MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO
Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio
Balança Comercial do Agronegócio – Agosto/2015
I – Resultados do mês (comparativo Agosto/2015 – Agosto/2014)
I.a – Setores do Agronegócio
No mês de agosto de 2015, as exportações de produtos do agronegócio brasileiro atingiram a cifra de US$ 7,34
bilhões, ou seja, apresentaram recuo de 17,4% na comparação com o mesmo mês de 2014, com remessas da
ordem de US$ 8,89 bilhões. A participação dos produtos no total das exportações brasileiras fechou o mês
em 47,4%. As importações por seu turno registraram o montante de US$ 967,40 milhões, retraindo 31,5% em
relação ao verificado em agosto de 2014 (US$ 1,41 bilhão). O saldo da balança comercial em agosto foi positivo
em US$ 6,38 bilhões e apresentou retração de 14,7%.
O complexo soja liderou as exportações do agronegócio brasileiro em agosto. O setor registrou US$ 2,62 bilhões
em exportações e um recuo de 15,9% na comparação com o ano anterior. Foi a maior retração entre os produtos
do agronegócio em termos absolutos: US$ 496,19 milhões. O produto mais vendido foi a soja em grãos com US$
2,0 bilhões, cifra 6,1% menor que a registrada em 2014. Apesar de ter havido recuo na receita com o produto, sua
quantidade embarcada aumentou em 25,3%, de 4,12 milhões de toneladas em 2014 para 5,16 milhões de toneladas
em 2015. A queda de receita foi atribuída, portanto, ao decréscimo do preço médio de US$ 518 por tonelada para
US$ 388 por tonelada (-25,1%). Outros produtos que compuseram as exportações do setor foram farelo de soja
com US$ 430 milhões (-49,3%) e óleo de soja com US$ 181 milhões (+40,0%).
As carnes apareceram em segundo lugar no ranking exportador do agronegócio em agosto. Suas exportações
chegaram a US$ 1,30 bilhão (-14,5%) com 563 mil toneladas (+4,8%) a um preço médio de US$ 2.311 por tonelada
(-18,4%).
A carne de frango liderou as exportações com receita de US$ 642 milhões (-4,9%). A mais vendida, do tipo in
natura, obteve vendas de US$ 568 milhões (-2,2%), com remessas de 345 mil toneladas (+14,3%), com preço médio
de US$ 1.647 por tonelada (-14,4%). A carne de frango industrializada apresentou receita de US$ 74 milhões em
exportações (-21,5%) ante US$ 94 milhões do mesmo mês do ano anterior, com praticamente a mesma quantidade
exportada de 30 mil toneladas, a uma cotação média de US$ 2.427 por tonelada (-21,3%).
A carne bovina apareceu em seguida com vendas externas de US$ US$ 498 milhões (-22,2%), em quantidades de
112 mil toneladas (-16,0%), custando em média US$ 4.427 a tonelada (-7,4%).
A carne bovina in natura liderou as vendas do setor rendendo US$ 404 milhões, cifra 24,3% menor que a obtida
no mesmo mês de 2014. Para este desempenho foi determinante a retração da quantidade exportada de 109 mil
toneladas para 89 mil toneladas (-18,4%), além da desvalorização da cotação média do produto de 7,3% ao atingir
US$ 4.524 por tonelada. A carne bovina industrializada, equivalente a somente 11,4% do total exportado de carne
bovina, apresentou exportações de US$ 57 milhões (+17,1%), com 9 mil toneladas embarcadas (+14,0%) ao preço
médio de US$ 6.315 por tonelada (+2,7%).
A carne suína in natura apareceu na terceira posição com um resultado de US$ 106 milhões em remessas para o
exterior (-18,7%). Ainda que tenha havido crescimento da quantidade exportada de 35 mil para 42 mil toneladas,
seu preço médio retraiu 31,6% com cotação a US$ 2.515 por tonelada.
Os produtos florestais ficaram em terceiro no ranking exportador. As exportações totais do setor fecharam o mês
de agosto com US$ 816 milhões (+2,7%) oriundos do embarque de 1,50 milhão de toneladas (+7,7%) ao preço de
US$ 544 por tonelada em média. Papel e celulose puxaram as vendas do setor auferindo receita de US$ 599
milhões (+6,3%) em 1,06 milhão de toneladas (+5,6%) com uma cotação de US$ 566 por tonelada (+0,6%).
