objeti
CAMILA ALCÂNTARA VELOSO MOTA
Pró-Reitoria de Graduação
MICHELE MONIQUE DE OLIVEIRA
Enfermagem
Trabalho de Conclusão de Curso
FATORES ESTRESSORES
NAS UNIDADES DE TERAPIA
INTENSIVA DO HOSPITAL
DE BASENA
O PAPEL
DO ENFERMEIRO
NO PROGRAMA
SAÚDE
DO DISTRITO FEDERAL.
ESCOLA: REVISÃO INTEGRATIVA
Monografia apresentada ao curso de graduação em
enfermagem da Universidade Católica de Brasília, com
requisito parcial para obtenção do titulo de bacharel em
enfermagem.
Orientador: Prof. MSc. Maurício de Oliveira Chaves.
Co-Orientador(a): Jane Mara de Oliveira Castro
.
Autores (as): Bianca Souza Cavalcante
Fabiana Oliveira Andrade
Orientador: MSc. Maurício de Oliveira Chaves
BIANCA SOUZA CAVALCANTE
FABIANA OLIVEIRA ANDRADE
1
BIANCA SOUZA CAVALCANTE
FABIANA OLIVEIRA ANDRADE
O PAPEL DO ENFERMEIRO NO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA:
REVISÃO INTEGRATIVA
Artigo apresentado ao curso de graduação em
enfermagem da Universidade Católica de
Brasília, como requisito parcial para obtenção
do Título de Bacharel em Enfermagem.
Orientador: Maurício de Oliveira Chaves Mestre em Gerontologia
Brasília – DF
2012
2
DEDICATÓRIA
À família, que nos sustentou durante toda
etapa da graduação, sempre com carinho,
compreensão e apoio, composta pelos pais,
irmãos, namorado e amiga Sueli, dedicamos
este trabalho.
3
AGRADECIMENTO
‘Obrigada Senhor, por eu poder contar com o Teu Santo poder em minha vida, por ser
Tua escolhida, por eu poder desfrutar de Tua Santa bondade, obrigada Senhor. ’ (Oração de
agradecimento a Deus).
Agradecemos a Deus por estar sempre presente nessa caminhada diária de sempre nos
ajudando, nos orientando, nos acompanhando e nos amparando, e é graças a Ele que mais
uma etapa de nossas vidas se encerra. Sem Ele, nada somos, e nada podemos.
Gostaríamos de agradecer aos nossos pais, àqueles que foram à inspiração para tudo
que há de nobre no mundo, que rezaram por nós e acreditaram, e nos ensinaram a sonhar com
a enfermagem e com a ciência, mesmo quando nós os decepcionávamos na escola.
Agradecemos pela riquíssima humildade e sensibilidade. Vocês nos ensinaram a enxergar
com os olhos do coração.
Agradecemos aos nossos irmãos por seus conselhos, sua ajuda ou seu apoio.
Agradecemos também ao orientador Maurício e sua esposa Elzilene por todos os
esclarecimentos sobre nossas dúvidas, por suas sugestões e apoio, pelo seu retorno e
encorajamento.
Obrigada!
4
O PAPEL DO ENFERMEIRO NO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA:
REVISÃO INTEGRATIVA
BIANCA SOUZA CAVALCANTE
FABIANA OLIVEIRA ANDRADE
RESUMO
Objetivo: Identificar as ações do enfermeiro de acordo com as esferas de intervenção
apresentadas no Programa Saúde na Escola, nas avaliações clínicas realizadas pelo mesmo.
Método: Realizou-se uma revisão integrativa da literatura nas bases de dados LILACS,
SciELO e BIREME. A mostra contou com cinco artigos que abordam a importância das ações
do enfermeiro no Programa Saúde na Escola. Resultados: avaliou-se que possuem ações de
promoção da saúde na avaliação clinica e que a maioria dessas ações estão classificadas
dentro de uma abordagem psicossocial. Conclusão: É necessária uma visão holística para
identificar os principais déficits na saúde do escolar seja eles em qual âmbito estiverem para
uma intervenção precoce ao público infanto/juvenil a fim de proporcionar um
desenvolvimento saudável na transição para a fase adulta.
Descritores: escola; enfermagem; saúde na escola; ações de enfermagem.
1.
