza Cruz e o apoio do Sebrae e Amplo Brasil.. Antes do início do festival, as padarias participantes passam por uma capacitação em diversas áreas no mês de agosto. Realizado pelo ITPC e pelo Sebrae, o treinamento é dividido em quatro grupos: estruturação dos processos produtivos, de 6 a 8 de agosto; padronização de processos e desenvolvimento de novos produtos, de 14 a 16 de agosto; organização da operação de vendas, de 20 a 22 de agosto; e mapeamento dos custos dos produtos e indicadores de produtividade, de 28 a 30 de agosto. Para outras informações, entre em contato com o ITPC no telefone (31) 2101-9999, ou com os consultores Simone Collet, (31) 9461-8458, e Luiz Brandão, (31) 9183-5252. FIQUE POR DENTRO Aporte para Desenvolvimento da Panificação Promovido pela parceria da Amipão com o Instituto Tecnológico de Panificação e Confeitaria (ITPC), o Projeto de Aporte para Desenvolvimento da Panificação (ADEPAN) tem como objetivo identificar demandas de capacitação e melhoria de gestão das padarias da região metropolitana de Belo Horizonte. Sensibilizando os empresários do setor sobre a importância da evolução gerencial e inovação constante, o ADEPAN busca estabelecer uma rede de contatos e atendimentos constante às empresas, disponibilizando os portfólios de serviços da Amipão e do ITPC. Parte do projeto são eventos periódicos e atendimento local abrangendo toda a região metropolitana. No 2º semestre de 2013, serão realizados três eventos: nos dias 12 de setembro, 19 de setembro e 7 de novembro. Entre em contato com a Central de Relacionamento Amipão - (31) 3282-7559 - e não perca essa oportunidade de impulsionar seu negócio! 10 Vilma Alimentos PARCERIAS Buscando estimular o relacionamento entre empresários e fornecedores, a Amipão promove uma rede de parcerias com empresas ligadas ao setor para dar mais competitividade à panificação. Ligadas ao segmento, essas empresas conseguem identificar as ações estratégicas a serem desenvolvidas e apresentar seus serviços e produtos. Com isso, os panificadores ganham com acesso à distribuição de produtos, benefícios na aquisição de mercadoria e facilidade de acesso aos fornecedores parceiros. Em 2013 a Vilma Alimentos é parceira da Amipão, nas seguintes ações: • Portal Amipão • Jantar do Panificador • Cursos Dando continuidade à série da matérias na Revista Amipão sobre esse tópico, vamos apresentar a parceria com a Vilma Alimentos, uma das apoiadoras mais antigas da panificação no Estado. Fundada em 1925 pelos italianos Domingos Costa e Josefina, a fábrica de massas totalmente artesanal foi crescendo com o passar dos anos. No início dos anos 40, o filho de Domingos, Paschoal Costa, assume o negócio da família e aproveita a recém-criada Cidade Industrial, na região metropolitana de Belo Horizonte, para expandir a produção em 1952. • Oferecimento de matéria-prima para a realização dos cursos Nos anos 80, foi a vez da terceira geração, com Domingos Costa Neto, assumir a empresa, modernizando a produção e aumentando o mix. Fiel a suas origens, hoje a Vilma Alimentos encontra-se na quarta geração, com Patrícia Costa, filha mais velha de Domingos, à frente da empresa. • Reuniões de Diretoria na matriz e regionais Parceira fundamental para a panificação com seus insumos, ela é uma empresa que há muito tempo colabora com o crescimento do setor. “Estamos falando de uma parceria de longa data, que sob a ótica da Vilma Alimentos, proporciona muitos benefícios para as duas partes. Ao longo desse tempo, muitos valores institucionais foram agregados à marca Vilma e a seus produtos. Já foram desenvolvidas ações das mais diversas formas, tanto com o foco na apresentação de produtos, quanto no reforço institucional da marca, como oferecimento de cursos e seminários para os profissionais do setor, participações em comemorações, ações com o trade, etc”, conta Renata Murta, da gerência de food service da Vilma Alimentos. E ainda vão acontecer! Hoje, quase todos os eventos da Amipão contam com a participação da empresa. Isso possibilita ao panificador conhecer seu leque de produtos, ficar por dentro das novidades e lançamentos e participar também de cursos no próprio centro de treinamento da empresa para elaboração e desenvolvimento de novas receitas. “Acreditamos que essa parceria proporciona mais acesso e conhecimento para o panificador no que tange todas as estratégias que a Vilma desenvolve para o setor, tanto no lançamento de produtos, quanto na oferta de promoções”, ressalta Renata. • Degustação de produtos • Planejamento e realização de cursos para capacitação do panificador, como o Curso de Pães Funcionais, realizado pela Amipão e Vilma com o apoio da Consulte Vendas • Teatro da Qualidade • Fórum de Fornecedores • Seminário de Técnicas de Fermentação Prolongada e Técnicas de Congelamento • Dia Mundial do Pão • Festival Pães e Quitandas de Minas Na próxima edição da Revista Amipão, você conhecerá mais uma empresa parceira da Amipão: a Souza Cruz! 12 Gestor ou executor? Liderar uma empresa significa saber delegar; para quem não consegue, o risco é virar escravo do próprio negócio Nas padarias, nem sempre só os padeiros madrugam. Para muitos empresários do ramo é rotina cair da cama nas primeiras horas do dia para ver de perto o início da produção e ficar na loja até o fechamento. Mas, seria essa uma condição do ofício ou os panificadores exageram e correm o risco de se tornarem escravos do seu próprio negócio? Para a sócia-diretora da consultoria paulista MBA Empresarial, Sandra Betti, trata-se da segunda GESTÃO opção. “Esse empresário é aquele que, como empreendedor, é um ótimo padeiro”, brinca. “Ele, na verdade, precisa ser um formador de padeiros”, exemplifica. Segundo Sandra, o segredo é um só: saber delegar. Para quem não consegue (ou não se preocupa com isso) o risco é ser mais executor do que gestor na administração do tempo, o que pode custar caro para a padaria. “O empresário que administra tudo no micro, perde a fotografia geral. É fundamental ter foco estratégico, saber o que é urgente e aprender a dizer não”. Uma das diferenças entre o empreendedor que sabe dividir tarefas e aquele que prefere concentrar quase tudo em si é a forma de lidar com a concorrência. Enquanto o primeiro tem tempo para inovar, descobrir novidades, achar melhores preços e treinar pessoas, o segundo trabalha apenas para sobreviver. “Sem pensar na estratégia e nas tendências, a pessoa fica míope e pode ser atropelada. Ser empreendedor hoje é algo extremamente desafiador mesmo para os negócios sólidos. É fundamental estar antenado com o mercado”, enfatiza. Ela reconhece, porém, que é um desafio saber delegar, até porque, embora não seja o certo, é sempre mais fácil fazer do que ensinar a fazer. Entretanto, segundo Sandra, “delegar é o processo que faz a gestão ser possível, porque gestão nada mais é do que obter resultados através das outras pessoas”. A empresária dá algumas dicas de como proceder. O primeiro passo é saber diferenciar o que é delegar do que ela chama de “delargar”. A maneira correta de liderar uma equipe inclui escolher a pessoa adequada para cada tarefa, explicar as causas e consequências do trabalho, estar disponível para dúvidas e, claro, dar feedbacks. Já “delargar” nada mais é do que jogar a batata quente na mão do funcionário, sem saber se aquela é a pessoa indicada para desempenhar tal função e sem fornecer a ela condições favoráveis para o cumprimento daquele objetivo. Deixando a teoria de lado, Sandra explica que o ideal é que primeiro o empreendedor execute a tarefa para que o funcionário veja e, que em seguida, o observe fazendo. Dessa forma, em pouco tempo o colaborador estará pronto para fazer voo solo e o Saber delegar é: 1 2 3 Escolher a pessoa adequada para cada função. 4 5 6 Fornecer recursos para que o resultado esperado seja alcançado. Explicar as causas e consequências daquela tarefa. Estar sempre disponível para dúvidas e complementações. Executar a tarefa para que a pessoa veja e, depois, observá-la fazer. Dar feedbacks. dono do negócio terá mais gente preparada para treinar outros integrantes da equipe. Mas, é claro que a seleção de pessoal também colabora muito para que o empresário se sinta confiante para delegar. No caso das padarias, em que o primeiro emprego é condição de muitos funcionários, a experiência não pode ser fator excludente. “O empreendedor, porém, precisa trazer pessoas que demonstrem ter potencial, valores, seriedade, motivação e facilidade para aprender”, resume Sandra. 14 Grandes influenciadores Como conquistar a preferência das crianças, público que tem peso decisivo nas decisões de poder de compra das famílias A influência das crianças dentro de casa vem crescendo a cada geração. Enquanto no passado, os filhos tinham pouca voz, hoje, suas opiniões têm caráter decisivo. E os palpites vão desde as escolhas no supermercado à compra do carro dos pais. A padaria, claro, também entra facilmente nessa lista, sobretudo porque ir a uma loja do setor é parte da rotina de qualquer família. Prova inquestionável do poder de decisão do público infantil é que 97% dos pais conversam com seus filhos antes de sair às compras, sendo que 91% dizem iniciar esse diálogo. Os dados são de uma pesquisa realizada pela Viacom em 11 países do mundo, dentre eles o Brasil. O estudo mostra que hoje as decisões familiares são tomadas de forma colaborativa. Embora 51% dos entrevistados tenham dito que a decisão final é sempre deles, os outros 49% afirmam decidir junto com as crianças. Mesmo quando OPORTUNIDADE o produto a ser adquirido é para uso exclusivo dos pais, os filhos têm alto poder de influência. Um levantamento do instituto Alana indica que o público mirim é consultado em 60% das compras de automóveis, por exemplo. E se a opinião das crianças tem peso tão grande em compras restritas aos adultos ou em consultas feitas em casa, imagine estando em um estabelecimento com produção voltada para elas na hora do consumo. As recentes abordagens sobre o tema identificam que o poder de influência das crianças aumentou, assim como houve uma maior proximidade entre os integrantes da família. O levantamento da Viacom mostra que 79% dos pais entrevistados dizem ser mais próximos dos filhos do que seus pais eram deles. Outros 83% declararam ser um dos melhores amigos dos seus filhos. Os números das pesquisas são suficientes para comprovar que atualmente é impossível não levar em conta as preferências desses compradores. E, para isso, as padarias têm que se adaptar. Segundo o consultor do Programa de Apoio à Panificação (Propan), Emerson Amaral, o