I SIMPÓSIO CATARINENSE
“HOTELARIA NA ARQUITETURA HOSPITALAR –
UMA NOVA TENDÊNCIA”
PROJETO DE AMBIENTAÇÃO E
TECNOLOGIA DOS MATERIAIS
Arq. Maria Pilar Martins Diez Arantes
Diretora do Centro de Artes e Design
www.artesedesign.com.br
[email protected]
1
Objetivos da palestra:
Despertar o interesse e atenção dos
participantes para:
 A importância da visão multidisciplinar.
 A importância da humanização dos
ambientes internos da hotelaria hospitalar.
 Aspectos de determinam o uso de materiais
de revestimento e decoração.
 Propostas de uso de materiais
convencionais e de materiais que quebram
os paradigmas de uso de materiais
convencionais (viáveis para nossa
realidade atual?).
2
Ambientes pertinentes à
Hotelaria Hospitalar:






Recepção
Salas de espera
Corredores
Quartos
Banheiros
Áreas de conveniência: café, farmácia,
etc
 Capela (ecumênica, cristã, etc)
3
Arquitetos e Designers de
Interiores - visão
multidisciplinar para
elaboração de projetos


Bases Legais
Bases Técnicas
4
Bases Legais








Normativas ABNT
Código de obras do Município
Normas do Corpo de Bombeiros
Normas da Vigilância Sanitária
(Nacional e Regional)
Normas do Conselho Nacional de
Saúde
Normas do Conselho Federal de
Medicina
Normas do Sistema Único de Saúde –
SUS
Outras normas específicas
5
Bases Técnicas
a) adequação técnica








Atendimento às bases legais
Facilidade de manutenção
Impedimento de acúmulo de sujidades
Facilidade de obtenção do produto e
substituição, prazo de entrega
Durabilidade e resistência
Segurança para o usuário do ambiente
Aspectos ergonômicos
Condições ambientais de conforto
6
Bases Técnicas
b) adequação estética




Refletir a missão, valores e visão do
empreendimento
Linguagem estética coerente com o
perfil do usuário (cliente externo) e
variando também de acordo com a
função do ambiente
Sinalização visual - design gráfico
agradável, objetivo e eficiente
O desenho de interior – estímulos
necessários ao paciente
7
“O paciente é suscetível tanto
ao pouco quanto ao excesso
de estímulos, pois o cérebro
humano necessita de
constantes estímulos e
variações.
M. Costi
Um ambiente não pode estar
sem tensão alguma.”
S. Saegert
8
“Dois tipos de ambientes são
necessários: espaços de repouso
para quem necessita de paz e
tranqüilidade e espaços de
estímulo possibilitando uma boa
sensação, uma observação
estética ou outra emoção
qualquer que alivie o sofrimento
e a angústia da espera.”
S. Saegert
9
Bases Técnicas
c) aspectos psicológicos

Psicodinâmica das cores
 Teoria das cores e os efeitos
cromáticos
 Palheta de cores
10
Palheta de
cores

11
“As cores podem influenciar o
comportamento dos seres
vivos e interferir no estado de
ânimo das pessoas. Há cores
estimulantes e cores
repousantes.”
M. Costi
12
“A cor não é responsável pelo
surgimento de patologias, mas
em certos casos, ela pode
estimular os sintomas da
doença”.
“Ambientes neutros (branco,
cinza) têm aparência estática e
monótona, induzem à
ansiedade, tensão, medo e
sofrimento. Ambientes
acromáticos favorecem a
uniformidade, a neutralidade, o
“sem graça””.
M. Costi
13
Bases Técnicas
c) aspectos psicológicos
Expectativas humanas dos
clientes internos e externos

Cliente externo: pacientes internados
ou não, visitantes, doadores.
 Sentir-se acolhido
 Sentir-se seguro
 Sentir-se tranqüilo (porém com
estímulos)
 Ter esperança
14
Bases Técnicas
c) aspectos psicológicos
Expectativas humanas dos
clientes internos e externos

