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Hosteltur - 27 MARÇO, 2014
Não muda nada
Para presidente da BSH, aumento do
“risco Brasil” não impacta o atual
cenário de investimentos na hotelaria
Há alguns meses o mercado já especulava e, nesta semana, a agência de
classificação de risco Standard & Poor's rebaixou a nota de crédito
soberano do Brasil de "BBB" para "BBB-", deixando o País no último
degrau das nações com grau de investimento, conforme publicamos em
Hosteltur Brasil Notícias de Turismo Standard & Poor's rebaixa a nota do
Brasil para "BBB-". Para José Ernesto Marino Neto, presidente da BSH,
consultoria de investimentos hoteleiros, o rebaixamento não terá impacto
nenhum para o atual cenário de investimentos na hotelaria.
“Já não tinha investimento estrangeiro nem financiamento adequado”, afirma.
Ele explica que por isso os condo-hotéis são as grandes estrelas hoje no Brasil.
“Quem financia a hotelaria hoje é a classe média de grandes centros urbanos
que adquire apartamentos”, esclarece.
Conforme foi possível acompanhar no noticiário em geral, especialistas
afirmam que o rebaixamento é "apenas" um “sinal amarelo”. O Governo
contesta a decisão da agência. Em nota, o Banco Central afirma que o País
“combina austeridade na condução da politica macroeconômica, flexibilidade
cambial e utilização dos colchões de proteção acumulados ao longo do tempo
(reservas de liquidez) para suavizar os movimentos nos preços dos ativos.
Com isso, o Brasil encontra-se bem posicionado nesta nova fase de
normalização das condições financeiras globais e tem plena capacidade de
atravessá-la com segurança”. O Banco afirma ainda que o Brasil “ vem
recebendo fluxos de capitais nos últimos meses que refletem em grande parte
as políticas em curso. A qualidade das políticas em vigor deve manter o País
bem preparado para o novo cenário internacional que se desenha”.
A própria Standard & Poor's havia subido a nota do País de BBB- para BBB em
2008. Contudo, o saldo baixo da balança comercial, o aumento da dívida
pública e o crescimento pífio são fatores apontados para a nova decisão. Por
outro lado, é possível que outras agências não sigam o exemplo da Standard e
mantenham a nota do Brasil.
Neto comenta que o mercado já havia subido a taxa de juros para o País, e que
a agência apenas formalizou algo que já se apresentava.
Todavia, investidores em países do Oriente surgem como possíveis bons
parceiros. “É uma parte do mundo com bastante liquidez e que pode colaborar
com projetos que apresentam maiores riscos”, afirma.
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