primeiro passo é tornar as mercadorias de produção própria mais atrativas por meio de cores, acabamentos em desenhos, embalagens etc. Outro ponto a ser considerado é o tamanho das porções, que deve ser reduzido. Além disso, o empresário tem de estar sempre atento às inovações e lançamentos do mercado. Marketing Para não perder o poder de influência desse público, Amaral explica que o ideal é as panificadoras exporem seus itens de interesse em alturas mais baixas, na direção do olhar das crianças. “Assim, elas podem ver e pegar nas mercadorias, o que provoca um número fantástico de vendas instantâneas”, afirma. Outro ponto observado pelo consultor é a possível criação de um pequeno espaço voltado para elas, com cadeiras baixas, mesinhas, papel e lápis de cor, por exemplo. Diferenciais assim fazem com que os filhos se lembrem da loja ao sugerir aos pais aonde ir. Euzébio lembra que a questão da sedução é fundamental para convencer a criança a querer determinado produto. Para se ter uma ideia da dimensão do mercado voltado para esse público, cerca de US$ 17 bilhões são gastos anualmente nos Estados Unidos com marketing infantojuvenil, segundo a pesquisa do instituto Alana. O diretor da Amplo acrescenta, porém, que na hora de vender para esses consumidores, é preciso tomar alguns cuidados. “A formulação dos produtos deve aparecer em destaque para evitar problemas de saúde”. Potencial de consumo do público infantil: Como atrair as crianças: E, se o objetivo é atingir o público infantil e seu alto grau de influência, é necessário caprichar não só na produção, mas em ações de marketing direcionadas. O diretor da Amplo Brasil, voltada para publicidade e design, Euzébio de Andrade, confirma que essa é uma estratégia indispensável para aumentar as vendas. “Tem produtos que são comuns também para adultos, mas será com uma comunicação específica, que ele se tornará voltado para o público mirim”, explica. • 97% dos pais conversam com os filhos antes de ir às compras. • Tornar os produtos mais atraentes por meio de cores, acabamento em desenhos, embalagens etc. • 49% dos pais dizem tomar as decisões de compra junto dos filhos. • Desenvolver porções em tamanho reduzido. • 60% dos pais consultam os filhos na hora de comprar um automóvel. • 79% dos pais dizem ser mais próximos dos seus filhos do que seus pais eram deles. • Estar atento a inovações e lançamentos do mercado. • Expor determinados itens na altura do olhar das crianças. • 83% dos pais declaram ser o melhor amigo dos seus filhos. • Desenvolver na loja um espaço específico para elas. • US$ 17 bilhões anuais são gastos nos EUA com marketing infantojuvenil. • Desenvolver ações de marketing direcionadas. 16 Prepare-se para a FEIRA DA PANIFICAÇÃO Em outubro, Belo Horizonte vai receber o maior evento da panificação no Estado. Confira toda a programação e planeje-se! De 22 a 24 de outubro, o Expominas vai receber a 27ª Superminas Food Show, a feira da panificação e do setor supermercadista. Organizado pelas diretorias do Sindicato e Associação Mineira da Indústria da Panificação (Amipão) e da Associação Mineira de Supermercados (AMIS), o evento este ano contará com algumas novidades em relação a 2012. Nesta edição, a Superminas Food Show reunirá os principais fornecedores do setor, vai movimentar R$ 1,3 bilhão e atrair um público de 55 mil pessoas. É aguardado um público vindo de pelo menos 620 cidades mineiras e a organização pretende ampliar a participação de empresários de outros estados. Com uma programação intensa, a feira aumenta também o número de palestras, passando das 41 em 2012, para quase 50 em 2013. Uma das grandes novidades na Superminas neste ano é o “Super Fashion”, um espaço de 100 m², no Pavilhão Azul, destinado ao segmento de vestuário, com participação de 15 empresas regionais. Esse projeto é uma parceria da Amis, Amipão, Fiemg / Sindivest representando empresas do sindicato desse setor. Na abertura, haverá um desfile de modas e uma palestra mostrando cases de sucesso envolvendo supermercados e indústrias da moda. O evento terá a participação das empresas de vestuário, que irão mostrar modelos para o setor. SUPERMINAS HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO 22/10/2013 - após a solenidade de abertura até 22h30 23/10/2013 - de 15h até 22h30 24/10/2013 - de 15h até 22h30 COMO CHEGAR A Superminas vai acontecer no Expominas, em Belo Horizonte. O espaço encontra-se na Avenida Amazonas, 6030, no bairro Gameleira. Para quem vai de carro, o local possui amplo estacionamento: veículo próprio, R$ 8,00 a hora e R$ 20,00 a permanência; moto, R$ 4,00 a hora e R$ 10,00 permanência; ônibus e caminhão, R$ 45,00 por acesso. Quem preferir transporte público, a melhor opção é o metrô - a Estação Gameleira tem acesso direto para os pavilhões, e funciona de 7h às 22h30. PÚBLICO-ALVO A Superminas é uma feira voltada para negócios. Seus participantes são empresários e profissionais estratégicos que lidam em áreas como gerenciamento e compras da panificação e do setor supermercadista. ACESSO À FEIRA As padarias de Belo Horizonte e Contagem receberão um e-mail com um link que irá garantir o acesso dos panificadores à feira. Ao acessar esse link, o panificador terá a possibilidade de validar informações e inserir mais convidados. No caso de dúvidas, entre em contato com a Central de Relacionamento ou com o Agente ADEPAN. Eles estão capacitados a orientá-lo. Os panificadores do interior vão passar por um processo diferente. Será enviado pelo correio um pré-convite com as informações sobre a feira. Aqueles que tiverem interesse devem entrar em contato até o dia 11 de outubro pelo telefone indicado e fornecer os dados para o credenciamento. No caso de dúvidas, entre em contato com a Central de Relacionamento da Amipão: (31) 3282-7559. Estimativas • R$ 1,3 bilhão estimados em negócios • 25 mil m² • 400 expositores • 45 palestras • 20 países • 620 cidades mineiras representadas • visitantes de todos os Estados Padarias e supermercados em Minas Gerais HOSPEDAGEM • 20.840 lojas Para auxiliar e facilitar a vinda dos panificadores e supermercadistas à Superminas, este ano é possível reservar hotéis com descontos diretamente no site da feira. Basta acessar o site www.superminas.org.br e conferir a melhor opção para você. • 9.200 empresas • 268.000 empregos • 20,6 bilhões de reais 18 Clínicas Tecnológicas PROGRAMAÇÃO Seminário ABIP/PROPAN 23/10 9h a 11h Desafios do Atendimento ao Cliente - Cláudio Schneider Gestão de Resultados - Lino Bianchini Formação de Equipe e Retenção de Talentos - Gilda Lima Central de Produção - Ariane Soares 11h15 a 12h Talk show sobre os temas das mini-palestras com participação do público e coordenação de Emerson Amaral O panificador que vai à Superminas em busca de capacitação terá a opção de participar das clínicas tecnológicas, que vão abordar importantes temas da panificação. No dia 22 de outubro, as clínicas ocorrem em dois horários - de 15h a 17h e de 17h a 19h. Já nos dias 23 e 24, elas acontecem de 17h a 19h e de 19h a 21h. Os temas escolhidos são: “Da fabricação ao ponto de venda - é possível terceirizar a produção?”; “Os segredos da fermentação longa”; “Produção: Perca o desperdício e ganhe em qualidade”; e “A importância do colaborador na reestruturação de processos”. A programação completa pode ser vista no site oficial da Superminas: www.superminas.org.br Momento de Debate 12h a 13h Premiação do Festival Pães e Quitandas de Minas 2013 24/10 Exclusivo para associados Amipão e AMIS mediante inscrições limitadas no Estande Institucional. 9h a 10h30 22/10 A panificação do futuro e os desafios atuais - Márcio Rodrigues Merchandising Visual: Você está preparado para encantar seu cliente? 10h45 a 13h Com Renato Trigueiro Premiação das empresas do PROPAN e apresentação de cases de sucesso de 18h a 19h30 Atendimento não é somente o que andam dizendo por aí! SUPERMINAS Com Renato Trigueiro de 19h30 a 21h 23/10 Como motivar a sua equipe e manter comprometida com a sua missão, visão e valores Com Yara Guiscem de 19h30 a 21h Estratégias na operação de loja para resultados. Com Ederson Varejo de 18h a 19h30 Negociações brilhantes, resultados fascinantes Com Ederson Varejo de 19h30 a 21h 24/10 Retenção de talentos nas principais áreas operacionais Com Yara Guiscem de 18h a 19h30 VISITA TÉCNICA Neste ano, as visitas técnicas da panificação acontecerão no dia 22 de outubro, antes da cerimônia de abertura. Das 8h às 13h30, proprietários e gerentes de padarias poderão escolher entre dois itinerários diferentes: o primeiro fará uma visita à Padaria Pão da Serra e à indústria Vilma Alimentos; o segundo, à Padaria Boníssima Belvedere e à indústria Forno de Minas. O objetivo da visita é conhecer os principais pontos da panificação e do supermercado para inspiração dos empresários em inovar o seu negócio e atender ao neoconsumidor. Para outras informações, ligue (31) 2122-0533. 20 INGREDIENTE Farinha de arroz A farinha de arroz é uma das tendências do mercado da panificação por também apresentar bons componentes para quem se preocupa com a dieta. O alimento é obtido pela moagem de grãos de arroz e, apesar de ainda pouco conhecido, tem sido indicado por nutricionistas por não conter glúten. O glúten é uma proteína que se encontra no trigo, aveia, centeio, cevada e malte. O trigo é a maior e mais comum fonte de glúten, representando 80% das suas proteínas. É composto de gliadina e glutenina. O maior responsável pela elasticidade das massas à base de farinha, o que permite sua fermentação, assim como a consistência elástica esponjosa de pães e bolos, é o glúten. Um dos principais benefícios da farinha de arroz, segundo a associação médica, é a prevenção de doenças e o fornecimento de vitaminas e minerais, que ajudam no funcionamento do organismo, além da sua rápida digestão, tornando-a indicada para crianças e idosos. Além da farinha de arroz, outros produtos, como a de maracujá, também auxiliam esse processo. A farinha de arroz, em especial, é feita pela moagem dos grãos, sem qualquer processo químico. Dessa forma, ela preserva as mesmas características nutricionais do arroz polido, ou seja, o arroz branco. Além do amido, por não conter glúten, seu consumo traz benefícios para o aparelho digestivo, coração, podendo ajudar também no controle de alguns tipos de diabetes. No caso da diabetes, ela é uma boa fonte de alimentação por possuir baixo índice glicêmico. Outro benefício é a ajuda na absorção de óleos vegetais dos alimentos, tornando-os menos calóricos e auxiliando em dietas. Alguns estudos estão sendo produzidos