INTRODUÇÃO
Segundo a Lei Básica de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LLDB), a educação deve
ser inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana e o ensino
público deve centrar-se na gestão democrática, cujos princípios são a participação de
profissionais da educação na elaboração do projeto político-pedagógico e a participação das
comunidades escolar e local em conselhos escolares equivalentes.
A escola, que tem como missão primordial desenvolver processos de ensino-aprendizagem,
desempenha papel fundamental na formação e atuação das pessoas em todas as áreas da vida
social. Juntamente com outros espaços sociais, como a educação em saúde ela cumpre papel
decisivo na formação dos estudantes, na percepção e construção da cidadania e no acesso às
políticas públicas. Desse modo, pode tornar-se locus para ações de promoção da saúde para
crianças, adolescentes e jovens adultos. (1)
No Brasil, a escola tem acompanhado as demandas oferecidas pela sociedade assim como
ocorre na área de saúde. A mudança no modelo escolar transcorreu junto com a mudança no
perfil social, com a ideologia de assistir ao indivíduo no processo ensino-aprendizagem, a
escola se firma em pilares educacionais correspondentes ao aprendizado os quais também são
aplicados na saúde.
5
A saúde também vem se adaptando às novas demandas sociais e os profissionais inseridos no
sistema acompanham essa mudança. O enfermeiro que inicialmente trabalhava somente com
uma visão curativa é motivado a acrescentar em sua rotina um novo olhar no que diz respeito
à saúde, na transição de um modelo hospitalocêntrico para um modelo centrado na promoção
da saúde aliando-se assim à escola, em propósitos contribuindo para melhoria na qualidade de
vida do indivíduo.
A saúde na escola tem um papel fundamental na promoção e prevenção da mesma, pois visa
atendimento diferenciado a um público específico, infanto/juvenil, em um local favorável que
é a escola. O Programa Saúde na Escola (PSE) tem como objetivo contribuir para a formação
integral dos estudantes por meio de ações de promoção, prevenção e atenção à saúde, com
vistas ao enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de
crianças e jovens da rede pública de ensino. (1)
A implantação do Programa Saúde na Escola (PSE) foi instituída em setembro de 2008, e é
resultado de uma parceria entre os Ministérios da Saúde e da Educação. Os principais
objetivos deste Programa são: promover a saúde e a cultura de paz, reforçando a prevenção de
agravos à saúde; articular as ações da rede pública de saúde com as ações da rede pública de
educação básica, de forma a ampliar o alcance e o impacto de suas ações relativas aos
estudantes e suas famílias, otimizando a utilização dos espaços, equipamentos e recursos
disponíveis; contribuir para a constituição de condições para a formação integral de
educandos; contribuir para a construção de sistema de atenção social, com foco na promoção
da cidadania e nos direitos humanos; fortalecer o enfrentamento das vulnerabilidades, no
campo da saúde, que possam comprometer o pleno desenvolvimento escolar; promover a
comunicação entre escolas e unidades de saúde, assegurando a troca de informações sobre as
condições de saúde dos estudantes; fortalecer a participação comunitária nas políticas de
educação básica e saúde, nos três níveis de governo. (2)
Como citado no Caderno de Atenção Básica Saúde na Escola nº 24, no artigo 4º, estão citadas
as ações de saúde previstas no âmbito do PSE e que devem considerar atividades de
promoção, prevenção e assistência em saúde, podendo compreender, entre outras: avaliação
clínica; avaliação nutricional; promoção da alimentação saudável; avaliação oftalmológica;
avaliação da saúde e higiene bucal; avaliação auditiva; avaliação psicossocial; atualização e
controle do calendário vacinal; redução da morbimortalidade por acidentes e violências;
prevenção e redução do consumo do álcool; prevenção do uso de drogas; promoção da saúde
sexual e da saúde reprodutiva; controle do tabagismo e outros fatores de risco de câncer;
educação permanente em saúde; atividade física e saúde; promoção da cultura da prevenção
no âmbito escolar; inclusão de temáticas de educação em saúde no projeto político
pedagógico das escolas. (1)
O enfermeiro atua como um educador para a saúde, no intuito de preparar o indivíduo para o
autocuidado e não para a dependência, sendo, portanto, um facilitador nas tomadas de
decisões. Esse programa está estruturado em blocos. O primeiro consiste na avaliação das
condições de saúde, envolvendo estado nutricional, incidência precoce de hipertensão e
diabetes, saúde bucal (controle de cárie), acuidade visual e auditiva e, ainda, avaliação
psicológica do estudante. O segundo trata da promoção da saúde e da prevenção, que
trabalhará as dimensões da construção de uma cultura de paz e combate às diferentes
expressões de violência, consumo de álcool, tabaco e outras drogas. Também neste bloco há
6
uma abordagem à educação sexual e reprodutiva, além de estímulo à atividade física e
práticas corporais. O terceiro bloco do programa é voltado à educação permanente e
capacitação de profissionais e de jovens. (1,2)
Dessa forma, o processo educativo ultrapassa as unidades de saúde e alcança o individuo no
local onde ele está inserido. Este estudo faz-se importante por contribuir com subsídios para
que o enfermeiro conheça sua importância no processo de desenvolvimento infanto/juvenil
almejando um adulto capaz de discernir seu comportamento com conhecimento ofertado pelos
profissionais de saúde. Favorecendo a percepção do papel do enfermeiro na unidade de saúde
e na escola.