Madeiras e suas obras registraram vendas de US$ 216 milhões (-6,2%), muito em virtude da queda do preço médio
de US$ 591 para US$ 490 por tonelada (-17,0%), pois a quantidade exportada fora ampliada para 440 mil toneladas
(+13,0%).
O complexo sucroalcooleiro foi o quarto setor que mais exportou no mês de agosto com remessas da ordem de
US$ 637 milhões. Depois do complexo soja, apresentou o maior recuo em termos absolutos, em comparação com
o mesmo mês do ano anterior: US$ 357,34 milhões. A queda nas exportações de açúcar foi a grande responsável
pelo baixo desempenho do setor. As vendas do produto foram de US$ 945 milhões em 2014 para US$ 546 milhões
em 2015, ou seja, baixa de 42,1%. Tanto a quantidade exportada, quanto o preço médio tiveram retração. Para a
primeira o recuo foi de 21,5% registrando no mês 1,81 milhão de toneladas em embarques. A cotação ficou em US$
302 por tonelada, após recuo de 26,3%. Com menor participação nas exportações do complexo, o álcool obteve
resultado de US$ 90,06 milhões (+81,8%) em 157 mil toneladas (+150,4%) ao preço médio de US$ 574 por tonelada
(-27,4%).
Na sequência o café ocupou a quinta posição nas exportações do mês de agosto. O setor auferiu US$ 477 milhões
em receitas, recuando 16,0% em relação ao ano prévio. A quantidade exportada foi de 168 mil toneladas (-0,6%) à
cotação média de US$ 2.844 por tonelada (-15,4%). O café verde, principal item do setor, rendeu US$ 424 milhões
em exportações ante US$ 511 milhões do ano anterior. A retração da quantidade exportada não foi significativa,
sendo de apenas 0,7% com 160 mil toneladas. Determinante para a queda de receita foi o recuo do preço médio
em 16,3%, fechando o mês a US$ 2.648 por tonelada. O café solúvel, de participação bem menor, obteve US$ 50
milhões (-5,1%) em exportações, com 7 mil toneladas embarcadas do produto (+5,3%), cotadas em US$ 7.084 por
tonelada (-9,9%).
Estes cinco principais setores somados responderam no mês de agosto por US$ 5,85 bilhões em remessas
e 79,6% das exportações do agronegócio brasileiro, percentual um pouco maior do que o obtido no mesmo mês
do ano anterior de 78,6%, denotando um aumento na concentração das exportações no mês.
No quesito importações, o total adquirido de produtos do agronegócio em agosto de 2015 foi de US$ 967
milhões. Os principais produtos adquiridos pelo mercado brasileiro no mês foram papel e celulose (US$ 101
milhões e -35,1%), pescados (US$ 77 milhões e -21,1%), trigo (US$ 75 milhões e -66,2%), malte (US$ 38 milhões
e +17,9%) e lácteos (US$ 34 milhões e -12,7%).
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I.b – Blocos Econômicos e Regiões Geográficas
Em relação às exportações para blocos econômicos e regiões geográficas no mês de agosto, a Ásia foi o
principal destino das exportações do agronegócio brasileiro com US$ 3,20 bilhões em aquisições, cifra inferior à
obtida no ano anterior de US$ 3,67 bilhões (redução de 12,8%).
Apesar da diminuição das vendas para a Ásia, a participação da região no total das exportações brasileiras se
elevou de 41,3% em 2014 para 43,6% em 2015. Este fenômeno somente foi possível graças a diminuição da
participação da União Europeia. A queda das exportações para o bloco inclusive foi a maior registrada no
mês, da ordem de 29,1% ou US$ 559,88 milhões. Em agosto as exportações brasileiras do agronegócio para o
destino europeu ficaram em US$ 1,36 bilhão e sua participação caiu 3 pontos percentuais, se estabelecendo em
18,6%. As remessas para o NAFTA se mantiveram praticamente inalteradas com o valor de US$ 681,32 milhões e
sua participação partiu de 7,7% no ano anterior para 9,3% em 2015.
Outros destinos de destaque no mês de agosto foram Oriente Médio (US$ 612,54 milhões), África (US$ 505,75
milhões) e Mercosul (US$ 344,62 milhões). As quedas de vendas para os destinos foram de respectivamente,
20,3%, 6,5% e 24,0%.
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I.c – Países
Ao analisar as exportações do agronegócio por países, a China lidera o ranking como principal destino e ainda teve
no mês de agosto sua participação ampliada de 23,6% para 26,1%. Participação que avançou apesar da queda nas
vendas para o destino de US$ 2,10 bilhões para US$ 1,92 bilhão entre 2014 e 2015.
