sIDneI oLIveIra
jovens
para
sempre
Como entenDer os
ConfLItos De gerações
Copyright © 2012 Sidnei Oliveira
Copyright © 2012 Integrare Editora e Livraria Ltda.
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que não pode ser realizada sem autorização por escrito da editora,
exceto em caso de trechos breves citados em resenhas literárias.
Publisher
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Coordenação, arte e produção editorial
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Preparação de texto
Fernanda Marão
Revisão
Marisa Rosa Teixeira
Amanda Coca
Capa
Alberto Mateus
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Oliveira, Sidnei
Jovens para sempre : como entender os conflitos de gerações /
Sidnei Oliveira. ‑‑ São Paulo : Integrare Editora, 2012.
Bibliografia.
ISBN 978‑85‑99362‑78‑5
1. Administração de conflitos 2. Carreira 3. Conflito de gerações
4. Jovens ‑ Comportamento 5. Jovens ‑ Trabalho 6. Recursos humanos
7. Relações entre gerações 8. Relações interpessoais I. Título.
12‑08725
CDD‑306.87
Índices para catálogo sistemático:
1. Estudo da cultura e coeducação de gerações na vida cotidiana :
Sociologia 306.87
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Sumário
Agradecimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Prefácio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Introdução – Não confie em ninguém com mais de 30 anos . . . . . . . . . 15
PArTE 1 A
Geração Y não é mito
Capítulo 1 • Como tudo aconteceu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
A Geração Y existe e está entre nós . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Mas, afinal, como surgiram tantas gerações? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Aumento da população . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Migrações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Como acontece no mundo? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Capítulo 2 • Plantando a semente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
Nada mais importa, chegaram os anos rebeldes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
Eu preciso, eu quero, eu posso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
PArTE 2
CiCLoS DA ViDA
Capítulo 3 • Um modelo, três ciclos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
Interesses, preocupações e buscas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
Ciclo 1 • Desenvolvimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
sIDneI oLIveIra
jovens
para
sempre
Como entenDer os
ConfLItos De gerações
Ciclo 2 • Consequências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
Ciclo 3 • Aproveitamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
A grande influência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
As estruturas de prioridades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
Capítulo 4 • Transformações, mutações e outras consequências . . . . 69
Conhecer, entender, conectar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
A vida como ela é . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
Capítulo 5 • Todos querem ser jovens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
Será que ainda dá tempo? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
Alterando a realidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
PArTE 3
é tEmPo DE inoVAR
Capítulo 6 • Eu preciso. Eu posso! Eu quero? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
O jovem não pode, mas precisa falhar! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
O que a Geração Y merece? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105
Onde estão as cicatrizes? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107
Capítulo 7 • Chegou a vez da Geração Y . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111
O que está por vir? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111
Os Ys também envelhecem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113
E agora, Geração Y? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121
Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126
PrE fácio
talvEz não sEja nEnhuma novidadE
afirmar que o mundo
está em transformação, tampouco que a mudança, cada vez
mais rápida e intensa, impacta os seres humanos e seus
relacionamentos diretamente.
Todos nós estamos inseridos nesse turbilhão de mu‑
danças, independentemente da geração a que pertence‑
mos, mas houve um destaque especial nos últimos anos
com respeito a uma geração específica, a Geração Y.
Inicialmente, procurava‑se rotular essa geração e apre‑
sentar muito mais as características chamadas “negativas”
do que buscar um entendimento mais amplo sobre o que
faz os jovens de hoje serem como são.
Quando conheci Sidnei Oliveira, tive a feliz oportunida‑
de de abordar esse tema sob um olhar diferente. Ele já dizia
que as pessoas, a sociedade e as organizações deveriam
passar a estudar o que estava ocorrendo às gerações e
aprender a potencializar os resultados para os campos pro‑
fissional e pessoal.
11
j o v e n s pa r a s e m p r e
Estamos vivendo mais tempo e é imperioso entender
como isso nos afeta, buscarmos analisar por meio de dados
estatísticos o que está mudando e qual a tendência.
Os papéis já não são os mesmos, sejamos nós pais,
filhos, educadores e/ou gestores de pessoas. Os diversos
ciclos de nossa vida variam de geração a geração e é a par‑
tir do entendimento do que está acontecendo no mundo,
suas mudanças e suas consequências, que poderemos ser
reais agentes de mudança.
Nos capítulos deste livro, não somente encontrare‑
mos respostas a muitas questões que nos intrigam com
relação aos conflitos geracionais, mas também um celeiro
rico de aprendizagem para os jovens de todas as gerações.
Estando abertos ao aprender e sendo flexíveis para li‑
dar com a complexidade dos dias em que vivemos, estare‑
mos cada vez mais perto de alcançar um objetivo comum
de todas as gerações, a Felicidade!
Paulo Amorim
Diretor de Recursos Humanos para a América Latina da Dell
12
A Pr ESE nTAção
adorEi EstE livro!
Ele nos apresenta uma nova visão sobre
a juventude atual e seus desafios. Mais do que isso, permi‑
te‑nos conhecer alguns dos principais fatores que influen‑
ciaram na formação dessa nova geração, que vem desafiando,
desconstruindo paradigmas e forçando pais, educadores
e executivos dos mais diversos ramos a rever sua atitude,
sua forma de educar e de trabalhar.
O livro nos convida a uma responsabilidade dividida
para a formação de uma juventude empreendedora: cabe
aos líderes adultos compartilhar suas experiências e sua
consciência mais madura com aqueles que estão em plena
transformação, sem idealizá‑los, rebaixá‑los, muito me‑
nos abandoná‑los. Aos jovens, o convite é a uma decisão
pela proatividade, pela humildade e pela responsabilida‑
de por si mesmos, a fim de se tornarem os protagonistas de
seu futuro.