A promoção da saúde escolar busca modificar condições de vida para que sejam dignas e
adequadas; aponta para a transformação dos processos de tomada de decisão dos escolares
para que sejam predominantemente favoráveis à qualidade de vida e à saúde; e orienta-se ao
conjunto de ações e decisões coletivas da comunidade escolar que possam favorecer a saúde e
a melhoria das condições de bem estar. Já a prevenção, orienta-se mais às ações de detecção,
controle e enfraquecimento dos fatores de risco ou fatores causais de grupos de enfermidades
ou de uma enfermidade específica. Seu foco é a doença e os mecanismos para atacá-la
mediante o impacto sobre os fatores mais íntimos que a geram ou precipitam. (3)
No Brasil as discussões levaram a criação do programa Escola Promotora de Saúde em 1991
que tinha como objetivo geral criar uma Rede Nacional de Escolas Promotoras de Saúde;
assegurar no âmbito do Ministério da Educação suporte às ações de promoção e educação
para a saúde apoiadas em ações concretas e práticas referentes a: a) meio ambiente saudável,
b) alimentação saudável, c) bom rendimento escolar, d) articulação com serviços de saúde, e)
atividade físicas, f) formação de profissionais, g) vigilância em saúde (uso de drogas,
prevenção ás doenças sexualmente transmissíveis e AIDS, prevenção de acidentes e violência,
saúde bucal, saúde ocular e auditiva), estímulo aos fatores de proteção. (3)
Os princípios, função da escola, objetivos e abrangência do cuidado com a saúde do escolar
referem-se ao compromisso de proporcionar uma saúde integral. A educação em saúde é uma
função a ser exercida por um especialista da área que possuía como pré-requisito ser graduado
nas áreas de psicologia ou pedagogia. O termo educação em saúde foi substituído por
promoção em saúde, assim, se faz mais abrangente inclusive em nível de habilitação para
exercê-la. Visando a reflexão crítica do indivíduo acerca das ações por ele desenvolvidas, de
modo que promovam hábitos cotidianos favoráveis à saúde. (4)
A educação em saúde no ambiente escolar é favorável dentro de uma percepção de que a
escola é local para aprendizagem o que reforça as práticas de educação em saúde e deve estar
de acordo com a linguagem e o momento de vida dos estudantes infanto/juvenil e futuros
adultos.
2.
OBJETIVO
Discutir o papel do enfermeiro na promoção da saúde do escolar no Programa Saúde na
Escola.
7
3.
METODOLOGIA
A revisão integrativa inclui a análise de pesquisas relevantes que dão suporte para a tomada
de decisão e a melhoria da prática clínica, (5) possibilitando a síntese do estado do
conhecimento de um determinado assunto, além de apontar lacunas do conhecimento que
precisam ser preenchidas com a realização de novos estudos. (6) A revisão integrativa é um
método de pesquisa que se faz possível através da síntese de múltiplos estudos publicados e
possibilita conclusões gerais a respeito de uma particular área de estudo. É um método valioso
para a enfermagem, pois muitas vezes os profissionais não têm tempo para realizar a leitura
de todo o conhecimento científico disponível devido ao volume alto, além da dificuldade para
realizar a análise crítica dos estudos. (5) Para efetivação do estudo, percorreram-se as seguintes
etapas: a) estabelecimento da hipótese objetivos da revisão integrativa; b) identificação do
tema e seleção da questão norteadora; c) estabelecimento dos critérios para a seleção da
amostra de conteúdo ; d) definição das informações a serem extraídas dos estudos
selecionados e categorização dos estudos; e) avaliação dos estudos incluídos na revisão
integrativa; e f) a síntese do conhecimento . Considerando a problemática da pesquisa e para
guiar a presente revisão, formulou-se a seguinte questão norteadora: “Qual o papel e as ações
do enfermeiro dentro do Programa Saúde na Escola?”.