Em segundo aparecem os Estados Unidos, para os quais as exportações aumentaram de US$ 534,36 milhões
para US$ 559,80 milhões (+4,8%) e a sua participação foi de 6,0% para 7,6%.
Outros países importantes como destino das exportações do agronegócio brasileiro foram Países Baixos (US$
360,21 milhões e -30,1%), Rússia (US$ 214,31 milhões e -38,3%) e Japão (US$ 214,17 milhões e +1,7%).
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II – Resultados do ano (comparativo Janeiro-Agosto/2015 – Janeiro-Agosto/2014)
II.a – Setores do Agronegócio
As exportações do agronegócio brasileiro atingiram a cifra de US$ 59,71 bilhões entre janeiro e
agosto de 2015, com retração de 11,7% em relação aos US$ 67,61 bilhões exportados no mesmo período do ano
anterior. Ainda assim, a participação do agronegócio no total das exportações brasileiras subiu de 43,9%
para 46,5% no período considerado. As importações do agronegócio totalizaram US$ 9,18 bilhões entre janeiro e
agosto de 2015, o que representou diminuição de 18,5% ante os US$ 11,25 bilhões adquiridos entre janeiro e agosto
de 2014. Como resultado, o saldo da balança comercial do agronegócio caiu de US$ 56,36 bilhões para os
atuais US$ 50,54 bilhões.
Os cinco principais setores do agronegócio no período foram: complexo soja, com participação de 37,7%
das exportações; carnes, com 16,3%; produtos florestais, com 11,3%; complexo sucroalcooleiro, com 8,9%; e
o café, com participação de 6,9%. Em conjunto, as vendas externas dos cinco setores mencionados
apresentaram participação de 81,0% do total exportado pelo agronegócio brasileiro nos oito primeiros
meses de 2015.
As vendas externas do complexo soja chegaram ao valor de US$ 22,52 bilhões no período em
destaque, com queda de 17,4% em comparação aos números de 2014 ou, em valores absolutos, US$ 4,7 bilhões.
Tal decréscimo foi causado pela diminuição dos preços médios dos produtos do setor (-24,2%), tendo em vista que
a quantidade comercializada cresceu no período analisado (+9,0%). O principal produto do setor continua sendo
a soja em grãos, com exportações de US$ 17,73 bilhões (-17,2%) e quantum negociado de 45,85 milhões de
toneladas (+9,3%). O farelo de soja contribuiu com US$ 4,04 bilhões em vendas (-19,2%) e 10,16 milhões de
toneladas comercializadas (+7,4%). As exportações de óleo de soja totalizaram US$ 746 milhões (-11,0%) e 1,05
milhão de toneladas embarcadas (+11,6%).
O segundo setor em valor exportado foi o setor de carnes, com vendas externas de US$ 9,70 bilhões
(-14,4%) e retração tanto na quantidade exportada (-0,4%), quanto no preço médio de suas mercadorias (-14,0%).
Com 49,3% das vendas do setor, o principal item negociado foi a carne de frango. Apesar do crescimento de 6,2%
na quantidade comercializada, a queda de 12,8% no preço médio influenciou negativamente a receita de exportação,
que caiu de US$ 5,16 bilhões para US$ 4,78 bilhões entre janeiro e agosto de 2015 (-7,4%). As vendas externas de
carne bovina também diminuíram, passando de US$ 4,71 bilhões entre janeiro e agosto de 2014 para os atuais
US$ 3,70 bilhões (-21,5%). Tal queda foi resultado da retração das vendas em quantidade (-16,9%) e da menor
cotação da mercadoria no mercado internacional (-5,5%). Completando o setor, as exportações de carne suína
alcançaram a cifra de US$ 816 milhões (-16,5%), enquanto as de carne de peru totalizaram US$ 203 milhões (16,6%).
Os produtos florestais foram a terceira principal fonte de receita de exportação do agronegócio brasileiro
entre janeiro e agosto de 2015, com vendas de US$ 6,75 bilhões (+3,1%). O principal item negociado foi papel e
celulose, com US$ 4,90 bilhões (+1,9%) ou 72,6% das exportações do setor. Em seguida, destacaram-se as
exportações de madeiras e suas obras, com a cifra de US$ 1,85 bilhão e incremento de 6,6% em valor e de 11,6%
em quantidade.
