109 Resultados Figura_33. Gráfico comparativo da intervenção fixação intramedular versus intervenção não cirúrgica. Desfecho: diferença maior que 10 graus na elevação do ombro em relação ao lado não acometido Figura_34. Gráfico comparativo da intervenção fixação intramedular versus intervenção não cirúrgica. Desfecho: número de participantes que retornaram às atividades desportivas após 60 dias do trauma Desfechos radiográficos (Figura 35 e Figura 36) Ambos os estudos avaliaram os desfechos radiográficos. Smekal et al (2009b) analisaram o tempo de consolidação da fratura, relatando diferença relevante em favor do tratamento cirúrgico (MD -5,50 semanas; 95% IC -10,41 a -0,59). Ao final do seguimento, avaliou-se a percentagem de fraturas com encurtamento, mas não se constatou diferença relevante entre os dois grupos (MD -1,70; 95% IC -3,62 a 0,22) (Figura 35). Witzel (2007) descreveu no final do seguimento, o número de fraturas com encurtamento ou deslocamento. O tratamento cirúrgico mostrou-se estatisticamente superior ou tratamento não cirúrgico (RR 0,05; 95% IC 0,00 a 0,82) (Figura 36). 110 Resultados Figura_35. Gráfico comparativo da intervenção fixação intramedular versus intervenção não cirúrgica. Desfecho: radiográfico – tempo de consolidação Figura_36. Gráfico comparativo da intervenção fixação intramedular versus intervenção não cirúrgica. Desfecho: radiográfico – número de fraturas encurtadas ou deslocadas Efeitos adversos (Figura 37) Não houve diferença estatisticamente significante entre os dois grupos em Smekal et al (2009b) (RR 0,71; 95% IC 0,38 a 1,35). No grupo cirúrgico, as principais complicações relatadas foram proeminência do material de síntese e no grupo não cirúrgico, os retardos de consolidação (Figura 37). Os participantes em Witzel (2007) não apresentaram complicações. Figura_37. Gráfico comparativo da intervenção fixação intramedular versus intervenção não cirúrgica. Desfecho: efeito adverso – total de complicações Dados econômicos Os dois estudos incluídos nesta comparação não avaliaram os desfechos econômicos. 111 Resultados 4.3.3. Comparação 3: Intervenções cirúrgicas comparadas entre si (quatro estudos) Quatro comparações de implantes e técnicas cirúrgicas, cada qual avaliada por um dos estudos incluídos, são apresentadas a seguir. Comparação 3A: placa de compressão dinâmica de baixo contato (LC-DCP) versus placa de compressão dinâmica (DCP) para o tratamento de pseudartrose do terço médio da clavícula Kabak et al (2004) compararam redução aberta e fixação com LC-DCP versus DCP em 33 participantes com pseudartrose do terço médio da clavícula. Apenas os dados relatados no estudo foram utilizados, porque mesmo após tentativas de contato, não houve resposta dos autores para prover informações adicionais de dados insuficientes. Dor Nenhum participante em ambos os grupos relatou dor no final do seguimento. No entanto, dos três atletas de cada grupo, apenas aqueles do grupo DCP relataram dor de pequena intensidade sem limitação após exercício pesado, em 12 meses de seguimento. No mesmo seguimento, outros três participantes do mesmo grupo queixaram-se de dor ocasional relacionada às mudanças do clima. Esta queixa foi resolvida após a retirada do material de síntese. Falha do tratamento (Figura 38) Em dois participantes do grupo DCP não houve consolidação da pseudartrose, fato considerado como falha do tratamento. Após nova intervenção cirúrgica, a consolidação foi concretizada. A diferença entre os dois grupos não alcançou significância estatística (RR 0,19; 95% IC 0,01 a 3,36). 112 Resultados Figura_38. Gráfico comparativo da intervenção fixação com LC-DCP versus DCP. Desfecho: falha do tratamento – ausência de consolidação Função do ombro e qualidade de vida (Figura 39) O questionário DASH foi utilizado para mensurar a função dos membros superiores. Participantes do grupo LC-DCP relataram maiores índices durante todo o seguimento: em três meses (DM -13,90; 95% IC -17,83 a -9,97); em seis meses (DM -13,20; 95% IC -16,77 a -9,63); em 12 meses (DM -8,90; 95% IC -11,73 a -6,07); e no final do seguimento (DM -8,10; 95% IC 10,73 a -5,47) (Figura 39). A magnitude da diferença foi maior que 10 pontos nas avaliações em três e seis meses, que é considerada clinicamente relevante para o grupo LC-DCP (Gummesson 2003; Hudak et al, 1996). Todos os participantes no grupo LC-DCP retornaram às suas atividades originais de trabalho; no grupo DCP, dois motoristas de caminhão necessitaram mudar de trabalho devido a limitações da mobilidade do ombro. Kabak et al (2004) relataram que a média de tempo de retorno ao trabalho foi estatisticamente menor no grupo LC-DCP (6,1 versus 9,6 semanas; P<0,001). Kabak et al (2004) também mencionaram que a limitação do arco de movimento foi menos comum no grupo LC-DCP (um participante no grupo LC-DCP versus seis no grupo DCP). 