Título
Sérgio Biagi Gregório
15/08/2013
Allan Kardec e a Revista Espírita
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Allan Kardec e Revista Espírita
Introdução
Quem foi Allan Kardec?
Que legado nos deixou?
Qual foi a sua missão?
Qual a importância da Revista Espírita?
O que nos traz?
Por que Allan Kardec as editou?
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Allan Kardec e a Revista Espírita
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Allan Kardec e a Revista Espírita
Considerações Iniciais
O Espiritismo, como ideia, e a mediunidade, como
ferramenta de trabalho, existem desde sempre.
José Herculano Pires, em O Espírito e o Tempo, faz-nos
um esboço histórico dos vários horizontes mediúnicos
até a positivação da mediunidade com Allan Kardec.
No horizonte tribal, agrícola e profético (mediunismo), a
comunicação com os Espíritos é tratada de uma forma
ainda incipiente.
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Allan Kardec e a Revista Espírita
Considerações Iniciais
Com Allan Kardec, os fatos mediúnicos foram tratados segundo o
procedimento das ciências naturais. Ressalva: a Doutrina é dos
Espíritos e não de Allan Kardec.
As obras básicas, conhecidas pela maioria, assumem papel
relevante. Porém, não menos importante, é a Revista Espírita,
esquecida por boa parte dos espíritas.
Nosso objetivo é enfatizar a necessidade de consultá-la, para que
possamos adquirir uma visão mais ampla do Espiritismo.
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Allan Kardec e a Revista Espírita
Dados Biográficos
Hippolyte-Léon Denizard Rivail — Allan Kardec —
nasceu no dia 03 de outubro de 1804, às 19 horas,
na Cidade de Lyon, na França.
Seu pai, Jean-Baptiste-Antoine Rivail, era
magistrado, juiz de direito; sua mãe, Jeanne
Duhamel, era professora; sua esposa, Amélie
Grabielle Boudet, também, era professora.
Como homem, podemos dizer que foi professor,
escritor, filósofo e cientista.
Faleceu no dia 31 de março de 1869, com 64 anos
de idade.
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Reencarnações Passadas
Sacerdote
Druida
O pseudônimo Allan Kardec decorre do fato de um
Espírito lhe revelar que, desde remotas existências, já
o conhecia, pois o mesmo fora, em vida física passada
no solo francês, um DRUÍDA com o nome de ALLAN
KARDEC.
João Huss nasceu na Boêmia em 1373. Morreu
queimado na fogueira em 1415. Huss foi influenciado
João Huss pelas idéias de Wiclef (1333-1384), teólogo e
reformador inglês. Wiclef desenvolveu alguns tratados
sobre o dominiun, ou seja, a ideia de que o poder vem
de Deus e apenas é legítimo naqueles que se
encontram em estado de graça.
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Começo da Codificação
Foi em 1854 que o Sr. Rivail ouviu pela primeira vez falar nas
mesas girantes.
O Sr. Fortier lhe disse um dia: “Eis aqui uma coisa que é bem
mais extraordinária: não somente se faz girar uma mesa,
magnetizando-a, mas também se pode fazê-la falar.
Interroga-se, e ela responde.”
- Isso, replicou o Sr. Rivail, é uma outra questão; eu
acreditarei quando vir e quando me tiverem provado que
uma mesa tem cérebro para pensar, nervos para sentir, e
que se pode tornar sonâmbula.
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Allan Kardec e a Revista Espírita
Obras Básicas e Complementares
Os livros da codificação ou o Pentateuco Espírita são: O Livro
dos Espíritos (1857), O Livro dos Médiuns (1861), O
Evangelho Segundo o Espiritismo (1864), O Céu e o
Inferno (1865), A Gênese (1868).
Além desses livros, denominados de obras básicas, há
também os que compõem as obras complementares,
mediúnicas e não-mediúnicas: Revista Espírita...
José Herculano Pires, Deolindo Amorim, Camille Flammarion
e Léon Denis são alguns dos autores não-mediúnicos;
Francisco Cândido Xavier, Divaldo Pereira Franco e outros
são classificados como autores de livros mediúnicos.
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Allan Kardec e a Revista Espírita
O Livro dos Espíritos
De acordo com Canuto
Abreu, Allan Kardec
começou a frequentar as
reuniões mediúnicas, em
que a médium Caroline
recebia o Espírito Zéfiro, o
qual respondia às perguntas
dos frequentadores. Levava
um caderno e anotava
aquilo que lhe chamava a
atenção.