O complexo sucroalcooleiro ficou na quarta colocação entre os principais setores exportadores do
agronegócio, com o montante de US$ 5,32 bilhões (-18,8%). Mais de 90,0% desse valor foi alcançado com as
exportações de açúcar, que atingiram US$ 4,82 bilhões (-18,4%). Já as vendas externas de álcool totalizaram US$
484 milhões, com decréscimo de 23,0% em relação a janeiro e agosto de 2014.
Completando os cinco principais setores do agronegócio entre janeiro e agosto de 2015, o setor cafeeiro
exportou US$ 4,10 bilhões, o que significou crescimento de 1,0% em comparação ao mesmo período do ano
anterior. Em quantidade, houve variação negativa de 1,1%, com a comercialização de 1,32 milhão de toneladas,
enquanto a cotação média das exportações brasileiras de café atingiram a marca de US$ 3.098 por tonelada
(+2,1%).
No que se refere às importações de produtos do agronegócio, alcançou-se a soma de US$ 9,18 bilhões
nos oito meses considerados. Os principais produtos adquiridos no período foram: papel e celulose (US$ 934
milhões e -22,9%); pescados (US$ 853 milhões e -15,6%); trigo (US$ 825 milhões e -39,3%); lácteos (US$ 286
milhões e -1,8%); malte (US$ 254 milhões e -31,8%); e borracha natural (US$ 246 milhões e -32,0%).
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II.b – Blocos Econômicos e Regiões Geográficas
Em relação às exportações do agronegócio sob a ótica dos blocos econômicos e regiões geográficas, no
período de janeiro a agosto de 2015 a Ásia permaneceu como o principal destino dos produtos brasileiros, com a
soma de US$ 26,69 bilhões. Apesar da retração de 9,6% nas suas aquisições, a participação asiática nas vendas
externas de produtos agropecuários brasileiros subiu de 43,7% para 44,7%. Já o segundo principal destino das
exportações brasileiras, a União Europeia, diminuiu a sua participação de 21,5% para 20,7%, em virtude da queda
mais acentuada das aquisições de produtos brasileiros (-15,3%, atingindo US$ 12,33 bilhões). Vale destacar que
dos onze mercados selecionados na Tabela 5, oito apresentaram queda nas suas aquisições de produtos brasileiros.
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II.c – Países
No que tange aos países, a China permanece como o principal destino das exportações do
agronegócio brasileiro, com a cifra de US$ 16,58 bilhões. Em relação a janeiro/agosto de 2014, verificou-se
retração de 11,7% no valor exportado e manutenção da participação chinesa em 27,8%.
As exportações para os Estados Unidos, segundo principal destino até agosto de 2015, caíram de US$
4,78 bilhões para US$ 4,28 bilhões (-10,5%) em razão da diminuição do comércio de soja em grãos (-US$ 537,52
milhões). Mesmo com essa retração, a participação norte americana nas exportações brasileiras passou de 7,1%
para 7,2%.
O terceiro principal destino das exportações agropecuárias de janeiro a agosto foram os Países Baixos,
com US$ 3,30 bilhões, o que representou queda de 25,7% em comparação aos US$ 4,44 bilhões de janeiro a agosto
de 2014. Vale destacar, que essa queda foi causada pela diminuição dos embarques de farelo de soja e soja em
grãos, que juntos significaram perda de US$ 990 milhões. Com isso, a participação desse parceiro comercial caiu
de 6,6% para 5,5%.
Em relação ao dinamismo das exportações, os principais destaques do período foram: Irã (US$ 1,02
bilhão e +35,0%); Vietnã (US$ 1,05 bilhão e +26,3%); Egito (US$ 1,19 bilhão e +15,4%); Bélgica (US$ 1,26 bilhão
e +8,0%); e Arábia Saudita (US$ 1,52 bilhão e +7,2%).
III – Resultados de Setembro de 2014 a Agosto de 2015 (Acumulado 12 meses)
III.a – Setores do Agronegócio
As exportações do agronegócio caíram de US$ 98,54 bilhões entre setembro de 2013 a agosto de 2014
para US$ 88,85 bilhões entre setembro de 2014 a agosto de 2015, uma queda absoluta de US$ 9,69 bilhões em
doze meses ou 9,8% em percentagem. As importações, por sua vez, caíram de US$ 17,02 bilhões para US$ 14,54
bilhões no mesmo período (-14,6%). Como resultado, o saldo comercial dos produtos do agronegócio diminuiu de
US$ 81,52 bilhões entre setembro de 2013 a agosto de 2014 para US$ 74,31 bilhões entre setembro de 2014 a
agosto de 2015.