por universidades a respeito das novas farinhas que surgem no mercado. A universidade Federal de Viçosa, por exemplo, já desenvolveu um estudo sobre a farinha de banana verde, produzida a partir da fruta. Outras análises técnicas a respeito do uso desses produtos sem glúten também estão no foco da universidade para uma comprovação científica de seus benefícios. Segundo a nutricionista Ariana Santos, os estudos vão permitir que médicos indiquem de forma mais específica o uso dessas farinhas, como a de arroz, nas dietas alimentares das pessoas. Destaque Para quem tem doença celíaca, ou seja, intolerância permanente às proteínas contidas no glúten de alguns cereais, como o trigo, o centeio, a cevada e a aveia, pode usar a farinha de arroz. Por trazer benefícios ao intestino, o consumo da farinha pode impedir a manifestação da doença que ataca, principalmente, o intestino delgado. Como aproveitá-la Já existem receitas que indicam o uso da farinha de arroz na fabricação de alimentos. Praticamente todos os produtos podem ser feitos com a farinha de arroz, em substituição à farinha de trigo comum. Alguns exemplos são o pão comum, bolos, broas, biscoitos e panquecas. Mesmo em casa é possível produzir essa farinha especial. Basta utilizar duas xícaras de arroz integral cru e bater o alimento no liquidificador, até triturá-lo. 21 RECEITA Pão de Arroz Cuidados para uma produção de alimentos sem glúten seguros MoDO DE FAZER Rendimento: 4 unidades Preço por unidade: R$ 10,00 MASSA INGREDIENTE % GRAMAS Mistura de farinha sem glúten 100 1000 Leite (morno pra quente) 47 470 Ovos inteiros 21 210 9 90 CMC 1,3 13 Sal refinado 0,7 7 Açucar refinado 4 40 Fermento instantâneo biológico (para assa doce) 2 20 Óleo de girassol ou canola TOTAL 1. Unte uma fôrma para de bolo inglês (7 cm x 18 cm x 5 cm). Misture os ovos e o óleo em uma vasilha pequena e reserve. Misture todos os ingredientes secos na vasilha grande da batedeira. Rapidamente misture em velocidade baixa o leite morno apenas para incorporar. Adicione a mistura de ovos e bata. Deixe um pouco de leite para o final e verifique se será necessário utilizá-lo. Aumente para velocidade máxima e bata por 3 minutos. 2. Corte em pedaços de aproximadamente 450 g e adiciona na forma de bolo inglês. Deixe descansar em um local quente de 30 a 40 minutos ou até que a massa atinja 1 cm da borda da forma. Se quiser polvilhar gergelim, quinoa ou amaranto no pão,p incele antes um pouco de clara para que os grãozinhos grudem na massa. 3. Asse a 200ºC em forno turbo por aproximadamente 35 minutos. 1.850 Este POP foi aprovado e selecionado pelo Núcleo de Excelência em Treinamento da Indústria de Panificação e Confeitaria do Estado de Minas Gerais “Marta Salej”, localizado no Senai CFP/ARG. Outras informações podem ser obtidas junto ao setor, pelo telefone (31) 3422-5045. FARINHA SEM GLÚTEN INGREDIENTE % GRAMAS Farinha de arroz 1000 545 Amido de milho 67 365 Açucar Refinado 17 90 TOTAL 1.000 1. Manuseio de ingredientes a) os ingredientes devem possuir armazenamento e preparação separados b) equipamentos distintos, claramente marcados e usados exlusivamente para produtos sem glúten e com glúten. Isto inclui ferramentas de medição, tigelas, panelas, utensílios, etc. c) todos os funcionários devem ter roupas e mãos limpas ao manusearem produtos sem glúten não podem ter manipulado glúten usando essas roupas. 2. Instalações e equipamentos A melhor prática para instalação e equipamentos é ter áreas de produção separadas e equipamentos que controlem o fluxo de ar entre as duas áreas de produçã. Os equipamentos precisa ser exclusivos na produção de alimentos sem glúten ou com glúten. Esta prática minimiza o potencial de contaminação pelo ar pela poeira da farinha de trigo. 3. Armazenamento Para evitar a contaminação cruzada, todos os ingredientes sem glúten devem ter uma área de armazenamento designada com containers, área de preparação designada e área de embalagens. Todos os produtos sem glúten devem ser armazenados em recipientes fechados e pacotes para evitar a contaminação cruzada 22 FIPAN 2013 FEIRA De 22 a 25 de julho, o Expo Center Norte em São Paulo recebeu a FIPAN 2013, Feira Internacional de Panificação, Confeitaria e Varejo Independente de Alimentos. Um dos principais no segmento de food service, o evento é promovido pelo SINDIPAN / AIPAN-SP (Sindicato e Associação dos Industriais de Panificação e Confeitaria de São Paulo) e tem como diferencial a apresentação de inovações e tecnologias em gestão e produção. Para este ano, foram esperados 62.000 visitantes e 400 expositores. O panificador que foi em busca de novidades se deparou com o espaço Tendências & Inovações, implantado pela primeira vez na feira. Em formato de uma galeria, os visitantes puderam passear pelas novidades e lançamentos úteis para seu negócio, da produção à capacitação de funcionários. De acordo com Luísa Mandetta, consultora do Instituto Tecnológico da Panificação e Confeitaria (ITPC) em São Paulo, uma das tendências que surgiu com mais força foi na área de automação de maquinário. “Isso é importante para o segmento que está carente de mão de obra: lavadoras automáticas de assadeiras, catracas eletrônicas, dispensadoras de comanda, máquinas de fatiar bolos, cilindros automáticos. Foram apresentados também fornecedores e fabricantes de equipamentos de outros países, que pela primeira vez estavam expondo na Fipan, trazendo novas tecnologias para o mercado nacional”. Em parceria com o Sebrae, uma caravana com panificadores de Minas Gerais foi organizada para visitação da feira. Gustavo Schutz, da Padaria Ki Pão Bão, aproveitou a oportunidade para resolver problemas de maquinário com fornecedor e observar as tendências. “No geral, o que pude ver foi uma forte tendência de automação industrial. São equipamentos que funcionam sem um profissional na linha de produção”, conta. De olho nas tendências! • Balcões retos, que valorizam o produto. • Alimentação pronta cada vez mais se consolidando Confira alguns dos destaques da feira: em padarias. • A Prática, em parceria com a Wiesheu GmbH, indústria alemã que fabrica fornos de convecção e de lastro, apresentou um forno para a área de loja com forno turbo e forno lastro, com design que valoriza o ambiente. • Necessidade de aumento • A Elvi levou a recicladora de resíduos orgânicos Eco Evolution, que transforma resíduos orgânicos em adubo para o solo. Reduzindo em até 90% o volume do lixo inicial, ela processa frutas, verduras e legumes e diminui os custos de armazenamento em câmara fria e coleta de lixo terceirizada. que aumentam a cada • Também de olho na eficiência e nas regras ambientais, a Frigocenter relançou a linha Flex de seus refrigeradores, que têm como grande novidade seu sistema de refrigeração ecológica: diferentemente do sistema tradicional, essa solução permite a circulação de água por meio de uma bomba com controle de vazão, além de utilização de gás ecológico, que não emite CFC. de tíquete médio por meio de produtos e serviços novos para a diluição dos custos fixos ano - a cafeteria pode vender mais produtos do que os tradicionais café e capucino, por exemplo. • A volta ao passado, em termos de processos e ingredientes: observar a pode-se valorização dos pães de fermentação natural, assados direto no lastro. Fonte: Luísa Mandetta, consultora do Instituto Tecnológico da Panificação e Confeitaria (ITPC). 24 Escola Móvel em Contagem De olho na geração de mão de obra qualificada para as padarias, a Amipão, por meio da Regional Contagem, promoveu o curso de Iniciação Profissional em Panificação, em parceria com Senai, Ciemg, Fiemg e Secretaria de Tralho da Prefeitura de Contagem. Com duração de 80 horas, a capacitação possibilitou a seus participantes a rápida entrada no mercado de trabalho. O curso faz parte do projeto de Escola Móvel do Senai, que atua na geração de mão de obra qualificada em diversas áreas. As inscrições foram feitas na Regional Contagem da Amipão, e contaram com a divulgação da prefeitura e do Sine. “Foi uma experiência muito positiva e que em um mês deu muitos resultados. A Regional Contagem está analisando a proposta de novos cursos, estudando-os em parceria com a prefeitura. As padarias que possuem funcionários que CAPACITAÇÃO necessitem de capacitação e aquelas em busca de novos funcionários podem entrar em contato conosco”, diz Toninho Resende, diretor da Regional Contagem da Amipão. Instrtor Geovane Torres Relizado em julho, o curso contou com 26 alunos em turmas da manhã e da tarde. De caráter introdutório, a iniciação possui uma carga horária de 80 horas, reduzindo assim a probabilidade de abandono e estimulando o interesse dos participantes pelo setor. Há o aprendizado teórico, mas o grande diferencial são as técnicas práticas, avaliadas rigorosamente em provas. Além da atuação na profissão, normas de segurança e higiene são cobradas durante todo o curso. “O nosso objetivo com o curso é preparar o aluno para inserção no mercado de trabalho. Acredito que muitos vão querer trabalhar na área. Para manter o entusiasmos dos alunos, é importante que a oportunidade de trabalho ocorra logo em sequência”, explica o instrutor Geovani Torres. Ao fim do curso, os alunos participaram de uma pesquisa de intenção para serem indicados a vagas no setor. A Amipão já havia catalogado junto a empresários associados as vagas disponíveis, e após o curso, o empresário recebeu um descrição dos alunos, do perfil e de suas características para auxiliá-los a escolher o funcionário que vai provavelmente se inserir melhor em sua empresa. “O ensino com o mundo do trabalho é que forma o profissional. Nosso aluno já sai pronto para aprender o ofício”, disse a coordenadora Joana d’Arc Oliveira Furtado. De acordo com Resende, quase 100% dos participantes do curso já foram alocados em postos de trabalho. Para outras informações, entre em contato com a Amipão - Regional Contagem: (31) 3363-6669. “O curso é muito bom, é outra coisa quando se tem um professor com experiência ensinando” Selma A. M. Vaz “A parte técnica foi de enriquecimento muito grande, é um privilégio participar de um curso desse, que ainda é gratuito para o aluno” Jaine do Vale “Sou cozinheiro, e no curso aprendi a fazer diversos tipos de pães. Gostei tanto que estou pensando em mudar de área” Isaías José Arcanjo “Gostei muito da área de panificação. Vou procurar um emprego em alguma padaria” Sávio Pereira Miguel Selma A.A. Vaz , Isaías José Arcanjo, Jaine do Vale e Sávio Pereira Miguel 28 Muito mais Boníssima! CASE DE SUCESSO Há mais de 10 anos no segmento de padarias premium, a