Para realização desse estudo, foi feito levantamento bibliográfico, em revistas, livros, artigos
científicos publicados na internet, como o LILACS, SciELO e na BIREME, na qual se buscou
informações sobre o papel e as ações do enfermeiro no Programa Saúde na Escola. Na busca
inicial, 1.373 artigos foram encontrados, 123 na base SciELO, 1.151 na base BIREME e 99 na
base LILACS. Por meio de dados da leitura de temas e resumos disponíveis foram excluídos
119 do SciELO, 1.138 do BIREME e 94 da LILACS. Restando 22 artigos que foram lidos na
íntegra; no entanto, destes apenas 5 artigos responderam à questão norteadora.
Os artigos utilizados para coleta de dados foram dispostos em um quadro sinóptico,
especialmente construído para esse fim, que contemplou os seguintes aspectos, considerados
pertinentes: nome da pesquisa; objetivos do estudo; periódico/ano e características do estudo;
resultados; conclusões.
Para facilitar a compreensão da discussão e dos resultados obtidos utilizou-se o método
descritivo. A pesquisa descritiva tem como principal objetivo descrever características de
determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre as variáveis (7). A
análise é o processo de ordenação dos dados, organizando-os em padrões, categorias e
unidades básicas descritivas; a interpretação envolve a atribuição de significado à análise,
explicando os padrões encontrados e procurando por relacionamentos entre as dimensões
descritivas.
Avaliar resultados da implementação de um novo projeto é uma tarefa que exige a realização
de pesquisa bem estruturada para que sejam obtidas as respostas que se buscam e que são de
extrema importância no processo gerencial. Essa pesquisa necessita ser planejada de tal forma
que os procedimentos que serão realizados deverão estar definidos para que sejam seguidos
durante sua execução. A adoção da metodologia científica permite atingir resultados e
descobertas embasados em procedimentos reconhecidos na comunidade científica. Portanto, a
8
seleção, escolha e adoção da metodologia adequada ao nosso estudo é que propiciará uma
visão segura da realidade. (8)
4. RESULTADOS
Na presente revisão integrativa, analisou-se cinco artigos que atenderam aos critérios de
inclusão previamente estabelecidos. Os estudos apresentaram abordagem qualitativa. Este tipo
de estudo permite formar um corpo de conhecimento que dará início a outros tipos de
pesquisas. Os dados da tabela 1 irão apresentar os artigos selecionados na presente revisão.
Em relação às publicações, observam-se um artigo de revisão, três artigos científicos, e uma
dissertação de mestrado. Quanto aos objetivos gerais dos artigos foram discutidos: a Educação
em Saúde na Escola; Os quatro pilares da educação; Comunicação educativa do enfermeiro na
promoção da saúde sexual escolar; O enfermeiro na escola: práticas educativas na promoção
da saúde de escolares.
Tabela 1 – Apresentação da síntese de artigos incluídos na revisão integrativa
Cód. Objetivos do estudo
em
Saúde
Periódico / Ano
Características do Autor
estudo
1.
Educação
Escola.
2.
Os quatro
educação
3.
Saúde na escola: análise dos 2008
conhecimentos e práticas
sobre saúde escolar dos
professores
da
rede
municipal de Fortaleza.
4.
Comunicação educativa do Revista latino-am. Tipo de estudo: Oliveira,
enfermeiro na promoção da Enfermagem/
Artigo científico M.A.F.C.;
Bueno,
saúde sexual escolar
1997
S.M.V.
5.