Essa queda das exportações e importações é reflexo, majoritariamente, da redução dos preços médios de
comercialização das principais commodities agrícolas. A soja em grão, por exemplo, teve redução de 23,0%. Outras
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quedas de preço que afetaram as exportações foram: carnes (-7,7%); açúcar (-12,6%); papel e celulose (-7,9%);
farelo de soja (-21,4%); e óleo de soja (-18,7%). Uma exceção nesse cenário é a elevação do preço médio de
exportação do café (+14,8%).
Os cinco principais setores exportadores do agronegócio no acumulado dos últimos doze meses foram:
complexo soja (30,0%), carnes (17,8%), produtos florestais (11,4%), complexo sucroalcooleiro (10,3%), e café
(7,5%). Estes setores responderam, em conjunto, por 77,1% das exportações no período. Uma queda de 1,3 ponto
percentual em relação aos 78,4% que os mesmos setores responderam nos doze meses anteriores. A principal
queda de participação ocorreu no complexo soja, devido à redução mais acentuada dos preços médios de
exportação. O setor diminuiu sua participação de 33,8% para 30,0%. O café, por outro lado, aumentou sua
participação de 5,9% para 7,5% nos últimos doze meses.
Apesar da redução da participação, o complexo soja ainda é o principal setor em valor exportado nas
exportações do agronegócio, 12 pontos percentuais acima do setor de carnes, segundo mais importante. As
exportações do complexo soja foram de US$ 26,67 bilhões nos últimos doze meses (-20,0%). As vendas de soja
em grão atingiram quase 50 milhões de toneladas exportadas (49,6 toneladas) nos últimos doze meses, o que
resultou em exportações de US$ 19,59 bilhões (-19,9%). Tal queda ocorreu, principalmente, em função da redução
do preço médio de exportação do produto, que diminuiu de US$ 513 por tonelada para US$ 395 por tonelada (23,0%) no período analisado. As exportações de farelo e óleo foram de US$ 6,04 bilhões (-19,8%) e US$ 1,04 bilhão
(-22,8%), respectivamente.
As vendas externas de carnes diminuíram de US$ 17,12 bilhões para US$ 15,80 bilhões nos últimos doze
meses (-7,7%). A quantidade exportada foi praticamente semelhante, já o preço médio de exportação caiu -7,7%. A
carne de frango foi a mais exportada em valor, US$ 7,55 bilhões (-2,2%), com expansão de 5,7% na quantidade
embarcada. Deve-se enfatizar que a quantidade exportada de carne de frango in natura, 3,8 milhões de toneladas,
foi recorde histórico para o período. Com essa quantidade, as exportações de carne de frango foram de quase
50,0% das exportações totais de carne. A quantidade exportada de carde de frango in natura foi recorde para o
período de 12 meses, 4,16 milhões de toneladas. Todavia, a queda no preço de exportação de 7,4% impediu uma
expansão maior do valor exportado. A carne bovina apresentou, por outro lado, uma redução de 13,8% na
quantidade embarcada, que em conjunto com a queda de 1,0% nos preços médios de exportação, resultou em
exportações de -14,7% menores ou US$ 6,14 bilhões. As exportações de carne suína e de peru também diminuíra.
As vendas externas de carne suína foram de US$ 1,42 bilhão (-1,6%) enquanto as de peru foram de US$ 321
milhões (-12,3%).
Os produtos florestais ficaram na terceira posição entre os principais setores exportadores do
agronegócio. As vendas do setor subiram 3,4%, atingindo US$ 10,16 bilhões. A quantidade exportada subiu nos
dois produtos do setor, com expansão de 9,9% no papel e celulose e 10,9% na madeira e suas obras. Os preços
médios de exportação, por sua vez, diminuíram 7,9% no caso de papel e celulose e 1,3% em madeiras e suas obras.
As exportações do complexo sucroalcooleiro diminuíram de US$ 11,16 bilhões entre setembro de 2013 a
agosto de 2014 para US$ 9,14 bilhões entre setembro de 2014 a agosto de 2015 (-18,1%). O principal produto
exportado do setor, o açúcar, reduziu as vendas externas de US$ 9,96 bilhões para US$ 8,38 bilhões no período (15,9%). A queda nas exportações de álcool foi mais acentuada, de US$ 1,19 bilhão para US$ 753 milhões (-36,6%),
com diminuição da quantidade exportada (-25,1%) e preço médio de exportação (-15,3%).
