Ministério da Saúde Ministério da Educação 42a Reunião Anual da ABENO Salvador - 2007 Pró-Saúde Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde A formação de RH em saúde bucal: A Odontologia como profissão, sua inserção na área da saúde e no mercado de trabalho A participação da Odontologia nas políticas públicas de saúde Novos paradigmas para a formação do dentista Evolução da Relação candidato/vaga nos cursos de graduação em Odontologia Fig. 5 Candidatos inscritos nos cursos de Odontologia por Região brasileira de 1991 a 2004 100000 95000 90000 85000 Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste 80000 75000 70000 65000 candidatos 60000 55000 50000 45000 40000 35000 30000 25000 20000 15000 10000 5000 0 "1991 "1992 "1993 "1994 "1995 "1996 "1997 "1998 "1999 "2000 "2001 "2002 "2003 "2004 Nº de inscrições ativas no CFO Estado Nº de inscrições ativas Acre 333 Amapá 266 Roraima 213 Rio de Janeiro 24.659 Minas Gerais 25.745 São Paulo 69.109 Total no Brasil 205.830 Quanto ao exercício profissional, após o curso, voce pretende: 1998 2003 Procurar emprego 42,3% 70,7% Já está empregado 1,1% 5,5% Abrir consultório 52,4% 20,5% Investimentos públicos em saúde bucal: 2002 a 2006 Nº de equipes de saúde bucal no PSF: 2002 – 4.000 equipes 2006 – 13.000 equipes Grande número de egressos da graduação no Brasil não presenciaram o trabalho de uma ESF, mercado concreto para eles, mas ausente dos quadros docentes de suas escolas. Algumas informações relevantes sobre o SUS: ▪ Único a garantir assistência integral e gratuita para toda a população, incluindo portadores do HIV sintomáticos ou não, renais crônicos e pacientes com câncer ▪ É referencia mundial no atendimento de DST/AIDS ▪ 72 mil cirurgias cardíacas ▪ 132 milhões de atendimentos de alta complexidade ▪ 7.234 transplantes de órgãos Saúde da Família Constitui uma estratégia para o fortalecimento e organização da ABS no Brasil Possibilita a organização do Sistema Municipal de Saúde para contemplar os pontos essenciais de qualidade na ABS mantendo o foco da atenção nas famílias da comunidade Atenção Básica Caracteriza-se por um conjunto de ações promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde, desenvolvida no individual e nos coletivos, por meio de práticas gerenciais e sanitárias democráticas e participativas Constitui-se como um nível hierárquico da atenção, que deve estar organizado em todos os municípios do país BIOMEDICINA Centrado na doença e no paciente Preocupa-se: realizar o diagnóstico da patologia propõe o tratamento para a cura SAÚDE DA FAMÍLIA Realiza abordagem familiar Busca visão integral, não dissociando corpo e mente Preocupa-se em realizar o diagnóstico integral, observando os aspectos biológicos, sociais, ambientais, relacionais, culturais e pactuar as mudanças necessárias em todos estes aspectos para o restabelecimento da saúde, através do cuidado e do acompanhamento. Programa Saúde da Familia – PSF • Presente em 84% dos municípios • 27 mil ESF • Cobertura de 60% da população brasileira + de 100.000.000 habitantes Programa Saúde da Familia – PSF Desafios: • Perfil profissional das equipes • Fixação em locais de difícil acesso • Referência e contra-referência Criação da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde(SGTES) no MS: Decreto 4.726 de 09/07/2003 OBJETIVOS DA SGTES: motivar e propor a mudança na formação técnica, de graduação e de pós-graduação. processo de educação permanente dos trabalhadores da saúde a partir das necessidades de saúde da população e de fortalecimento do SUS. Política Nacional de Gestão da Educação na Saúde Formação TécnicaProfissional PROFAE Certificação de Competências Educação superior: Graduação • Incentivo às mudanças na formação para implementação das diretrizes curriculares • Avaliação como estratégia para fortalecer mudanças • Capacitação docente para implementação das DCNs e para a avaliação da educação superior • Definição de critérios para abertura de novos cursos superiores na área da saúde. Pós-graduação • Especializações, residência médica e multiprofissional, mestrados