O enfermeiro na escola: Revista Eletrônica Tipo de estudo: Siston, A. N.,
práticas
educativas
na Semestral
de Artigo científico Vargas, L. A
promoção da saúde de Enfermería/ 2007
escolares.
pilares
na Revista
Saúde Tipo de estudo: Marcondes, r.
Pública/ 1972
Artigo de revisão S.
da 2009
Tipo de estudo: Delors,
Artigo científico Jacques.
Tipo de estudo: Barretto,
Dissertação
Raquel
(mestrado)
Figueiredo.
9
5. DISCUSSÃO
No entendimento dos materiais analisados levanta-se a questão do papel do enfermeiro na
atenção a saúde do escolar.
A necessidade de aprender descrito no relatório de Delors (2009) reflete que esse aprendizado
se faz necessário não só na educação, mas também na saúde, o aprendizado é necessário para
que o ser humano evolua enquanto indivíduo inserido em uma sociedade e esse aprendizado
influenciará diretamente o meio onde ele esteja inserido. Ele estabeleceu os quatro pilares da
educação contemporânea que são, ao mesmo tempo, pilares do conhecimento e da formação
continuada, quais sejam: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e
aprender a ser. Esses pilares constituem-se em eixos norteadores da educação do futuro e
devem ser buscados de modo constante em toda a política educacional. (7)
Os pilares instituídos por Delors (2009) se faz presente na enfermagem como se fosse parte de
sua história, o aprender na enfermagem está associado à sua base científica, expressa pelas
diversas teorias que a fundamenta e a torna ciência. O aprender se porta tanto na vida do
indivíduo como na do profissional, alternado à medida que um ou outro se apresenta no papel
do educador. (7) A criação do SUS foi um facilitador desse processo, principalmente no
programa PSE devido à proximidade que os modelos de atenção favoreceram do enfermeiro.
A promoção da saúde na visão de Barretto (2008) visa muito mais que a ausência de doenças,
a escola como uma provável e eficaz promotora de saúde (desde que, é claro, sejam
desenvolvidas ações intersetoriais, capacitação de profissionais, fundamentação específica
etc.). Ou seja, acredita-se que a escola, e todos os profissionais nela envolvidos, e toda a
comunidade que a circunscreve, podem ser agentes promotores de saúde e contribuir para
uma transformação social (e conseqüentemente, para a construção da cidadania). (11)
De acordo com Oliveira et al (1997) as etapas adotadas, para aplicar um programa educativo
no público infanto/juvenil são: 1) levantamento das necessidades junto dos escolares, visando
atendê-las; 2) planejamento do programa educativo, tendo-se em vista as prioridades e
emergências detectadas na coleta dos dados; 3) execução do conteúdo programático. (12)
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O enfermeiro e a equipe de enfermagem atuante no PSE, promove, previnem e prestar
assistência à saúde dos escolares com um enfoque educacional, e quando necessário o escolar
deverá ser referenciado a uma unidade de saúde que possa dar suporte ao seu problema. A
ação educacional desenvolvida pelo profissional de saúde na escola ajuda na aquisição de
hábitos de vida saudáveis e na redução de exposição a fatores de riscos com benefícios para
repercutir na sua vida adulta.
10
As ações de promoção requerem que o enfermeiro adquira algumas habilidades como
comunicação para alcançar o público infanto/juvenil e as atividades devem ser desenvolvidas
de forma programada com necessidades oriundas da comunidade, equipe de educadores ou do
próprio enfermeiro.
A identificação e a implementação das ações é um desafio que o enfermeiro possui, pois, deve
trabalhar associado com sua equipe, a comunidade e a escola, por isso ele deve estar atento
aos problemas que implicitamente aparecem na unidade de saúde que podem levar a
identificação de fatores sociais que acometem a comunidade local. Em desfavor do
desempenho de suas atividades infere-se que o número reduzido de profissionais acarretam
uma sobrecarga de trabalho, dessa forma a educação continuada restrita são fatores aos quais
ele deverá superar para ser compreendido, porque uma mensagem apenas transmitida e não
compreendida não tem grande valia.
A valorização do enfermeiro se firma na capacidade de estender seu atendimento e sua
intervenção na área de saúde, a base da transformação está na assistência da atenção básica e a
modificação dos hábitos terá maior eficiência se ainda criança. A promoção da saúde pode ser
feita em qualquer lugar, não é uma ação privativa da unidade de saúde, e se torna mais eficaz
quando realizada em um ambiente que possui uma proposta de aprendizado já esclarecida.