Com dados claros, estatísticas atualizadas e orientações
bastante proveitosas, a obra nos oferece uma verdadeira
13
j o v e n s pa r a s e m p r e
aula sobre como formar uma sociedade em que a cumplici‑
dade fale mais alto do que o individualismo, a construção
do Ser toque mais a fundo do que competitividade e o jo‑
vem seja visto como quem carrega a semente do futuro, que
merece ser regada e por vezes até protegida de si mesma.
Leo Fraiman
Psicoterapeuta, consultor, palestrante e escritor
14
A Geração Y
não é mito
p a r t E
u m
21
CA Pí t uLo 1
Como tuDo AContECEu
A vida só pode ser compreendida olhando para
trás, mas só pode ser vivida olhando para a frente.
soren KierKergaard
A Geração Y existe e está entre nós
sEmprE quE Encontro
um novo texto contestando a exis‑
tência da Geração Y, me pergunto qual é o real interesse
em levantar esta falsa polêmica, pois, na maioria das
vezes, as alegações usam argumentações estereotipadas
e superficiais.
Já se sabe que a Geração Y não pode ser vista apenas
por clichês desgastados e irreais, que atribuem a esse grupo
características como “infiéis, insubordinados, arrogantes e
questionadores”, pois na verdade estas são próprias dos jo‑
vens de qualquer geração.
23
a Geração Y não é mito
O verdadeiro fato novo é muito mais profundo e abran‑
gente, afetando pessoas de todas as gerações, qualquer que
seja a nomenclatura que se decida adotar.
A grande e atual mudança é o aumento real na expec‑
tativa de vida. Isso altera profundamente a cadeia de ex‑
pectativas, tanto nas relações pessoais como nas relações
com as empresas – os grandes empregadores.
Até 1980, qualquer profissional que ingressasse em seu
primeiro emprego em uma grande empresa com 20 anos de
idade poderia adotar um plano de carreira que contemplas‑
se 35 ou 40 anos. Após esse período, viria a aposentadoria,
estimada para um período de até dez anos, já que a expec‑
tativa de vida média, até então, era de 65 anos.
Esses profissionais, hoje com idade média de 55 anos,
descobriram que têm possibilidades reais de viver mais 30
anos, por isso não podem se dar ao luxo de se aposentar, ou
melhor, parar de trabalhar, pois estão na plenitude profis‑
sional, têm saúde física, possuem acesso a instrumentos de
qualificação e, inevitavelmente, desejam sustentar o estilo
de vida que alcançaram após tantos anos de trabalho.
Além disso, esses veteranos sabem que possuem um pa‑
trimônio bastante raro hoje – a experiência – e utilizam
esse fator como principal instrumento para sustentar o sta‑
tus quo, enquanto os jovens da Geração Y ingressam no
mercado de trabalho muito mais tarde e, apesar do even‑
tual preparo teórico maior, carecem justamente de expe‑
riência e atitude profissional.
24
como tudo aconteceu
O grande debate não deve ser sobre a existência ou não
de uma geração, e sim sobre como alinhar as novas expec‑
tativas profissionais – que buscam a integração produtiva
entre a vida pessoal e a profissional – com os modelos de
gestão existentes atualmente nas empresas, de modo a
transformar o potencial, tanto dos veteranos como dos jo‑
vens, em inovações que auxiliem o mercado, cada vez mais
globalizado, dinâmico e competitivo.
Mas, afinal, como surgiram
tantas gerações?
quando sE EscrEvE
sobre gerações, é preciso considerar os
diversos fatores que ajudam a entender o tema, principal‑
mente o conceito que é mais aceito pelos estudiosos – a
separação da sociedade pela idade cronológica.
Não é muito simples identificar uma geração apenas pelo
período de nascimento, já que existem outros fatores que in‑
terferem na formação de um ser humano, tais como cultu‑
ra, família, educação, padrão econômico e localização. Por‑
tanto, tem sido mais comum considerar a classificação
geracional levando ‑se em conta os acontecimentos sociais
e culturais coletivos, sobretudo os aspectos comportamen‑
tais mais fáceis de serem identificados.
Claro que, com um leque tão amplo e abstrato, é possível
realizar especulações com diversos graus de profundidade,
25
a Geração Y não é mito
mas não é incorreto utilizar uma classificação que tenha
como objetivo apontar diferenças comportamentais resultan‑
tes de períodos históricos com grandes movimentos sociais
que interferiram e continuam interferindo na sociedade.
A classificação geracional mais divulgada e aceita
atualmente é representada assim:
Tabela 1.1 classificação geracional
nome
PerÍodo
nascidos nas
décadas
centro
da
geração
característica
Principal
ansiedade
Belle Époque
1920 / 1930
75
anos
idealistas
sonhadores
disciplina
Baby Boomers
1940 / 1950
60
anos
estruturados
construtores
revolução
Geração X
1960 / 1970
45
anos
céticos
tolerantes
Facilidades
Geração Y
1980 / 1990
22
anos
desestruturados
contestadores
inovações
Geração Z
2000 / 2010
10
anos
conectados e
relacionais
equilíbrio?
Fonte: elaborada Pelo autor.
Os dados da Tabela 1.1 têm sido usados para fins didá‑
ticos e revelam aspectos fundamentais para entendermos
a atual realidade geracional.
Um fato que se destaca é a existência de cinco gerações
convivendo na atualidade. Como isso é possível?
Ao longo da história, sempre se observou o convívio
de quatro gerações na sociedade, compostas pelos avós,
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Primeiro capítulo - Integrare Editora