OPI N I ÃO O futuro do etanol nos EUA Está é a oportunidade de se optar pelo desenvolvimento econômico descentralizado, sustentável e ambientalmente seguro, com geração de emprego e renda PLINIO NASTARI (*) No Brasil, a produção e consumo de etanol tem sido antes de tudo um programa de desenvolvimento econômico e social. A renda criada com o cultivo e processamento da cana e a sua distribuição, e o elevado contingente de empregos a ela relacionado, foi a mola propulsora da criação e desenvolvimento de polos de expansão em todas regiões em que prosperou nos últimos 38 anos, desde a criação do Proálcool. Não se aplicam ao Brasil as alegações de que o etanol não atingiu escala para se tornar relevante. Em 1989, o etanol combustível já havia substituído 56,9% da gasolina consumida no País, marca que o colocou na vanguarda mundial da substituição de combustíveis fósseis. Por falta de uma política coerente, este percentual caiu para 34,5%. Desde 1975, o volume de gasolina substituída ultrapassou 2,3 bilhões de barris, o que é considerável. As reservas brasileiras de petróleo somam 15,3 bilhões, incluindo as do Pré-Sal. A economia foi de US$ 279,6 bilhões, ¾ das reservas internacionais de divisas, US$ 375 bilhões em 2013. Não se aplicam ao etanol de cana as alegações de que compete com a produção de alimentos, ou que esteja relacionado ao desmatamento da Amazônia. Associado à tecnologia do veículo flex desenvolvida no Brasil, é a aplicação mais próxima do conceito de veículo de emissão zero e o que o mundo busca como solução energética. O etanol, principalmente o de cana, é o mais indicado para elevar a octanagem da gasolina e substitui os 25% a 40% de compostos aromáticos contidos nesta para este fim, mas os hidrocarbonetos são mais caros, tóxicos e intensivos em carbono. Há um século, cientistas da Ford e da GM descobriram que o etanol era superior ao chumbo tetra-etila e aos aromáticos, na capacidade de elevar a octanagem e em proteção à saúde, mas as refinarias de petróleo preferiram usar o chumbo e os aromáticos. Com a Lei do Ar Limpo de 1990, o Congresso dos EUA baniu o uso do chumbo tetra-etila e determinou ao EPA reduzir o teor de aromáticos. A indústria automobilística norteamericana tem solicitado que o EPA oriente a política dos EUA para o uso mais intensivo de combustíveis de baixo carbono e de maior octanagem e apoia o uso de misturas mais elevadas de etanol na gasolina, entre 25% e 30%, o que permitiria atingir a meta de 36 bilhões de galões por ano (136,3 bilhões de litros) requerida pelo ato que definiu o Padrão de Combustíveis Renováveis em vigor desde 2007. 2 Jornal Paraná - Fevereiro 2014 A adoção da mistura de etanol na gasolina no mesmo nível utilizado no Brasil há décadas permitiria reduzir drasticamente a emissão de poluentes, de gases do efeito estufa e outros, facilitaria a obtenção de ganhos na performance de motores, aumentaria a eficiência no uso de combustíveis reduzindo seu custo e a dependência por petróleo. Os compostos aromáticos da gasolina causam efeitos danosos à saúde. Estudos indicam que partículas ultrafinas emitidas por estes estão relacionadas a milhares de mortes todos os anos e ao aumento de hospitalizações, problemas respiratórios, batimentos cardíacos alterados, doenças do coração, do pulmão, câncer, degeneração do DNA e desordens cerebrais. O etanol não emite essas partículas e é praticamente isento de enxofre, cuja redução dos limites na gasolina tem sido uma meta permanente. Isso aumenta seu valor para as refinarias de petróleo. Por suas vantagens ambientais, capacidade de gerar energia alternativa em larga escala sem apresentar rupturas em outros sistemas de produção, e significativo impacto para o desenvolvimento econômico de várias regiões, a produção de etanol deve ser encarada como atividade estratégica a ser preservada, estimulada e valorizada. Esta oferece solução para as questões mais fundamentais que afligem a humanidade: a geração de emprego, renda e de energia de forma distribuída e sustentável. É uma estratégia de desenvolvimento relevante para o Brasil e para um rol extenso de países em desenvolvimento, com capacidade de replicar o modelo brasileiro. Desde meados da década passada a indústria brasileira investiu pesado na expansão de sua capacidade de produção e em logística de distribuição. Entre 2003 e 2013, a A adição de etanol nos níveis utilizados no Brasil é uma referencia a ser considerada pelo EPA moagem de cana cresceu mais de 285 milhões de toneladas, em preparação a projeções de aumento de demanda no mercado interno e externo de etanol, principalmente nos EUA. Nos EUA, assiste-se a uma consulta pública, pela Agência de Proteção ao Meio Ambiente, para validar a intenção de reduzir as metas definidas para o Padrão de Combustíveis Renováveis. Isso contraria toda a ciência acumulada comprovando os benefícios de misturas de etanol na gasolina. Esta redução tem como origem as pressões da indústria do petróleo dos EUA, incomodada com o avanço dos biocombustíveis. O consumo de gasolina está em queda devido aos ganhos de eficiência de motores naquele país e à substituição pelo etanol e o biodiesel. O que deveria ser uma vitória da política energética e ambiental dos EUA, se o EPA ceder às poderosas pressões políticas que sofre, corre o risco de se transformar em derrota e retrocesso. Entre 2000 e 2007, o consumo anual de gasolina cresceu de 130,2 para 142,3 bilhões de galões e retrocedeu para 133,7 bilhões, em 2013. Já o consumo de etanol cresceu de 1,7 para 13,7 bilhões de galões. A reversão da meta original terá impactos negativos para a produção de etanol, de cana e para o desenvolvimento no interior do Brasil, mas também para a produção agrícola dos EUA, já que lá o etanol é produzido do milho. A adição de etanol nos níveis utilizados no Brasil é uma referencia a ser considerada pelo EPA, por suas vantagens energéticas, ambientais e de ganhos de eficiência dos motores. O EPA precisa cumprir seu mandato de reduzir a toxicidade de fontes móveis, e isso poderá ser logrado com a adoção de misturas mais elevadas de etanol na gasolina. O EPA precisa ter a coragem de adotar para os aromáticos a mesma ênfase que teve com a substituição do chumbo-tetra-etila. É o momento em que a timidez não deve se sobrepor ao interesse maior da população afetada com a poluição causada pela emissão de gases advindos da queima de aromáticos e outros componentes tóxicos dos combustíveis fósseis. Está colocada a oportunidade de se optar pelo desenvolvimento econômico descentralizado, sustentável e ambientalmente seguro, com geração de emprego e renda de elevado efeito multiplicador na economia. (*) Plinio Nastari, presidente da Datagro CENTRO SUL Estiagem pode afetar produção brasileira de cana Os canaviais mais atingidos estão localizados no triângulo mineiro e região Noroeste de São Paulo, onde a falta de chuva é maior DA EQUIPE DE REDAÇÃO Ainda é cedo para quantificar as possíveis perdas com a estiagem e as altas temperaturas registradas nos últimos meses nas principais regiões produtoras de cana de açúcar do Brasil, especialmente em janeiro - o mês foi o mais quente da história e um dos mais secos. Mas os produtores estão em alerta: é certo que as lavouras têm sofrido e deverão sentir os efeitos principalmente no segundo semestre de 2014. Os canaviais mais afetados estão localizados no triângulo