A saúde do indivíduo é importantíssima para a construção de um bem estar, em todos os
lugares onde esse indivíduo transita: na escola, no trabalho, em casa, no bar da esquina, na
padaria, no supermercado, etc. Não sendo colocado como transmissão de doenças, mas como
mudança na percepção do seu papel na sociedade através de uma ação individual como um
facilitador do auto-cuidado.
Infere-se que a execução das atividades e responsabilidades do enfermeiro no que se refere ao
Programa Saúde na Escola, requerem observação, planejamento, promoção e
desenvolvimento de habilidades para uma ação eficaz.
Nas escolas, o trabalho de promoção da saúde com os estudantes, e também com professores e
funcionários, precisa ter como ponto de partida “o que eles sabem” e “o que eles podem
fazer”, desenvolvendo em cada um a capacidade de interpretar o cotidiano e atuar de modo a
incorporar atitudes e/ou comportamentos adequados para a melhoria da qualidade de vida.
Nesse processo, as bases são as “forças” de cada um, no desenvolvimento da autonomia e de
competências para o exercício pleno da cidadania. Assim, dos profissionais de saúde e de
educação espera-se que, no desempenho das suas funções, assumam uma atitude permanente
de empoderamento dos estudantes, professores e funcionários das escolas, o princípio básico
da promoção da saúde. (1)
11
THE ROLE OF NURSES IN HEALTH PROGRAM IN SCHOOL: INTEGRATIVE
REVIEW
ABSTRACT
Objective: Identify the actions of nurses according to areas of action presented in the School
Health Program, in clinical evaluations performed by the same. Methods: We performed an
integrative literature in databases LILACS, SciELO and BIREME. The show featured five
articles that discuss the importance of the actions of the nurse in the School Health Program.
Results: it was evaluated that hold shares of health promotion in the clinical evaluation and
the majority of these shares are classified within a psychosocial approach. Conclusion: We
need a holistic approach to identify key deficits in school health is in which they are under an
early intervention for children and teenagers to the public in order to provide a healthy
development
in
the
transition
to
adulthood.
Keywords: school, nursing school health, nursing actions.
12
REFERÊNCIAS
1- BRASIL. Caderno de atenção básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2009.
Secretaria de Estado de Saúde. Brasília: nº 24.
2- BRASIL. Caderno de atenção básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2007.
Disponível em: <http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/area/7/o-ministerio.html>
Acesso em 10 de Outubro de 2012.
3- SISTON, A. N., Vargas, L. A. O enfermeiro na escola: práticas educativas na
promoção da saúde de escolares. Enfermería Global, 2007.
4- MARCONDES, R. S. — Educação em saúde na escola. Rev. Saúde públ., S.
Paulo,6:89-96, 1972.
5- Williams & Wilkins; 2006. p.457-94.
6- Polit DF, Beck CT. Using research in evidence-based nursing practice. In: Polit DF,
Beck CT, editors. Essentials of nursing research. Methods, appraisal and utilization.
Philadelphia (USA): Lippincott
7- DELORS, Jacques. Os quatro pilares da educação. 2009. Disponível em <
http://4pilares.net/text-cont/delors-pilares.htm> Acesso em: 15 de Novembro de 2012.
8- GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas,
1999.
9- GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. SãoPaulo: Atlas,
2002.
10- SISTON, A. N., Vargas, L. A. O enfermeiro na escola: práticas educativas na
promoção da saúde de escolares. Enfermería Global, 2007.
11- BARRETTO, Raquel Figueiredo. Saúde na escola : análise dos conhecimentos e
práticas sobre saúde escolar dos professores da rede municipal de Fortaleza. 2008.
12- OLIVEIRA, M.A.F.C.; BUENO, S.M.V. Comunicação educativa do enfermeiro na
promoção da saúde sexual escolar. Rev.latino-am.enfermagem, Ribeirão Preto, v. 5,
n. 3, p. 71-81, julho 1997.
13- TANURE, Meire Chucre ; Gonçalves, Ana Maria Pinheiro SAE. Guia prático. Ed.
Guanabara. Vol. 2009.
13
Download

Bianca Souza Cavalcante e Fabiana Oliveira Andrade