113 Resultados Figura_39. Gráfico comparativo da intervenção fixação com LC-DCP versus DCP. Desfecho: questionário DASH Desfechos radiográficos (Figura 40) Dois participantes do grupo DCP não apresentaram consolidação da pseudartrose. A duração da consolidação clínica e radiográfica foi significativamente mais precoce no grupo LC-DCP, com DM de -2,70 semanas (95% IC -4,09 a -1,25). Figura_40. Gráfico comparativo da intervenção fixação com LC-DCP versus DCP. Desfecho: radiográfico – tempo de consolidação (semanas) Efeitos adversos (Figura 41) Os grupos de tratamento não foram identificados para quatro participantes com infecções superficiais e para o participante que apresentou em curto prazo, paralisia do plexo (resolvida em quatro meses). O grupo LC-DCP registrou significativamente menos solicitações para retirada do material de síntese (dois versus oito), com RR de 0,24 (95% IC 0,06 a 0,95; NNT 2,6). 114 Resultados Figura_41. Gráfico comparativo da intervenção fixação com LC-DCP versus DCP. Desfecho: efeito adverso – retirada de material de síntese Dados econômicos Recursos e dados de custo não estavam disponíveis para esta comparação. Comparação 3B: fixação intramedular com pino de Knowles versus DCP para o tratamento de fratura e pseudartrose do terço médio da clavícula Lee et al (2007) compararam redução aberta e fixação interna com pino de Knowles versus DCP para o tratamento de fratura e pseudartrose do terço médio da clavícula. Não se obteve sucesso nas tentativas de contato com os autores para mais informações sobre o estudo. Dor A presença de dor foi avaliada utilizando a EVA e consumo de medicação analgésica nos primeiros cinco dias após a cirurgia. Sem dados disponíveis, Lee et al (2007) relataram não haver diferenças significantes na escala de dor entre os dois grupos nos primeiros três dias após a cirurgia; no entanto, para o quarto e quinto dias a escala de dor mostrou menor intensidade de dor em favor do grupo do pino de Knowles (P=0,05 e 0,04 respectivamente). Lee et al (2007) descreveram que todos os participantes foram submetidos a um protocolo para analgesia com o objetivo de controlar a dor. Este protocolo incluiu o uso de meperidina, acetaminofeno e antiinflamatórios não hormonais (AINES). No grupo do pino de Knowles, um consumo estatisticamente menor de analgésicos foi observado em relação à meperidina (80mg intramuscular versus 221mg oral; P=0.02) e ao acetaminofeno (520mg versus 1724mg; P=0.01); embora o significado clínico não tenha sido relevante. 115 Resultados Falha do tratamento (Figura 42) Nenhum participante do grupo do pino de Knowles necessitou de novo tratamento cirúrgico; no entanto, três participantes do grupo DCP necessitaram de nova intervenção devido à pseudartrose sintomática (um caso) e falha do implante (dois casos). A diferença entre os dois grupos não foi estatisticamente significante (RR 0,13; 95% IC 0,01 a 2,49). Figura_42. Gráfico comparativo da intervenção fixação com pino de Knowles versus DCP. Desfecho: falha do tratamento Função do ombro e qualidade de vida Lee et al (2007) não descreveram diferenças entre os dois grupos na escala de Constant para o lado acometido após 30 meses da intervenção (média de 85 para Knowles versus 84 para DCP). Não estavam disponíveis dados separados para comprometimento funcional e retorno às atividades prévias. O tamanho da incisão foi significativamente menor no grupo do pino de Knowles (média do comprimento da incisão: 4,2cm versus 7,8cm; P=0,001). A duração do tempo cirúrgico também foi significativamente menor no grupo do pino de Knowles (36 minutos versus 64 minutos; P<0,001). Desfechos radiográficos (Figura 43) Um participante do grupo DCP apresentou pseudartrose no seguimento de seis meses (RR 0,31; 95% IC 0,01 a 7,40). 116 Resultados Figura_43. Gráfico comparativo da intervenção fixação com pino de Knowles versus DCP. Desfecho: radiográfico – pseudartrose em seis meses Efeitos adversos (Figura 44) Os efeitos adversos foram: infecção da ferida cirúrgica (apenas um caso, que se resolveu após o tratamento) e material de síntese ocasionando sintomas. A retirada eletiva do material de síntese também foi avaliada. Problemas relacionados com o material de síntese após a cirurgia foram mais frequentes no grupo de fixação com placa (4/32 versus 12/30; RR 0,31; 95% IC 0,11 a 0,86; NNT 3,57). Entretanto, não houve diferença significativa entre os dois grupos quando avaliada a retirada eletiva do material de síntese (RR 0,85; 95% IC 0,60 a 1,20). Figura_44. Gráfico comparativo da intervenção fixação com pino de Knowles versus DCP. Desfecho: efeito adverso Dados econômicos O período de internação hospitalar no grupo de fixação com pino de Knowles foi em média três dias menor em relação ao grupo de fixação com placa, cuja média foi de 6,2 dias (intervalo de cinco a 10 dias) versus 9,1 dias (intervalo de cinco a 15 dias) (P=0,03). Outros recursos ou dados de custo não estavam disponíveis para esta comparação. 