Gestão do Risco Ergonômico
6º SENSE
Nadja de Sousa Ferreira, MD PhD
Médica do Trabalho
Objetivo
Objetivo
Apresentar os conceitos científicos sobre o Risco
Ergonômico e sua relação com o corpo humano.
Fazer os participantes identificar o Risco Ergonômico,
situações de ao Exposição ao Risco que induzem ao
equilíbrio orgânico trazendo a SAÚDE e reconhecendo
situações que podem trazer alterações transitórias com
instalação de desconforto para os trabalhadores.
Objetivo
Objetivo
Informar quais os critérios de prioridade para ações de
prevenção no processo produtivo;
Apresentar os diversos campos de aplicação da
Ergonomia;
Explicar a aplicação específica dos principais
protocolos de avaliação do risco ergonômico;
Sugerir programas de prevenção
Introdução
O risco ergonômico existe em
todas as ações humanas e é
necessário a manutenção da
HOMEOSTASIA, sem a qual não há
fixação de proteínas, sais minerais
e oligoelementos em nossos
tecidos. Ferreira N. (2000)
Conceitos /Definições
Risco Ergonômico
“ é a relação entre o homem e o ambiente que o cerca,
por meio das ações biomecânicas geradas por
movimentos (repetitivos, associados à tração, impulso,
força e peso), posturas inadequadas e compressão
mecânica induzindo a quebra da HEMEOSTASIA e
conseqüentemente instalação das morbidades ou
agravamento das pré-existentes”
Nadja Ferreira (2001)
Conceitos /Definições
Risco
“ é a probabilidade de acontecer determinado evento”
“ quantificado pela expressão matemática de 0 a 100%”
Exposição ao Risco – é a relação direta com a ação
mecânica gerada pelos movimentos e posturas em
determinadas tarefas. Nadja Ferreira ( 2000)
Histórico
CAMPO DE ATUAÇÃO
Fonte: Falcão (2003)
CAMPO DE ATUAÇÃO
Fonte: Moraes(1992)
Campo de atuação
Risco Ergonômico – biomecânica
“Biomecânica é o estudo da estrutura e da
função dos sistemas biológicos por meio de
métodos da mecânica” Herbert Hatze (1974)
“Biomecânica é o estudo das forças e dos seus
efeitos nos seres vivos.”Peter McGinnis(2002)
Campo de atuação
As ações que movimentam
o corpo se alimentam de
Energia cinética que aciona
Todo o metabolismo humano.
208 ossos com no mínimo
416 tendões
100 articulações
410 músculos esqueléticos
Campo de atuação
Biomecânica Ocupacional
Fonte: Iida (1997)
Ação Muscular
Tipo de
Trabalho
Definição
Trabalho Estático Aquele que exige contração
continua de alguns
músculos, para manter
uma determinada posição.
Trabalho
Aquele que permite
Dinâmico
contração e relaxamentos
alternados dos músculos.
Posturas do corpo e
gasto energético
Posição do
Corpo
Posição
Deitada
O que ocorre?
Não há concentração de tensões em nenhuma
parte do corpo.
Sangue flui livremente eliminando toxinas dos
músculos.
Consumo energético mínimo (próximo do
metabolismo basal).
Fonte: Iida (1997) e Grandjean (1998).
Posturas do corpo e
gasto energético
Posição do
Corpo
Posição
Sentada
O que ocorre?
Exige atividade do dorso e do ventre.
O peso do corpo e suportado pelo osso ísquio
(nádegas).
Consumo de energia sentado é de 3 a 10% maior
que deitada.
Com ligeira inclinação para gente, a fadiga e
menor; com assento que permita freqüentes
mudanças posturais, a fadiga e retardada.
Fonte: Iida (1997) e Grandjean (1998).
Posturas do corpo e
gasto energético
Posição do
Corpo
O que ocorre?
Posição de Pe
Altamente fatigante, pois exige muito trabalho estático da
musculatura.
Dificulta o bombeamento de sangue do coração para as
extremidades do corpo.
Trabalhos dinâmicos em pé são menos fatigantes que, os
estáticos (ou com poucos movimentos) em pé.
Fonte: Iida (1997) e Grandjean (1998).
Posturas do corpo e
gasto energético
Posição do
Corpo
Inclinação da
Cabeça para
Frente
O que ocorre?
Provoca fadiga rápida nos músculos do pescoço e
do ombro, provocado pela cabeça, cujo pesa e
relativamente elevado (4 a 5 quilos)
Fonte: Iida (1997) e Grandjean (1998).
Posturas do corpo e
gasto energético
“As forças humanas são resultados de contrações
musculares. (...) Para fazer um determinado
movimento, diversas combinações de contrações
musculares podem ser utilizadas, cada uma delas
tendo diferentes características de velocidade,
precisão e movimento” Itiro Iida (1997)
Posturas do corpo e
gasto energético
“Esses movimentos (ações musculares) “fixam”
ou “ estabilizam” algumas articulações para que
outras possam realizar tarefas ou posturas”.