mineiro e região Noroeste de São Paulo, onde a falta de chuva é maior. Em algumas regiões canavieiras chove abaixo da média há quatro meses. Segundo Plínio Nastari, presidente da consultoria Datagro, em Ribeirão Preto (SP), principal polo da produção de cana nacional, o clima está seco desde outubro, quando choveu 51% abaixo da média prevista para o mês. Em janeiro, as precipitações atingiram 88 milímetros, 71% abaixo dos 308 mm esperados. Previsões climáticas indicam que o tempo permanecerá seco ao longo de fevereiro e um maior volume de chuvas deve ocorrer apenas em abril. Esse cenário aumenta a cautela das usinas, tendo em vista que a colheita de cana tem início justamente em abril, e as precipitações atrapalham os trabalhos a campo. Estimativas de produção para a nova safra, 2014/15, ainda é uma incógnita, já que a estiagem não tem atingido todas as áreas de forma homogênea, com pancadas de chuvas localizadas em algumas regiões. Os especialistas apontam que as primeiras colheitas de cana este ano devem apresentar um ATR mais elevado, com o calor contribuindo para o acúmulo de açúcar (o chamado ATR, "Açúcar Total Recuperável") na planta. Após um longo período com termômetros acima de 35ºC, entretanto, a cana começa a consumir o próprio açúcar. Também, os canaviais menos desenvolvidos, que serão colhidos no segundo semestre deste ano, ainda não estão num tamanho para proteger os solos da ação do sol e consequentemente diminuir os teores de evaporação, aumentando a probabilidade de sofrer com o estresse hídrico. No Paraná, a situação também é preocupante. O presidente da Alcopar, Miguel Tranin lembra que as chuvas de verão são essenciais para o bom desenvolvimento da cana que será colhida a partir de abril, na safra 2014/15. Isso é verdade especialmente no Paraná e Mato Grosso do Sul, onde as baixas temperaturas do inverno não permitem o seu desenvolvimento e recuperação. Cerca de 50% do crescimento vegetativo da cultura se dá de dezembro a fevereiro. “Os prejuízos podem ser irreversíveis para a produção no Estado”, destaca Tranin. Fevereiro 2014 - Jornal Paraná 3 AMPLIAÇÃO Obras da Pasa entram na reta final Terminal terá capacidade para armazenar 239 mil toneladas de açúcar a granel e de exportar 7 milhões de toneladas MARLY AIRES Construção teve início em janeiro de 2013 e a previsão é de entregar toda estrutura pronta até o final de abril Com 90% da parte civil concluída e com as demais áreas a todo vapor, as obras de ampliação da capacidade de recebimento, armazenagem e exportação do terminal da Pasa Paraná Operações Portuárias S.A. entram em sua fase final. A construção teve início em janeiro de 2013 e a previsão é de entregar toda estrutura pronta até o final de abril, a tempo de atender a demanda de movimentação de açúcar da próxima safra paranaense e dos demais estados atendidos pelo terminal. Além de operar com o açúcar produzido pelas associadas, o terminal presta serviços para empresas terceiras de São Paulo e Mato Grosso. Localizado no Porto de Paranaguá (PR), a Pasa é o primeiro terminal exclusivo para exportação de açúcar a granel da região Sul do Brasil. Atualmente, sua capacidade de embarque é de até 3,5 milhões de toneladas de açúcar a granel por ano e de armazenagem é de 174 mil toneladas. A estrutura vinha operando nos últimos anos próximo de seu limite de capacidade. 4 Jornal Paraná - Fevereiro 2014 Segundo Pérsio Souza de Assis, diretor da empresa, os investimentos, que devem fechar em R$ 87 milhões, visam atender a crescente demanda por exportações de açúcar e resolver o problema de saturação dos principais portos brasileiros. Com as obras, será possível também melhorar a logística de transporte do setor no Estado, que inclui uma extensa malha de rodovias e ligações ferroviárias que atravessam o Paraná. Com o final da construção do terceiro armazém do terminal, a capacidade estática de armazenagem da Pasa será ampliada para 239 mil toneladas de açúcar a granel e a de exportação para 7 milhões de toneladas. Em funcionamento desde abril de 2002, a Pasa Paraná Operações Portuárias S.A. era constituída em sua estrutura original de nove mil metros quadrados de área e um armazém para 54 mil tonela- das de açúcar. Em 2005 foram adquiridos mais 25 mil metros quadrados de terreno, prevendo ampliações futuras, e construído mais um armazém para 120 mil toneladas. A nova estrutura tem capacidade para 65 mil toneladas. Além do armazém, o novo conjunto de recebimento e armazenagem é composto de quatro moegas para descarga ferroviária com capa- cidade para 10 mil toneladas por dia e três moegas rodoviária com tombador para todo tipo de caminhão, com capacidade para 3 mil toneladas de açúcar por dia. Isso, comenta Pérsio, ampliará a capacidade diária de descarga de treze mil para 26 mil toneladas, “equalizando a capacidade de carga e descarga do terminal, agilizando todo o processo, reduzindo custos e ampliando as exportações”, destaca. Maior competitividade Criado por um grupo de nove empresas paranaenses, entre usinas e cooperativas, para dar maior competitividade à exportação de açúcar no Paraná, o terminal de embarque exclusivo era um antigo sonho do setor sucroenergético, desde que o Estado passou a ser um grande produtor da commoditie. Depois de anos importando o produto para atender sua demanda, a partir do início da década de 1990, quando houve a desregulamentação do setor e a possibilidade de investir na construção de novas fábricas de açúcar, o Paraná passou a ter expressão como produtor e exportador, consolidando sua posição com a inauguração do terminal exclusivo em 2002. Pérsio Souza de Assis, diretor da Pasa, relembra o esforço das usinas para agilizar a exportação e tornar os custos da operação mais competitivos, além de eliminar os riscos de contaminação, tornando o produto mais valorizado no mercado. Ele conta que os terminais de terceiros não eram exclusivos para o produto e davam prioridade aos embarques de soja. Atualmente 25 das 30 unidades do Estado produzem açúcar, somando 3,1 milhões de toneladas e exportando 2,7 milhões de toneladas. São associadas: Cooperval (de Jandaia do Sul), Coopcana (Paraíso do Norte), Goioerê (de Moreira Salles), Santa Terezinha (Maringá), Sabarálcool (Engenheiro Beltrão), Usaciga (Cidade Gaúcha) e Renuka Vale do Ivaí (São Pedro do Ivaí). Fevereiro 2014 - Jornal Paraná 5 USINA Renuka esmaga 11,32 milhões t/cana Meta para este ano é moer 12,5 milhões de toneladas de cana, sendo 2,5 milhões nas duas unidades do Paraná MARLY AIRES tonelada de cana, e as paulistas, 132 kg/ ATR. Para fechar a meta para a safra 2013/14, que era esmagar 11,47 milhões de toneladas de cana de açúcar nas quatro unidades industriais de processamento (duas no estado de São Paulo e duas no Paraná) a empresa indiana Shree Renuka Sugars prolongou a safra em duas delas até meados de janeiro, encerrando as atividades nas outras duas no final de dezembro. Desse total, 9 milhões viriam das unidades paulistas da Renuka do Brasil - a Usina Madhu, no município de Promissão, e a Usina Revati, em Brejo Alegre, das quais a companhia indiana tem o controle. Os outros 2,47 milhões de toneladas de cana seriam produzidas pela paranaense Renuka Vale do Ivaí, grupo controlado pela empresa indiana, que tem unidades em São Pedro do Ivaí e em São Miguel do Cambuí, distrito de Marialva. Segundo o presidente da operação brasileira