117 Resultados Comparação 3C: placa tridimensional (3D) versus placa posicionada na superfície superior para o tratamento de fratura deslocadas do terço médio da clavícula Em Shen et al (2008), foram comparadas a redução aberta e fixação interna com placas de reconstrução posicionada de forma tridimensional (superior na região lateral e anterior na região medial) versus placa fixada apenas na superfície superior. Informações e dados complementares para as análises foram fornecidos pelo principal investigador do estudo e consistiram em: tempo de cirurgia; tempo de permanência hospitalar; a definição de pacientes sintomáticos; retardo da consolidação; e consolidação da fratura. Dor A variável dor não foi reportada por Shen et al (2008), exceto na definição dos pacientes sintomáticos. Falha do tratamento (Figura 45) Houve diferença estatisticamente significativa em favor do grupo fixado com placa 3D quando avaliado o desfecho falha do tratamento por pseudartrose sintomática, que levou à necessidade de reoperação do paciente (1/67 versus 8/66; RR 0,12; 95% IC 0,02 a 0,96; NNT 9,09). Figura_45. Gráfico comparativo da intervenção fixação com placa 3D versus placa superior. Desfecho: falha do tratamento – pseudartrose sintomática Função do ombro e qualidade de vida (Figura 46 e Figura 47) 118 Resultados Comprometimento funcional e resultados clínicos foram mensurados pelo número de participantes sintomáticos que apresentaram dois ou mais dos seguintes sintomas: dor em repouso, dor durante atividade, redução da força motora no membro afetado e elevação do ombro menor que 120 graus. Houve um número significativamente menor de participantes sintomáticos no grupo da fixação com placa 3D tanto na avaliação aos quatro meses (3/67 versus 15/66; RR 0,20; 95% IC 0,06 to 0,65; NNT 5,55), quanto na dos 12 meses (RR 0,17; 95% IC 0,04 to 0,75) após a intervenção (Figura 46). Não houve diferença significativa entre os dois grupos ao avaliar tempo de cirurgia (Figura 47). Figura_46. Gráfico comparativo da intervenção fixação com placa 3D versus placa superior. Desfecho: comprometimento funcional – participantes sintomáticos Figura_47. Gráfico comparativo da intervenção fixação com LC-DCP versus DCP. Desfecho: duração da cirurgia (horas) Desfechos radiográficos (Figura 48) Um número significativamente menor de participantes do grupo da placa 3D apresentou falha da consolidação da fratura na avaliação de quatro meses após a cirurgia em comparação com o grupo da placa superior (4/67 versus 23/66; RR 0,17; 95% IC 0,06 to 0,47). 119 Resultados Figura_48. Gráfico comparativo da intervenção fixação com placa 3D versus placa superior. Desfecho: radiográfico – ausência da consolidação da fratura em quatro meses Efeitos adversos O desfecho efeitos adversos não foi explorado por Shen et al (2008). Dados econômicos (Figura 49) Na houve diferença estatisticamente significante entre os dois grupos quando avaliado o tempo de internação. Figura_49. Gráfico comparativo da intervenção fixação com placa 3D versus placa superior. Desfecho: econômico – tempo de internação (dias) Comparação 3D: fixação intramedular percutânea versus aberta para o tratamento de fratura aguda do terço médio da clavícula Bi et al (2008) compararam a técnica de fixação intramedular da clavícula usando fio de Kirschner com redução fechada versus fixação com redução aberta. Apesar de sucesso no contato com o principal investigador do estudo, não foi possível adquirir informações para certas análises. Dor 120 Resultados A presença de dor foi avaliada como parte de uma escala não validada. Dividiu-se a variável em cinco categorias: ausência de dor; dor leve eventual, que não compromete a mobilidade articular; dor leve à movimentação articular intensa; dor moderada, mas tolerável, com necessidade do uso de analgésico; e, dor intensa com limitação clara da mobilidade articular. Os dados individuais desta tabela não estavam disponíveis. Falha do tratamento Nenhum dado sobre falha do tratamento estava disponível para esta comparação. Função do ombro e qualidade de vida (Figura 50) A função do ombro foi avaliada por uma escala não validada, na qual houve a mensuração do arco de movimento do ombro; no entanto, os dados individuais das variáveis não estavam disponíveis. Quando analisado o tempo de consolidação clínica da fratura, observou-se uma diferença estatisticamente significante em favor da fixação percutânea (MD -20,80 dias; 95% IC -21,88 a -19,72). Figura_50. Gráfico comparativo da intervenção fixação intramedular percutânea versus fixação aberta. Desfecho: clínico – tempo de consolidação clínica da fratura Desfechos radiográficos (Figura 51) Quatro participantes do grupo de fixação aberta apresentaram pseudartrose no seguimento final, sem diferenças significantes entre os dois grupos (RR 0,11; 95% IC 0,01 a 2,02). 121 Resultados Figura_51. Gráfico comparativo da intervenção fixação com LC-DCP versus DCP. Desfecho: radiográfico – pseudartrose Efeitos adversos Nenhuma complicação causada pelas intervenções foi relatada. Dados econômicos No grupo de fixação percutânea, o período de internação após a cirurgia foi de três a sete dias; no grupo de fixação aberta, este período de internação foi de dez a 12 dias e os participantes receberam alta após a retirada dos pontos de sutura. Análise dos subgrupos: Planejou-se realizar a análise de diferentes subgrupos para comparação das intervenções cirúrgicas; no entanto, não foi possível adquirir dados necessários para estas análises. 