Impresso Especial 991218260/2007-DR/BSB PMDB www.pmdb.org.br Brasília, Distrito Federal, 9 de Dezembro de 2015, número 249. Câmara dos Deputados elege chapa para a comissão do impeachment Wendel Lopes/PMDB Com o apoio de 272 deputados, o Plenário da Câmara aprovou a chapa 2 para compor a comissão especial de análise do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A chapa 1 obteve 199 votos. A chapa 2 é formada, em sua maioria, por deputados que fazem oposição ao governo e tem 39 inscritos. Os outros 26 deputados que precisam ser eleitos para preencher as 65 vagas serão escolhidos em votação complementar, que ocorrerá nesta quarta-feira (8). Oito deputados já foram indicados pelo PMDB, são eles: Osmar Terra (RS), Lelo Coimbra (ES), Carlos Marum (MS), Lúcio Vieira lima (BA), Manoel Junior (PB), Mauro Mariani (SC), Flaviano Melo (AC), Osmar Serraglio (PR). CAE aprova relatório de Marta Suplicy com novos limites do Simples Nacional A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou nesta terça-feira (8) o aumento dos limites de enquadramento no Simples Nacional. O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 125/2015 eleva de R$ 360 mil para R$ 900 mil o teto da receita bruta anual da microempresa (ME) e de R$ 3,6 milhões para R$ 14,4 milhões o da empresa de pequeno porte (EPP). A comissão aprovou também um pedido de urgência para o exame do projeto em Plenário. A maior parte das regras só valerá a partir de 1º de janeiro de 2017, mas o prazo do chamado “Refis do Simples”, que permitirá aos micro e pequenos empresários parcelar débitos tributários em até 120 meses, poderá entrar em vigor já a partir de 2016. A relatora na Comissão, senadora Marta Suplicy (SP), propôs um substitutivo ao projeto original. O novo texto, que foi SENADO Em artigo, Moreira Franco afirma que “sem equilíbrio fiscal não há esperança” Pedro França/Agência Senado apresentado na reunião desta terça-feira, prevê o pagamento do ICMS e do ISS por fora da guia do Simples Nacional na parte da receita bruta anual que exceder R$ 3,6 milhões. Esses impostos são, respectivamente, de competência de estados e municípios. CÂMARA Kátia Abreu relata anteprojeto da Lei de Licitações CCJ do Senado deve votar fim da reeleição para presidente da República SENADO Henrique Alves cria comissão sobre Orçamento Impositivo 2 CMO aprova relatório setorial da área social sem cortes no Bolsa Família CÂMARA Sérgio Souza é autor de texto sobre Política de Biocombustíveis 2 PMDB Manoel Júnior propõe alteração na Lei de Responsabilidade Fiscal 2 Partido reúne 2 mil militantes em encontro regional no Ceará 2 4 1 Congresso Nacional CÂMARA SENADO Aprovado projeto de Lucio Vieira Lima para padronizar tempo de sustentação oral nos juizados especiais Projeto de Romero Jucá concede incentivos fiscais para construção de creches e escolas Os advogados poderão ter dez minutos de A construção de creches e escolas para crianças de até cinco anos poderá ter regime especial de tributação. É o que determina o Projeto de Lei do Senado (PLS) 169/2012, de autoria do senador Romero Jucá (RR), aprovado pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado. A matéria segue para análise da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde vai tramitar em decisão terminativa. O projeto cria um regime especial de tributação que pretende diminuir os custos das obras para a construção desses estabelecimentos. O texto prevê também que a tributação da empresa em relação a cada creche ou pré-escola construída passará a ter como base a receita mensal recebida, sobre a qual incidirá a alíquota de 1%. Essa tributação unificada compreenderá o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica, a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), a Contribuição para o PIS/Pasep e a Cofins, independentemente do regime de apuração de lucro adotado pela construtora (real, presumido ou arbitrado). Jucá disse ainda que esse regime especial tem caráter opcional, com validade até 31 de dezembro de 2018, para os projetos de construção de creche