Boníssima inaugurou sua terceira loja em Nova Lima, com um conceito amplo e completo em food service. Inaugurada no início de julho, a loja Conceito Gourmet no Bairro Vila da Serra se destaca por oferecer um amplo mix de produtos de linha gourmet: pães artesanais e rústicos, confeitaria fina, mercearia nacional e importada, queijos e frios especiais, açougue premium, cozinha express, culinária japonesa, adega com mais de 500 rótulos e restaurante. A ampla loja expande os conceitos de qualidade e atendimento que são a marca da rede. Já na entrada, há um belo restaurante que causa um impacto visual com seu projeto de decoração e arquitetura. Tudo para surpreender o cliente e demonstrar que o que espera por ele é um serviço diferenciado. O DNA de padaria se confirma com a presença de um imponente forno que fica atrás dos balcões de exposição de pães artesanais. “Somos considerados por nossos clientes referência na qualidade e variedade de pães, sendo destaques o tradicional pão francês crocante e fresquíssimo, nossa linha de pães rústicos a base de ervas e especiarias, e nossas roscas e brioches, sem falar na variedade de bolos e tortas caseiras”, diz Rogério Andrade, sócio diretor da Boníssima. antepastos são exclusivas com um toque bem caseiro. Nossa adega atende a um público exigente e selecionado, com uma carta de vinhos e espumantes exclusiva, e um mix de produtos diferenciados de destilados e cervejas artesanais e importadas”, completa Rogério. Como o objetivo da nova casa é ser mais que uma padaria, o cliente tem acesso a diferentes tipos de alimentação no food service, permitindo que sua visita seja sempre atualizada com uma novidade. Dentro da loja, é possível fazer diversas refeições, como grelhados, saladas e crepes. Com ilhas de congelados, uma adega e o restaurante, a investida tem tudo para ter sucesso por estar perto de um público de alto padrão que aprecia esse tipo de serviço de qualidade. “Clientes estão gostando muito dos pães especiais e da variedade de pães, biscoitos e doces feitos na casa”, diz Dorival Bento, gerente da loja. Todas as lojas da Boníssima já possuem sistema de delivery e encomenda para todos os itens disponíveis para venda. Visando ampliar os clientes potenciais, a loja está em processo de implementação de eventos em domicílio e empresariais e atendimento com personal chef. As ilhas são uma das marcas da nova casa: uma para queijos especiais, outra para tortas, e uma terceira para comidas prontas, que conta inclusive com um charbroil para grelhar carnes na hora. A casa tem ainda o serviço de açougue e horti-fruti, cada um com seu espaço bem delimitado e decorado. O espaço para sushi também está presente, além de uma área de pastas e outra de frios. Em cada esquina, uma surpresa para atrair o desejo do cliente. “Na delikatessem e rotisserie, as receitas de pastas e 30 A união faz a força O associativismo permite que empresas se tornem mais competitivas por meio do acesso aos melhores produtos pelos menores preços Embora não sejam concorrentes diretos das padarias, é sabido que os supermercados conseguem abocanhar parte da clientela do setor graças aos preços mais competitivos. Os grandes volumes de compra dessas lojas garantem uma negociação mais vantajosa com os fornecedores e difícil de ser superada. Mas, para quem acredita e investe no associativismo, prática que permite o acesso aos produtos de maior qualidade pelos menores valores, garante que esse não é um caminho sem volta. Um exemplo claro do potencial do associativismo pode ser observado em Blumenau, Santa Catarina. Lá, há seis anos, nove padarias se uniram para montar a Forte Pão, nome que já traduz o objetivo dessa central de compras. Mais recentemente, outras seis empresas se agregaram às fundadoras em busca de maior competitividade. Um dos diretores da central Nestor Winzewski afirma que, unidas, as lojas conseguem fechar suas compras mensais, em média, a um preço 15% mais barato. Segundo ele, as 14 empresas que compõem o grupo compram entre R$ 35 mil e R$ 50 mil/mês, ou seja, a associação permite que esses pontos de venda mantenham no caixa entre R$ 5.250 e R$7.500 mensais. Além disso, ele explica que a Forte Pão garante vantagens logísticas, como a entrega diferenciada de determinadas mercadorias. “Existem ainda os lucros invisíveis. O status da central nos permite acesso aos melhores preços de tabela e em alguns produtos conseguimos negociar o mesmo preço de supermercados”, acrescenta. NEGÓCIOS Vantagens do associativismo: • Compra de produtos a preços competitivos. • Compra de equipamentos a preços competitivos. • Troca de experiências. • Relacionamento diferenciado com fornecedores. • Acesso aos mesmos preços negociados com supermercados. • Vantagens logísticas. O que deve ser observado pelo grupo: • Limitar a entrada de empresas. • Selecionar padarias que tenham os mesmos objetivos, público-alvo etc. • Definir papéis e responsabilidades dentro do grupo. • Realizar encontros semanais . • Discutir estratégias em conjunto. Em Minas Gerais não há, no momento, nada parecido com o modelo catarinense. Porém, já houve tentativas que ainda são lembradas. O proprietário da Vianney, localizada no bairro Funcionários, região CentroSul da capital, Pedro Santiago, se recorda do associativismo como uma experiência positiva. “Era muito vantajoso. Conseguíamos negociar grandes volumes de produtos com bons preços”, diz. Santiago ressalta, inclusive, que teria interesse em participar de uma nova tentativa. “Mas é preciso que haja compromisso e um projeto viável e bem definido”. Grande Blumenau. De fato, a questão da organização é crucial para que a iniciativa vingue. Os negócios associados precisam discutir suas metas, definir funções e um regimento interno de conduta. “Acima de tudo, é preciso harmonia entre os participantes”, afirma o consultor do Programa de Apoio à Panificação (Propan) Emerson Amaral. De acordo com ele, o associativismo deve ocorrer entre companhias que tenham características comuns, como objetivos, particularidades, relacionamentos, entre outros. Amaral destaca que, para funcionar, o grupo não pode ser muito extenso. “O interessante é unir pelo menos dez empresas para que a ideia funcione e, ao mesmo tempo, haja consenso”, diz. Winzewski afirma que o custo é pequeno diante do impacto que o associativismo provoca em cada padaria. Como dito anteriormente, a folga no caixa de cada empresa varia entre R$ 5.250 e R$ 7.500 mensais. A estrutura atual da Pão Forte contempla espaços locados, despachantes, gastos com fretes, entre outros. De acordo com o diretor, o objetivo da central a curto prazo é ter condição de pagar todas as compras à vista, o que garantiria mais vantagens na hora da negociação. O diretor da Pão Forte reitera a importância de a associação não crescer demais. Atualmente, a central de compras catarinense está aberta a receber apenas mais um integrante, fechando com 15. Winzewski explica que, assim, atinge-se o teto da estrutura atual. Na hora de escolher novos integrantes, são observadas a filosofia do negócio, possíveis pendengas judiciais (não são aceitas) e localização da loja. A preferência é por pontos de vendas que não concorram diretamente com os que já compõem a central de compras, mas todas devem estar na Custos Como ressaltou Winzewski, a Pão Forte optou por limitar a entrada de integrantes para não ir além da estrutura atual, o que significaria um aumento de custos. Atualmente, os nove sócio-fundadores pagam uma mensalidade de R$ 850, uma taxa de R$ 500 para capitalizar o grupo, além de 2% sobre o valor de compras do mês. Já as outras seis lojas pagam somente a mensalidade mais os 2%. Outras possibilidades E as vantagens do associativismo não são limitadas a melhores preços na compra de produtos e equipamentos. Emerson Amaral explica que há casos de empresas que se unem, por exemplo, para desenvolver ações de marketing conjuntas, o que chama a atenção dos consumidores e dos fornecedores. Segundo ele, os festivais gastronômicos são um excelente chamariz para a padaria, sobretudo, quando promovidos simultaneamente. A Pão Forte não aposta neste tipo de estratégia, mas conforme Winzewski, todas as 14 lojas envolvidas no projeto precisam apresentar suas ações de marketing ao grupo antes de colocá-las em ação. 32 Tiradentes LAZER Clima de interior e atrações de cidade grande. Essa é uma das principais características de Tiradentes, município na região do Campo das Vertentes. Quem chega até a cidade de pouco mais de 7.000 habitantes – número que chega a dobrar durante os festivais que ocorrem ao longo do ano – se depara com uma das paisagens mais bonitas de Minas. É a Serra de São José, um paredão de pedras de mais de 1.000 metros de altura que circula toda a cidade e se vê de todos os cantos. Tiradentes ganhou visibilidade nos últimos anos depois de ter sido criado um roteiro anual de atrações dos mais diversos tipos e gostos, o que acabou atraindo além de muitos mineiros, cariocas e paulistas. Dividido pelos meses do ano, a cidade conta com um guia de eventos diversificados, que vai desde o Festival Internacional de Gastronomia, o encontro de motociclistas, até à Mostra de Cinema, que ocorre em janeiro e atrai o maior número de turistas. Apesar da modernidade, a cidade ainda mantém características tradicionais, como as ruas de pedras, que dão um charme a mais e um clima de interior. A programação em Tiradentes é diversificada e tem espaço para todos os gostos. Quem deseja se hospedar apenas por um final de semana vai encontrar várias opções e ao mesmo tempo acessíveis. O mesmo acontece para quem pretende passar férias na histórica cidade, começando por conhecer sua arquitetura. Ela começou a ser construída no período colonial, com o ouro que era encontrado em suas terras. O fruto mais imponente desse período de nascimento é a Matriz de Santo Antônio, no alto da cidade. Construída em 1710, é a segunda igreja com mais ouro do Brasil e que forma a paisagem de Tiradentes. Nela, Ao final da tarde, o local ideal para curtir a chegada da noite em Tiradentes são os cafés e padarias. Neles, é possível ver o entardecer e tomar uma boa xícara de chocolate quente, café ou capuccino, que ajudam a aquecer e proteger do constante frio noturno. São mais de dez cafeterias espalhadas pela cidade, que oferecem crepes, salgados e bebidas quentes. Entre as padarias, a Padre Toledo é uma das mais antigas e oferece espaço para lanches, além de fornecer café da manhã para pousadas da cidade. (Endereço: Rua Direita, Centro)Entre as padarias, a Padre Toledo é uma das mais