da As duas usinas paranaenses processaram 2,42 milhões de toneladas de cana na safra 2013/14 Shree Renuka, Paulo Zanetti, com o prolongamento da safra foi possível esmagar 11,32 milhões de toneladas, ficando bem próximo da meta. Do total, 8,9 milhões foram moídas no estado de São Paulo e 2,42 milhões no Paraná. O clima adverso, que tem produzido quebras sequenciais de safra nas usinas da região Cen- tro Sul do País, novamente repetiu a dose no ano passado, fazendo o grupo rever as metas iniciais. Além de chuvas em excesso no inverno, que atrasaram o andamento da safra e reduziram o teor de açúcar na matéria-prima, medido pelo ATR (Açúcar Total Recuperável) na cana, a lavoura sofreu com pequenas estiagens durante o ano e principalmente com as fortes geadas no inverno. Estas comprometeram a qualidade e produtividade da cana, afetando também a renovação e ampliação das áreas de cana por falta de mudas. As duas unidades paranaenses fecharam a safra produzindo em média 123 kg de ATR por Para a próxima safra, 2014/15, a meta da Shree Renuka Sugars é moer 12,5 milhões de toneladas de cana, sendo 10 milhões no estado de São Paulo e 2,5 milhões nas duas unidades do Paraná. O volume é quase 11% superior ao da última safra. Duas das usinas devem antecipar a colheita voltando a processar cana a partir de 20 de março e as outras duas passam a operar a partir da primeira quinzena de abril. Oficialmente, a safra 2014/15 no Brasil tem início no dia 1º de abril. A mecanização das operações no campo avançou rapidamente no grupo, especialmente por conta da falta de mão de obra. No caso da colheita em São Paulo, 94% já são feitas mecanicamente e o plantio atinge 100%. No Paraná, 65% da cana são colhidos mecanicamente. Próxima safra preocupa “Temos duas grandes preocupações com relação à próxima safra”, afirma Paulo Zanetti. A primeira é quanto ao clima no Centro Sul. A prolongada estiagem e o calor intenso que atin- 6 Jornal Paraná - Fevereiro 2014 gem grande parte dos estados produtores de cana de açúcar, nos principais meses de desenvolvimento da lavoura, podem comprometer a produtividade das lavouras, elevando ainda mais os custos de produção. A outra se refere aos preços no mercado nacional e internacional, tanto do etanol quanto do açúcar. “Os valores praticados não têm acompanhado a elevação de custos do setor, trazendo grandes dificuldades para as indústrias sucroenergéticas”, ressalta. A Shree Renuka Sugars, do empresário Narendra Murkumbi, é uma das principais produtoras de açúcar da Índia e no Brasil forma um dos dez principais grupos do setor sucroenergético. CONFRATERNIZAÇÃO Canito 2014 abre a safra no PR Será na Usina Santa Terezinha em Tapejara, dia 16 de fevereiro, e contará com várias atrações e boa infraestrutura MARLY AIRES A Usina Santa Terezinha em Tapejara recepciona, dia 16 de fevereiro, colaboradores, diretoria e familiares das 30 unidades industriais do Estado para mais uma edição do mais tradicional evento do setor sucroenergético do Paraná, o Canito 2014. O Torneio Interdestilarias do Paraná, que chega a sua 29ª edição, marca a abertura da safra no Estado e será realizado na associação dos funcionários da usina (Asfust). Esta é a segunda vez que a unidade sedia o evento. A primeira foi em 2005. Na programação, muitas atrações, jogos e confraternização. A Comissão Organizadora do Canito 2014 realizou no dia 14 de janeiro, na sede da Alcopar, o sorteio dos grupos. São 24 times com jogos consecuti- 8 Jornal Paraná - Fevereiro 2014 Tomé, Santa Terezinha Rondon, Santa Terezinha Matriz, CPA, Renuka Vale do Ivaí e Usina Bandeirantes. E fecham, na Chave D: Melhoramentos Jussara, Santa Terezinha Goioerê, Santa Terezinha Umuarama, Santa Terezinha Ivaté, Melhoramentos Nova Londrina e Dasa. Sorteio dos grupos foi feito no dia 14 de janeiro, na sede da Alcopar vos nos quatro campos da associação, a partir das 8 horas. A previsão é encerrar o torneio até às 18 horas, seguido da premiação, com início do baile a partir das 19 horas, com a Banda Metrópole. Na Chave A se enfrentam Coopcana II, Santa Terezinha Iguatemi, Nova Produtiva, Pasa, Santa Terezinha Terra Rica e Santa Terezinha Rio Paraná II. Na Chave B ficaram Coopcana I, Santa Terezinha Pa- ranacity, Santa Terezinha Rio Paraná I, Usina Jacarezinho, Santa Terezinha Tapejara e Santa Terezinha Cidade Gaúcha. Disputam a vaga na Chave C: Santa Terezinha São Em cada chave, todos jogam contra todos. Nas quartas de finais, os dois melhores classificados de cada chave disputam entre si, sendo o primeiro do A contra o segundo do B, o primeiro do B contra o segundo do A, o primeiro do C contra o segundo do D e o primeiro do D contra o segundo do C. Já nas semifinais, os vencedores de A e C, B e D, respectivamente, se enfrentam. Quem ganhar, em cada jogo, disputa o título, e os outros dois times, o terceiro lugar. Evento reúne 4 mil pessoas Principal objetivo é a união e a confraternização dos colaboradores das usinas do Paraná Com a expectativa de reunir mais de 4 mil pessoas, número semelhante ao do último evento, o Canito 2014 terá, além do torneio de futebol suíço e do show musical com a Banda Metrópole no encerramento, a eleição da Rainha Canito e almoço com a tradicional costela a fogo de chão. São 1.500 kg de carne e 12 a 14 mil latas de bebidas e água. Também contará com apresentação da dupla sertaneja regional Nego Viola e Carlos Brito no almoço, barracas de alimentação e atividades para as crianças, com diversos brinquedos. Considerado o maior evento esportivo do setor sucroenergético, o torneio tem como objetivo princi- dustrial da usina, Antonio Sperandio, que é também o presidente da Asfust. A realização do Canito viabilizou a construção de um vestiário novo, que estará pronto para o evento, e a construção de uma cancha de bocha coberta, estrutura onde será feito o churrasco. Também foi instalada uma rede de proteção ao redor dos campos e melhorada a iluminação, entre outros benefícios. Em 2013, a festa foi na Santa Terezinha de Iguatemi pal a união, a confraternização e o intercâmbio dos colaboradores de todas as unidades industriais do setor no Estado para um dia inteiro de práticas esportivas, concurso, festa e muita diversão. “Além de podermos con- tar com uma excelente estrutura em nossa associação, trabalhamos duro para fazer uma festa bem bonita”, afirma o gerente in- Em 2013, o torneio foi organizado pela Usina Santa Terezinha de Iguatemi e o time vencedor foi o da unidade do grupo em Cidade Gaúcha. A Garota Canito eleita foi da Usina Santa Terezinha de Iguatemi. Fevereiro 2014 - Jornal Paraná 9 ÁGUA Sabarálcool participa de comitês de bacias do PR O objetivo desse trabalho é estimular o uso racional da água e gerar projetos de recuperação e preservação das bacias hidrográficas DA EQUIPE DE REDAÇÃO Preocupada com o uso consciente e a preservação dos rios que cortam sua área de atuação, no final do ano passado, a Sabarálcool, que tem duas unidades no Paraná, em Goioerê, próximo a Maringá, e Perobal, região de Umuarama, se tornou integrante de dois comitês das bacias hidrográficas do Estado: o do Alto Ivaí, na região de Campo Mourão e do Rio Piquiri, na região de Goioerê. Previstos na Lei nº 9.433/ 1997, a chamada "Lei das Águas", os comitês de bacia são colegiados compostos por representantes da União, dos Estados, dos Municípios, dos usuários de água e das entidades civis