e de pré-escolas que sejam contratados a partir de 1º de junho de 2012. “Temos um grande desafio: construir creches e pré-escolas para atender à população do ensino infantil. Realmente, o maior deficit educacional se dá exatamente nessa faixa – de crianças de zero a três anos. Neste caso a demanda só é atendida em 20% e, na pré-escola, um pouco mais, mas ainda há ausência de vagas”, ressaltou. prazo para defender seus clientes em sustentação oral nos recursos contra sentença dos juizados especiais criminais e cíveis. O prazo também será aplicado no recurso contra a rejeição da denúncia ou queixa criminal. A proposta é do deputado Lucio Vieira Lima (BA), por meio do Projeto de Lei 2969/2011, que foi aprovado em caráter conclusivo na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados e que agora segue para análise do Senado. Segundo o deputado, o objetivo é padronizar o tempo da sustentação oral em todas as turmas recursais dos juizados especiais. Criados pela Lei 9.099/1995, os juizados especiais atuam em causas que envolvam pequenos valores ou incidentes de menor gravidade, o que permite mais rapidez da Justiça. Atualmente, o tempo de sustentação oral é definido pelos regimentos internos das turmas ou por outros atos normativos dos tribunais. Deputado Lucio Vieira Lima (BA) Foto:Wendel Lopes/PMDB O relator da proposta na CCJC, deputado Rodrigo Pacheco (MG), explicou que o prazo de sustentação oral nos tribunais normalmente é de 15 minutos, mas como as causas dos juizados especiais são de menor complexidade, a medida, segundo ele, é acertada. “É o momento que as partes têm a oportunidade de chamar a atenção dos magistrados às razões de seu apelo. E eu já vi muitas vezes, na minha carreira de advogado, diversos julgamentos serem decididos no momento da sustentação oral”, disse. CÂMARA SENADO Senadores da CCJ analisam fim da reeleição para presidente da República Laudivio propõe debate sobre prorrogação da DRU O deputado Laudivio Carvalho (MG) é o autor do requerimento para a audiência pública que foi realizada nesta terça-feira (8), na Comissão Especial que analisa a prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU) para até 2019 (PEC 4/2015 e apensadas). O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, foi um dos convidados para o debate. Ao justificar a necessidade da audiência, Laudivio lembrou que há outra Proposta de Emenda Constitucional (PEC 87/2015), enviada pelo governo, que amplia a prorrogação até 31 de dezembro de 2026. Atualmente, a DRU permite ao governo usar livremente 20% de todos os impostos e contribuições sociais e econômicas federais. Mas, “o texto da PEC amplia de 20% para 30% o percentual das receitas de tributos federais que podem ser usadas livremente e altera quais tributos podem ser desvinculados. Desta forma, se faz necessário um debate mais amplo com representantes do governo federal”, justificou o deputado. 2 Senador Raimundo Lira (PB) Foto:Wendel Lopes/PMDB CÂMARA O relatório do senador Raimundo Lira (PB) Aluno maior de 14 anos do ensino fundamental regular poderá fazer estágio sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 113/2015), que põe fim à reeleição para os cargos de presidente da República, governador e prefeito, deve ser deliberado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado nesta quarta-feira (9). A matéria já foi aprovada pela Câmara dos Deputados. Raimundo Lira recomendou acomodar, em uma proposta que reúna os pontos acordados entre Câmara e Senado, o fim da reeleição, a obrigatoriedade de impressão Jovens maiores de 14 anos poderão ganhar o direito de fazer estágio. É o que consta do PL 5/2015, relatado pela deputada Josi Nunes (TO) e aprovado pela Comissão de Educação (CE) da Câmara. A proposta que permite realização de estágio aos alunos maiores de 14 anos dos anos finais do ensino fundamental regular altera a Lei do Estágio (Lei 11.788/2008), que só autoriza esta atividade para alunos do ensino fundamental quando matriculados na modalidade de educação de jovens e adultos (EJA). A EJA atende a