antigas e oferece espaço para lanches, além de fornecer café da manhã para pousadas da cidade. (Endereço: rua direita, Centro) Entre seus moradores, Tiradentes tem aqueles que vivem escondidos, mas se destacam pelo dom artístico. Tem os que fazem artesanato como nenhum outro, e os que entalham madeira que vão até o exterior. Mas um dos mais conhecidos é o Chico Doceiro. Desde 1965, o pequeno comércio localizado a quatro quarteirões da praça principal, adoça a vida dos turistas com doces diversificados, como de abóbora, goiabada, cocaca, canudo de doce de leite, entre outros. O canudinho de doce de leite, que neste ano foi exportado para fora do Brasil para participar de um festival internacional de gastronomia, é a principal atração e custa R$ 0,50 cada. (Endereço: Rua Francisco P. de Morais, 74) acontecem eventos religiosos e de música sacra durante o ano. Os monumentos são um caso a parte. Eles emolduram a paisagem de Tiradentes, mas acabam deixando de ser as atrações mais procuradas pelos turistas. É possível visitar o museu Padre Toledo, o casarão onde moraram líderes do movimento da Inconfidência; a Capela Nossa Senhora das Mercês, feita pelos negros; além do chafariz, ainda em funcionamento e ponto obrigatório de visitação, já que uma lenda diz que quem passa por ele, sempre retorna a Tiradentes. A Maria Fumaça também é um charme da cidade, atraindo os turistas para um passeio de cerca de 40 minutos até a vizinha São João Del Rei. O apito do trem ouvido de onde quer que você esteja, também já é cartão de visita da cidade. Comidas Tiradentes oferece aos amantes da boa cozinha uma grande variedade de bares e restaurantes com o melhor da cozinha mineira e internacional. Eles estão concentrados, em sua maioria, no Largo das Forras, praça Central de Tiradentes, que recebeu esse nome por ser o local onde, no passado, os escravos recebiam suas cartas de alforria. 34 Hoje, além de ser ponto central de Tiradentes, é nessa praça onde ocorrem alguns dos seus eventos populares. Lá também estão as charretes, que proporcionam um passeio imperdível pelas ruas de pedra e morros. Bares, pizzarias, restaurantes. Não faltam opções, que vão de massas à comida mineira, além de tira-gostos. Os preços variam e a alimentação é um dos itens que mais encarecem o passeio na cidade. Isso porque, nos últimos anos, Tiradentes foi ganhando ares de requinte, principalmente depois de ter se tornado local de filmagem de minisséries e novelas da Globo, como JK e Hilda Furacão, além do filme Chico Xavier. LAZER Informações úteis Como chegar: Tiradentes está inserida no circuito Turístico da Estrada Real. A cidade de Tiradentes possui fácil acesso aos grandes centros pelas rodovias BR 040 e BR 381 (Fernão Dias), interligadas pela BR 265. De Belo Horizonte, a distância é de 200 km. Restaurantes e bares: Divino Sabor (Rua Ministro Gabriel Passos, 300) Sabor de Minas (Rua ministro Gabriel Passos) Restaurante das Mercês (Travessa José Ferreira Barbosa, 307) Sabor Rural (Estrada Tiradentes, Caixa Dágua km 04) Ora pro Nóbis (Rua do Chafariz, 37) Atrás da Matriz (Rua Santíssima Trindade) Theatro da Villa (Rua Padre Toledo nº 157) Restaurante da Matriz (Rua da Câmara N° 88) Cantina Perrella (Rua Direita) Bar do João Rosa (Rua Ministro Gabriel Passos) Pousadas: Os valores das diárias variam de R$ 100 a R$ 3.000 Atrações: Maria Fumaça: A viagem é feita a bordo de uma locomotiva a vapor do início do século XX. São 13 km percorridos. Tarifas: Ida e Volta: R$ 50 (inteira) / Apenas ida: R$ 40 Passeio de jardineira: Realizado a noite pelo centro de Tiradentes, passando pelos principais pontos turísticos da cidade, em uma jardineira 1935. Tarifa: R$ 50 (por pessoa) Espetáculo som e luz na matriz: Conta a história da igreja com detalhes luminosos e música Tarifa: R$ 10 Fonte: Secretaria de Turismo de Tiradentes 35 ENTREVISTA José Batista de Oliveira O presidente do SIP, José Batista de Oliveira, assumiu mais um desafio em sua carreira: estar à frente da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip). A Revista Amipão conversou com ele para conhecer os detalhes dessa empreitada e o que ele espera nesse novo ciclo de trabalho. Confira! O que motivou o senhor a assumir esse novo desafio? Muitas vezes, somos levados por um processo mesmo sem planejar. Uma das coisas que aprendi, quando entrei para a vida sindical é que, depois que sua vida pública se torna pública, você passa a não ser mais dono dela. Acabei vindo a me tornar presidente da Abip não muito por uma escolha ou um projeto que eu construí ao longo da minha contribuição à panificação em Minas Gerais, e mais por um processo de um trabalho que agregamos à gestão do Alexandre Pereira, o presidente anterior. Eu era o 1º vicepresidente, e houve uma contribuição para o trabalho dele com muita tranquilidade e serenidade, dando o equilíbrio às reuniões da Abip. E isso não é tarefa fácil, pois as reuniões são de colégios de líderes, onde todos os diretores são presidentes de entidades. Foi esse equilíbrio da minha personalidade que fez com que, no final das contas, a Abip convergisse para que eu fosse eleito presidente e eleito por aclamação. O que você salienta no trabalho no sindicato em Minas Gerais que serve de grande lição para ser aplicado na Abip? Eu sempre procurei fazer um trabalho muito menos político e muito mais centrado em resultado. É o que buscamos sempre construir aqui ao longo desses anos. Na minha primeira passagem aqui na 36 presidência da Amip, nós criamos a feira de panificação de Minas Gerais, que foi um evento que trouxe muita representatividade para a panificação mineira. Isso trouxe muito resultado e muito conhecimento agregado em ambiente de feira, nessa interface fornecedor-empresário. Isso trouxe também um equilíbrio financeiro para a entidade. Depois, um pouco mais a frente, fizemos também um trabalho muito interessante, muito gostoso, de muito resultado, que foi o projeto em parceria com a França, que proporcionou trazer muito conhecimento para a panificação em Minas Gerais. Isso contribuiu de forma significativa e positiva para o avanço tecnológico das empresas de panificação, da melhoria da qualidade e dos processos, e consolidou a panificação no Estado em uma panificação de vanguarda no Brasil. Essas são coisas que eu continuo buscando: a possibilidade de levar para a panificação brasileira um trabalho de resultado, que possa, sobretudo, implicar na melhoria da qualidade tanto do produto quanto dos processos produtivos, e também o processo de gestão. Um trabalho que queremos levar muito forte para o Brasil é o do Propan, que já é um braço da Abip, para disseminar de verdade o conhecimento de gestão no país afora. Se tivéssemos de apontar uma diretriz, um trabalho mais importante a ser desenvolvido nesse âmbito nacional, seria esse trabalho com a gestão? Seria. Eu acho que o conhecimento profundo do negócio é o que leva a gerar a sua sustentabilidade, que é a nossa grande preocupação. Temos de olhar para a sustentabilidade de um grande número de empresas pequenas. No Brasil, são conhecidas hoje 64 mil empresas de panificação, das quais estima-se que uns 30% andam com muita dificuldade, por se tratarem de empresas muito pequenas, muito familiares, com pouco conhecimento de gestão. À medida que você melhora o conhecimento, aplicando uma gestão mais profissional, essas empresas vão ter condições de gerar sustentabilidade, crescimento e melhoria dos processos produtivos, e, com isso, se sustentar por mais tempo no mercado. Isso é o que a gente pretende que seja o cerne do trabalho destes próximos quatro anos. o sindicado em Minas Gerais? No âmbito nacional, há uma diferença acentuada entre a realidade das regiões? Como lidar com elas? Sim. Basicamente, faríamos um projeto piloto enxergando entre 5 a 10 anos de futuro. Na realidade, não está tão distante assim. Quando você marca data, as coisas chegam muito depressa. Eu acho que o projeto aqui desenvolvido, nos termos em que está se desenhando, pelo que se conhece dele e pelo conhecimento que fomos buscar, acho que seria aplicável a qualquer região do país. Mas, primeiro, precisamos testar a eficiência do que está planejado aqui em Minas. Tenho muita convicção de que dará muito certo aqui, e será algo que poderemos levar como um projeto nacional. É bastante acentuada. O Brasil é um pais continental, com realidades e situações realmente divergentes entre as regiões. Mas na gestão da empresa, o conhecimento tanto se aplica em todas elas, guardadas suas características. É possível levar um novo conceito de um lugar para outro: uma questão que se aplicou muito bem em Minas Gerais, como o autosserviço, pode ser indicado a outras regiões e vice-versa. A panificação é muito extensa, e podemos encontrar soluções em algum ponto que poderão ser trazidas pra centros como Minas Gerais e São Paulo. Vamos fazer esse intercâmbio, buscando o que há de melhor nas regiões. Isso é factível de ser feito e vamos fazêlo com muita atenção. Essas são melhorias que podem também ser trazidas pra Eu acho que sim. Já com a Amipão havia muitas viagens, com feiras internacionais, buscando enxergar novos modelos de negócios. Creio que essa ida em um processo de gestão na associação nacional vai nos permitir conhecer o todo e trazer alguma vantagem competitiva para o setor de panificação no Estado, como o relacionamento com empresas de nível nacional, por exemplo. Isso pode trazer beneficios para panificadores e industriais do estado. Assim como há o projeto Panificação do Futuro em BH, pensando o setor a longo prazo, existe algo do gênero em nível nacional? Qual sua avaliação de perspectivas de negócios para o setor em 2013? A economia passa por um momento delicado na percepção que temos. Nota-se que houve muito esforço e investimento do governo federal ENTREVISTA para aumentar o consumo, aplicando-se muita massa crítica nesse sentido: juros mais baixos, crédito consignado em folha, e mais várias outras situações para impactar o consumo, o que realmente aconteceu de forma positiva. Mas isso deteriorou as regras da economia como um todo. Creio que passamos por um momento de transição, entre a euforia e a alegria que vinham sendo os últimos anos para um momento que ainda não sabemos o que há a frente. A inflação de alimentos já bateu 14%, bem diferente da inflação geral, que está em torno de 6,5%. Há também o problema do câmbio, que impacta fortemente a panificação por conta do trigo. Havia uma expectativa de um crescimento de 7 a 8% em relação a 2012, mas, hoje, dadas José Batista em posse na ABIP essas conjecturas, acho que já não poderia afirmar que haverá esse crescimento. Como se trata de gênero de primeira necessidade, ainda temos a expectativa de que vamos crescer mais do que a previsão de crescimento do país, que é algo em torno de 2%. Que mensagem o senhor gostaria de deixar para o empresário da panificação? Eu sou um otimista. Vislumbramos grandes dificuldades no país que precisam ser solucionadas. Um desses casos é a mão de obra, que é um problema terrível para nós, e o setor da panificação, com 30% de ocupação de primeiro emprego, não possui nenhum tratamento diferenciado. Outra questão a ser solucionada nesse governo e nos que virão é quebrar as amarras que tem a economia brasileira, como a reforma das leis trabalhistas, que são extremamente antiquadas, de antes do meio do século passado, e a reforma tributária, já que o brasileiro passa cinco meses do ano só para pagar impostos e poderia estar alimentando a economia de forma mais sustentável. Apesar de tudo, eu acredito que o setor de panificação é um setor de transformação, um setor que transforma matéria-prima e pessoas também. Nós vamos buscar essa transformação de pessoas levando conhecimento, e estou muito convicto de que com isso vamos dar uma contribuição importante para o setor industrial da panificação no Brasil - estou muito otimista e esperançoso. 