ROMANTISMO Prof. Valéria ERA COLONIAL ERA NACIONAL Era Nacional - ROMANTISMO – 1836 - 1881 Momento histórico: • Guerras napoleônicas (desdobramento da Revolução Francesa). • O legado da 1ª Revolução Industrial. • O liberalismo francês. • A vinda da família real portuguesa para o Brasil. • O período Joanino (1808-1821). • A Independência (1822). Era Nacional - ROMANTISMO – 1836 - 1881 Aspectos centrais: • Liberdade de criação e de expressão – a liberdade de pensamento e de criação faz do romântico um opositor natural do Classicismo e do Neoclassicismo (Arcadismo). • Sentimentalismo – supervalorização do amor – o coração é a medida mais exata da existência; o amor é o valor supremo da vida. • Idealização – a fuga da realidade vai se manifestar ora pela criação de um mundo ideal (cenários maravilhosos, exóticos e luxuosos), ora pela morte. • Agradar ao público - a literatura romântica reflete o gosto burguês da época, público consumidor-leitor das obras. Era Nacional - ROMANTISMO – 1836 - 1881 Aspectos centrais: •Forte nacionalismo – valorização do passado histórico, da cor local, orgulho pela pátria (ufanismo). • Culto à natureza – a natureza exótica, exuberante e riquíssima, vista como inspiração, motivo de orgulho, refúgio onde o poeta busca conforto e identidade, espelho que reflete o estado da alma do artista. A todos esses sentimentos acrescenta-se a religiosidade, que vê a natureza como expressão da força divina. • Indianismo – o indígena é a figura idealizada do herói nacional: valoroso, nobre, defensor e servidor da mulher amada, que o torna um personagem mítico, com características do herói branco, de cavaleiro medieval. Era Nacional - ROMANTISMO – 1836 - 1881 Prosa romântica: Os romances românticos brasileiros tiveram grande aceitação pelo público burguês à época. Características: • Estrutura folhetinesca • Maniqueísmo: o triunfo do bem e a punição do mal, com intenção moralizante. • Literatura de cor local, que procurava detalhar os costumes da época. • Comunhão entre a natureza e os sentimentos dos personagens. Era Nacional - ROMANTISMO – 1836 - 1881 Prosa romântica Características: • Personagens lineares (comportamento previsível) Os protagonistas normalmente são dotados de todas as virtudes físicas e morais, e os antagonistas são claramente caracterizados como tais. • Obediência à seguinte dinâmica do amor: homem intrigas separação Casal reconciliado mulher • Normalmente, as histórias apresentam Happy End ou um final trágico. Era Nacional - ROMANTISMO – 1836 - 1881 Prosa romântica: Podemos dividir os romances românticos em: Urbanos (citadinos ou de costumes) A ação retrata a vida na corte (cidade do Rio de Janeiro) ou adjacências Regionalistas A ação retrata a vida rural Indianistas O índio aparece como protagonista, em seu estado primitivo Históricos A ação se ambienta num passado remoto Era Nacional - ROMANTISMO – 1836 - 1881 Principais autores e obras: Teixeira e Sousa • 1º Romance romântico brasileiro: O filho do pescador. Era Nacional - ROMANTISMO – 1836 - 1881 Principais autores e obras: Joaquim Manuel de Macedo • Autor popular • Enredos fáceis, cenas previsíveis, final feliz, trunfo do amor • Descreve costumes da sociedade da época • Linguagem simples • “A moreninha” Era Nacional - ROMANTISMO – 1836 - 1881 Principais autores e obras: Visconde de Taunay • Escritor regionalista. • Escreveu: A retirada de Laguna, Inocência Manuel Antônio de Almeida • Única obra: Memórias de um sargento de milícias. Franklin Távora • Regionalista nordestino. • Opositor de José de Alencar. • O Cabeleira. Era Nacional - ROMANTISMO – 1836 - 1881 Principais autores e obras: Bernardo Guimarães • Criador do romance regionalista. • Escreveu: O seminarista (final trágico) A escrava Isaura (final feliz) Era Nacional - ROMANTISMO – 1836 - 1881 • José de Alencar 1829, 7 anos depois da Independência, em Mecejana, no Ceará. • Filho de ex-padre, que se tornou presidente da Província do Ceará e Senador do Império, Alencar se transfere, com a família, aos 9 anos para o RJ. • Aos 15 anos, matricula-se nos cursos preparatórios à Faculdade de Direito de São Paulo, quando leu o recém publicado romance A Moreninha, cujo sucesso o influenciou na decisão de se tornar romancista. • Começa Direito em São Paulo, mas, em 1848, transfere-se para a Faculdade de Direito de Olinda, em Pernambuco. Lá, na velha biblioteca do Mosteiro de São Bento, encontra a literatura dos antigos cronistas coloniais, como Gabriel Soares de Sousa e Pero Magalhães Gandavo. Era Nacional - ROMANTISMO – 1836 - 1881 • Mais tarde, Alencar ainda se recorda da emoção que foram essas leituras: “Uma coisa vaga e indecisa, que devia parecer-se com o primeiro broto do Guarani ou de Iracema, flutuava-me na fantasia. Devorando as páginas dos alfarrábios de notícias coloniais, buscava com sofreguidão um tema para o meu romance; ou pelo menos um protagonista, uma cena e uma época.” • Forma-se e exerce a profissão. • Em 1854, começa a escrever uma seção diária no Correio Mercantil, intitulada Ao Correr da Pena, em que comenta os mais variados assuntos da vida do Rio de Janeiro e do país. Era Nacional - ROMANTISMO – 1836 - 1881 Principais autores e obras: José de Alencar • Consolidador do Romance brasileiro. • Valorizava a pátria. • Escreveu em todas as modalidades da prosa romântica. • Carrega suas obras de adjetivos e de descrições pitorescas. • Enredos fáceis, cenas previsíveis, final feliz, trunfo do amor • Romances urbanos: Diva, Lucíola, Senhora. • Romances indianistas: O Guarani, Ubirajara, Iracema. • Romances regionalistas: O tronco do Ipê, O sertanejo, O gaúcho. • Romances históricos: A guerra dos Mascates, As minas de prata. ROMANTISMO Prof. Valéria