objeti CAMILA ALCÂNTARA VELOSO MOTA Pró-Reitoria de Graduação MICHELE MONIQUE DE OLIVEIRA Enfermagem Trabalho de Conclusão de Curso FATORES ESTRESSORES NAS UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA DO HOSPITAL DE BASENA O PAPEL DO ENFERMEIRO NO PROGRAMA SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL. ESCOLA: REVISÃO INTEGRATIVA Monografia apresentada ao curso de graduação em enfermagem da Universidade Católica de Brasília, com requisito parcial para obtenção do titulo de bacharel em enfermagem. Orientador: Prof. MSc. Maurício de Oliveira Chaves. Co-Orientador(a): Jane Mara de Oliveira Castro . Autores (as): Bianca Souza Cavalcante Fabiana Oliveira Andrade Orientador: MSc. Maurício de Oliveira Chaves BIANCA SOUZA CAVALCANTE FABIANA OLIVEIRA ANDRADE 1 BIANCA SOUZA CAVALCANTE FABIANA OLIVEIRA ANDRADE O PAPEL DO ENFERMEIRO NO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA: REVISÃO INTEGRATIVA Artigo apresentado ao curso de graduação em enfermagem da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem. Orientador: Maurício de Oliveira Chaves Mestre em Gerontologia Brasília – DF 2012 2 DEDICATÓRIA À família, que nos sustentou durante toda etapa da graduação, sempre com carinho, compreensão e apoio, composta pelos pais, irmãos, namorado e amiga Sueli, dedicamos este trabalho. 3 AGRADECIMENTO ‘Obrigada Senhor, por eu poder contar com o Teu Santo poder em minha vida, por ser Tua escolhida, por eu poder desfrutar de Tua Santa bondade, obrigada Senhor. ’ (Oração de agradecimento a Deus). Agradecemos a Deus por estar sempre presente nessa caminhada diária de sempre nos ajudando, nos orientando, nos acompanhando e nos amparando, e é graças a Ele que mais uma etapa de nossas vidas se encerra. Sem Ele, nada somos, e nada podemos. Gostaríamos de agradecer aos nossos pais, àqueles que foram à inspiração para tudo que há de nobre no mundo, que rezaram por nós e acreditaram, e nos ensinaram a sonhar com a enfermagem e com a ciência, mesmo quando nós os decepcionávamos na escola. Agradecemos pela riquíssima humildade e sensibilidade. Vocês nos ensinaram a enxergar com os olhos do coração. Agradecemos aos nossos irmãos por seus conselhos, sua ajuda ou seu apoio. Agradecemos também ao orientador Maurício e sua esposa Elzilene por todos os esclarecimentos sobre nossas dúvidas, por suas sugestões e apoio, pelo seu retorno e encorajamento. Obrigada! 4 O PAPEL DO ENFERMEIRO NO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA: REVISÃO INTEGRATIVA BIANCA SOUZA CAVALCANTE FABIANA OLIVEIRA ANDRADE RESUMO Objetivo: Identificar as ações do enfermeiro de acordo com as esferas de intervenção apresentadas no Programa Saúde na Escola, nas avaliações clínicas realizadas pelo mesmo. Método: Realizou-se uma revisão integrativa da literatura nas bases de dados LILACS, SciELO e BIREME. A mostra contou com cinco artigos que abordam a importância das ações do enfermeiro no Programa Saúde na Escola. Resultados: avaliou-se que possuem ações de promoção da saúde na avaliação clinica e que a maioria dessas ações estão classificadas dentro de uma abordagem psicossocial. Conclusão: É necessária uma visão holística para identificar os principais déficits na saúde do escolar seja eles em qual âmbito estiverem para uma intervenção precoce ao público infanto/juvenil a fim de proporcionar um desenvolvimento saudável na transição para a fase adulta. Descritores: escola; enfermagem; saúde na escola; ações de enfermagem. 1. INTRODUÇÃO Segundo a Lei Básica de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LLDB), a educação deve ser inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana e o ensino público deve centrar-se na gestão democrática, cujos princípios são a participação de profissionais da educação na elaboração do projeto político-pedagógico e a participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares equivalentes. A escola, que tem como missão primordial desenvolver processos de ensino-aprendizagem, desempenha papel fundamental na formação e atuação das pessoas em todas as áreas da vida social. Juntamente com outros espaços sociais, como a