jovens a partir de 15 anos que não completaram a educação básica em idade apropriada. Para Josi Nunes, o projeto é meritório, “uma vez que não há mesmo razão para os maiores de 14 anos que frequentam o ensino fundamental se encontrarem impedidos de participar dos programas de estágio oferecidos por empresas”. A comissão aprovou emenda da peemedebista que retira do texto a obrigação de a empresa pagar meio salário mínimo ao estagiário. Na justificativa, ela explica que os estágios não remunerados também podem ter valor educacional e que a oferta deles pode ser limitada em função da obrigatoriedade de remuneração mínima. Para Josi, o estágio ajuda a suprir a falta de oferta de atividades fora do horário de aula. “Infelizmente, nós não temos escolas de tempo integral pra toda dos votos e a abertura de “janela” para permissão da troca de partido. Isso tornaria a matéria pronta para ser promulgada. Mas o senador Romero Jucá (RR), que foi relator da Reforma Política no Senado, defendeu a manutenção de apenas dois temas na PEC pronta para promulgação: a “janela” partidária e a impressão do voto. O fim da reeleição seria tratado em uma Proposta de Emenda à Constituição exclusiva. Os senadores da CCJ devem decidir o conflito entre as alternativas oferecidas por Lira e Jucá. SENADO Servidores de cargos em confiança serão proibidos de fazer doação a partidos políticos em período eleitoral Deputada Josi Nunes (TO) Foto:Wendel Lopes/PMDB a nossa juventude. Infelizmente, os nossos jovens, ao estudar, no contraturno ficam muito ociosos. Nós não temos atividades culturais, esportivas, que possam beneficiar essa juventude. E ele fica então à mercê da criminalidade, das drogas e do tráfico. O estágio muda a vida de um jovem. O jovem cresce, convive com outras pessoas, com outras mentalidades, com outros conhecimentos”, observou Josi Nunes. Consta da pauta da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado o PLS 663/2015, que proíbe ocupantes de cargos em comissão ou função de confiança na administração direta e indireta da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios de fazer doação a partidos políticos no período de seis meses antes das eleições. No período eleitoral, a doação financeira desses servidores estará proibida. O projeto altera a Lei dos Partidos Políticos (nº 9.096) e a Lei das Eleições (nº 9.504) e vale para servidores de órgãos da administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. A proposta também veda ao candidato receber doação em dinheiro desses servidores no período de três meses antes da data das eleições. O relator senador Ricardo Ferraço (ES) disse ser inadmissível que a nomeação para cargos públicos sirva como meio de destinar recursos da remuneração pela função de confiança para financiar campanhas eleitorais. “Trata-se, pois, de medida moralizadora, que, a um só tempo, contribuirá para a redução da influência do poder político no resultado das eleições, para a igualdade entre as candidaturas, bem como para nomeações para o exercício de cargos em comissão e funções comissionadas com base na aptidão técnica dos profissionais escolhidos”, declarou. Congresso Nacional CONGRESSO Plenário da Câmara elege comissão que vai decidir sobre impeachment Depois de ser adiada por 24 horas e de provocar intensa movimentação nas bancadas partidárias, a comissão especial que vai analisar a possível abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff foi eleita nesta terça-feira (8), abrindo os trabalhos da semana no Plenário da Câmara. A comissão é composta por 65 deputados de todos os partidos, em quantidade proporcional para cada agremiação. Houve disputa de duas chapas: a chapa 1, formada por parlamentares indicados por líderes, e a chapa 2, formada pela oposição e por parlamentares favoráveis ao impeachment. Os oito deputados peemedebistas indicados pelo PMDB são: Osmar Terra (RS), Lelo Coimbra (ES), Carlos Marum (MS), Lúcio Vieira Lima (BA), Manoel Junior (PB), Mauro Mariani (SC), Flaviano Melo (AC) e Osmar Serraglio (PR). Precatórios — Ainda está na