“Os movimentos e posturas NÃO CAUSAM
ADOECIMENTOS OU OS AGRAVAM quando
são realizados dentro dos limites fisiológicos”
Nadja Ferreira (1998)
Posturas do corpo e
gasto energético
“ Os movimentos e posturas NÃO CAUSAM
ADOECIMENTOS OU OS AGRAVAM, quando
são realizados dentro dos limites fisiológicos”
Os movimentos que possuem “poder” de causar
ou agravar doenças são movimentos associados
1. Tração;
2. Rotação;
3. Peso acima de 23 Kg;
4. Repetitividade e
5. Posturas inadequadas.
Posturas do corpo e
gasto energético
Desde que :
Movimentos repetitivos são aqueles que são
realizados pelos mesmos grupos musculares
em ciclos iguais ou menores que 30 segundos
e que durem pelo menos 50% da jornada.
CICLOS = uso de grupo muscular em tarefas
que se repetem na mesma seqüência em
tempo igual ou menor que 30 segundos.
Posturas do corpo e
gasto energético
Desde que :
Os movimentos sejam executados sem pausas
ou micropausas e .....
Esses movimentos sejam realizados por mais
de 50% da jornada sem pausas e repetidos
em todas as jornadas de forma habitual e
contínua e...
Posturas do corpo e
gasto energético
Desde que :
Postura inadequada é aquela adotada fora das
“posturas neurofisiológicas” sem haver
possibilidade de mudança por 50% da jornada
ou mais.
“ A melhor postura é a PRÓXIMA”
Filme 1
Nadja Ferreira (1995)
Campo de atuação
“A biomecânica utiliza leis da física e conceitos de
engenharia para descrever movimentos realizados
por vários segmentos corpóreos e forças que agem
sobre estas partes do corpo durante atividades
normais de vida diária.” Frankel & Nordin (1980)
apud CHAFFIN et al (2001)
Base Legal
NR 11 Transportes e Equipamentos
NR 17
Manual da NR 17
Base Legal
INSTRUÇÃO NORMATIVA
INSS/DC Nº. 98 - DE 05/12/03
Instrução Normativa INSS
20/07 atualizada pela 23/27 e
29/08
CONCEITOS
Ambiente
Posto
de Trabalho
de Trabalho
Tarefas
Multiplafunções
Conceitos
Funções
compatíveis
Habitualidade
Permanência
Intermitência
Ocasionalidade
Conceitos
Critérios para análise genérica dos postos de
trabalho.
Enfoque
Organizacional
Fisiológico
(movimentos e
esforços)
Campos
de
Pesquisa
Tempos e
Métodos
Biomecânica
Ocupacional
Objetivo
Análise da Tarefa Humana
Análise da Tarefa
LOGO
Trata-se de um processo investigativos que
“envolve a definição do objetivo da tarefa,
requisitos para a realização da tarefa e a
presença humana na tarefa” (MORAES &
MONT’ALVÃO, 2000).
Análise da Tarefa
Compreender o Sistema
Homem x Tarefa x
Máquina
PARA
Gerar
recomendações para
aspetos de um
projeto com design
ergonômico.
Conceitos /Definições
No Trabalho
Na Clínica
Médico assistente - (médico do Trabalho)
Ortopedista
ou
Reumatologista
Na Previdência
(perito médico)
Diagnóstico
Nexo causal
Nexo técnico
Tratamento
Grau de risco
E limitação
temporária?
Tratamento de
urgência
Incapacidade
temporária ou
permanente?
Só avaliação
Seqüela? Deficiência?
---- Invalidez?
Incapacidade
permanente?
Afastamento
temporário
Aguardar alta
Troca de função
preventiva
Auxílio doença
Afastamento
definitivo
Readaptação
Reabilitação
Seqüelas definitivas
Estabilidade
Auxílio acidente
Conceitos /Definições
Avaliação do Risco Ergonômico
Tipo de Relatório
Operacionalidade e levantamento do risco
ergonômico
Relatório com descrição de patologias
Quem pode fazer o Relatório
Diagnóstico médico
Identificação e classificação do risco ergonômico
Prioridades
Padrão Ouro
Conceitos /Definições
Avaliação do Risco Ergonômico
Realização e periodicidade de atualização;
Critérios para ratificação do Relatório do Risco
Ergonômico;
Cálculo de funções/cargos para análise;
Agrupamento de funções/cargos para análise;
Programa básico para Formação de
Multiplicadores;
Programa básico para Formação de Facilitadores;
Conceitos /Definições
Avaliação do Risco Ergonômico
Programa de Ergonomia;
Custo direto e indireto;
Prioridade para implantação do Programa;
Padrão Petrobrás;
Relatórios por fases do Programa de
Ergonomia;
Revisão do Programa;
Supervisão interna e externa.
Conceitos /Definições
Análise de Conformidade ou Não
Conformidade dos:
ambientes de trabalho;
postos de trabalho e
pessoas ( funções/cargos).
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