educação em saúde ela cumpre papel decisivo na formação dos estudantes, na percepção e construção da cidadania e no acesso às políticas públicas. Desse modo, pode tornar-se locus para ações de promoção da saúde para crianças, adolescentes e jovens adultos. (1) No Brasil, a escola tem acompanhado as demandas oferecidas pela sociedade assim como ocorre na área de saúde. A mudança no modelo escolar transcorreu junto com a mudança no perfil social, com a ideologia de assistir ao indivíduo no processo ensino-aprendizagem, a escola se firma em pilares educacionais correspondentes ao aprendizado os quais também são aplicados na saúde. 5 A saúde também vem se adaptando às novas demandas sociais e os profissionais inseridos no sistema acompanham essa mudança. O enfermeiro que inicialmente trabalhava somente com uma visão curativa é motivado a acrescentar em sua rotina um novo olhar no que diz respeito à saúde, na transição de um modelo hospitalocêntrico para um modelo centrado na promoção da saúde aliando-se assim à escola, em propósitos contribuindo para melhoria na qualidade de vida do indivíduo. A saúde na escola tem um papel fundamental na promoção e prevenção da mesma, pois visa atendimento diferenciado a um público específico, infanto/juvenil, em um local favorável que é a escola. O Programa Saúde na Escola (PSE) tem como objetivo contribuir para a formação integral dos estudantes por meio de ações de promoção, prevenção e atenção à saúde, com vistas ao enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças e jovens da rede pública de ensino. (1) A implantação do Programa Saúde na Escola (PSE) foi instituída em setembro de 2008, e é resultado de uma parceria entre os Ministérios da Saúde e da Educação. Os principais objetivos deste Programa são: promover a saúde e a cultura de paz, reforçando a prevenção de agravos à saúde; articular as ações da rede pública de saúde com as ações da rede pública de educação básica, de forma a ampliar o alcance e o impacto de suas ações relativas aos estudantes e suas famílias, otimizando a utilização dos espaços, equipamentos e recursos disponíveis; contribuir para a constituição de condições para a formação integral de educandos; contribuir para a construção de sistema de atenção social, com foco na promoção da cidadania e nos direitos humanos; fortalecer o enfrentamento das vulnerabilidades, no campo da saúde, que possam comprometer o pleno desenvolvimento escolar; promover a comunicação entre escolas e unidades de saúde, assegurando a troca de informações sobre as condições de saúde dos estudantes; fortalecer a participação comunitária nas políticas de educação básica e saúde, nos três níveis de governo. (2) Como citado no Caderno de Atenção Básica Saúde na Escola nº 24, no artigo 4º, estão citadas as ações de saúde previstas no âmbito do PSE e que devem considerar atividades de promoção, prevenção e assistência em saúde, podendo compreender, entre outras: avaliação clínica; avaliação nutricional; promoção da alimentação saudável; avaliação oftalmológica; avaliação da saúde e higiene bucal; avaliação auditiva; avaliação psicossocial; atualização e controle do calendário vacinal; redução da morbimortalidade por acidentes e violências; prevenção e redução do consumo do álcool; prevenção do uso de drogas; promoção da saúde sexual e da saúde reprodutiva; controle do tabagismo e outros fatores de risco de câncer; educação permanente em saúde; atividade física e saúde; promoção da cultura da prevenção no âmbito escolar; inclusão de temáticas de educação em saúde no projeto político pedagógico das escolas. (1) O enfermeiro atua como um educador para a saúde, no intuito de preparar o indivíduo para o autocuidado e não para a dependência, sendo, portanto, um facilitador nas tomadas de decisões. Esse programa está estruturado em blocos. O primeiro consiste na avaliação das condições de saúde, envolvendo estado nutricional, incidência precoce de hipertensão e diabetes, saúde bucal (controle de cárie), acuidade visual e auditiva e, ainda, avaliação psicológica do estudante. O segundo trata da promoção da saúde e da prevenção, que