27 de Março de 2010 das 9h às 17h
Ficha técnica
Concepção: Fernanda Sunega e Thais Milagres
Coordenador de Produção: Marcos Paulo de Moraes
Produção artística: Fernanda Sunega e Thais Milagres
Produção executiva: Adeline Fancelli e Nelson Dutra
Projeto gráfico: Marcos Masson
Fotografia: Thiago Dorta
Acompanhe as ações do projeto pelo blog, fique ligado!
www.desenhandohistorias.blogspot.com
www.twitter.com/desenhahistoria
LIVE PAINT DO LIVRO
Menino de engenho
Local: Escola Estadual Antônio da Costa Santos
Endereço: Rua Guerino Donega, 40 – Jd. Planalto (Jd. P. Viracopos)
Graffiteiros: Xis, Vanusa e B2
Desenhando Histórias
Poesias, crônicas e romances brasileiros serão retratados em graffiti nos live
paints do projeto Desenhando Histórias. Os
universos simbólicos de autores como Clarice Lispector, Cora Coralina, Guimarães
Rosa e José Mauro de Vasconcelos, entre
outros, serão interpretados a partir do olhar
de artistas de rua.
Mesclando artes visuais e literatura graffiteiros de São Paulo, Campinas e outras
cidades da RMC criarão composições visuais tendo como suporte os muros de escolas públicas de Campinas. Os estudantes
das escolas e toda a comunidade poderão
participar do projeto testemunhando as pinturas ao vivo e o trabalho dos artistas.
O objetivo de Desenhando Histórias
é fazer emergir dos muros das escolas a
beleza, o encantamento, as fantasias e os
elementos da cultura brasileira existentes
nas obras da nossa literatura clássica e
contemporânea.
O projeto está sendo realizado com
apoio do Governo do Estado de São Paulo
através do Programa de Ação Cultural da
Secretaria do Estado da Cultura.
Autor
José Lins do Rego (1901–1957)
Nascido no Engenho Corredor, município paraibano de Pilar, José Lins do Rego
Cavalcanti foi um escritor brasileiro que
figura como um dos romancistas regionalistas mais prestigiosos da literatura nacional. Seus antepassados, em grande parte
senhores de engenho, legaram ao garoto
a riqueza do engenho de açúcar que lhe
ocupou toda a infância. Seu contato com o
mundo rural do Nordeste lhe deu a oportunidade de relatar suas experiências por
meio das personagens de seus primeiros
romances. Após passar sua infância no interior e ver de perto os engenhos de açúcar perderem espaço para as usinas, o que
provocou muitas transformações sociais e
econômicas, foi para João Pessoa, onde
fez o curso secundário. Depois seguiu para
Recife, onde matriculou-se, em 1920, na
faculdade de Direito. José Lins do Rego escreveu cinco livros a que nomeou “Ciclo da
cana-de-açúcar”, numa referência ao papel
que nele ocupa a decadência do engenho
açucareiro nordestino. São eles: Menino de
Engenho, Doidinho (1933), Bangüê (1934),
O Moleque Ricardo (1935) e Usina (1936).
Em 1935, mudou-se para o Rio de Janeiro.
Participava ativamente da vida cultural de
seu tempo, gostava de conversar, tinha um
jeito bonachão e era apaixonado por futebol, ou melhor, pelo Flamengo. Seus livros
são adaptados para o cinema e traduzidos
na Alemanha, França, Inglaterra, Espanha
e foi eleito para a Academia Brasileira de
Letras.
Menino de Engenho
Carlos Melo (o protagonista) narra –
em primeira pessoa – a infância vivida no
engenho Santa Rosa. Carlos, ou melhor,
Carlinhos, aos quatro anos de idade ficou
órfão de mãe porque o pai, num acesso de
loucura, assassinou-a. Após a tragédia, o
menino foi viver no engenho Santa Rosa
para ser criado pelos tios e avós. A fazenda
pertencia ao seu avô materno, o senhor de
engenho Coronel José Paulino. A adaptação de Carlinhos e suas sucessivas perdas
estão presentes ao longo da narrativa. A
convivência com o tio Juca e a mentalidade machista revelam a influência da cultura patriarcal e escravocrata. Vivendo no
engenho o menino conheceu as desigualdades sociais entre os senhores de engenho e seus empregados. O romance relata
também seu amadurecimento emocional.
Carlinhos primeiro apaixona-se pela prima
Lili, que falece ainda criança. Depois pela
prima Maria Clara, que morava em Recife e
foi passar férias no engenho. Com o casamento da tia Maria, o menino passou a ser
cuidado pela tia Sinhazinha, bem mais séria e distante. A repressão o levou a um estado maior de libertinagem, principalmente
sexual. Carlinhos inicia-se sexualmente
com uma escrava e contrai uma doença
venérea. A família então decidiu enviá-lo a
um colégio interno. O livro é marcado pelo
universo sócio-econômico dos engenhos
de açúcar e um notório clima de saudosismo, evidenciado por flashes do passado do
próprio autor.
Graffiteiros
Edson Souza, o graffiteiro Xis, é graduado em Geografia e está envolvido com a
arte do graffiti desde 2001, quando começou a assinar suas obras como “Negros”.
Seus desenhos são basicamente personagens negros com traços que agradam
todos os públicos de todas as idades. Conheça mais no fotolog!
www.fotolog.com/negros_fd
Vanusa Passos é, além de graffiteira,
pedagoga formada pela PUC Campinas
e especialista em VDCCA – Violência Doméstica Conta Criança e Adolescentes pela
USP. Desenvolve trabalhos com educação
e artes em ONGs de Campinas desde
2000. Iniciou no graffiti em 2008 com personagens do cotidiano dos adolescentes.
http://www.flickr.com/photos/nus_che
Bruno dois – B2, artista de rua, sobrepõe-se ao “legal” ou “ilegal” e trabalha
principalmente com temas controversos.
Iniciou no graffiti em 2006, pois procurava
uma maneira diferente de alcançar a compreensão daqueles que estavam a sua volta. A vontade de criar algo o mais realista
possível o fez procurar diversas formas de
reprodução de imagens e foi aí que iniciou
também o uso do stencil, que mais tarde,
se tornaria a principal marca registrada do
artista.
http://brunodois.blogspot.com
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