profissionais, telessaúde aplicada à atenção básica Estratégias articuladas para mudança na graduação Motivação Suporte técnico ampliado VER-SUS VER-SUS Extensão Aprender-SUS Ativadores de mudança Mudança na Formação Ambiente Nacional para discussão FNEPAS Avaliadores INEP Apoio a Mudança Institucional Pró-Saúde Contexto Lançamento no dia 03 de novembro de 2005 Portaria Interministerial 2.101 (MS e MEC) Presentes: Avaliadores do INEP das áreas de Medicina, Enfermagem e Odontologia Comissão Assessora do Programa Entidades estudantis Conselhos e Associações de Classes OPAS CONASEMS CONASS Contexto Seminário Nacional Pró-Saúde, de 6 a 8 de fevereiro de 2006, com os representantes dos cursos selecionados, gestores municipais , Comissão Assessora do Programa, Entidades estudantis, Conselhos e Associações de Classes, OPAS, CONASEMS e CONASS Objetivo O objetivo geral do Programa é a integração ensino-serviço, visando à reorientação da formação profissional, assegurando uma abordagem integral do processo saúde-doença com ênfase na atenção básica, promovendo transformações nos processos de geração de conhecimentos, ensino e aprendizagem e de prestação de serviços à população. 3 Eixos Orientação teórica Cenários de prática Orientação pedagógica Orientação Teórica Priorizar os determinantes de saúde e os aspectos biológicos e sociais da doença Pesquisa clínica-epidemiológica baseada em evidências para uma avaliação crítica do processo de atenção básica Orientação sobre melhores práticas gerenciais que facilitem o relacionamento com o sistema único de saúde Atenção especial à educação permanente, não restrita à pós-graduação especializada Orientação Pedagógica Utilização de processos de aprendizado ativo (nos moldes da educação de adultos) Aprender fazendo e com sentido crítico na análise da prática clínica Para isto, o eixo do aprendizado deve ser a própria atividade dos serviços Ênfase no aprendizado baseado na solução de problemas Avaliação formativa e somativa Cenário de Práticas Diversificação incluindo vários ambientes e níveis de atenção Maior ênfase no nível básico com possibilidade de referência e contra-referência Importância da excelência técnica e relevância social Ampla cobertura da patologia prevalente Interação com a comunidade, com os alunos assumindo responsabilidade crescente com a evolução do aprendizado Contacto e envolvimento no processo de participação social Importância do multiprofissionais trabalho conjunto das equipes O Processo de Seleção do Pró-Saúde Equipe de avaliadores estabelecendo, a priori, critérios gerais de aceitação de todo o grupo, dividindo-se posteriormente 3 sub-grupos em função das áreas profissionais distintas: Medicina Enfermagem Odontologia Processo Seletivo Critérios gerais: Tratamento equilibrado dos 3 eixos Clareza na abordagem conceitual (determinantes sociais do binômio saúde-doença) e esquema curricular Clara possibilidade de articulação com o serviço de saúde Orientação enquanto a regulação e sistema de referência Possibilidade de compartilhar orçamento (Escola e Serviço) Integração do Hospital de Ensino na rede de serviços Indicação de parâmetros de avaliação Dupla leitura, a análise dos projetos foi realizada por no mínimo dois examinadores, em caso de divergência, um 3º opinava Projetos Apresentados Pró-Saúde: Valores Absolutos e Percentuais dos cursos de Enfermagem, Medicina e Odontologia. Medicina 57 31% 28% Odontologia 51 41% Total: 185 Enfermagem 77 Projetos Apresentados Pró-Saúde: Projetos postados até o dia 09/12/2005 Valores Absolutos e percentuais por Unidade Administrativa dos cursos de Enfermagem, Medicina e Odontologia 45,5% 54,5% 61,4% 49% 51% 38,6% 35 42 35 Enfermagem 25 Medicina Odontologia 57 51 77 Privada Fonte: Deges/SGTES/MS, 2005 26 22 Pública Projetos Apresentados Pró-Saúde: Projetos postados até o dia 09/12/2005 Valores Absolutos e Percentuais dos cursos: Enfermagem, Medicna e Odontologia - por região do país 35 29 23 20 15 15 15 10 2 5 Enfermagem Norte Fonte: Deges/SGTES/MS, 2005 Nordeste 2 7 1 Medicina Centro Oeste 1 5 Odontologia