trabalhará as dimensões da construção de uma cultura de paz e combate às diferentes expressões de violência, consumo de álcool, tabaco e outras drogas. Também neste bloco há 6 uma abordagem à educação sexual e reprodutiva, além de estímulo à atividade física e práticas corporais. O terceiro bloco do programa é voltado à educação permanente e capacitação de profissionais e de jovens. (1,2) Dessa forma, o processo educativo ultrapassa as unidades de saúde e alcança o individuo no local onde ele está inserido. Este estudo faz-se importante por contribuir com subsídios para que o enfermeiro conheça sua importância no processo de desenvolvimento infanto/juvenil almejando um adulto capaz de discernir seu comportamento com conhecimento ofertado pelos profissionais de saúde. Favorecendo a percepção do papel do enfermeiro na unidade de saúde e na escola. A promoção da saúde escolar busca modificar condições de vida para que sejam dignas e adequadas; aponta para a transformação dos processos de tomada de decisão dos escolares para que sejam predominantemente favoráveis à qualidade de vida e à saúde; e orienta-se ao conjunto de ações e decisões coletivas da comunidade escolar que possam favorecer a saúde e a melhoria das condições de bem estar. Já a prevenção, orienta-se mais às ações de detecção, controle e enfraquecimento dos fatores de risco ou fatores causais de grupos de enfermidades ou de uma enfermidade específica. Seu foco é a doença e os mecanismos para atacá-la mediante o impacto sobre os fatores mais íntimos que a geram ou precipitam. (3) No Brasil as discussões levaram a criação do programa Escola Promotora de Saúde em 1991 que tinha como objetivo geral criar uma Rede Nacional de Escolas Promotoras de Saúde; assegurar no âmbito do Ministério da Educação suporte às ações de promoção e educação para a saúde apoiadas em ações concretas e práticas referentes a: a) meio ambiente saudável, b) alimentação saudável, c) bom rendimento escolar, d) articulação com serviços de saúde, e) atividade físicas, f) formação de profissionais, g) vigilância em saúde (uso de drogas, prevenção ás doenças sexualmente transmissíveis e AIDS, prevenção de acidentes e violência, saúde bucal, saúde ocular e auditiva), estímulo aos fatores de proteção. (3) Os princípios, função da escola, objetivos e abrangência do cuidado com a saúde do escolar referem-se ao compromisso de proporcionar uma saúde integral. A educação em saúde é uma função a ser exercida por um especialista da área que possuía como pré-requisito ser graduado nas áreas de psicologia ou pedagogia. O termo educação em saúde foi substituído por promoção em saúde, assim, se faz mais abrangente inclusive em nível de habilitação para exercê-la. Visando a reflexão crítica do indivíduo acerca das ações por ele desenvolvidas, de modo que promovam hábitos cotidianos favoráveis à saúde. (4) A educação em saúde no ambiente escolar é favorável dentro de uma percepção de que a escola é local para aprendizagem o que reforça as práticas de educação em saúde e deve estar de acordo com a linguagem e o momento de vida dos estudantes infanto/juvenil e futuros adultos. 2. OBJETIVO Discutir o papel do enfermeiro na promoção da saúde do escolar no Programa Saúde na Escola. 7 3. METODOLOGIA A revisão integrativa inclui a análise de pesquisas relevantes que dão suporte para a tomada de decisão e a melhoria da prática clínica, (5) possibilitando a síntese do estado do conhecimento de um determinado assunto, além de apontar lacunas do conhecimento que precisam ser preenchidas com a realização de novos estudos. (6) A revisão integrativa é um método de pesquisa que se faz possível através da síntese de múltiplos estudos publicados e possibilita conclusões gerais a respeito de uma particular área de estudo. É um método valioso para a enfermagem, pois muitas vezes os profissionais não têm tempo para realizar a leitura de todo o conhecimento científico disponível devido ao volume alto, além da dificuldade para realizar a análise crítica dos estudos. (5) Para efetivação do estudo, percorreram-se as seguintes etapas: a) estabelecimento da hipótese objetivos da revisão integrativa; b) identificação do tema e seleção da questão norteadora; c) estabelecimento dos critérios para a seleção da amostra de conteúdo ; d) definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados e categorização dos estudos; e) avaliação dos estudos incluídos na revisão integrativa; e f) a síntese do conhecimento . Considerando a problemática da pesquisa e para guiar a presente revisão, formulou-se a seguinte questão norteadora: “Qual o papel e as ações do enfermeiro dentro do Programa Saúde na Escola?”