pauta da Câmara a análise em segundo turno da PEC 74/2015, que muda o regime especial de pagamento de precatórios para viabilizar a quitação destes títulos por parte de estados e municípios. A matéria é de grande interesse dos prefeitos e governadores. Pelo texto, os precatórios pendentes até 25 de março de 2015 e aqueles a vencer até 31 de dezembro de 2020 poderão ser pagos até 2020 dentro de um regime especial que permite o aporte de recursos limitados a 1/12 (um doze avos) da receita corrente líquida. Durante o prazo previsto, pelo menos 50% dos precatórios serão pagos em ordem cronológica de apresentação. A outra metade poderá ser usada para a negociação de acordos com os credores de forma a haver redução máxima de 40% do valor a receber, desde que não haja recurso pendente contra a decisão judicial. Senado inicia semana com pauta trancada pela MP que regulamenta a venda de imóveis e terrenos da União O Plenário do Senado iniciou a semana com a pauta trancada pela Medida Provisória (MP) 691/2015, que autorizou a União a vender parte dos seus imóveis. A medida tem o objetivo de gerar receita para a União. Ela integra o pacote de ajuste fiscal do governo e só perde a validade em 7 de fevereiro de 2016. O texto define as regras para gestão, administração e transferência de imóveis federais, inclusive de autarquias e fundações, e abrange, além dos terrenos de marinha, imóveis como prédios, terrenos urbanos e galpões. A MP estabelece que os imóveis e terrenos da União podem ser adquiridos pelos atuais moradores com desconto de 25% sobre o valor de mercado e que eles passam para o domínio pleno do comprador. O abatimento para quitação dos terrenos de marinha será mantido por um ano a partir da data de inclusão da área na lista dos imóveis à venda, divulgada em portaria do Ministério do Planejamento, sem necessidade de autorização do Congresso Nacional para alienar os bens. Nesta terça-feira (8) os senadores aprovaram a indicação de Flávio Soares Damico, para a embaixada brasileira em Singapura, e três requerimentos de urgência para as seguintes propostas: PLC 186/2015, que trata da repatriação de recursos mantidos no exterior não declarados à Receita Comissão de Orçamento aprova relatório da área social sem corte no Bolsa Família Os R$ 28,1 bilhões necessários para manter o programa Bolsa Família em 2016 estão garantidos no relatório setorial aprovado nesta segunda-feira (7), pela Comissão Mista de Orçamento (CMO). O texto também preserva as dotações previstas no próximo ano para os programas mais relevantes do governo na área social. A presidente da CMO, senadora Rose de Freitas (ES), destacou a importância de a comissão votar todos os relatórios setoriais nesta semana, e voltou a afirmar que pretende votar até o início da próxima semana o parecer final da proposta orçamentária. “A aprovação do relatório da área social foi um passo importante, pois o Bolsa Família tem sido motivo de polêmica entre os parlamentares do colegiado”, disse. Entretanto, a aprovação do relatório setorial não é definitiva. Os recursos para o Foto: Gustavo Lima / Câmara dos Deputados Recurso especial — Outra Proposta de Emenda à Constituição que integra a pauta semanal de votações no Plenário da Câmara é a PEC 209/2012, de autoria da senadora Rose de Freitas (ES), com relatório do exdeputado Sandro Mabel (GO). A matéria disciplina o acatamento de recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que só poderá recusar o recurso com o voto contrário de 2/3 dos membros. Pauta trancada — As propostas de emenda à Constituição deverão ser analisadas em sessões extraordinárias, já que a pauta da Câmara continua trancada. Os temas com prioridade constitucional são duas medidas provisórias – MP 690/2015, que aumenta o tributo sobre bebidas, e MP 696/2015, sobre reforma administrativa – e dois projetos de lei, sendo um sobre a regulamentação do teto no serviço público e outro de combate ao terrorismo. Federal; PDS 384/2014, que susta os efeitos da portaria de suspensão, por 120 dias, do seguro-defeso (benefício