122 Discussão DISCUSSÃO 123 Discussão 5. DISCUSSÃO Ao longo da história, mais de 100 diferentes técnicas de imobilização da clavícula já foram descritas na literatura médica para se obter ou manter a redução da fratura, promovendo sua consolidação (Lazarus, 2001). Os métodos mais adotados por cirurgiões ortopédicos têm sido a imobilização em oito e uso de tipoia, bem como a combinação de ambos (Eiff, 1997; Khan et al, 2009a; Kim, McKee, 2008; Preston, Egol, 2009; Smekal et al, 2009a). O uso da tipoia simples parece oferecer mais conforto ao paciente, enquanto a opção pela imobilização em oito pode causar algumas limitações, bem como desconforto e dificuldades no uso diário. Por estas razões, a tipoia simples é o tratamento preferido pelos pacientes (Andersen et al, 1987; Khan et al, 2009a; Preston, Egol, 2009). Indicações para o tratamento cirúrgico das fraturas do terço médio clavícula incluem: fratura exposta, ruptura iminente da pele, lesões neurológicas ou comprometimento vascular, dissociação escapulotorácica e pseudartrose dolorosa. As indicações relativas para cirurgia são: politraumatismo, ombro flutuante e consolidação viciosa dolorosa. Outras indicações relativas que têm sido adotadas pela maioria dos cirurgiões ortopédicos incluem trauma de grande energia, tais como fraturas da clavícula com encurtamento superior a 20mm, deslocamento completo e grave cominuição. Quando a abordagem cirúrgica é escolhida para o tratamento destas fraturas, diversas técnicas de fixação podem ser adotadas (Bradbury et al, 1996; Ebraheim et al, 1997; Jupiter, Leffert, 1987). Estas abordagens se enquadram em dois grupos principais: dispositivos intramedulares e fixação com placa e parafuso (Lazarus, 2001). Os defensores da redução cruenta e fixação com placa e parafuso referem que esta técnica de fixação proporciona estabilização rígida imediata, compressão cortical, controle rotacional e mobilização precoce (Ali Khan, Lucas, 1978; Canadian, 2007; Khan et al, 2009a; Kim, McKee, 2008; Lazarus, 2001; Preston, Egol, 2009; Smekal et al, 2009a). Mais comumente, a placa é implantada na região superior da clavícula. Estudos biomecânicos comprovam as vantagens desta técnica, principalmente em fraturas com cominuição da cortical inferior (Celestre et al, 2008; Iannotti et al, 2002). No entanto, a técnica com a utilização da placa superior está associada a um maior risco de lesão das estruturas neurovasculares durante a manipulação da fratura e subsequente proeminência da placa, que pode necessitar remoção. Na tentativa de resolver este problema, uma abordagem ântero-inferior da placa foi desenvolvida. Esta técnica é associada à menor ocorrência de complicações, já que permite a introdução de parafusos mais longos e diminui a proeminência das placas. Entretanto, sua aplicação é questionada, 124 Discussão uma vez que envolve a necessidade de abordar mais tecidos moles para alocar o implante, além de estudos biomecânicos relatarem maior estabilidade da alocação superior da placa em relação à sua alocação ântero-inferior (Celestre et al, 2008; Collinge 2006; Iannotti et al, 2002; Kloen et al, 2002). Atualmente, os implantes mais utilizados são as placas de compressão dinâmica ou placas bloqueadas. Já as placas de reconstrução, amplamente utilizadas para o tratamento da fratura da clavícula no Brasil, tiveram seu uso reduzido nos centros internacionais, dada a sua suscetibilidade à deformação, que predispõe a consolidação inadequada. As placas prémoldadas bloqueadas foram recentemente introduzidas no mercado por serem menos proeminentes, ocasionando baixas taxas de remoção do material de síntese após a consolidação da fratura (Goswami et al, 2008; Huang et al, 2007). No entanto, a eficácia destes implantes ainda não foi totalmente testada em ensaios clínicos randomizados (Khan et al, 2009a). Os defensores da fixação intramedular relatam algumas vantagens em relação às placas, como a facilidade da técnica cirúrgica, exposição limitada devido à pequena incisão dos tecidos moles, melhor resultado estético, remoção mais fácil do material de síntese, com menor fraqueza óssea após esta remoção e índices satisfatórios de consolidação (Khan et al, 2009a; Ngarmukos et al, 1998; Smekal et al, 2009a; Zenni et al, 1981). A forma sigmóide da clavícula proporciona a ocorrência de problemas específicos na concepção e inserção dos dispositivos intramedulares de bloqueio estático. A principal desvantagem deste método de fixação é a ineficiente estabilidade rotacional (Khan et al, 2009a; Kim, McKee, 2008). Uma variedade de dispositivos intramedulares, incluindo pinos de Knowles, Hagie, Rockwood e haste elástica de titânio (TEN), está disponível para esta modalidade de tratamento (Jeray, 2007; Khan et al, 2009a; Zenni et al, 1981). Uma técnica alternativa preconizada é a utilização de fios de Kirschner ou Steinmann intramedular para manter a redução da fratura, mas trabalhos descrevem muitas complicações, como quebra e migração do fio, acarretando em graves consequências (Khan et al, 2009a; Jupiter, Leffert, 1987; Lyons, Rockwood, 1990). Por esta razão, o uso destes implantes tem sido desencorajado (Khan et al, 2009a). 