"Certa feita, quebrando o hábito, indagou se
lhe era possível evocar o Espírito SÓCRATES.
Recebeu a seguinte resposta: "Sim. Sócrates já
tem assistido a alguns de nossos colóquios,
pois você o consulta amiúde mentalmente".
Essa resposta arrancou o professor da
costumada reserva. Declarou-nos ter, de fato,
pensado muita vez no filósofo grego,
esperançado de obter dele a verdadeira
"filosofia dos Espíritos" de elite".
(Abreu,1992)
Posteriormente, levava as suas próprias perguntas, o que lhe deu
ensejo de compor O Livro dos Espíritos.
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O Livro dos Médiuns
O Livro dos Médiuns é a segunda obra da Codificação, publicada
em janeiro de 1861, englobando as “Instruções Práticas sobre as
Manifestações Espíritas”, de 1858. É a continuação de O Livro
dos Espíritos, conforme esclarece Allan Kardec. A edição
definitiva é a 2ª, a de outubro de 1861.
O Livro dos Médiuns destina-se a guiar os que queiram entregar-se à prática
das manifestações, dando-lhes conhecimentos dos meios próprios para se
comunicarem com os Espíritos. É um guia, tanto para médiuns, como para os
evocadores (doutrinadores), e o complemento de O Livro dos Espíritos. O
Livro dos Médiuns“ contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de
todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo
Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos
que se podem encontrar na prática do Espiritismo”.
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Origens da Revista
Revista Espírita é uma coletânea de fatos e de explicações que
complementam os princípios doutrinários desenvolvidos em O
Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns.
Em 15 de novembro de 1857, na casa do Sr. Dufaux, por
intermédio da médium Sra. E. Dufaux, começou a ruminar a ideia
de publicar um jornal espírita. No item "Revista Espírita", do
livro Obras Póstumas, de Allan Kardec, há o relato da consulta
feita aos benfeitores espirituais.
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Principal Instrumento de Pesquisa
A Revista Espírita é composta de 12 volumes; oferece-nos o
registro minucioso das pesquisas realizadas na Sociedade
Parisiense de Estudos Espíritas.
No conjunto da Codificação, é um verdadeiro documentário, um
valioso relatório científico e histórico. Pode-se dizer que a Revista
Espírita foi o principal instrumento de pesquisa de Allan Kardec,
pois através dela, captou as reações do público.
Além disso, constituiu-se num verdadeiro laboratório em que as
manifestações mediúnicas, colhidas pelo mundo todo, eram
examinadas à luz dos princípios de O Livro dos Espíritos e O Livro
dos Médiuns, controladas pelas experiências da Sociedade
Parisiense de Estudos Espíritas.
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Registro da História do Espiritismo
O esforço de publicar a Revista Espírita prende-se à composição
da história do Espiritismo.
Nesses 12 volumes e onze anos e quatro meses de trabalho,
estão arrolados as reuniões, as pesquisas, os trabalhos
publicados, os estudos da Sociedade Parisiense de Estudos
Espíritas, os trabalhos dos Centros Espíritas, bem como as
contribuições das sociedades estrangeiras a ela ligadas.
Nela, estão catalogados os problemas que não puderam ser
esmiuçados em O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns:
mediunidade curadora, os casos de obsessão e possessão, o
problema das mistificações, a comunicação de pessoas vivas,
entre outros.
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Conclusão
A Revista Espírita complementa o
esboço teórico do Espiritismo. Sem o
seu estudo, não poderemos adquirir
uma visão global da Doutrina dos
Espíritos.
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Bibliografia Consultada
ABREU, Canuto. O Livro dos Espíritos e sua tradição histórica e lendária. São
Paulo: Lar da Família Universal, 1992.
BEZERRA, Evandro Noleto (organizador). Instruções de Allan Kardec ao
Movimento Espírita: Compilação de Artigos da Revista Espírita e de Obras
Póstumas contendo orientações e diretrizes ao Movimento Espírita. Rio de
Janeiro: FEB, 2005.
KARDEC, A. Obras Póstumas. Tradução de Guillon Ribeiro. 15.ed., Rio de
Janeiro: FEB, 1975.
KARDEC, A. Revista Espírita: Jornal de Estudos Psicológicos (1858). São Paulo:
Edicel, [s. d. p.]
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