pago aos pescadores na época de reprodução dos peixes em que a pesca é proibida), e PLS 432/2013, que regula a expropriação de propriedades urbanas e rurais nas quais fique comprovada a exploração de trabalho escravo. Além dessa pauta, foi definido um calendário especial para apreciação da PEC 99/2015, relatada pela senadora Simone Tebet (MS) na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), proposta que amplia a licença-maternidade da mãe de bebê prematuro para 120 dias. Ainda nesta semana, os senadores poderão votar a PEC 110/2015, que cria limites e critérios para a ocupação de cargos comissionados na administração pública, e também a PEC 83/2015, do senador Renan Calheiros (AL), que cria a Instituição Fiscal Independente — órgão auxiliar do Legislativo para avaliar a política fiscal do governo federal. A proposta faz parte da Agenda Brasil, conjunto de medidas apresentadas pela presidência do Senado para incentivar a retomada do crescimento econômico do país. O objetivo da PEC, segundo Renan, é criar um ambiente fiscal mais seguro e previsível, que não dê margens a manobras e “pedaladas fiscais”. Outro item é a proposta do novo marco regulatório para a área de ciência, tecnologia e inovação. O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 77/2015 promove uma série de ações para o incentivo à pesquisa, à inovação e ao desenvolvimento científico e tecnológico. E mais uma proposta poderá receber tratamento na mesma sessão: o PLC 34/2013, que assegura a prestação de assistência odontológica a pacientes em regime de internação hospitalar nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), aos portadores de doenças crônicas e, inclusive, aos atendidos em regime domiciliar na modalidade home care. programa poderão ser cotados na elaboração do parecer final da proposta orçamentária, que também deve ser votado na Comissão de Orçamento. O relator terá de fechar um texto com a meta de superavit primário do próximo ano, que é de R$ 34,4 bilhões para o governo federal. Há uma expectativa de corte de R$ 10 bilhões da despesa fixada para o próximo ano. Salário seguro — Os recursos para garantir o pagamento do salário mínimo em 2016 também deverão ser aumentados em R$ 1,8 bilhão. O salário mínimo impacta despesas com abono salarial e seguro desemprego, benefícios previdenciários e benefícios assistenciais. O governo havia enviado a proposta de salário mínimo no valor de R$ 865,50. Mas, a previsão na CMO é que o mínimo seja fixado em R$ 871,00. O aumento deve-se à nova previsão do INPC – índice usado para reajustar o salário mínimo – estimado em 10,37%. A pedido do governo, o orçamento também deverá prever R$ 1,3 bilhão para o seguro-desemprego pago ao pescador artesanal (seguro defeso). A proposta inicial do governo era de apenas R$ 264 milhões para essa ação, valor muito inferior aos R$ 3,2 bilhões de 2015. Sessão de votação na Câmara dos Deputados AGENDA & NOTAS Comissão debate produção e mercado nacional de vinhos A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara debateu nesta terça-feira (8), com representantes dos produtores de vinho e especialistas em Enologia e Viticultura, a tributação para vinhos e espumantes, a inclusão desta atividade no Supersimples, além do PL 5965/2013, de autoria do deputado Edinho Bez (SC), que institui a Cesta Básica Nacional e define os produtos que a compõem. A proposta inclui o vinho entre os pro- Audiência Pública debate sobre a fruticultura brasileira dutos que compõem a cesta básica nacional e altera a composição da cesta básica para garantir que ela seja a mesma em todo o país, já que atualmente ela varia entre três regiões. O projeto adota os valores das regiões Sudeste, Goiás e Distrito Federal como padrão. Outras duas padronizações são dirigidas à banana e ao óleo. Para a banana passa a valer o valor em dúzias ao invés de unidades; para o óleo, em 900 ml ao invés de 750 ml. O deputado Edinho Bez defendeu que o vinho é considerado remédio e que o seu Por solicitação do deputado Silas Brasileiro (MG), as comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços (CDEICS), e de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara realizaram nesta terça-feira (8) audiência pública para debater o Projeto de Lei (PL) 3082/2015, que dispõe sobre a Política Nacional de Incentivo à Produção de Frutas in Natura e de Produção de Derivados. consumo diário, como um hábito saudável, incentivará a produção e trará reflexos econômicos altamente positivos para o país. “O meu projeto tem, além do objetivo de fazer com que o vinho seja considerado remédio, baixar a carga tributária de 54% para de 7 a 15%. Haverá novos investidores porque o Brasil tem clima, tem terra e nós temos tudo para sermos grandes produtores de vinho. Nós queremos estimular que as pessoas com menos poder aquisitivo tomem o vinho e que mais investimentos venham para o Brasil para gerar empregos, renda e melhorar também a nossa economia. Agora, tudo que for demais prejudica. Até agua, se você beber demais também vai fazer mal”. Recentemente, uma medida provisória (MP 690/2015) aumentou em 10% o IPI sobre o vinho nacional. Já os micro e pequenos produtores do setor vinícola foram incluídos no regime de tributação Simples Nacional, também conhecido como Supersimples, projeto aprovado recentemente na Câmara (PLP 25/2007), agora em análise no Senado. O peemedebista, que é o relator do projeto na CDEIC, explicou que requereu a audiência para ampliar o debate sobre o tema com o segmento fruticultor e, por conseguinte, obter subsídios indispensáveis à elaboração de seu voto. “Considerando a extraordinária contribuição e potencial da fruticultura nacional, entendemos que, na qualidade de relator, é fundamental que criemos um espaço de discussão, para que possamos conhecer com maior profundidade as especificidades do setor e criar políticas públicas eficientes que incentivem a produção, o crescimento e a geração de divisas”, comentou Silas Brasileiro. 3 PMDB e Fundação Ulysses Guimarães Sem equilíbrio fiscal não há esperança * Moreira Franco Em nossa história recente, foi por entender a força mobilizadora do conceito de união nacional que conseguimos construir um ambiente político que nos trouxe de volta a estabilidade da moeda e nos afastou do fantasma da inflação, como no Plano Real. Depois, quando as conquistas da estabilidade econômica estavam ameaçadas, foi a reafirmação dos compromissos macroeconômicos, como controle da inflação e equilíbrios fiscal e cambial, expressos na Carta aos Brasileiros, que nos permitiu os avanços sociais que assistimos em anos recentes. Hoje, o descaso com regras básicas da economia começa a causar prejuízo de continuidade até nos programas sociais. O contingenciamento de maio passado levou ao corte de R$ 7 bilhões no orçamento de três dos mais relevantes: o Minha Casa Minha Vida, o Pronatec e o Fies. Para 2016, a perspectiva é de expressivos cortes em pelo menos sete programas. Somente no Pronatec e no Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar, os gastos previstos no orçamento de 2016 caíram R$ 2,487 bilhões em relação a 2015. É inegável a necessidade de ajustes para reequilibrar o Orçamento da União. Mas os programas sociais são patrimônio da sociedade. O governo deve focalizar melhor Eliseu Padilha é o secretário-executivo da Executiva Nacional do PMDB O ex-ministro da Aviação Civil Eliseu Padilha (RS) assumiu nesta segunda-feira (7) a secretaria-executiva da Executiva Nacional do PMDB. O convite foi feito pelo presidente nacional do PMDB e vice-presidente da República Michel Temer. Em entrevista coletiva, Padilha falou sobre a conversa com o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, e com a presidente Dilma Rousseff, em virtude da carta protocolada pelo ex-ministro na última quinta-feira (3). Segundo ele, a justificativa ali presente foi recebida com compreensão. “Eu penso que eu deva trazer à sociedade quais são as razões pessoais para minha renúncia ao cargo. Eu sou do quadro do Partido. Eu fui para o ministério (da Aviação Civil) como componente do quadro do PMDB, uma indicação pessoal