. Para realização desse estudo, foi feito levantamento bibliográfico, em revistas, livros, artigos científicos publicados na internet, como o LILACS, SciELO e na BIREME, na qual se buscou informações sobre o papel e as ações do enfermeiro no Programa Saúde na Escola. Na busca inicial, 1.373 artigos foram encontrados, 123 na base SciELO, 1.151 na base BIREME e 99 na base LILACS. Por meio de dados da leitura de temas e resumos disponíveis foram excluídos 119 do SciELO, 1.138 do BIREME e 94 da LILACS. Restando 22 artigos que foram lidos na íntegra; no entanto, destes apenas 5 artigos responderam à questão norteadora. Os artigos utilizados para coleta de dados foram dispostos em um quadro sinóptico, especialmente construído para esse fim, que contemplou os seguintes aspectos, considerados pertinentes: nome da pesquisa; objetivos do estudo; periódico/ano e características do estudo; resultados; conclusões. Para facilitar a compreensão da discussão e dos resultados obtidos utilizou-se o método descritivo. A pesquisa descritiva tem como principal objetivo descrever características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre as variáveis (7). A análise é o processo de ordenação dos dados, organizando-os em padrões, categorias e unidades básicas descritivas; a interpretação envolve a atribuição de significado à análise, explicando os padrões encontrados e procurando por relacionamentos entre as dimensões descritivas. Avaliar resultados da implementação de um novo projeto é uma tarefa que exige a realização de pesquisa bem estruturada para que sejam obtidas as respostas que se buscam e que são de extrema importância no processo gerencial. Essa pesquisa necessita ser planejada de tal forma que os procedimentos que serão realizados deverão estar definidos para que sejam seguidos durante sua execução. A adoção da metodologia científica permite atingir resultados e descobertas embasados em procedimentos reconhecidos na comunidade científica. Portanto, a 8 seleção, escolha e adoção da metodologia adequada ao nosso estudo é que propiciará uma visão segura da realidade. (8) 4. RESULTADOS Na presente revisão integrativa, analisou-se cinco artigos que atenderam aos critérios de inclusão previamente estabelecidos. Os estudos apresentaram abordagem qualitativa. Este tipo de estudo permite formar um corpo de conhecimento que dará início a outros tipos de pesquisas. Os dados da tabela 1 irão apresentar os artigos selecionados na presente revisão. Em relação às publicações, observam-se um artigo de revisão, três artigos científicos, e uma dissertação de mestrado. Quanto aos objetivos gerais dos artigos foram discutidos: a Educação em Saúde na Escola; Os quatro pilares da educação; Comunicação educativa do enfermeiro na promoção da saúde sexual escolar; O enfermeiro na escola: práticas educativas na promoção da saúde de escolares. Tabela 1 – Apresentação da síntese de artigos incluídos na revisão integrativa Cód. Objetivos do estudo em Saúde Periódico / Ano Características do Autor estudo 1. Educação Escola. 2. Os quatro educação 3. Saúde na escola: análise dos 2008 conhecimentos e práticas sobre saúde escolar dos professores da rede municipal de Fortaleza. 4. Comunicação educativa do Revista latino-am. Tipo de estudo: Oliveira, enfermeiro na promoção da Enfermagem/ Artigo científico M.A.F.C.; Bueno, saúde sexual escolar 1997 S.M.V. 5. O enfermeiro na escola: Revista Eletrônica Tipo de estudo: Siston, A. N., práticas educativas na Semestral de Artigo científico Vargas, L. A promoção da saúde de Enfermería/ 2007 escolares. pilares na Revista Saúde Tipo de estudo: Marcondes, r. Pública/ 1972 Artigo de revisão S. da 2009 Tipo de estudo: Delors, Artigo científico Jacques. Tipo de estudo: Barretto, Dissertação Raquel (mestrado) Figueiredo. 