Sudeste Sul Projetos Selecionados Pró-Saúde: Projetos Selecionados Valores Absolutos e Percentuais dos cursos de Enfermagem, Medicna e Odontologia. Medicina 38 Odontologia 25 42% 28% 30% Enfermagem 27 Total: 90 Fonte: Deges/SGTES/MS, 2005 Projetos Selecionados Pró-Saúde: Projetos Selecionados Valores Absolutos e percentuais por Unidade Administrativa dos cursos de Enfermagem, Medicina e Odontologia 71,1% 77,8% 68% 28,9% 22,2% 21 32% 17 11 6 Enfermagem 27 8 Medicina 27 Odontologia 38 Privada 25 Pública Fonte: Deges/SGTES/MS, 2005 58% dos projetos são de escolas públicas Projetos Selecionados Pró-Saúde: Projetos Selecionados Valores Absolutos e Percentuais dos cursos: Enfermagem, Medicina e Odontologia - por região do país 19 14 14 98 7 3 2 1 Enfermagem Sudeste Fonte: Deges/SGTES/MS, 2005 Sul 7 1 1 Medicina Nordeste 3 1 0 Odontologia Centro Oeste Norte Distribuição dos investimentos do PróSaúde entre IES públicas e privadas 84.911.584,39 26.021.844,87 PÚBLICA PRIVADA Pactuação no CNS e CIT 2º semestre de 2006 o Pró-Saúde foi pactuado no CNS e CIT aprovado na 168ª reunião ordinária do Conselho,com recomendação de ampliação do Programa para as demais profissões da saúde, de acordo com o perfil sócio-epidemiológico da população e as necessidades do SUS. Demonstrativo mensal referentes aos 89 cursos selecionados pelo Pró-Saúde com a 1ª parcela paga 22 17 15 13 7 5 5 3 1 ago/06 1 set/06 out/06 nov/06 dez/06 jan/07 fev/07 abr/07 mai/07 jun/07 Acompanhamento do Pró-Saúde Auto-avaliação: através de um processo de autoavaliação continuada integrando pessoal docente, dos serviços e os estudantes; Externo: - através da Comissão Assessora que deve atuar como um parceiro no processo, facilitando o diálogo com os promotores do programa e entre as diversas Escolas; - podem agregar, ainda, a observação externa, menos sujeita às pressões que enfrentam os atores locais; É essencial que se desenvolva um processo que os responsáveis locais possam conduzir, evitando qualquer intento de padronização em todo o país Objetivos do Acompanhamento Favorecer o processo de articulação entre as escolas, os serviços e a comunidade para implementar um projeto político de transformação da sua prática que lhes permitam atingir os objetivos propostos pelo projeto Respeitar o quadro geral proposto vetores eixos e Operacionalização Visitas às escolas e serviços pela Comissão Assessora do MS Participação aberta dos gestores, docentes, estudantes, profissionais do serviço, usuários/controle social Apresentação do Programa pela Comissão Assessora Apresentação do Projeto pelo coordenador Criação do Comitê Local de Acompanhamento com a seguinte composição: coordenador do projeto e representantes dos docentes, estudantes, profissionais do serviço, gestores e Conselho Municipal de Saúde Visitas (principais aspectos observados) Compreensão limitada do eixo da orientação teórica no que diz respeito ao conceito biológico-social ampliado do processo saúde doença; Baixo grau de participação interdisciplinar e de integração entre os conteúdos da área básica e da clínica; Inserção do aluno incipiente nos novos cenários propostos, com insuficiente carga horária para propiciar participação ativa nas atividades dos serviços básicos de saúde ao longo do curso; Discreta diversificação de cenários de prática, sugerindo-se a inclusão de outras possibilidades tais como Policlínicas, ProntoAtendimento, hospitais de Atenção Secundária, Casas de Parto, outras; Poucas experiências de aprendizado conjunto entre os 3 cursos; Expectativa de que abordagens pedagógicas inovadoras possam, por si só, ser o eixo central da transformação Programação a partir do 2º semestre de 2007 • Seminários Internacionais : “ O Desafio da Formação para a Atenção Básica na Graduação” • Seminários Regionais: intercâmbio de experiências • Visitas in loco, de acordo com a necessidade de cada curso Equipe Pró-Saúde • Célia Regina Pierantoni • Elza Machado • Maria Auxiliadora Christofaro • Benedictus Siqueira • Camillo Anauate • Clarice Ferraz • Eliana Claudia Ribeiro • Eliane Gontijo • • • • • • • • Luzia