do presidente Michel Temer. Agora, ele me mostrou a necessidade de ter alguém que possa, junto com ele, fazer um trabalho semelhante ao que fizemos pela Fundação Ulysses Guimarães: o de estabelecer uma relação diária, se possível, com todos os 27 diretórios das unidades da federação, especialmente com as regiões metropolitanas. O Partido tem um projeto para 2016 e um para 2018. Eu também manifestei, há mais tempo, que gostaria de retornar às minhas atividades particulares – sou advogado e empresário e gostaria de retomar minha vida privada, tanto que em 2010 fui candidato apenas para cobrir o número de candidatos e, em 2014, nem me candidatei”, explicou. Padilha também ressaltou que, recentemente, o presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Moreira Franco, lançou com grande sucesso o programa “Uma Ponte para o Futuro”. “É um programa para debate interno no Partido, e esse debate nós vamos conduzir pela Fundação e agora também pelo Partido. O resultado do debate deverá apontar rumos Juventude do PMDB-RS ressalta importância de posicionamento político No último sábado (5), a JPMDB-RS esteve reunida, em Tramandaí, com a finalidade de debater as políticas estaduais de juventude e o papel dos jovens no processo político, especialmente no atual cenário nacional. As discussões ocorreram durante o 12º Acampamento de Verão – tradicional encontro de fim de ano da juventude peemedebista. Além disso, a atividade sediou a última edição do projeto #JuventudeNaEstrada, promovido pelo Núcleo, em parceria com a Fundação Ulysses Guimarães do Rio Grande do Sul. O presidente estadual da JPMDB-RS, Beto Fantinel, disse que o encontro encerra o ano das atividades da juventude e que o saldo é muito positivo, especialmente pela retomada do movimento estudantil. Sobre o atual momento político, Fantinel ressaltou que a JPMDB-RS nunca deixou de ter posição e que é preciso ter uma postura capaz de levar a uma nova condução política. “Precisamos convocar a nossa juventude e ir às ruas o gasto para proteger os mais pobres. Com criatividade, inteligência e negociação será possível reduzir custos sem prejudicar os que necessitam da proteção do Estado. O PMDB acumula uma história de 50 anos como uma legenda plural e, portanto, muitas vezes com contradições evidentes. Mas nos momentos em que mais o Brasil precisa dele, como foi na resistência à ditadura, na redemocratização e na Constituinte, o partido supera as contradições a partir do que ordenam as ruas. O documento “Uma ponte para o futuro”, que ficou conhecido como o Plano Temer, faz o que os brasileiros pedem: o resgate dos fundamentos do Plano Real e da Carta aos Brasileiros. Ambos privilegiaram o equilíbrio fiscal e criaram o ambiente adequado ao desenvolvimento e ao investimento, restituindo credibilidade às políticas econômicas implementadas. Dizer a verdade é o ponto de partida para retomar o rumo. Caminhos tortuosos encompridam a história, adiam iniciativas. É preciso dialogar com a sociedade. É dever de todos os que não trabalham para o “quanto pior melhor” apresentar propostas para tirar o Brasil da maior crise econômica de sua história. Não se trata de ideologia, nem tampouco de que partido fez mais pelo país, de ser mais ou menos liberal, mais ou menos social-democrata. A conquista e a manutenção de um ambiente macroeconômico saudável são um bem comum. * Presidente da Fundação Ulysses Guimarães. Artigo publicado no Blog do Noblat – em 04 de dezembro de 2015 para as nossas eleições municipais e para as nossas eleições de 2018. Então havia uma demanda no Partido”, anunciou. O ex-ministro lembrou que recebeu da presidente Dilma Rousseff, por conhecer profundamente a legislação, a missão de comandar o Ministério da Aviação com autonomia orçamentária para efetivar programas que deveriam ser implementados, dentre os quais o programa de aviação regional e a conclusão das obras nos aeroportos administrados pela Infraero. “Mas, por conta da realidade orçamentária das contas públicas, não permitiram que o Fundo Nacional da Aviação Civil