http://www.hosteltur.com.br/117530_presidente-da-bsh-aumento-do-risco-brasil-naoimpacta-atual-cenario-investimentos-na-hotelaria.html Hosteltur - 27 MARÇO, 2014 Não muda nada Para presidente da BSH, aumento do “risco Brasil” não impacta o atual cenário de investimentos na hotelaria Há alguns meses o mercado já especulava e, nesta semana, a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou a nota de crédito soberano do Brasil de "BBB" para "BBB-", deixando o País no último degrau das nações com grau de investimento, conforme publicamos em Hosteltur Brasil Notícias de Turismo Standard & Poor's rebaixa a nota do Brasil para "BBB-". Para José Ernesto Marino Neto, presidente da BSH, consultoria de investimentos hoteleiros, o rebaixamento não terá impacto nenhum para o atual cenário de investimentos na hotelaria. “Já não tinha investimento estrangeiro nem financiamento adequado”, afirma. Ele explica que por isso os condo-hotéis são as grandes estrelas hoje no Brasil. “Quem financia a hotelaria hoje é a classe média de grandes centros urbanos que adquire apartamentos”, esclarece. Conforme foi possível acompanhar no noticiário em geral, especialistas afirmam que o rebaixamento é "apenas" um “sinal amarelo”. O Governo contesta a decisão da agência. Em nota, o Banco Central afirma que o País “combina austeridade na condução da politica macroeconômica, flexibilidade cambial e utilização dos colchões de proteção acumulados ao longo do tempo (reservas de liquidez) para suavizar os movimentos nos preços dos ativos. Com isso, o Brasil encontra-se bem posicionado nesta nova fase de normalização das condições financeiras globais e tem plena capacidade de atravessá-la com segurança”. O Banco afirma ainda que o Brasil “ vem recebendo fluxos de capitais nos últimos meses que refletem em grande parte as políticas em curso. A qualidade das políticas em vigor deve manter o País bem preparado para o novo cenário internacional que se desenha”. A própria Standard & Poor's havia subido a nota do País de BBB- para BBB em 2008. Contudo, o saldo baixo da balança comercial, o aumento da dívida pública e o crescimento pífio são fatores apontados para a nova decisão. Por outro lado, é possível que outras agências não sigam o exemplo da Standard e mantenham a nota do Brasil. Neto comenta que o mercado já havia subido a taxa de juros para o País, e que a agência apenas formalizou algo que já se apresentava. Todavia, investidores em países do Oriente surgem como possíveis bons parceiros. “É uma parte do mundo com bastante liquidez e que pode colaborar com projetos que apresentam maiores riscos”, afirma.