9 5. DISCUSSÃO No entendimento dos materiais analisados levanta-se a questão do papel do enfermeiro na atenção a saúde do escolar. A necessidade de aprender descrito no relatório de Delors (2009) reflete que esse aprendizado se faz necessário não só na educação, mas também na saúde, o aprendizado é necessário para que o ser humano evolua enquanto indivíduo inserido em uma sociedade e esse aprendizado influenciará diretamente o meio onde ele esteja inserido. Ele estabeleceu os quatro pilares da educação contemporânea que são, ao mesmo tempo, pilares do conhecimento e da formação continuada, quais sejam: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser. Esses pilares constituem-se em eixos norteadores da educação do futuro e devem ser buscados de modo constante em toda a política educacional. (7) Os pilares instituídos por Delors (2009) se faz presente na enfermagem como se fosse parte de sua história, o aprender na enfermagem está associado à sua base científica, expressa pelas diversas teorias que a fundamenta e a torna ciência. O aprender se porta tanto na vida do indivíduo como na do profissional, alternado à medida que um ou outro se apresenta no papel do educador. (7) A criação do SUS foi um facilitador desse processo, principalmente no programa PSE devido à proximidade que os modelos de atenção favoreceram do enfermeiro. A promoção da saúde na visão de Barretto (2008) visa muito mais que a ausência de doenças, a escola como uma provável e eficaz promotora de saúde (desde que, é claro, sejam desenvolvidas ações intersetoriais, capacitação de profissionais, fundamentação específica etc.). Ou seja, acredita-se que a escola, e todos os profissionais nela envolvidos, e toda a comunidade que a circunscreve, podem ser agentes promotores de saúde e contribuir para uma transformação social (e conseqüentemente, para a construção da cidadania). (11) De acordo com Oliveira et al (1997) as etapas adotadas, para aplicar um programa educativo no público infanto/juvenil são: 1) levantamento das necessidades junto dos escolares, visando atendê-las; 2) planejamento do programa educativo, tendo-se em vista as prioridades e emergências detectadas na coleta dos dados; 3) execução do conteúdo programático. (12) 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS O enfermeiro e a equipe de enfermagem atuante no PSE, promove, previnem e prestar assistência à saúde dos escolares com um enfoque educacional, e quando necessário o escolar deverá ser referenciado a uma unidade de saúde que possa dar suporte ao seu problema. A ação educacional desenvolvida pelo profissional de saúde na escola ajuda na aquisição de hábitos de vida saudáveis e na redução de exposição a fatores de riscos com benefícios para repercutir na sua vida adulta. 10 As ações de promoção requerem que o enfermeiro adquira algumas habilidades como comunicação para alcançar o público infanto/juvenil e as atividades devem ser desenvolvidas de forma programada com necessidades oriundas da comunidade, equipe de educadores ou do próprio enfermeiro. A identificação e a implementação das ações é um desafio que o enfermeiro possui, pois, deve trabalhar associado com sua equipe, a comunidade e a escola, por isso ele deve estar atento aos problemas que implicitamente aparecem na unidade de saúde que podem levar a identificação de fatores sociais que acometem a comunidade local. Em desfavor do desempenho de suas atividades infere-se que o número reduzido de profissionais acarretam uma sobrecarga de trabalho, dessa forma a educação continuada restrita são fatores aos quais ele deverá superar para ser compreendido, porque uma mensagem apenas transmitida e não compreendida não tem grande valia. A valorização do enfermeiro se firma na capacidade de estender seu atendimento e sua intervenção na área de saúde, a base da transformação está na assistência da atenção básica e a modificação dos hábitos