de recursos hídricos com atuação na própria bacia hidrográfica. São no mínimo 10 membros e no máximo 40, entre titulares e suplentes. Os comitês têm poder deliberativo para decidir os conflitos relacionados aos recursos hídricos, além de serem responsáveis pela aprovação do plano de recursos hídricos da bacia, por acompanhar sua execução e sugerir as providências necessárias ao cumprimento de metas. Com o plano de bacias aprovado, os comitês serão responsáveis por discutir como será feita a cobrança pelo uso da água. Este é um processo sem volta previsto em lei no Plano Nacional de Recursos Hídricos de 1997. O objetivo é estimular o uso racional da água e gerar projetos de recuperação e preservação das bacias hidrográficas, diante da crescente escassez desta. Para o diretor de Bacias Hidrográficas, Enéas Souza Machado, o comitê é um importante instrumento na gestão dos recursos hídricos. “Funciona como um espaço de debate, no qual as pessoas que conhecem as particularidades de sua região podem discutir a preservação da qualidade e da quantidade das águas”, afirma. A principal função dos comitês, destaca o presidente do Instituto das Águas do Paraná, Márcio Nunes, será elaborar planos de bacia, por meio de trabalho técnico, direcionando as ações que devem ser feitas não só nos rios, mas em toda bacia hidrográfica, visando à manutenção e melhoria da qualidade das águas. “São os cuidadores do nosso futuro”, ressalta. O Comitê da Bacia do Alto Ivaí tem uma área de abrangência de 23.195 km2, contando com 57 municípios de forma integral ou parcial, e segundo o Censo de 2010, uma população de aproximadamente 728 mil habitantes. Já o Comitê da Bacia do Rio Piquiri tem uma área de abrangência de 26.428 km2 e conta com 71 municípios e uma população de aproximadamente 674 mil habitantes. Tornou-se integrante de dois grupos: o do Alto Ivaí, na região de Campo Mourão e do Rio Piquiri, na região de Goioerê Alcopar incentiva participação No Paraná, os comitês das bacias hidrográficas ainda estão sendo formados e organizados. A Alcopar tem incentivado as usinas a participarem da constituição dos comitês e conselhos a que pertencem. Já há oito instalados - Alto Iguaçu/ Afluentes do Alto Ribeira, Jordão, Baixo Ivaí/Paraná I, Paraná 3, Litorânea, Tibagi, Cinzas/Itararé/Paranapanema 1 e 2, Pirapó/Paranapanema 3 e 4. Falta apenas a instalação do Comitê do Médio Iguaçu para totalizar 12, abrangendo todo o Estado. O primeiro a dis10 Jornal Paraná - Fevereiro 2014 cutir a cobrança pelo uso da água e a apontar ações de proteção e conservação dos rios foi o da bacia do Alto Iguaçu, na área que vai da Região Metropolitana de Curitiba até União da Vitória. A primeira bacia hidrográfica no cenário nacional a iniciar a cobrança foi a do rio Paraíba do Sul, em março de 2003. As empresas de saneamento básico e os grandes consumidores de água, como a indústria e a agricultura, já estão pagando pelo uso da água no Estado de São Paulo. Usina reduz o uso na indústria Há tempos trabalha em circuito fechado, diminuindo significativamente a captação no rio As usinas sucroenergéticas do Paraná, de olho nesta situação, têm investido mais a cada ano no aprimoramento de seus processos e modernização dos equipamentos visando reduzir o uso da água, com conquistas importantes. Segundo dados do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), na década de 1990 as usinas de álcool e açúcar brasileiras captavam 5,6 mil litros de água por tonelada de cana processada. Em 2005, essa captação já tinha sido reduzida para 1,8 mil litros e, atualmente, há unidades que consomem 1 mil litros de água por tonelada de cana e, às vezes, até menos, volume que pode ser quase que totalmente recuperado com o seu uso na fertirrigação dos canaviais. Na Sabarálcool, os esforços têm sido no sentido de reduzir o uso de água na indústria e a consequente captação no rio, segundo o gerente industrial Nelson Rodrigues da Rocha. Com medidas simples como lavagem da cana somente nos períodos em que esta está mais suja, como logo após a chuva, tem conseguido reduzir o uso de água nesta etapa em 70% a 80%. A lavagem da cana é necessária para reduzir o volume de impureza mineral que acompanha a cana e que afeta o processo industrial. Há tempos a indústria já trabalha em circuito fechado com a água das caldeiras e da destilaria. Em 2012 instalou o sistema de circuito fechado no uso da água na fábrica de açúcar, fechando toda indústria com a área do tra- Consumo na lavagem da cana é 70% a 80% menor tamento de caldo. Em média tem captado no rio cerca de 800 a mil litros de água por hora, mas a ideia é reduzir significati- vamente esse volume. Na indústria há sistema de captação de água da chuva e destinação desta para a represa usada na irrigação. Fevereiro 2014 - Jornal Paraná 11 ETANOL Setor busca uniformização do ICMS entre estados Conquistas importantes já foram alcançadas, mas a luta é para que haja maior paridade em relação ao percentual cobrado em São Paulo, 12% MARLY AIRES As associações ligadas ao setor sucroenergético de todos os estados produtores de etanol e o Fórum Nacional Sucroenergético têm se unido em esforços para reduzir a alíquota de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Prestação de Serviço) em seus estados e aumentar a diferença do percentual em relação à alíquota da gasolina. Várias conquistas importantes já foram alcançadas nos últimos anos, mas a luta é para que haja uma maior uniformização entre os estados, tomando por base o percentual cobrado para o etanol em São Paulo, 12%, tido como ideal. Até 2003, este era de 25%, igual ao da gasolina. O estado responde por 12 Jornal Paraná - Fevereiro 2014 cerca de 60% do consumo de etanol hidratado do Brasil. “Esta seria uma forma de reconhecimento aos benefícios proporcionados pelo etanol, um produto nacional e renovável, que não só gera empregos, renda e desenvolvimento nos pequenos municípios no interior dos estados, mas contribui fortemente para a saúde da população e para o meio ambiente”, afirma Miguel Tranin, presidente da Alcopar. O objetivo da medida é aumentar o consumo de etanol, diz. Uma diferença maior entre a alíquota dos dois combustíveis ajuda a fechar as contas na hora de fazer a equipara- ção energética e de preços entre os dois produtos e compensar os danos causados pela desoneração da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) cobrada sobre a gasolina. Até 2007, eram recolhidos R$ 0,28 por litro de gasolina. A partir daí, o governo passou a utilizar a Cide para impedir que aumentos nos preços da gasolina e do diesel chegassem ao consumidor, zerando-a em 2012, sem contrapartida para o etanol, contribuindo para a perda de competitividade do combustível. Com a desoneração do PIS/Cofins sobre o etanol, R$0,12 por litro, repôs parcialmente a perda. Mas o controle do preço da gasolina na bomba, pelo governo federal, continua, mesmo causando prejuízos à Petrobras e a cadeia sucroenergética. No Paraná, o segundo menor Na maior parte dos estados, o percentual de ICMS da gasolina é de 25%, semelhante a do etanol, diminuindo a competitividade do biocombustível Na maior parte dos estados, o percentual de ICMS da gasolina é de 25%, semelhante a do etanol, diminuindo a competitividade do biocombustível No Paraná, segundo maior consumidor de etanol, o ICMS do biocombustível é também o segundo menor do País, 