Cliente interno: corpo médico, alunos,
corpo administrativo, prestadores de
serviço.
 Diminuição do nível de stress
 Aconchego
15
Bases Técnicas
d) compromisso social e com o
meio ambiente



Uso de materiais duráveis ou
recicláveis
Espaços educativos para crianças
Respeito ao usuário
16
Materiais e elementos
decorativos de composição de
interiores
17
A projeto arquitetônico deve
colaborar ao máximo para a
humanização do espaço,
trazendo para dentro do
hospital aquilo de agradável
que temos lá fora: luz,
vegetação... vida!
18
A decoração e o design do
ambiente interno
complementam a arquitetura de
forma estratégica, fazendo com
que o paciente tenha suas
expectativas humanas
atendidas.
19
A ambientação de quartos
20
“Dependendo do tipo de
paciente, a dor e a angústia
podem agravar certas doenças.
Sendo assim, nada mais justo
com o ser humano doente que
recebê-lo em um ambiente
aconchegante em condições
térmicas satisfatórias, onde ele
possa se sentir seguro e
tranqüilo.”
M. Costi
21
Unidade
semiintensiva

Hosp.
Albert
Einstein
22
A personalização do quarto do
paciente pode se tornar
realidade: questionário
respondido pelo paciente +
informações sobre seu estado
clínico.
No quarto, o paciente acamado
terá seu campo visual limitado
quase o tempo todo acima da
altura de 1,20 m.
23
A ambientação de quartos
Efeitos decorativos eficazes:
Tromp l’oeil ou outra pintura em tela ou
madeira fixada no teto dos quartos
 Sofás com capas: 1 cor de capa para cada
situação: adequação ao estado emocional do
paciente + adequação técnica (higiene).
24
Banheiro de
hóspedes

Designers
de Interiores
Patrícia
Valente e Isabel
Montes
Casa Cor SC R
2003
25
A ambientação de quartos
Efeitos decorativos eficazes:
 Cortina tecido sintético que não
amasse, que seque facilmente,
sistema de fixação prático para
retirada e colocação.
 Cabeceiras de camas – sistemas
removíveis
26
Sistemas de
fixação de
cortinas – fácil
remoção e
colocação.

27
Sistemas de
fixação de
cortinas – fácil
remoção e
colocação.

28
Cabeceiras
de cama com
elementos
removíveis e
laváveis. Com
cores e
estampas
adequadas ao
usuário ou
patologia.

29
A ambientação de quartos
Efeitos decorativos eficazes:
 Molduras de poliuretano no teto e como
“rodameio”
 “A iluminação deve ser disposta estrategicamente
para não ofuscar o paciente, mas deve ter um
bom nível de luminância, preferencialmente
regulável. O campo de visão dos usuários,
especialmente nas paredes e no teto, deve-se
evitar superfícies muito claras e polidas por
causa da refletância, e evitar também fontes de
luz direta.” M.Costi
30
Suíte da
Maternida
de do
Hospital
São Luiz SP

31
A ambientação de quartos
Efeitos decorativos eficazes:
 Pisos vinílicos e linóleos
 Inovação: uso não somente em
pisos, mas em paredes!
 Resinas autonivelantes de
poliuretano
 Pintura poliuretânica nos banheiros e
paredes
32
Pisos vinílicos
são mais
comumente
utilizados.