pudesse ser disponibilizado, sendo usado pelo Ministério da Fazenda para os chamados resultados primários”, disse. Eliseu Padilha lamentou também que, em muitos casos, não pôde dar respostas aos deputados, senadores, governadores, prefeitos, lideranças regionais, lideranças municipais, no prazo em que elas estavam sendo solicitadas, porque o Fundo teria de ser exclusivamente utilizado para o financiamento do sistema aeroportuário brasileiro. “Eu enfrentei inúmeras audiências com esse tipo de cobrança. A explicação dada, e ela é real, era de que as circunstâncias faziam com que eu não tivesse disponibilidade para concluir ou construir aquilo que havia sido projetada. Havia então uma frustação ampla e mútua. Eles saíam frustrados e eu ficava com esse sentimento. Estava realmente difícil de continuar dando explicação”, afirmou. Sobre a nova missão, Padilha ressaltou que agora vai cuidar das questões executivas delegadas pela Executiva Nacional, pelo Diretório Nacional do Partido. “Soma-se, portanto, à razão autenticamente profissional de querer voltar à minha atividade profissional o chamamento do Partido. Eu sou quadro do Partido, e agora o Partido – segundo o presidente Michel – está precisando de alguém que possa estar com ele [o Presidente] vendo as questões que dizem respeito à execução daquilo que o diretório ou a Executiva Nacional determinam. Então é esta atribuição que vai ficar agora ao meu encargo”, finalizou. para dialogar e construir com a sociedade um governo que nos represente com dignidade e esperança. Somos responsáveis pela construção do amanhã”, afirmou. Já o deputado Gabriel Souza, secretário-geral da Executiva Estadual do PMDB-RS, parabenizou o trabalho desenvolvido pela JPMDB durante todo o ano e ressaltou que em 2016 o desafio será mais amplo. “A juventude terá um papel ainda maior no próximo ano. Sugiro que o debate sobre o tamanho do Estado seja pauta principal, discutida pelos jovens e ampliada pela sociedade, que deve participar do debate”, disse. O presidente da FUG-RS, João Alberto Machado, ressaltou o sucesso do projeto #JuventudeNaEstrada – que foi acolhido nacionalmente e que agora percorrerá todos os estados. Segundo Machado, a JPMDB está construindo uma nova forma de fazer política. “Temos que compreender o cenário político atual, modernizar o discurso e dizer: ‘nós estamos na luta e é da luta que formamos as lideranças”, completou. Durante o encontro foi realizada a filiação de Fábio Vieira, que preside a União Estadual dos Estudantes (UEE), ao PMDB. Com a assinatura de sua ficha ao Partido, a JPMDB-RS volta a comandar a UEE depois de 20 anos. DISCURSO Garibaldi quer Nordeste mobilizado pelas obras de transposição O senador Garibaldi Filho (RN) defendeu a mobilização da classe política nordestina – principalmente as bancadas da região no Congresso Nacional – para buscar junto Expediente Jornalista Responsável: Thatiana Souza (DRT 3487/DF) Jornalistas: Eurico Batista, Paulo Marcial e Marcella Mota (Redes Sociais) Revisão de Texto: Tayana Moritz Tomazoni Fotógrafo: Wendel Lopes Diagramação: Zoltar Design Tiragem: 1500 exemplares Periodicidade: Semanal Endereço: Câmara dos Deputados, Edifício Principal sala T6, Brasília - DF Fone: (61) 3223-7003 Email: [email protected] www.pmdb.org.br 4 ao governo federal uma resposta rápida no sentido de que as obras de transposição do Rio São Francisco sejam aceleradas. A proposta foi apresentada durante sessão temática do Senado Federal que discutiu a crise hídrica no Brasil. “A seca é um fenômeno que vem atravessando a história do Nordeste. Essa situação não deixa de ser constrangedora, porque apesar de já termos construído um cabedal razoável de obras de convivência com a seca, o quadro atual demonstra que ainda estamos enfrentando o problema de maneira insuficiente”, observou o senador. Para Garibaldi, “a obra que resolverá definitivamente o problema é a transposição. Não podemos chegar ao final de 2016 sem que as águas do São Francisco estejam penetrando os territórios da Paraíba e do Rio Grande do Norte”, disse.