125 Discussão 5.1. Resumo dos principais resultados Esta revisão incluiu 11 ensaios clínicos randomizados ou quase-randomizados, envolvendo um total 1.117 participantes. Os estudos incluídos tiveram baixo poder estatístico e apenas uma metanálise foi realizada. Os outros dados disponíveis não foram agrupados devido à considerável variação dos métodos de tratamento e à heterogeneidade dos desfechos avaliados. Enquanto há uma variedade de métodos de tratamento não cirúrgicos, apenas três estudos (354 participantes) avaliando este tipo de tratamento foram elegíveis para inclusão na revisão. A evidência disponível a partir de dois estudos que compararam imobilização em oito versus tipoia simples não encontrou diferenças estatisticamente significantes nos principais desfechos entre os dois grupos, com exceção de maior dor nos participantes tratados com imobilização em oito, em 15 dias do seguimento (Hoofwijk, van der Werken, 1988). Andersen et al (1987) descreveram maior desconforto com o uso da imobilização em oito; no entanto, este resultado foi obtido a partir de uma escala de avaliação não validada. A evidência disponível destes dois estudos não permite conclusões sobre qual é o melhor método de intervenção. Um terceiro estudo (Lubbert et al, 2008) não forneceu evidência de que a aplicação de ultrassom terapêutico acelere a recuperação do paciente ou a consolidação clínica da fratura. Quatro ensaios clínicos randomizados (318 participantes) avaliaram duas comparações entre intervenções não cirúrgicas e cirúrgicas. Na primeira comparação, dois estudos (182 participantes) descreveram a superioridade do tratamento com placa em relação ao uso de tipoia, quando avaliados os principais desfechos, tais como, falha do tratamento, qualidade de vida/função do ombro, dados radiográficos e complicações (Canadian, 2007; Figueiredo et al, 2008). Na segunda, analisou-se a fixação intramedular versus o tratamento não cirúrgico (136 participantes) e concluiu-se que o tratamento cirúrgico foi mais efetivo ao avaliar dor, qualidade de vida/função do ombro, retorno às atividades prévias e desfechos radiográficos (Smekal et al, 2009b; Witzel, 2007). Também foram incluídos na revisão quatro ensaios clínicos randomizados ou quaserandomizados (445 participantes), que avaliaram a comparação de técnicas cirúrgicas. Os dados disponíveis destes estudos não puderam ser agrupados pela heterogeneidade das intervenções e dos desfechos analisados. O uso da placa de compressão dinâmica de baixo contato no tratamento cirúrgico das pseudartroses do terço médio da clavícula, quando comparado com a placa de compressão dinâmica (36 participantes), mostrou provocar uma significativa melhora dos desfechos qualidade de vida/função do ombro em um ano de 126 Discussão seguimento; e consolidação da fratura e retorno ao trabalho mais precoces, além de menos sintomas relacionados ao implante (Kabak et al, 2004). Um estudo (69 participantes) que comparou uso da fixação intramedular com pinos de Knowles versus fixação com placa para o tratamento das fraturas e pseudartroses do terço médio da clavícula relatou menor consumo de analgésicos, menos sintomas relacionados ao material de síntese e menor tempo de cirurgia e internação com o uso da fixação intramedular utilizando pino de Knowles (Lee et al, 2007). Shen et al (2008) (133 participantes) descreveram que o uso da técnica de fixação com placa moldada tridimensionalmente está associado a uma incidência significativamente menor de retardo de consolidação sintomático em relação à técnica de fixação com placa superior para o tratamento das fraturas do terço médio da clavícula. E por fim, um quarto estudo (201 participantes) mostrou vantagens da redução fechada e fixação intramedular percutânea em comparação com a redução aberta e fixação intramedular no tratamento da fratura aguda da clavícula, em relação ao desfecho tempo de consolidação clínica da fratura (Bi et al, 2008). 5.2. Análise geral e aplicabilidade da evidência Esta revisão incluiu apenas ensaios clínicos randomizados ou quase-randomizados para restringir a possibilidade de viés de seleção. A estratégia de busca foi desenvolvida com o objetivo de localizar todos os possíveis estudos relevantes. Analisaram-se bases de dados eletrônicas e registros de ensaios clínicos. Esforços foram realizados para identificar estudos não publicados e estudos publicados em quaisquer idiomas durante encontros anuais de sociedades e por meio de contato com especialistas na área do trauma e cirurgia do ombro e cotovelo. Os 11 estudos incluídos não permitem uma revisão compreensiva da efetividade relativa dos diferentes tipos de intervenção para o tratamento das fraturas e pseudartroses do terço médio da clavícula. A partir de todas as comparações de tratamento descritas nesta revisão, não foi possível obter um alto grau de evidência, devido ao elevado risco de viés e baixo poder estatístico dos estudos incluídos. A maioria dos estudos incluídos analisou apenas pacientes adultos, exceto em Andersen et al (1987) e Hoofwijk, van der Werken (1988), que incluíram pacientes adolescentes e Lee et al (2007), que incluíram apenas participantes com idades acima de 50 anos. No entanto, com os dados disponíveis não foi possível desenvolver a análise dos subgrupos em relação à idade. Embora em todos os estudos incluídos os autores tenham sumarizado as características ou 127 Discussão classificações das fraturas ou pseudartroses, apenas um estudo apresentou dados que permitiram uma analise deste subgrupo; como resultado, houve uma predileção ao tratamento cirúrgico para as fraturas dos tipos B e C da classificação AO. Esta revisão sistemática apresentou algumas limitações, dentre as quais: Os estudos que avaliaram as intervenções do uso da imobilização em oito versus o uso da tipoia simples (Andersen et al, 1987; Hoofwijk, van der Werken, 1988) foram conduzidos na década de 1980 e os dados dos participantes