Tomás Alencar
o Tomás Alencar é o poeta romântico à portuguesa que
exerce grande influência na geração de Pedro, aconselhando
a Maria Monforte o tipo de novelas a ler. É o autor do
“Segredo do Comendador” (p. 159) e de “Vozes d'Aurora”,
“Elvira” e “Flor de Martírio” (p. 163). Era frequentador
assíduo das soirées de Arroios. Identificado com os valores
do romantismo hiper-sentimental, tem uma paixão literária
por Maria Monforte
o É caricato e exagerado e denuncia uma feição sentimental e
pessimista do ultra-romantismo. Tem uma atitude poética
declamatória e teatral, cheio de tiques, os seus versos são
caricatos, condizendo com a sua atitude melancólica (cf. pp.
607-612).
Caracterização
Física (cf. pp. 159, 161, 180, 607, 611, 612):
Tomás de Alencar era muito alto e macilento e tinha:
o face escaveirada com fronte vasta;
o olhos encovados;
o nariz aquilino, dentes maus, estragados;
o longos, espessos, românticos bigodes grisalhos;
o uma voz grossa e roufenha;
o calvo na frente e com anéis fofos de uma grenha muito seca que lhe caíam inspiradamente
sobre a gola.
Caracterização Psicológica (cf. pp. 159-160):
o
Em toda a sua pessoa "havia alguma coisa de antiquado, de artificial e de lúgubre". Parecia
“gasto e velho”. Simboliza o romantismo piegas. O paladino da moral. Era também o
companheiro e amigo de Pedro da Maia. Não tem defeitos (apesar de confundir arte e moral e
de não ser capaz de separar a discussão de ideais da sua fulanizaçõo - cf. p. 174) e possui um
coração grande e generoso. É o poeta do ultra-romantismo.
Ultra-Romantismo
o O Ultra-romantismo é uma corrente literária da segunda
metade do séc. XIX que se caracterizou por levar ao
exagero, e por vezes até ao ridículo, as normas e ideais
preconizadas pelo Romantismo, nomeadamente, a exaltação
da subjectividade, do individualismo, do idealismo amoroso,
da Natureza e do mundo medieval. Os ultra-românticos
geram correntes literárias de qualidade muito discutível,
sendo algumas delas consideradas como «romances de faca
e alguidar», dada a sucessão de crimes sangrentos que
invariavelmente descreviam e que os realistas vão
caricaturar de forma feroz.
Tomás Alencar
o
teme a invasão espanhola: é um perigo para a independência nacional (p. 167);
o
defende o romantismo político (p. 166);
o
defende uma república governada por génios (p. 166);
o
defende a fraternização dos povos (p. 166);
o
esquece o adormecimento geral do país.
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