da Silva Marco Aurelio Perez Maria Alice Roschke Maria Rita Bertolozzi Monica Abranzon Regina Stella Sigisfredo Brenelli Urquiza Helena Paulino Consultores Técnicos DEGES Alessandra de Paula Alexandre André Santos Izabela Castro Márcia Pinheiro Márcio Batista de Souza Mauro Arruda Patrícia Pol Teresa Passarella Thais Campos Participação: CONASS: • Armando Raggio • Julio Muller CONASEMS: • Denise Renehart • Elisabete Mateus • Márcia Andriolo • Marilda Siriani Comissão Interministerial de Gestão da Educação na Saúde • Instituída por Decreto Presidencial de 20/06/2007 • Função: ordenar a formação de recursos humanos para a saúde • Composição: Ministério da Educação Ministério da Saúde CONASS CONASEMS Atribuições da Comissão Interministerial de Gestão da Educação na Saúde I - subsidiar a definição de diretrizes para a política de formação profissional, tecnológica e superior, incluindo a especialização na modalidade residência médica, multiprofissional e em área profissional da saúde; II - subsidiar a definição de critérios para a autorização, o reconhecimento e a renovação de reconhecimento de cursos superiores na área da saúde; III - subsidiar a definição de critérios para a expansão da educação profissional, tecnológica e superior, incluindo a pós-graduação lato sensu nas modalidades de especialização, residência médica, multiprofissional e em área profissional na área da saúde; IV - identificar, periodicamente, a demanda quantitativa e qualitativa de profissionais de saúde no âmbito do SUS, de forma a subsidiar políticas de incentivo à fixação de profissionais de saúde, conforme as necessidades regionais; V - identificar, periodicamente, a capacidade instalada do SUS, a fim de subsidiar a análise de sua utilização no processo de formação de profissionais de saúde; e VI - estabelecer diretrizes para a educação na promoção da saúde, prevenção de doenças e assistência à saúde na rede pública de educação básica. Programa de Educação pelo Trabalho em Saúde PET - Sáude Francisco Campos Secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde Ana Estela Haddad Diretora de Gestão da Educação na Saúde Gustavo Gusso Coordenador de Ações Estratégicas de Educação na Saúde José Noronha Secretário de Atenção à Saúde Luis Fernando Rolim Diretor de Atenção Básica Claunara Schilling Mendonça Assessora Maria Paula Dallari Jorge Paiva PET Saúde Portaria Interministerial nº 1.507/2007 DEGES/SGTES/MS , DAB/SAS/MS e SESu/MEC • A Educação Tutorial caracteriza-se pela presença de um professor tutor com a missão de orientar e estimular a aprendizagem ativa dos estudantes a partir de uma prática fundada em compromissos éticos e sociais. • No PET Saúde, além do Tutor Acadêmico, cria-se a figura do Preceptor, que tem como requisito ser um profissional do serviço de saúde. O Tutor Acadêmico deverá oferecer, além da orientação aos estudantes de graduação, a capacitação pedagógica ao Preceptor e a orientação voltada à pesquisa e produção de conhecimento relevante para o serviço de saúde. Por outro lado, terá a oportunidade de aprender também, e agregar ao curso de graduação, conhecimentos sobre o modelo de atenção, as necessidades de aprendizagem, a solução de problemas e a produção de conhecimento emanados do serviço. Objetivos do PET Saúde facilitar o processo de integração ensino-serviço. institucionalizar as atividades pedagógicas dos profissionais do serviço valorizar esta atividade pedagógica promover a capacitação docente dos profissionais do serviço estimular a inserção das necessidades do serviço como fonte de produção de conhecimento e pesquisa na universidade estimular o ingresso de profissionais do serviço na carreira docente Funcionamento: • Edital de seleção • Público-alvo: IES públicas, integrantes do Pró-Saúde, alunos do PROUNI • Valor das bolsas: Tutor Acadêmico e Preceptor: R$ 1.045,89 (CNPq) Estudantes: R$ 300,00 OBRIGADA !!!! Ana Estela Haddad Diretora do Departamento de Gestão da Educação na Saúde Francisco Eduardo de Campos Secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde [email protected]