perdidos/retirados e outras informações relevantes não estiveram disponíveis para a análise. Nos estudos que compararam tratamento não cirúrgico versus cirúrgico, as intervenções não cirúrgicas não tiveram um seguimento de tratamento acurado; muitos estudos apenas citaram o uso de tipoia ou imobilização em oito por um determinado período, sem mencionarem reabilitação ou um acompanhamento sistemático em comparação com o grupo de tratamento cirúrgico. Outra limitação desta revisão consiste na análise dos estudos que compararam os tratamentos cirúrgicos entre si. Muitas das intervenções avaliaram técnicas cirúrgicas pouco usuais nos grandes centros de trauma internacional, além de muitos implantes que vêm sendo substituídos por uma nova geração de materiais de síntese, tais como as placas pré-moldadas e/ou bloqueadas. Atualmente, nos grandes centros, os implantes mais usados para tratar fraturas ou pseudartroses da clavícula são as placas de compressão dinâmica ou placas bloqueadas de baixo perfil (Khan, Laurencin 2008; Khan et al, 2009a). Relatos de altas taxas de complicações, como migração ou quebra de implante e infecções na pele no local de inserção, têm limitado o uso da fixação intramedular, principalmente com fio de Kirschner (Lyons, Rockwood, 1990; Strauss 2007). Placas de reconstrução também possuem menor aceitação nos centros internacionais por serem mais suscetíveis à deformação no local da fratura, o que pode ocasionar complicações relacionadas à consolidação da fratura ou da pseudartrose (Khan et al, 2009a). 5.3. Qualidade da evidência A evidência desta revisão está fundamentada na metodologia da Colaboração Cochrane, instituição internacional que produz e divulga revisões sistemáticas de qualidade reconhecida devido a seu rigor metodológico e editorial (Jadad et al, 2000). Tanto na confecção do 128 Discussão protocolo como na publicação final desta revisão sistemática, o processo editorial consistiu em uma avaliação acurada de um grupo internacional de editores. Para analisar o rigor metodológico e estatístico, partes do protocolo e da revisão foram submetidas a cinco revisores, e para avaliar a importância clínica desta revisão, um revisor externo forneceu comentários e sugestões relevantes. O grupo editorial que revisou este estudo está vinculado a centros de pesquisa mundialmente reconhecidos e à Colaboração Cochrane. A qualidade da evidência dos estudos incluídos nesta revisão é limitada pela não utilização de ferramentas que padronizem a qualidade metodológica dos ensaios clínicos randomizados em dez dos 11 estudos avaliados. A principal ferramenta utilizada atualmente, com recomendações para estruturar os ensaios clínicos randomizados documentar de maneira padronizada o fluxo dos participantes durante o estudo é o CONSORT (Consolidated Standards of Reporting Trials) (Altman et al, 2001; Begg et al, 1996; Moher et al, 2001). Desde sua publicação em 1996 e atualização em 2001, o CONSORT vem sendo usado como prérequisito por inúmeras revistas científicas e corpos editorias, como a International Committee of Medical Journal Editors (grupo Vancouver) (Davidoff, 2000). Pesquisas comprovam que a introdução do CONSORT proporcionou melhora na qualidade metodológica dos estudos de intervenção (Egger et al, 2001; Moher et al, 2001). Apenas recentemente, buscando reduzir o risco de viés de seus estudos e melhorar a confiabilidade das publicações, alguns pesquisadores da área da ortopedia cirúrgica começaram a dar mais atenção à qualidade dos estudos publicados, e passaram a divulgar a utilidade do CONSORT (Bhandari et al, 2002; Boutron et al, 2007; Chan, Bhandari, 2007; Obremskey et al, 2005; Simunovic et al, 2008). Como forma de saber se a criação do CONSORT alterou a qualidade metodológica dos estudos incluídos, suas datas de publicação foram analisadas e, a partir disso, verificou-se que dentre os 11 estudos incluídos nesta revisão, nove foram realizados após o ano de criação do CONSORT (Bi et al, 2008; Canadian, 2007; Figueiredo et al, 2008; Kabak et al, 2004; Lee et al, 2007; Lubbert et al, 2008; Shen et al, 2008; Smekal et al, 2009b; Witzel, 2007) e dois antecederam sua criação (Andersen et al, 1987; Hoofwijk, van der Werken, 1988). Apesar destes esforços para aprimorar os estudos na ortopedia, e da maioria dos estudos incluídos ter sido confeccionada após a criação do CONSORT, apenas Lubbert 2008 utilizou em sua metodologia os princípios do CONSORT. Assim, a base de evidência para o tratamento das fraturas agudas ou pseudartroses do terço médio da clavícula permanece limitada. 129 Discussão Dos 11 estudos incluídos, sete (Andersen et al, 1987; Bi et al, 2008; Figueiredo et al, 2008; Hoofwijk, van der Werken, 1988; Kabak et al, 2004; Lee et al, 2007; Witzel, 2007) foram considerados com alto risco de viés e dois com moderado risco (Canadian, 2007; Smekal et al, 2009b). Estes resultados devem ser interpretados com cautela e requerem outros estudos de adequada qualidade metodológica e apropriado poder estatístico, que definam as melhores formas de intervenção. Apenas dois estudos (Lubbert et al, 2008; Shen et al, 2008) foram classificados com qualidade metodológica adequada e baixo risco de viés; porém, a falta de poder estatístico destes dois estudos não permite concluir as melhores intervenções para o tratamento das fraturas e pseudartroses da clavícula. 