18%, percentual que há alguns anos era de 25%. O da gasolina é de 28%, 10% a mais. Em Goiás, esses percentuais são de 22% e 29%, mas o setor no estado tem buscado reduzir para 20% o do etanol. Da mesma forma, em Minas Gerais, a alíquota da gasolina subiu de 25% para 27% e a do etanol caiu de 25% para 22% e depois para 19%, uma diferença de 8%. A redução do ICMS tem acontecido em estados para onde a cultura da cana de açúcar tem se expandido, tornando a concorrência com a gasolina mais justa. Os principais produtores de etanol do Brasil são os estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. tanto, das 27 unidades da federação, na maior parte o percentual de ICMS da gasolina é de 25%, semelhante a do etanol, o que torna a competitividade do biocombustível bastante difícil. Até as usinas do Nordeste têm estudado formas de aumentar a diferença entre as duas alíquotas. Entre- Fevereiro 2014 - Jornal Paraná 13 ETANOL Todos ganham com incentivos ao biocombustível Com redução da alíquota, benefícios para a economia de São Paulo foram superiores a perda, além dos empregos gerados e melhora para o ambiente e a saúde dido mais de 50 mil empregos, diminuindo a renda dos trabalhadores em R$ 400 milhões, o que teria um impacto negativo no PIB paulista superior a R$ 1 bilhão por ano. A experiência do estado de São Paulo mostra que com a redução do ICMS, o benefício se estende também a economia dos estados. Na época em que diminuiu a alíquota, em vez de perder em arrecadação, São Paulo ganhou mais devido ao aumento das vendas, sem considerar o aumento da geração de empregos e renda no interior, com resultados positivos sob o ponto de vista social, econômico, ambiental e até mesmo de saúde da população. O mesmo se repetiu nos demais estados que adotaram a prática. Um estudo coordenado pelas professoras Márcia Azanha, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), Cinthia Cabral da Costa, da Universidade Federal de São Carlos, e pelo professor Joaquim José Guilhoto, da Faculdade de Impactos positivos chegam aos pequenos municípios no interior de diversos estados Economia e Administração da USP, divulgado no final de 2009, analisou os impactos econômicos da alíquota de 12%, contrapondo-a com a que vigorava antes, 25%. Na época, considerando um cenário de baixos preços de etanol, sem a redução do Maior desenvolvimento Ao fazer uma análise comparativa dos indicadores sociais referentes à produção de cana de açúcar e de etanol, em relação à extração de petróleo e produção dos derivados no Brasil, conforme dados da RAIS em 2007, o estudo mostra que foram gerados 465 mil empregos somente pelos dois elos do setor sucroenergético, contra 73 mil pelo setor petroquímico, menos de 16% em relação ao total do primeiro. Também se observou a maior capilaridade dos empregos gerados no setor 14 Jornal Paraná - Fevereiro 2014 sucroenergético, e consequentes efeitos sobre geração de emprego, riqueza e desenvolvimento, especialmente nos pequenos municípios no interior dos diversos estados do Brasil. Por sua vez, a extração e a produção de derivados de petróleo se mostram concentradas em poucas cidades. Ao simular um aumento de 5%, 10% e 15% no consumo de etanol hidratado como substituto à gasolina C, verificou-se no estudo um alto potencial de criação de empregos - que variou entre 39.234 e 117.701 - e de aumento no valor da remuneração entre R$78,64 milhões e R$235,91 milhões. O estudo concluiu que políticas públicas de incentivo ao consumo de etanol apresentam um significativo benefício social e econômico quando são considerados os empregos gerados. O aumento no consumo da gasolina C, em detrimento de etanol hidratado, apresentou um resultado desfavorável, reduzindo os empregos e o valor da remuneração na economia brasileira. ICMS, o Estado teria obtido um ganho líquido na sua receita de R$ 285 milhões no ano. No entanto, a sociedade paulista teria per- Em outra simulação, onde o cenário seria de preços do etanol hidratado e da gasolina bastante próximos, com substituição total do consumo de etanol hidratado por gasolina, o Estado ganharia R$ 1 bilhão na receita de ICMS, mas haveria uma perda líquida de quase 180 mil empregos (atingindo quase 65% dos municípios paulistas), com uma queda de R$ 1 bilhão na renda dos trabalhadores e redução do PIB estadual em R$ 2,7 bilhões. A conclusão é de que o que o estado ganharia em ICMS não compensaria a perda no PIB e na geração de empregos. Ambientalmente correto Ambientalmente correto, do corte da cana ao abastecimento do automóvel, a cadeia produtiva do etanol pode chegar a ser 80% menos poluente do que os procedimentos que levam a gasolina aos postos de combustível segundo estudo da Embrapa Agrobiologia, além de ser renovável. A diminuição das emissões de gases do efeito estufa, com o biocombustível, é de 76% na comparação com a gasolina brasileira (com adição de 23% de etanol) e 77% com o diesel. Estudo recente divulgado pelo Instituto Saúde e Sustentabilidade aponta que 4.655 pessoas morreram em decorrência da má qualidade do ar na capital paulista em 2011, um total mais de três vezes superior ao número de óbitos em acidentes de trânsito. De acordo com a presidente da Unica, Elizabeth Farina, o dano vai além da questão ambiental: “Divisas são desperdiçadas para importar gasolina, quando a demanda poderia estar sendo abastecida pelo etanol, um combustível genuinamente nacional que emprega mais de um milhão de brasileiros e beneficia mais de mil municípios por todo o país”, afirma. Grupo pode ter uma visão geral sobre o setor sucroenergético e a produção de açúcar, etanol e cogeração de energia a partir da biomassa Em um giro técnico de oito dias pelo Paraná, um grupo de 32 produtores rurais canadenses visitou a sede da Alcopar em Maringá no último dia 4 de fevereiro, onde pode ter uma visão geral sobre o setor sucroenergético e a produção de açúcar, etanol e cogeração de energia a partir da biomassa. O grupo foi recebido pelo superintendente da Alcopar, José Adriano da Silva Dias, que fez a apresentação e tirou dúvidas dos produtores. Estes também passaram pela Estação Experimental da Monsanto, vendo parcelas de diversas variedades de cana de açúcar. Teve como objetivo ainda conhe- cer a diversidade da cadeia agrícola do Estado, propriedades rurais com lavouras de soja, cultura que é a principal atividade da maioria do grupo, além de saber mais sobre o cooperativismo, sua força e contri- buição para a organização e conquistas do agronegócio, afirma Nadiel Kowalski, da NPK Consultoria, empresa especializada em organização de grupos de turismo técnico agrícola. GERAL Produtores canadenses visitam a Alcopar A visita ao Paraná teve início no dia 28 de janeiro, onde o grupo passou por Curitiba e conheceu a estrutura de armazenagem e exportação do Porto de Paranaguá. O passeio técnico incluiu também algumas cooperativas do Estado - Cocamar, Castrolanda e Fundação ABC – e o Show Rural da Coopavel, encerrando no dia 7 de fevereiro em Foz do Iguaçu. Viagem técnica para conhecer a diversidade da cadeia agrícola do Paraná foi de 28 de janeiro a 7 de fevereiro Fevereiro 2014 - Jornal Paraná 15 EXPANSÃO Unidade Umuarama é a nova aquisição da Santa Terezinha A usina é uma das mais modernas do País, concebida dentro do que há de mais atual e dentro do conceito de empresa verde DA EQUIPE DE REDAÇÃO A Costa Bioenergia, localizada