38 Donuts Ganache/Recheio Massa Custo: R$17,50 por kg Rendimento: 25 unidades Custo por unidade: R$ 0,70 Este POP foi aprovado e selecionado pelo Núcleo de Excelência em Treinamento da Indústria de Panificação e Confeitaria do Estado de Minas Gerais “Marta Salej”, localizado no Senai CFP/ARG. Outras informações podem ser obtidas junto ao setor, pelo telefone (31) 3422-5045. INGREDIENTE % GRAMAS Farinha de trigo especial 100 500 Margarina 10 50 Ovos 20 INGREDIENTE % GRAMAS Chocolate leite 50 250 Creme de Leite 30 150 Doce de Leite 50 250 ao TOTAL 650 100 Acabamento Sal 1 5 INGREDIENTE % GRAMAS Fermento biológico (seco) 2 10 Chocolate ao leite ou branco 50 250 Açúcar 12 60 Fondant 50 250 Leite em pó 10 50 `100 35 175 Confeitos Coloridos 20 Água - - Açúcar para polvilhar 20 100 Essência baunilha TOTAL de 950 TOTAL 700 POP MoDO DE FAZER 3. Abra a massa com 15 mm de espessura sobre uma superfície untada com óleo e corte os donuts utilizando um cortador “redondo” de 7 cm e vazando o centro da massa com um cortador de 3,5 cm. Deixe alguns sem vazar para serem recheados. 1. Para a massa, faça uma esponja com fermento, água e 1/3 da farinha de trigo e deixe descansar por 30 minutos. 2. Misture o restante dos ingredientes, amasse até formar uma massa lisa e deixe descansar por 20 minutos 4. Transfira para uma assadeira untada, cubra com um plástico para não ressecar e deixe fermentar por aproximadamente 30 minutos. 5. Frite em óleo quente a 180º C, virando de lado até que esteja dourado. Coloque sobre papel-toalha para retirar o excesso de gordura. 6. Para a ganache, derreta o chocolate, misture com o creme de leite e deixe na geladeira até firmar. 7. Com auxílio de uma faquinha de ponta, fure os que não estão vazados e recheie com uma manga de confeitar com ganache e doce de leite. 8. Cubra com o fondant simples ou colorido ou com chocolate derretido. 9. Dê acabamento com confeitos coloridos e chocolate granulado, ou apenas role no açúcar impalpável. 40 SÓCIOCOLABORADOR Invista no relacionamento da sua empresa! Com faturamento de R$ 70 bilhões e crescimento de 11,6%, a panificação no Brasil é um dos setores mais vigorosos da economia. Em Minas Gerais, o desempenho da padarias representa cerca de 10% do faturamento nacional, colocando o Estado na vanguarda do setor. A Amipão – Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação representa cerca de 5.000 sindicalizados. Para manter a panificação mineira no topo, a entidade realiza diversos projetos pioneiros, com ações de curto e longo prazo que valorizam o segmento e consolidam seu status de referência nacional. A Amipão busca estabelecer, em conformidade com seu estatuto, parcerias com empresas fornecedoras do setor para cultivar esses projetos de excelência e alta competitividade, de modo a fomentar negócios que garantam a sustentabilidade da panificação mineira. Além de apoiarem o desenvolvimento e o aprimoramento do setor, essas empresas têm uma grande exposição de sua marca a um público segmentado, formador de opinião e com decisão sobre compras. Não perca a oportunidade de deixar sua empresa próxima ao setor de panificação que é referência nacional! Entre em contato com Departamento de Marketing e Comunicação da Amipão e informe-se. SÓCIO Veja quem já participa! “O engajamento da Ferrero e da Nutrimental através da DVL Distribuidora foi fundamental para aproximação destas empresas com o canal panificador. Através da entidade, sentimos que obtivemos das panificadoras um maior respaldo dos nossos produtos, consequentemente, melhoramos consideravelmente nossa distribuição e vendas nas mesmas” Gustavo Cecilio Soares, diretor comercial da DVL “A filosofia de trabalho e a grande visão de mercado da Amipão, aliada à dedicação e ao compromisso com o empresário para novas oportunidades e tendências da área, nos chamou muita atenção. Seus produtos e serviços para o desenvolvimento do setor de panificação nos fizeram buscar esta parceria que, sem dúvida, agregará muito à Criopan. Kyscila Coelho, gerente comercial da Criopan “Como agência de comunicação e marketing que atua fortemente no mercado da alimentação gourmet, é muito importante manter a parceria com a Amipão. Isso estreita a relação com nosso target. Estamos apostando em um bom trabalho para colher bons frutos”. Euzébio de Andrade, diretor da Amplo Brasil “A Ingleza quer cada vez mais oferecer soluções em produtos e serviços que façam a diferença para o setor. Neste sentindo, nossa parceria com a Amipão nos abre portas para estarmos mais próximos de nossos clientes e assim buscarmos em conjunto a melhoria contínua.” Alberto Diniz, gerente de vendas canal direto da Cera Ingleza “A Philip Morris Brasil espera que ao, se tornar parceira do projeto Sócio Colaborador, possa estreitar ainda mais seu relacionamento com o setor. A empresa acompanha o trabalho da Amipão e acredita que por meio deste programa irá fortalecer ainda mais a panificação mineira” Alexandre Amaral, gerente regional de vendas (MG) da Philip Morris Brasil Confira os benefícios! Revista • Recebimento bimestral de exemplar gratuito da Revista Amipão. • Divulgação da logomarca da empresa como sóciacolaboradora da entidade. • Desconto de 15% em anúncios publicitários. Portal Amipão • Divulgação de logomarca da empresa no portal Amipão. Cursos • Desconto de 10% na inscrição de funcionários da empresa nos cursos ou outras atividades de qualificação desenvolvidas pela entidade. Eventos, Fóruns, Encontros, Reuniões • Divulgação de banner com a logomarca do colaborador. Jantar do Panificador • 5 convites para mesa em local privilegiado. 42 A tradição dos fornos Pequeno, elétrico ou a gás, fixo ou rotativo. Essa fórmula deu origem ao último forno lançado no mercado da panificação e que permite, além de uma rápida fabricação dos produtos, uma padronização melhor do que é feito. Mas nem sempre foi assim. Da lenha até elétricos e a gás, os fornos passaram por uma grande evolução nos últimos 60 anos, tornando a produção cada vez mais prática e moderna. E foi nesse período que a indústria de panificação ganhou seu espaço. A Prática Produtos S/A chegou ao mercado em 1991, de forma tímida. Criada em Pouso Alegre, no Sul de Minas, funcionava em um salão de apenas 50 metros quadrados. Seu primeiro equipamento foi a amassadeira rápida, que ainda gastava muita energia. Um ano depois, a empresa começou a despontar no mercado com a criação da linha de fornos elétricos Turbo, que além de econômicos, eram feitos totalmente em aço inox, uma novidade para o mercado da época. Com o crescimento da Prática, foi possível trazer ainda mais inovações ao mercado. Começando pelos fornos combinados, com diversos modelos, capacidades e fontes energéticas, que até então eram conhecidos apenas nos países desenvolvidos. Aperfeiçoado de olho no mercado gastronômico, o sucesso de vendas permitiu à Prática se tornar líder no segmento de Fornos para Gastronomia e iniciar o processo de exportação de produtos, além de ganhar a certificação ISSO 2003 de qualidade. Foi nesse momento de sucesso internacional que o mercado de panificação começou a atrair os olhares do Grupo Prática. A linha de equipamentos começou a ser ampliada, ultrapassando apenas a criação de fornos tecnológicos, chegando também à expansão de máquinas em geral, voltadas para a pequena e média produção. Diretor da Prática Technipan, José Angelo de Souza Jr, explica que foram feitos estudos de mercado que possibilitaram a criação, em 2007, da divisão Technipan, responsável por todos os equipamentos para a produção de pães e confeitos. Desde então, a empresa conseguiu crescer ainda mais, passando a ocupar, hoje, uma área de 18 mil metros quadrados. “Temos máquinas automáticas de última geração, filiais, concessionárias e representantes comerciais em todo o país e em mais de 18 países”, relata. Produtos. O equipamento mais recente para a panificação, lançado em julho, é o forno Rototurbo, que opera com eletricidade ou gás, e pode ser utilizado com carro fixo ou móvel, ocupando pouco espaço e gastando pouca energia. “A Prática Produtos S/A é antenada e focada em corresponder e por vezes antecipar às necessidades do mercado em que atua, tendo princípios básicos como qualidade, praticidade e produtividade, sempre com eficiência energética”, garante Souza. “A tecnologia é brasileira, de Minas Gerais, fruto de parcerias com fornecedores e universidades, além da vontade de melhorar”, completa. A Prática conta hoje com sete engenharias que desenvolvem pesquisas para desenvolvimento, HISTÓRIA aperfeiçoamento e fabricação de fornos. Elas estão ligadas a três produtos: os fornos de panificação (lastro, turbo e rotativos); fornos combinados e fornos especiais. Um dos produtos da Prática mais conhecidos no mercado são os fornos elétricos de lastro, os mais econômicos do país, segundo Souza. Outro destaque é a linha Express Gourmet, ideias para a finalização de produtos, preparando em poucos segundos pizzas, salgados e lasanhas. Todos eles já vêm com certificado NR12, dentro das normas de segurança estabelecidas pelo governo federal. Resultado. A evolução da prática acompanhou a evolução dos fornos de uma maneira geral. A princípio, eles eram somente elétricos e a turbo, passando em seguida a operar a