5.4. Potenciais vieses no processo da revisão Esta revisão sistemática foi conduzida seguindo critérios e métodos pré-estabelecidos em um protocolo inicial. Sua estratégia de busca é abrangente e reprodutível, sendo regularmente atualizada pelo principal pesquisador responsável (ML). A estratégia de busca inclui a base de dados LILACS, a qual enfoca na busca estudos latino-americanos; o Centro Cochrane Chinês, que por meio do registro central de ensaios clínicos randomizados possibilita a obtenção de literatura chinesa; e a literatura cinza, para captura de estudos não publicados. Entretanto, apesar destes esforços na busca de literatura elegível, é possível ter faltado a inclusão de algum estudo potencial. Em dois dos estudos incluídos nesta revisão, autores de Lubbert et al (2008) e Shen et al (2008) forneceram dados não publicados (médias e desvios padrões) e algumas informações sobre a estrutura destes estudos. Os dados e informações não publicados foram incluídos na revisão e nas análises. 5.5. Concordâncias e discordâncias com outros estudos ou revisões Uma revisão sistemática publicada, não restrita apenas a ensaios clínicos randomizados sobre o manejo das fraturas agudas da diáfise da clavícula, foi encontrada na estratégia de busca (Zlowodzki et al, 2005). Após a publicação deste estudo, (data da última busca – abril, 2005), oito dos 11 estudos incluídos na presente revisão foram divulgados e apenas um estudo 130 Discussão (Andersen et al, 1987) foi incluído em Zlowodzki et al (2005). Os resultados, entretanto, foram consistentes com a presente revisão. Um artigo publicado recentemente com estrutura de estudo de Avaliação de Tecnologias em Saúde (Health Technology Assessment – HTA) (Felder-Puig, Mathis 2008) declarou uma evidência moderada de que o tratamento cirúrgico resulta em baixas taxas de pseudartrose e melhora dos desfechos qualidade de vida/função do ombro, quando comparado com o tratamento não cirúrgico. No entanto, os autores declaram que devido às altas taxas de consolidação da fratura aguda da clavícula e às complicações do tratamento cirúrgico (tais como, infecção e dor associadas ao implante), os riscos devem ser considerados e ponderados antes da escolha do tratamento. Na avaliação do tratamento cirúrgico, a evidência da eficácia se mostrou mais convincente na fixação com placa do que a fixação intramedular. Uma futura revisão sistemática, hoje em fase de protocolo e coleta de dados (Cheung et al, 2008), tem como objetivo avaliar a evidência de ensaios clínicos randomizados comparando os benefícios e prejuízos das intervenções cirúrgicas versus não cirúrgicas para o tratamento de fraturas agudas do terço médio da clavícula em adultos. Os resultados preliminares desta revisão não estavam disponíveis até o momento da conclusão desta tese. 131 Conclusão CONCLUSÃO 132 Conclusão 6. CONCLUSÃO 6.1. Implicações para a prática Há limitada evidência em relação às diferentes modalidades de tratamento para a fratura aguda ou pseudartrose do terço médio da clavícula. Apesar da alta incidência de fraturas do terço médio da clavícula e os vários tipos de tratamento não cirúrgicos disponíveis, há poucos estudos avaliando estas intervenções. Existe insuficiente evidência a partir de dois estudos que compararam o uso da imobilização em oito com o da tipoia simples para o tratamento das fraturas do terço médio da clavícula, embora a imobilização em oito tenha sido associada à dor no início do tratamento e desconforto durante sua utilização. Atualmente, com base nos resultados de apenas um estudo, com baixo poder estatístico, não existe evidência de aceleração da consolidação clínica da fratura com o uso de ultrassom terapêutico que justifique esta modalidade de tratamento. Assim, os profissionais de saúde envolvidos no manejo destas lesões devem continuar a gerir os pacientes com fraturas do terço médio da clavícula utilizando técnicas estabelecidas, levando em consideração a natureza da fratura, a sua própria experiência e as condições do paciente. Na comparação entre o tratamento cirúrgico e o não cirúrgico para o tratamento das fraturas deslocadas da clavícula (fraturas que não apresentam contato entre as corticais), os melhores resultados obtidos foram em favor do tratamento cirúrgico, embora sem evidência suficiente. Dois estudos, um com moderado e outro com elevado risco de viés, descreveram diferenças estatisticamente significativas para os desfechos: falha do tratamento, qualidade de vida/função do ombro, e tempo de consolidação, além de menos complicações em favor do tratamento cirúrgico com placa, quando comparado com o uso de tipoia. Outros dois estudos, também com moderado e elevado risco de viés, concluíram que a fixação com implante intramedular proporciona melhores desfechos relacionados à dor, qualidade de vida/função do ombro e alterações radiográficas em relação ao tratamento não cirúrgico. Há restrita evidência sobre a eficácia dos diferentes métodos cirúrgicos no tratamento das fraturas agudas e pseudartroses do terço médio da clavícula. A relevância da evidência disponível depende das práticas atuais de tratamento em diferentes partes do mundo e da disponibilidade de novos implantes introduzidos no mercado