O café ficou na quinta posição dentre os principais setores exportadores. As exportações dos produtos do
setor aumentaram de US$ 5,80 bilhões para US$ 6,70 bilhões (+15,5%) no período. As exportações de café verde
subiram 18,0% enquanto as exportações de café solúvel caíram 3,8%. Foi o único setor, dentre os cinco principais
setores, em que os preços médios de exportação expandiram (+12,6%)
As importações de produtos do agronegócio diminuíram de US$ 17,02 bilhões para US$ 14,54 bilhões nos
últimos doze meses (-14,6%). Os principais produtos importados foram: papel e celulose (US$ 1,51 bilhão, -15,6%);
trigo (US$ 1,28 bilhão, -41,9%); pescados (US$ 1,38 bilhão, -9,4%); malte (US$ 466 milhões, -16,6%); borracha
natural (US$ 378 milhões, -33,9%); e óleo de palma (US$ 350 milhões, -14,1%).
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III.b – Blocos Econômicos e Regiões Geográficas
As exportações do agronegócio tiveram redução para quase todas as regiões geográficas ou blocos
econômicos nos últimos doze meses, conforme estatísticas apresentadas na Tabela 8. Exceção nesse cenário de
queda ficou por conta da Oceania (+19,6%) e de alguns países da américa (+1,5%), que não pertencem ao NAFTA,
ao MERCOSUL ou à ALADI.
A Ásia aumentou sua participação como maior importadora dos produtos do agronegócio brasileiro, com
expansão de 0,3 pontos percentuais na participação, apesar que reduzir o valor de suas aquisições em 9,3%. Com
essa queda, as importações asiáticas caíram de US$ 40,25 bilhões entre setembro de 2014 a agosto de 2014 para
US$ 36,49 entre setembro de 2014 e agosto de 2015 e representaram 41,1% de todo o valor exportado pelo Brasil
em produtos do agronegócio.
Os embarques para a União Europeia (EU-28) recuaram 11,5%, de US$ 21,75 bilhões para US$ 19,24
bilhões, mudando a participação do bloco de 22,1% do valor total exportado para 21,7%.
As vendas para a Ásia e União Europeia caíram de 62,9% do valor total exportado para 62,8% no período
em análise.
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III.c – Países
A China continua sendo a principal parceira comercial do agronegócio brasileiro. As exportações para esse
país asiático caíram de US$ 23,28 bilhões entre setembro de 2013 a agosto de 2014 para US$ 19,87 bilhões entre
setembro de 2014 e agosto de 2015 (-14,6%). Tal redução é explicada em função da queda dos preços médios de
exportação da soja em grão à China. No período, os preços médios de exportação do grão caíram de US$ 513 por
tonelada para US$ 395 por tonelada, enquanto a quantidade exportada subiu de 34,4 milhões de toneladas para
37,0 milhões de toneladas. Assim, o valor das exportações de soja em grão à China diminuiu de US$ 17,61 bilhões
entre setembro de 2013 e agosto de 2014 para US$ 14,48 bilhões entre setembro de 2014 e agosto de 2015. Ou
seja, uma queda absoluta de US$ 3,14 bilhões, cifra próxima a diminuição de US$ 3,41 bilhões nas exportações do
agronegócio para a China.
Dentre os vinte principais parceiros do agronegócio dos últimos 12 meses, cinco mercados se destacaram
pela expansão: Vietnã (+32,0%); Egito (+17,2%); Bélgica (+14,0%); Tailândia (+10,5%); Irã (+8,5%); e França
(+0,7%).
NOTA METODOLÓGICA
A classificação de produtos do agronegócio utilizada nesta nota foi atualizada de acordo com a Resolução
CAMEX Nº 94, de 8/12/2012, que alterou a Nomenclatura Comum do MERCOSUL – NCM para adaptá-la em relação
às modificações do Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias (SH-2012), que
estabelece um método internacional para a classificação de mercadorias.
A Balança Comercial do Agronegócio utiliza uma classificação dos produtos do agronegócio que reúne 2.867
NCM em 25 setores. Essa é a mesma classificação utilizada no AGROSTAT BRASIL - base de dados on line que
oferece uma visão detalhada e atualizada das exportações e importações brasileiras do agronegócio. Mais
informações da metodologia e classificação podem ser consultadas no site: agrostat.agricultura.gov.br
MAPA/SRI/DPI
09/09/2015
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Balança Comercial Nota a Imprensa MAPA