33
Pisos
poliuretânicos
autonivelantes

Resinfloor
34
Pisos
vinílicos

35
Ambientação de salas de
espera
36
“Além do tempo que
permanecem no local, as
características dos usuários e
o seu estado emocional devem
ser considerados em um
projeto.”
M. Costi
37
“A luz e a cor são importantes
componentes que se
relacionam com o tempo de
espera, a temperatura, a
acústica, a ergonometria e a
distração dos usuários que
aguardam a chamada para a
consulta.”
M. Costi
38
Corredor
semiintensiva

Hosp.
Albert
Einstein
39
As áreas de espera podem conter
inúmeros recursos de distração para
o usuário:





Aquários (ex: Hospital Sarah Kubitschek –
Brasília/ DF).
Pinturas ou elemento escultural nas
paredes dos corredores e salas de espera,
são elementos de contemplação e
distração.
Iluminação eficiente (o ambiente escuro =
medo, apreensão).
Paginação de piso criativa.
Vegetação em vasos quando ausência de
jardins de inverno.
40
Materiais de uso não
convencional no Brasil, mas que
têm resposta positiva em outros
países, ou para os quais estão
sendo desenvolvidas pesquisas
interessantes
41
Cobre

Estudo realizado na Universidade de Southampton,
na Inglaterra:
 O uso de superfícies de cobre para a
preparação de alimentos em fábricas, hospitais,
restaurantes e mesmo em casa, poderia ajudar
a reduzir o risco de infecção na comida, produto
de bactérias potencialmente fatais
 O uso de superfícies em aço inoxidável no
preparo de alimentos é uma fonte para a
sobrevivência da bactéria E. coli O157. Bactéria
responsável pela enfermidade de 500 pessoas,
sendo 20 delas vítimas fatais, na Escócia, no
início de 1997.
42
Cobre



A uma temperatura ambiente de 20º C (68º
F), as bactérias sobrevivem em superfícies
de aço inoxidável durante 34 dias, em
superfícies de bronze por 4 dias e nas de
cobre por apenas 4 horas.
Em hospitais, tintas à base de cobre,
maçanetas e puxadores de porta em cobre
ou latão têm contribuído para a redução de
contaminação.
Fonte: Instituto Procobre Brasil
43
Carpetes especiais anti-bactéria


Utilizado em: corredores, salas de espera,
salas de médicos e enfermeiros e,
dependendo do motivo da internação, em
quartos.
Estudos comprovam em certos tipos de
carpetes melhor rolagem de macas,
conforto termo-acústico, melhor condição
higrotérmica, além da sensação de
acolhimento,
44
Carpete
para uso
em
hospitais

Interface
Flooring
45
Carpete
para uso
em
hospitais

Interface
Flooring
46
Referências bibliográficas :





COSTI, Marilice. A influência da luz e da cor em
salas de espera e corredores hospitalares. Porto
Alegre: EDIPUCRS, 2002. (principal fonte de
consulta)
SANZ, Juan Carlos. El linguaje del color. Madrid:
Hermann Blume, 1985.
SANT’ANNA, Affonso Romano de. Arte e fuga da
espera. Diálogo Médico, São Paulo. 1996.
SAEGERT, Susan. Stress-Inducting and reducing
qualities of environments.
PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente. 7a.
edição. Brasília: UNG: 1987.
47
Outras fontes de consulta:










www.anvisa.gov.br (Agência Nacional de Vigilância
Sanitária)
www.procobrebrasil.org
www.interfaceflooring.com
www.forbo-linoleum.com
www.nora.com
www.gart.com.br
www.fbh.com.br (Federação Brasileira de Hospitais)
www.saoluiz.com.br (Beneficência Médica Brasileira S. A.
- Hospital e Maternidade São Luiz)
www.einstein.br (Sociedade Beneficente Israelita
Brasileira Hospital Albert Einstein)
www.sarah.br (Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação)
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Agradecimento especial:
Arq. Carlos Eduardo Mesquita Furtado
HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN
Gerência de Projetos e Obras

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I SIMPÓSIO CATARINENSE
“HOTELARIA NA ARQUITETURA HOSPITALAR –
UMA NOVA TENDÊNCIA”
PROJETO DE AMBIENTAÇÃO E
TECNOLOGIA DOS MATERIAIS
Arq. Maria Pilar Martins Diez Arantes
Diretora do Centro de Artes e Design
www.artesedesign.com.br
[email protected]
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