em Umuarama, Paraná, é a nova aquisição da Usina Santa Terezinha, e já está se adequando aos padrões da empresa, desde a alteração do quadro societário, em junho de 2013. A nova unidade está sob a direção de Claudio Meneguetti, junto aos gerentes do setor agrícola, Maurício Miyamoto, industrial, José Paulo Paschoal e do supervisor administrativo, Ágide Eduardo Perin Meneguette. A usina é uma das mais modernas do País. Inaugurada em junho de 2009, foi concebida dentro do que há de mais atual, com fortes investimentos em tecnologia e capacitação humana, sem se descuidar da sustentabilidade do negócio. É toda automatizada e eletrificada, em substituição às turbinas a vapor no acionamento da moenda, o que gera maior eficiência industrial. Também foi construída dentro do conceito de empresa verde. Na moenda, a limpeza da cana é feita a seco, não demandando o uso de água, o que reduz significativamente o seu consumo no processo. Em vez de 1.500 litros de água por tonelada de cana, utilizados normalmente reserva legal. A usina também se destaca como uma das mais mecanizadas em seu processo produtivo. Indústria planeja esmagar 1,27 milhão de toneladas de cana pelas usinas, emprega no máximo 300 litros, trabalhando em circuito fechado, sem necessidade de captação no rio. Possui sistema de limpeza da fuligem das caldeiras, evitando a emissão de partículas poluentes, e biodigestor para concentração de vinhaça, reduzindo o volume a ser transportado para o campo, o que facilita a fertirrigação dos canaviais. Todas as lagoas de vinhaça e de água residual são impermeabilizadas, é feita a destinação correta de resíduos e no campo há um controle rigoroso na conservação do solo e como toda cana esmagada é da usina, as propriedades onde esta é cultivada já possuem mata ciliar e Com capacidade para esmagar 280 toneladas de cana/hora, moeu 930,1 mil toneladas na safra 2013/14 e a expectativa é processar 1,27 milhão de toneladas na próxima, que se inicia na segunda quinzena de março. Na última safra foram produzidos 92 mil toneladas de açúcar e 17,6 milhões de litros de etanol e a previsão é de que nesta safra a indústria produza 122,3 mil toneladas de açúcar e 25,5 milhões de litros de etanol. Toda produção de açúcar é destinada ao mercado externo. A indústria conta com uma estrutura de armazenagem com capacidade para 35 mil toneladas de açúcar e 10 milhões de litros de etanol. De acordo com o gerente industrial, José Paulo Paschoal, o ano de 2013 foi de muita turbulência, com a mudança de gestão da nova unidade, mas o saldo final de todo o trabalho é positivo. “A empresa está consolidada, valorizando os colaboradores e, com certeza, isso mantém nossa equipe motivada. Faremos a nossa unidade cada dia melhor”, destaca. Valorização da equipe e da comunidade Ao todo a nova unidade da Santa Terezinha conta com 1.261 colaboradores, sendo 612 no setor agrícola, 166 na área industrial, 43 no corpo administrativo e cerca de 440 colaboradores na lavoura, que atuam no plantio, preparo e na colheita da cana de açúcar. Para o gerente agrícola - Maurício Miyamoto, a aquisição da Unidade Umuarama representou também a oportunidade de assumir um novo desafio em um cargo de gerência. “Isso demonstra o compromisso da empresa em valorizar os seus colaboradores e só faz aumentar o orgulho de fazer parte dessa equipe”, diz. 16 Jornal Paraná - Fevereiro 2014 Com a atenção voltada para a comunidade em que está inserida, a usina tem grande participação junto às populações dos municípios em que atua. Além de gerar empregos diretos, cria condições para que outras empresas sejam estabelecidas no entorno, movimentando a economia local. Como uma das maiores empresas do município, é uma das principais geradoras de impostos, que são revertidos em benefícios a toda comunidade. Com quatro anos no mercado sucroenergético, a indústria entra em sua terceira direção com a Usina Santa Terezinha. Com a chegada da empresa, foram retomados os investi- mentos e as atividades de crescimento na área agrícola, industrial e no quadro funcional para a próxima safra. Durante o ano de 2013, foram plantados 4,3 mil hectares e, para os anos seguintes, a previsão é que o plantio chegue a 5,7 mil hectares ao ano. Já o complexo industrial deve aumentar sua capacidade de 6 mil toneladas por dia para 6,5 mil toneladas nas próximas safras. Apesar de já estar preparada para a geração, a nova unidade ainda não exporta energia. Segundo o diretor da unidade, Claudio Meneguetti, a indústria vem para ajudar a empresa a cumprir sua mis- são: atuar de forma segura e rentável, com produção de cana de açúcar, açúcar, etanol, energia elétrica e seus derivados, para atendimento dos mercados nacionais e internacionais, com responsabilidade socioambiental e contribuindo para o desenvolvimento sustentável da companhia e da comunidade. A Usina Santa Terezinha conta com 10 unidades industriais no Paraná – Iguatemi (Maringá), Ivaté, Tapejara, Paranacity, São Tomé, Rondon, Cidade Gaúcha, Goioerê, Terra Rica e agora Umuarama – além de uma em construção no Mato Grosso, em Eldorado. Fevereiro 2014 - Jornal Paraná 17 EMPRESAS IONICS deve superar 70 mil veículos automatizados Com forte expansão do SAAF no Brasil e exterior, empresa já atua na América Latina e deve chegar à África e América Central em 2014 géticas do mundo utilizam o SAAF, ressalta o diretor. Robustez, precisão, agilidade e segurança da solução são capazes de gerar uma economia de até 20% nos custos com a gestão do abastecimento da frota. Pioneira no Brasil em automação de abastecimento de frotas, a IONICS inicia 2014 com foco na expansão do seu Sistema Automatizado de Abastecimento de Frotas (SAAF), tanto no País, quanto no exterior. A empresa, que já atua na América Latina, deve chegar este ano a países da África e América Central. A solução permite registrar e controlar automaticamente o processo de abastecimento de combustíveis dos veículos de frotas próprias ou terceirizadas. "Por conta das características de nossas soluções e das necessidades do mercado, pretendemos com o SAAF ampliar em 2014 a internacionalização da empresa. Angola e Trinidad e Tobago são os primeiros países a re- Líder nacional, oferece soluções customizadas que atendem pequenos e grandes grupos econômicos do agronegócio ceberem a tecnologia", explica o diretor presidente, Plínio Sombrio. Neste mercado, a IONICS é a líder nacional e concorre com soluções estrangeiras. Suas soluções são customizadas e atendem desde pequenos clientes até grandes grupos econômicos do agronegócio, dos setores de construção e infraestrutura, logística e transportes. As maiores usinas sucroener- Com sede em Florianópolis, a empresa possui mais de 2500 clientes e atua há 27 anos no desenvolvimento de soluções de software e hardware para o setor de automação e gerenciamento de abastecimento de combustíveis. Em novembro, a empresa anunciou a venda de seu software de gestão de postos de combustíveis, passando a atuar exclusivamente no mercado de frotas e concentradores de bombas de combustível. Caldema entrega material escolar Há anos a empresa investe em educação, promovendo ações de conscientização dos colaboradores e de seus dependentes Ao longo de sua história, a Caldema tem desenvolvido ações socioambientais que agregam qualidade de vida a seus colaboradores e dependentes. Com esse objetivo, promove mais uma vez o tradicional evento Material Amigo, que valoriza e estimula a educação. Além da distribuição de kits de materiais escolares, promove ações de conscientização dos colaboradores e de seus dependentes, dando apoio aos estudantes da pré-escola à pós- graduação. 