gás ou a lenha. Nesse momento, alcançaram o diferencial de serem flex, permitindo uma economia energética ainda maior. Quanto mais desenvolvidos os fornos, melhor conseguem tornar padronizados os produtos ali criados. Os fornos também se diferenciam por, além das fontes energéticas, dimensões e capacidades produtivas, quesitos que fazem total diferença no resultado final. “Há um ditado popular que diz: ‘O Forno é o último a falar e o primeiro a apanhar’. É ao sair do forno que se detecta com mais clareza o acabamento e formato do produto, e se foi bem elaborado. Por isso, escolher bem o forno é de suma importância, não somente o fabricante e as condições de apoio técnico, pré e pós venda, mas o conceito do forno mais recomendado para determinados produtos”, argumenta o diretor da Prática. “Os fornos são equipamentos determinantes para a qualidade final de um produto, pois se espera uniformidade, racionalização de espaço, versatilidade, conservação de energia e máximo aproveitamento do calor gerado, portanto, economia energética”, salienta Souza. Futuro. A Prática, que segundo seus fundadores, é fruto de preparação e formação profissional, tem pretensões de crescer ainda mais no mercado. Hoje, a empresa já conta com um centro de tecnologia em panificação, em gastronomia e tecnologia em serviços. “Pensamos no avanço da tecnologia aplicada para o bem do mercado. É o olhar para o futuro”, finaliza Angelo de Souza. Prazos NR12: Publicada pelo Ministério do Trabalho no ano passado, a Norma Regulamentadora (NR) 12 define prazos para adequações de segurança de máquinas e equipamentos, incluindo o setor da panificação. O que diz: Ela obriga todos os panificadores e indústrias do setor a adequarem – ou trocarem, caso seja necessário – equipamentos para aumentar a segurança no local de trabalho. Quais são esses equipamentos: Cilindro, amassadeira, batedeira, modeladora, laminadora, fatiadora de pães e moinho. Sanções: Se as normas não forem cumpridas dentro do prazo, o panificador pode ser multado, ter o estabelecimento interditado, podendo também sofrer uma ação civil. O valor da sanção varia de R$ 3.000 a R$ 10 mil. Quais são os prazos: (Eles dependem do tipo de máquina e do tamanho das empresas) Cilindros: Empresa com até dez empregados: dezembro deste ano - Empresas de 11 a mais de 50 empregados: Prazos já expiraram Amassadeira: Empresa com até dez empregados: junho de 2016 - Entre 11 e 25 empregados: dezembro de 2013 - De 26 a mais de 50 empregados: prazos já expiraram Batedeira: Empresa com ate dez a 25 empregados: junho de 2016 - Empresa com 26 a 50 empregados: dezembro de 2013 - Acima de 50 empregados: prazo expirou em 2012 Modeladores: Empresa de dez a 50 empregados: junho de 2016 - Acima de 50 empregados: dezembro de 2013 Demais maquinas: Prazos vão de dezembro de 2014, para empresas maiores, e junho de 2016, para empresas de menor porte Fonte: NR12 – Ministério do Trabalho 44 Tendência e aperfeiçoamento por Risi Ferraz, arquiteta da A Priori Projetos O mundo todo vive uma experiência progressista não vista antes nestas proporções em tão pouco espaço de tempo. Tantas são as ferramentas e informações disponíveis a um número cada vez maior de pessoas. A globalização é uma realidade que se impõe em qualquer âmbito da experiência diária de qualquer ser humano. Falar em tendência, hoje em dia, em qualquer setor ou profissão, a meu ver, é falar sobre aperfeiçoamento. O nosso entorno nos exige isto. Ou você se aperfeiçoa ou está fora do jogo. Implacavelmente! E isto em todos os setores. Primeiro, se percebe a necessidade de melhoria; depois, é preciso tomar a iniciativa de melhorar continuamente tudo o que já existe hoje; por fim, é preciso continuar progredindo. Aqueles que aprendem a fazer bom uso dos recursos e informações disponíveis têm maiores chances de sucesso. O setor de panificação, evidentemente, não foge à regra. Além de um bom produto, é necessário apresentá-lo de maneira adequada, ter um bom atendimento, ter preços competitivos, agregando valores indiretos ao produto. Hoje em dia é fácil perceber o poder da estética e do visual em qualquer produto. É difícil achar alguém ingênuo ao ponto de não perceber a influência da embalagem no resultado das vendas. Assim também ocorre com a decoração de uma casa comercial. O visual da loja e principalmente o ambiente design dos móveis agrega valor ao produto. A grande tendência hoje em dia, é o aperfeiçoamento. Um ambiente harmônico, prazeroso e ordenado dá sempre mais resultados. Alcançar um bom resultado sem um bom projeto é como acertar o alvo com uma seta torta ou um arco empenado. É bem comum visitarmos padarias que foram crescendo sem planejamento, o famoso “puxadinho”. E qualquer pessoa ao entrar em um estabelecimento assim percebe se é fruto de um projeto ou não. Falta harmonia! Com um bom projeto, é sempre possível fazer melhor, porque se pensa em um todo e ao mesmo tempo nos detalhes. - O perfeito equilíbrio entre estética e praticidade. Beleza é um fator muito importante num estabelecimento comercial, porém deve ser contrabalançado com o fator praticidade. Pouco vale uma loja linda, onde os acabamentos utilizados são de pouca praticidade, dificultando a limpeza diária, ou elevando os custos de manutenção. - Conhecer o que outras empresas estão fazendo e adaptar os casos de sucesso a sua realidade pessoal é uma grande estratégia que deve ser aplicada. Ainda mais válida para quem pretende montar um novo empreendimento. - Dominar e explorar efeitos de iluminação. A iluminação é fundamental na criação do ambiente apropriado. Saber O projeto proporciona a possibilidade de resolver explorar o grande “poder de atração” e o realce que ela antecipadamente problemas e isto de forma muito mais proporciona aos produtos representa um aumento da econômica. Quantas vezes deparamos com situações qualidade visual e torna as lojas irresistíveis. A escolha do tipo de lâmpada correta para em que alguém descobre que cada ambiente e principalmente a solução adotada não era a “A grande tendência hoje em dia, nas vitrines resultará sem dúvida melhor, que poderia ter sido feito em aumento dos lucros. Não de um modo mais econômico, é o perfeiçoamento. Um ambiente só aumentarão as suas vendas, mais rápido ou com resultados harmônico, prazeroso e ordenado como reduzirão os custos com mais eficientes? A solução de dá sempre mais resultados. a iluminação, e os custos de um problema será mais cara a Alcançar um bom resultado sem manutenção. cada etapa em que se demora a detectar a deficiência. Nesta um bom projeto é como acertar De maneira mais ampla, esta é a perspectiva é que se pode grande tendência: fazer bem feito, o alvo com uma seta torta ou um avaliar melhor a importância de pensado, planejado, buscando arco empenado.” um projeto e a economia que o profissionalismo. Agora, você ele representa no resultado de pode me perguntar: e quanto a um empreendimento. Agir sem cores, estilos e materiais utilizados? É uma pergunta bem pensar é tolice. Vamos colocar como exemplo o piso. Este comum feita aos profissionais da área. Não se pode negar que item tão importante, quando escolhido sem considerar existam os modismos. Quem não se lembra das instalações vários critérios, pode representar um prejuízo significativo. em que se usava fórmica imitando mármore? Há 30 anos Ou você manda arrancar tudo e troca, ou você convive com usava-se muito o metal dourado. Depois, houve um período a dificuldade por anos e anos. do laminado plástico na cor rosa e pêssego. Em seguida, Um bom projeto de decoração de lojas na área específica veio a era dos laminados madeirados, quando o pau marfim aparecia em muitos trabalhos. Depois, a febre do rústico de alimentação, deve, a meu ver, considerar o seguinte: e da madeira de demolição. Em contrapartida, apresentou- O objetivo do projeto não deve ser apresentar o trabalho se o “clean”. E, recente, não só no setor de panificação, a do profissional, e sim apresentar os produtos da padaria. grande tendência era o eclético, ou seja, misturar estilos, - Em áreas comerciais, o valor do investimento deve ser principalmente o rústico e o moderno. Agora veio a onda do levado em conta de maneira mais significativa. Fazer um vidro colorido, e assim vamos prosseguindo.... projeto escolhendo materiais sem preocupar com o custo Mas em todos esses “períodos”, podemos constatar é fácil. O desfio é aliar beleza pelo um menor custo. Pouco características comuns: a busca pelo novo, o diferente. vale um estabelecimento lindo que tem seu investimento Novos materiais, cores antes não usadas, algumas delas elevado a ponto de dificultar o retorno financeiro. consideradas proibidas, novas combinações de cores. - É preciso projetar pensando na execução do que está Em contrapartida persiste a tendência a copiar modelos, sendo projetado. Principalmente nos dias de hoje, quando principalmente casos de sucesso. Isto dá mais segurança temos muita dificuldade com contratação de mão-de-obra ao empreendedor. Agora o clique, chique mesmo, é fazer habilidosa. Às vezes percebe-se que a ideia foi boa, mas a um trabalho bem feito, não apenas na aparência, mas que execução pôs tudo por água a baixo. se sustenta a médio e longo prazo. 