terá maior eficiência se ainda criança. A promoção da saúde pode ser feita em qualquer lugar, não é uma ação privativa da unidade de saúde, e se torna mais eficaz quando realizada em um ambiente que possui uma proposta de aprendizado já esclarecida. A saúde do indivíduo é importantíssima para a construção de um bem estar, em todos os lugares onde esse indivíduo transita: na escola, no trabalho, em casa, no bar da esquina, na padaria, no supermercado, etc. Não sendo colocado como transmissão de doenças, mas como mudança na percepção do seu papel na sociedade através de uma ação individual como um facilitador do auto-cuidado. Infere-se que a execução das atividades e responsabilidades do enfermeiro no que se refere ao Programa Saúde na Escola, requerem observação, planejamento, promoção e desenvolvimento de habilidades para uma ação eficaz. Nas escolas, o trabalho de promoção da saúde com os estudantes, e também com professores e funcionários, precisa ter como ponto de partida “o que eles sabem” e “o que eles podem fazer”, desenvolvendo em cada um a capacidade de interpretar o cotidiano e atuar de modo a incorporar atitudes e/ou comportamentos adequados para a melhoria da qualidade de vida. Nesse processo, as bases são as “forças” de cada um, no desenvolvimento da autonomia e de competências para o exercício pleno da cidadania. Assim, dos profissionais de saúde e de educação espera-se que, no desempenho das suas funções, assumam uma atitude permanente de empoderamento dos estudantes, professores e funcionários das escolas, o princípio básico da promoção da saúde. (1) 11 THE ROLE OF NURSES IN HEALTH PROGRAM IN SCHOOL: INTEGRATIVE REVIEW ABSTRACT Objective: Identify the actions of nurses according to areas of action presented in the School Health Program, in clinical evaluations performed by the same. Methods: We performed an integrative literature in databases LILACS, SciELO and BIREME. The show featured five articles that discuss the importance of the actions of the nurse in the School Health Program. Results: it was evaluated that hold shares of health promotion in the clinical evaluation and the majority of these shares are classified within a psychosocial approach. Conclusion: We need a holistic approach to identify key deficits in school health is in which they are under an early intervention for children and teenagers to the public in order to provide a healthy development in the transition to adulthood. Keywords: school, nursing school health, nursing actions. 12 REFERÊNCIAS 1- BRASIL. Caderno de atenção básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. Secretaria de Estado de Saúde. Brasília: nº 24. 2- BRASIL. Caderno de atenção básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2007. Disponível em: <http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/area/7/o-ministerio.html> Acesso em 10 de Outubro de 2012. 3- SISTON, A. N., Vargas, L. A. O enfermeiro na escola: práticas educativas na promoção da saúde de escolares. Enfermería Global, 2007. 4- MARCONDES, R. S. — Educação em saúde na escola. Rev. Saúde públ., S. Paulo,6:89-96, 1972. 5- Williams & Wilkins; 2006. p.457-94. 6- Polit DF, Beck CT. Using research in evidence-based nursing practice. In: Polit DF, Beck CT, editors. Essentials of nursing research. Methods, appraisal and utilization. Philadelphia (USA): Lippincott 7- DELORS, Jacques. Os quatro pilares da educação. 2009. Disponível em < http://4pilares.net/text-cont/delors-pilares.htm> Acesso em: 15 de Novembro de 2012. 8- GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999. 9- GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. SãoPaulo: Atlas, 2002. 10- SISTON, A. N., Vargas, L. A. O enfermeiro na escola: práticas educativas na promoção da saúde de escolares. Enfermería Global, 2007. 11- BARRETTO, Raquel Figueiredo. Saúde na escola : análise dos conhecimentos e práticas sobre saúde escolar dos professores da rede municipal de Fortaleza. 2008. 12- OLIVEIRA, M.A.F.C.; BUENO, S.M.V. Comunicação educativa do enfermeiro na promoção da saúde sexual escolar. 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