18 Jornal Paraná - Fevereiro 2014 Para este ano, o tema do evento foi “Patriotismo: Nossa Terra, Nossa Vida”. Ao todo foram distribuídos 500 kits escolares, além do sorteio de brindes. O evento contou também com a presença de uma equipe de teatro que ilustrou o tema do projeto de forma lúdica com palestra e a apresentação da peça: “Brasil, uma grande Pátria”. Teve ainda uma série de atividades e brincadeiras, um passeio de trenzinho, e foi servido cachorro quente, pipoca, algodão doce, picolé, sucos e refrigerantes. Realizado há mais de 10 anos, o Projeto Material Amigo conta todos os anos com a presença de parceiros e autoridades da Prefeitura e Câmara Municipal de Sertãozinho (SP), das Secretarias do Desenvolvimento Social e Cidadania, da Indústria e Comércio e da Educação do município, do Ceise Br, do Sesi e do Senai, Sermed Saúde e dos principais veículos de comunicação. Segundo os diretores da empresa, esta é mais uma das ações promovidas pela Evento do Projeto Material Amigo contou com várias atrações Caldema que consolida sua história de geração de ener- gia sustentável para o Brasil e o mundo. Syngenta Anúncio Fevereiro 2014 - Jornal Paraná 19 EVENTOS Avanços tecnológicos na Agrishow 2014 Com a campanha “Os Maiores Craques do Campo”, a feira acontece de 28 de abril a 2 de maio, em Ribeirão Preto (SP) ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO vos avanços tecnológicos do agronegócio brasileiro. No embalo da Copa do Mundo, a Agrishow 2014 – 21ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, uma das maiores e mais completas feiras de tecnologia agrícola do mundo, lançou a campanha publicitária “Os Maiores Craques do Campo”, homenagem à dedicação e empenho do produtor rural em fazer do agronegócio brasileiro o mais competitivo do mundo. A Agrishow 2014 deverá reunir as principais marcas com atuação, direta e indiretamente, nas várias atividades do agronegócio. Na edição de 2013, a feira exibiu produtos, serviços e soluções de 790 marcas a um público visitante de aproximadamente 150 mil pessoas que passaram pelos 440 mil m2 de área de exposição. Programada para o período de 28 de abril a 2 de maio de 2014, em Ribeirão Preto (SP), a feira é uma idealização das principais entidades do agronegócio, como Abag, Abimaq, Anda e SRB. Organizada pela BTS Informa, a exposição se tornou mais que uma feira de negócios, funcionando atualmente como palco para o lançamento dos mais significati- No total, os negócios iniciados na feira do ano passado atingiram a marca de R$ 2,6 bilhões, um crescimento de 15% em relação à edição anterior. Como tradicionalmente ocorre, a feira reserva ainda uma área de 100 hectares, na qual o visitante terá a oportunidade de conhecer, na prática, as mais recentes experiências tecnológicas com sementes, insu- Cerca de 150 mil pessoas passaram pela feira em 2013 mos e defensivos agrícolas que são desenvolvidas no local e envolve diversas culturas. No evento, o visitante terá a chance de conferir o fun- cionamento de diferentes tipos de máquinas e implementos agrícolas. Outro atrativo da feira é que, em função de sua importância econômica, ela atrai a atenção também das principais lideranças do setor, as quais anunciam medidas e ações públicas de interesse do produtor agrícola. SERVIÇO: Outras informações: www.agrishow.com.br Rolemax realiza treinamentos No último dia 31 de janeiro, a Rolemax Rolamentos realizou um treinamen- to técnico na área em que atua para mais de 70 colaboradores da Destilaria Melhoramentos, localizada em Jussara (PR). O evento contou com a participação efetiva da Indústria Nachi Rolamentos do Brasil, representada pelo 20 engenheiro Eduardo Cabral, do DEA – Departamento de Engenharia de Aplicação da Nachi. “Agradecemos a todos os participantes, principalmente o engenheiro agrônomo Marcos Gentili, res- ponsável pela área agrícola da usina”, afirma o sócio diretor da Participaram 70 colaboradores da Destilaria Melhoramentos Jornal Paraná - Fevereiro 2014 Rolemax, Beto Ávila. Distribuidor Nachi da região, com sede em Londrina (PR), a empresa dis- ponibiliza treinamentos de rolamentos para aplicações industriais e agrícolas em toda a região Norte e Noroeste do Paraná e Sul de São Paulo. Os interessados podem fazer a solicitação pelo telefone (43) 3321-4080, ou através do site www.rolemax.com.br. Sugar & Ethanol Brazil reúne maiores nomes do setor Encontro discutirá produção, mercado, perspectivas econômicas, desafios ambientais e oportunidades, de 24 a 26 de março, em São Paulo DA EQUIPE DE REDAÇÃO Com o objetivo de debater produção, mercado, perspectivas econômicas, desafios ambientais, certificações e oportunidades para o setor sucronergético, entre outros assuntos, será realizada a 10ª edição do Sugar & Ethanol Brazil, nos dias 24, 25 e 26 de março, em São Paulo (SP), no Hotel Tivoli São Paulo Mofarrej - Alameda Santos, 1437 – Cerqueira César. A promoção é da F.O. Licht’s, consultoria especializada em açúcar e etanol, em parceria com a Novozymes e a Bayer CropScience. O encontro reunirá especialistas, pesquisadores, representantes da iniciativa privada, líderes nacionais e internacionais do setor, além da presença do diretor do departamento de Gestão do Setor Elétrico do Ministério de Minas e Energia do Brasil, Ricardo Gusmão Dornelles. A expectativa é de que cerca de 350 pessoas participem. “O Sugar & Ethanol tem se consolidado como o evento mais importante ao longo desses anos porque, além de reunir os principais nomes do setor, traz sempre como pauta o planejamento de ações para superar desafios e estimular o desenvolvimento dos players dos mercados de açúcar e álcool”, diz Christoph Berg, diretor operacio- nal da F.O. Licht’s. Nos dois primeiros dias de evento, serão realizados painéis de discussão que terão como temas “Produção Global e Atualização de Comercialização com foco no Brasil”, “Desenvolvimento do 2G no Brasil”, “Mercado Internacional de Açúcar e Etanol – Novos Mercados, Novos Mandatos e Novas Oportunidades”. Já no terceiro e último dia será realizado o workshop “Sustentabilidade na Produção Sucroalcooleira e Cadeia Produtiva”, direcionado a usinas. Dentre os palestrantes estão confirmadas as participações de Elisabeth Farina, presidente da União da Indústria de Cana de Açúcar (Unica), Alan Hiltner, vice-presidente da Granbio, e dos CEOs Mark Lyra (Cosan Biomassa), Vincent Kamel (Rhodia Coatis) e Rui Chammas (Biosev). Rosângela Moreira de Araújo, superintendente de biocombustíveis e qualidade de produtos, da Agência Nacional do Petróleo (ANP), e Michel Henrique Santos, diretor de Sustentabilidade da Bunge, também marcarão presença. A exemplo dos anos anteriores, a expectativa é de que cerca de 350 pessoas participem Para outras informações e inscrições: http://ethanolbrazil. agraevents.com/ Fevereiro 2014 - Jornal Paraná 21 DOIS PONTOS Biodiesel Dificuldades Às vésperas do início da safra 2014/15, as usinas do Centro-Sul do Brasil vão começar o novo ciclo descapitalizadas e sem perspectivas para expansão cenário não muito diferente do ano anterior. O faturamento do setor para a safra 2013/14, que se