46 Web como aliada Apesar do grande potencial, ainda são poucas as padarias que utilizam as mídias sociais de modo estratégico Enquanto grandes corporações já enxergam as mídias sociais como parte da estratégia no trato com o consumidor, negócios menores - como é o caso das padarias -, ainda não absorveram toda a potencialidade dessas ferramentas. De modo geral, as panificadoras usam canais de comunicação como o Facebook e o Twitter de forma amadora, deixando de lado grande parte de suas funcionalidades. O diretor da Amplo Brasil, agência especializada em ações de publicidade e design, Euzébio de Andrade, diz que o grande erro das padarias no uso das redes sociais é a pouca atenção com o monitoramento. “E esse é o ponto que mais deve ser aproveitado, porque em muitos casos, representa uma verdadeira pesquisa de mercado. Os clientes emitem opiniões, críticas, elogios etc”. Porém, segundo ele, os negócios do setor tendem a ficar mais antenados com as postagens e se esquecem de que esse tipo de mídia, ao contrário das tradicionais, é uma verdadeira via de mão dupla. “O princípio das mídias sociais é a interação”, reforça Andrade. O diretor da Amplo Brasil esclarece que esses canais na web podem ser utilizados para diversos tipos de comunicação com o consumidor, desde o anúncio de descontos e novidades, a dicas mais abrangentes. Tudo, de acordo com ele, depende do perfil da loja e do público. Alguns pontos de venda aproveitam as ferramentas de divulgação gratuita para abordar temas ligados à alimentação e a estilos de vida, por exemplo. O importante é saber agregar valor à marca da padaria. E é justamente essa abrangência o que mais dificulta o acesso aos resultados das divulgações feitas pela internet. MARKETING A Panificadora Halley, localizada em Contagem faz uso as metas e objetivos da padaria com as redes sociais. constante do Facebook, mas não consegue observar Em seguida, é feito um diagnóstico no ambiente web, com clareza o efeito dessas ações. “Acho mais fácil notar seguido pela criação de um plano de ação casado com os os impactos de um carro de som que colocamos na rua”, recursos disponíveis para investimentos. No próximo passo, compara o gerente da empresa, Lucelino Dutra. finalmente ocorre a implantação da estratégia que precisará Andrade reconhece que, em muitas situações, é difícil ser constantemente monitorada e gerenciada. mensurar o impacto nas comercializações em resposta às Em relação aos custos, Andrade esclarece que é impossível mídias sociais, a não ser em casos específicos em que essas ferramentas são usadas, por exemplo, para anunciar ofertas de preço por tempo limitado. “Mas, independentemente de qualquer coisa, acreditamos que a marca se tornará mais viva, mais presente na mente dos consumidores, e isso, naturalmente, contribui para a consolidação de resultados em vendas”. A Boníssima, localizada na região centro-sul de BH, experimentou o uso das redes sociais para o fortalecimento de sua marca. A Amplo Brasil criou uma estratégia para a definir valores sem conhecer a demanda de cada negócio, já que os preços oscilam consideravelmente dependendo da situação. “Podemos fazer desde um trabalho envolvendo apenas a ativação do Facebook, ou um cross mídia, usando também o Instagram, o Foursquare e o Twitter como potencializadores de acessos ao site da padaria”, afirma. “Podemos ainda, fazer uma ação promocional por tempo limitado no Foursquare. Portanto, o preço varia em larga escala, mas o resultado é mensurado o tempo todo.” empresa no dia dos namorados envolvendo o Instagram e o Foursquare. A diretora Nathália Carneiro explicou que quem fizesse o check-in na loja por meio do Foursquare era informado sobre o sorteio de uma viagem para Tiradentes. Já no instagram, os clientes podiam interagir com a loja ao postar uma foto com a hashtag #amarbonissima. Todas as imagens concorriam a uma cesta de produtos da padaria. O resultado, segundo Nathália, foi muito positivo e a companhia já se prepara para fazer um trabalho permanente nas redes sociais. “Estamos em processo de criação de perfis no Facebook, Twitter, entre outros”. Como fazer Para sair do amadorismo e tornar o trabalho eficiente como pretende a Boníssima, é preciso seguir um passo a passo que será mais bem desenvolvido com a contratação de uma empresa especializada. Essa parceria começa com uma reunião de briefing em que são colocados na mesa Ação com mídias sociais realizada pela Amplo Brasil na padaria Boníssima 48 Panificação do Futuro Conheça as etapas do projeto que vai modernizar a panificação em Belo Horizonte Com o intuito de desenvolver a panificação em Belo Horizonte, a Amipão, juntamente com o Sebrae-MG e a Fiemg, iniciou em 2012 o projeto Panificação do Futuro em BH. A iniciativa busca uma estratégia de inovação para o desenvolvimento econômico do setor, colocando-o na vanguarda nacional. Para identificar as melhores oportunidades de negócios para a panificação na cidade, o projeto foi dividido em três fases. A primeira, de setembro a outubro de 2012, para conhecimento da realidade local, pesquisando e levantando os estudos sobre a panificação e a confeitaria na região; a segunda, de novembro a dezembro, com pesquisa e análise de locais onde o setor é referência; e a terceira, de janeiro a fevereiro de 2013, com a definição das ações a serem desenvolvidas. Nesses estudos, identificou-se que o vetor de crescimento para as padarias é agregar mais serviços a apenas o pãozinho diário e investir na qualidade de produtos, com receitas mais diferenciadas (veja diagrama). Na terceira etapa do projeto, foi proposto um plano de ação que abarcasse melhorias em três áreas fundamentais para a concretização dessa visão de futuro. Confira a seguir como o plano foi estruturado! Serviço + Opções estratégicas mais viáveis Pão + Restaurante Padaria e alimentação Pão + café ou lanchonete Padaria tradicional Pão Estratégia atual da maioria Padaria tradicional - Comum Padaria e alimentação gourmet Estratégia de futuro para as padarias de BH Padaria-café Padaria especializada Gourmet Padaria e alimentaçao marca Chef Padaria-café boutique Padaria boutique Gastronomia + Qualidade inovação Caxambu. A água que vende igual água. Área de produção Padarias com funcionários mais capacitados e melhores equipamentos As atividades propostas nessa área dizem respeito diretamente às melhorias nos produtos da panificação, confeitaria e food service. Para que se alcance tais objetivos, foram propostas duas ações: a primeira, com cursos de capacitação e formação, para aumentar a qualidade e variedade desses produtos; a segunda, com facilitação da compra de fornos e amassadeiras de qualidade, para que as padarias trabalhem com equipamentos que permitam alta produtividade. Área de vendas Padarias com modelos de negócios inovadores de panificação e food service fresco de qualidade A mais extensa das atividades do projeto diz respeito ao modelo de negócios a ser utilizado pelas padarias. A definição das estratégias levam em conta o perfil do consumidor e a configuração do ponto de venda, considerando cinco fatores prioritários: o que compra, onde compra, onde consome, local da produção e renda. Na área de vendas, foram propostas quatro ações. A primeira delas é um estudo de mercado de hábitos de consumo em Belo Horizonte, fundamental para balizar a criação de modelos de negócios a partir das preferências do consumidor. Atualmente em execução pela Data Consumer, empresa de pesquisa profissional, esse estudo busca levantar o perfil sócio-demográfico, geográfico e comportamental dos consumidores de padarias (veja box para informações detalhadas). Com base nas informações obtidas, o panificador terá condições de transformar seu ponto de venda em consonância com as demandas do consumidor. Estão previstas as ações de workshops com especialistas em pontos de venda, para melhorá-los a partir da motivação e capacitação dos panificadores; de capacitação em gestão do ponto de venda, visando melhorar as vendas das padarias a partir da capacitação dos gestores; e de transformação e criação de pontos de venda inovadores, adequando as lojas. A Caxambu é uma água gourmet, puríssima, gostosa e saudável. Bem ao gosto do freguês. Tenha sempre Caxambu na prateleira. A receita é líquida e certa. Disponível em 300, 500 e 1.225 mL com e sem gás (31) 3250-2900 50 Área de educação do mercado Divulgação dos novos conceitos do projeto ao consumidor final Não basta a panificação modificar seu modelo de negócios: é preciso que o consumidor perceba as melhorias implementadas. As ações desenvolvidas na área de educação do mercado buscam colocar em pauta a panificação e divulgar os conceitos trabalhados pelo setor, fomentando a demanda nos pontos de venda. Foram determinadas três ações: divulgação na mídia local, por meio de assessoria de imprensa, vídeos e reportagens; capacitação de atendentes na explicação de pães e produtos, proporcionando ao cliente um atendimento diferenciado e instrutivo; e divulgação do pão em restaurantes, promovendo o consumo de pães frescos e de qualidade. Comportamento do consumidor em BH Para transformar o ponto de venda em um ambiente moderno e afinado com as expectativas do cliente, o projeto Panificação do Futuro em BH conta com uma pesquisa sobre o comportamento dos consumidores de padarias para obter as informações necessárias para essa adequação. Realizado pela DataConsumer, o estudo encontrase em andamento e tem lançamento previsto para outubro deste ano. A primeira etapa da pesquisa é uma fase qualitativa, que busca conhecer melhor o ambiente e fornecer subsídios para a elaboração de questionários. Nessa Visão de futuro: padarias de Belo Horizonte como referência nacional em panificação e food service frescos e de qualidade fase, foram realizadas entrevistas pessoais com consumidores, proprietários e gerentes de padarias, além de uma reunião com gestores do projeto da Amipão e do Sebrae. Com base nessas entrevistas, é elaborado um questionário a ser aplicado na fase Próximos passos Durante a execução das ações, até o final de 2014, serão realizadas reuniões mensais para monitoramento de ações e eventuais correções. Duas reuniões anuais, ao final de 2013 e 2014, estão planejadas para avaliar resultados e priorizar certas ações. Para outras informações, entre em contato com a gerência de Recursos Humanos da Amipão 31 3282-7559. quantitativa, envolvendo 450 clientes de padarias das nove regiões administrativas de Belo Horizonte, sendo 50 por região. Além de reconhecer o perfil sócio demográfico, geográfico e comportamental dos consumidores, a pesquisa busca conhecer o comportamento de compra e de consumo, explorando aspectos como Plano de Ação - Estrutura de ações Área de produção Área de vendas Área de educação de mercado Cursos Estudo de Mercado Divulgação midia Equipamentos Workshop PDV Capacitação atendentes Capacitação gestao PDV Divulgação restaurantes principais motivações para a frequência em padarias, fontes de informação e os grupos que influenciam o processo de decisão, imagem e associações mentais que os consumidores possuem em relação às padarias, valores máximos que os consumidores estão dispostos a pagar pelos produtos oferecidos, horários e dias da semana de compras em padarias, Transformação PDV momentos e formas de consumo. Existem muitas formas de cultivar um relacionamento A Souza Cruz se empenha para fazer isso de várias maneiras Revista Mais Varejo: Conteúdo diversificado e totalmente voltado para quem trabalha e gerencia o negócio. Matérias sobre gestão, finanças, RH, marketing, entretenimento e muito mais. Informação de qualidade para o varejista Souza Cruz. Serviço de Assessoria Tributária (SAT): Criado pela Souza Cruz para esclarecer eventuais dúvidas de parceiros de todo o País sobre questões fiscais. Mais informações pelo telefone 0800 723 2221 (Interaction Center – Central de Relacionamento). Investindo em parcerias sustentáveis