encerra em março, deve fechar em cerca de R$ 70 bilhões - quase a soma das dívidas dessas indústrias. "As usinas começam a nova safra já devendo uma safra inteira", diz Alexandre Figliolino, diretor do Itaú BBA. Algumas das tradicionais famílias de usineiros cederam espaço para grupos internacionais. Hoje, cerca de 40 grupos estão em recuperação judicial e dezenas de unidades foram desativadas. Agronegócio Mesmo com os gargalos enfrentados nos últimos anos, a estimativa do agronegócio é positiva para este ano. O setor deve gerar uma renda de R$ 440 bilhões em 2014. Com ritmo acelerado de produção, as exportações brasileiras alcançaram quase US$ 100 bilhões em 2013, um crescimento de 4,3% em relação a 2012. Entre os principais produtos exportados, estão os grãos (soja) e carnes. Doutorado As três maiores universidades de São Paulo - USP, Unicamp e Unesp -lançaram um programa de doutorado em conjunto na área de bioenergia com o objetivo de alavancar a pesquisa de alta tecnologia para produção de biocombustíveis e melhorar a eficiência de motores. Serão erguidos 17 laboratórios ao custo de R$ 48 milhões em Piracicaba, Rio Claro e Campinas, no interior de São Paulo, onde as instituições mantêm campi. As aulas serão por videoconferência. A primeira turma, que começa em março, terá 41 pesquisadores, sendo alguns de Portugal, Rússia, França e Colômbia. 22 Jornal Paraná - Fevereiro 2014 A versão eletrônica do relatório dos benefícios ambientais da produção e do uso do biodiesel está disponível no portal do Ministério da Agricultura. Estima-se que, no caso da qualidade do ar respirado, haja uma diminuição das emissões da ordem de 70% quando considerado o ciclo de vida do biodiesel puro, enquanto que na emissão de gases de efeito estufa, percebe-se sensível melhoria na qualidade do ar das grandes cidades em virtude da redução de envios de materiais particulados, hidrocarbonetos e monóxido de carbono à atmosfera. OGM Os pesquisadores do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) já dominam a tecnologia para produzir a primeira variedade de cana geneticamente modificada para resistir à broca (Diatraea saccharalis). No entanto, algumas etapas precisam ser vencidas ainda até que o produto chegue ao mercado. A previsão é de que a cana transgênica deva estar disponível aos produtores até 2017. Economia Aguardado para 2014, o aumento da mistura de biodiesel no diesel fóssil não deve ser implementado neste ano. Hoje, o percentual de biodiesel no diesel está em 5%. Se a mistura fosse elevada para 7%, geraria uma economia de R$ 2,3 bilhões à Petrobras em 2014, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais. A estimativa considera o volume de diesel importado no ano passado e a taxa de câmbio média em 2013. Incluindo na conta um possível aumento de consumo neste ano e o dólar mais recente, o impacto poderia ser ainda maior para o caixa da Petrobras. No ano passado, o Brasil importou US$ 8,3 bilhões em óleo diesel, porque a Petrobras opera no limite da sua capacidade de refino, enquanto o consumo nacional cresce em ritmo acelerado. Investimentos verdes Em 2013, os investimentos em tecnologias limpas no Brasil caiu pela metade, US$ 3.4 bilhões em fontes renováveis e sistemas inteligentes de energia, (foram US$ 7.1 bilhões em 2012), bem abaixo da queda média mundial de 11%. Os dados são da empresa de pesquisa Bloomberg New Energy Finance. Desde 2004, o Brasil vinha dominando o mercado de energia limpa na América Latina, respondendo em média por 60% de todos os investimentos na região. Isso mudou em 2013. Chile, México e Uruguai todos investiram mais de US$ 1 bilhão para a energia limpa. Tributos Impostos e tributos pagos no país em 2013, segundo estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico somaram 36,3% do PIB, número que vem crescendo. Enquanto os guatemaltecos são os que pagam menos tributos entre os 18 países da América Latina pesquisados, o Brasil só perde – nesse ranking – para a Argentina (37,3%). No Uruguai, terceiro no ranking, a carga tributária é de 26,3%. Na outra ponta, Guatemala, República Dominicana e Venezuela, esta é de 12,3%, 13,5% e 13,7% do PIB, respectivamente. Fim dos fósseis Com base em análise de vários cenários, a Shell, uma das maiores petrolíferas mundiais prevê que os carros não vão necessitar mais de combustíveis fósseis daqui a pouco mais de 50 anos, em 2070. Para o final do século uma rede de infraestruturas de abastecimento de hidrogênio irá substituir a necessidade de diesel e gasolina para viagens de longa distância ou com cargas pesadas, acreditam os diretores. O uso de combustíveis fósseis no mercado de carros particulares irá começar a diminuir após um pico global em 2035. Demandas Renovação A renovação dos canaviais no Centro Sul deve trazer aumentos mais significativos de produtividade daqui a cinco anos, estima o CTC. Para o cálculo foi considerada uma renovação anual de 20% da área, mas na prática tem sido de 15% e 17%. Cerca de 50% das lavouras ainda são ocupadas por variedades antigas (30 anos) pouco adequadas a mecanização. A diferença entre o preço interno e o externo praticado nas refinarias de derivados de petróleo aumentou. Em novembro de 2013, a Petrobras vendia o litro da gasolina 11% mais barato do que o cobrado no exterior. Mesmo com o reajuste de 4% autorizado, em dezembro, a diferença média subiu para 12%. Além do aumento do preço do petróleo, o dólar mais caro contribuiu para o aumento da diferença. Defasagem O setor sucroenergético vai formalizar aos presidenciáveis suas demandas mais urgentes. O documento será elaborado durante o 2º Congresso do Setor Energético do Brasil Central Canacentro. O evento será realizado de 19 a 21 de março, no Centro de Convenções Rubens Gil de Ca- milo, em Campo Grande. O documento será elaborado a partir da síntese das palestras que irão compor a programação do evento, as quais vão abordar os principais gargalos da cadeia produtiva do setor. Entre os palestrantes estão confirmados nomes como Marcos Fava Neves, Alexandre Especialização Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Estadual de Maringá abriu nova turma do Curso de Especialização em Tecnologia Mecânica do Setor Sucroalcooleiro, com parceria e patrocínio da Usina Santa Terezinha. Cada aluno será beneficiado com uma bolsa de estágio de até R$ 2.500,00, dependendo da área de formação do interessado. As inscrições vão até 28 de fevereiro e devem ser feitas pela internet. Mais informações: www.dem.uem.br/especializacao. Mendonça de Barros e Alexandre Figliolino. O Canacentro é um evento rotativo entre os estados da região Centro-Oeste e nesta edição será organizado pela Federação da Agricultura e Pecuária de MS, em parceria com a Associação dos Produtores de Bioenergia de MS. Seleção O curso tem como objetivo aprimorar engenheiros mecânicos, de produção, agrícola, químicos e tecnólogos de automação industrial para atuarem em usinas,. A especialização é aberta a profissionais com até três anos de formados e terá duração de 12 meses. Os alunos farão estágio em período integral na Usina Santa Terezinha, com direito a moradia e refeições cedidas pela empresa. Currículos serão avaliados por uma comissão formada por professores de Engenharia Mecânica da UEM e por profissionais da usina. A seleção será no dia 8/3. Fevereiro 2014 - Jornal Paraná 23 24 Jornal Paraná - Fevereiro 2014