cirúrgico. Com base em um 133 Conclusão estudo de baixo poder estatístico e metodologicamente inadequado, constatou-se que a placa de compressão dinâmica de baixo contato resulta em melhores desfechos do que a placa de compressão dinâmica no tratamento de pacientes com pseudartrose da clavícula. Da mesma maneira, em outro estudo de baixo poder estatístico e com metodologia inadequada, a fixação intramedular apresentou melhores resultados do que a fixação com placas. Um estudo com baixo risco de viés, porém, baixo poder estatístico, sugere melhores resultados com o uso de placa de reconstrução moldada de forma tridimensional (fragmento distal fixado superiormente e fragmento proximal fixado anteriormente) do que a fixação com placa de reconstrução moldada em forma de “S”, fixada superiormente. Na avaliação da fixação intramedular, um estudo de poder estatístico adequado, mas alto risco de viés, recomenda redução incruenta com fixação intramedular percutânea em detrimento da redução cruenta e fixação intramedular. 6.2. Implicações para a pesquisa É necessário o desenvolvimento de futuros ensaios clínicos randomizados sobre os diferentes métodos não cirúrgicos para o tratamento das fraturas da clavícula, incluindo estudos que comparem os tratamentos não cirúrgicos contemporâneos, como tipoia de lona (tipo Velpeau) versus imobilização em oito. Estes futuros estudos devem apresentar adequado poder estatístico e cumprir uma norma em vigor para o planejamento, condução e descrição dos estudos; como sugestão, deve-se utilizar a lista de itens proposta pelo grupo CONSORT. Seria útil ainda, se a randomização fosse estratificada em adolescentes e adultos e se os dados entre estes dois subgrupos fossem relatados separadamente nas análises. Falhas do tratamento e escalas validadas para qualidade de vida, função do ombro e dor são sugestões para os desfechos primários destes futuros estudos. São necessários novos estudos comparando entre si métodos cirúrgicos para o tratamento da fratura aguda e pseudartrose do terço médio da clavícula. Seguem as sugestões: Fratura aguda e pseudartrose são condições clínicas diferentes; futuros estudos deveriam incluir participantes acometidos por uma ou outra, mas não ambas comorbidades no mesmo estudo, a menos que sejam feitos apropriados cálculo amostral e randomização, e que os desfechos sejam relatados separadamente para cada condição; 134 Conclusão Como a pseudartrose é um evento relativamente raro, devem ser realizados estudos multicêntricos com adequado poder estatístico, auxiliados por uma central de randomização. Sugere-se a comparação de técnicas utilizando fixação com diferentes tipos de placas, tais como: placas de baixo contato bloqueadas (LC-DCP) versus placas de compressão dinâmica (DCP); ou a utilização de um mesmo implante, mas com técnicas diferentes de posicionamento, como por exemplo, a placa posicionada na superfície superior versus placa fixada com posicionamento anterior; É necessário que se defina um consenso em relação às indicações específicas para tratar as fraturas agudas do terço médio da clavícula e determinar precisamente os critérios de inclusão dos futuros estudos comparativos. Ensaios clínicos randomizados multicêntricos de alta qualidade metodológica são sugeridos para comparar as diferentes técnicas de fixação; Recomenda-se a produção de estudos que avaliem as comparações entre técnicas de fixação para a fratura aguda, tal como o posicionamento das placas na superfície superior versus ântero-inferior da clavícula. Além disso, sugere-se realizar estudos comparando as novas gerações de implantes versus os implantes tradicionais, como placas pré-moldadas de baixo perfil e placas bloqueadas versus placas de reconstrução ou placas de compressão dinâmica. Após definir os melhores métodos de tratamento não cirúrgicos e as melhores técnicas ou implantes dos tratamentos cirúrgicos, estudos de adequado poder estatístico, com baixo risco de viés e metodologia padronizada necessitam ser conduzidos comparando o melhor método de tratamento não cirúrgico versus cirúrgico para as fraturas agudas do terço médio da clavícula. Sugere-se avaliar nestas comparações as fraturas deslocadas, já que as fraturas sem deslocamento ou encurtamento e que apresentam contato entre as corticais possuem bom prognóstico apenas com o tratamento não cirúrgico. 135 Anexos ANEXOS 136 Anexos 7. ANEXOS 7.1. Anexo1: Estratégia de busca MEDLINE (PubMed) (Clavicle [mh] OR clavic* [tw] OR collarbone [tw]) AND (Fracture Healing [mh] OR Fracture Fixation [mh] OR Fractures, Bone [mh] OR fracture* [tw] OR pseudarthrosis [mh] OR pseudoarthros* [tw] OR pseudarthros* [tw]) AND (randomized controlled trial [pt] OR controlled clinical trial [pt] OR randomized controlled trials [mh] OR random allocation [mh] OR double-blind method [mh] OR single-blind method [mh] OR clinical trial [pt] OR clinical trials [mh] OR ("clinical trial" [tw]) OR ((singl* [tw] OR doubl* [tw] OR trebl* [tw] OR tripl* [tw]) AND (mask* [tw] OR blind* [tw])) OR (placebos [mh] OR placebo* [tw] OR random* [tw] OR research design [mh:noexp]) NOT (animals [mh] NOT human [mh])) CENTRAL (Wiley Interscience) #1 MeSH descriptor Clavicle, this term only #2 (clavic* OR collarbone) :ti,ab,kw #3 (#1 OR #2) #4 MeSH descriptor Fracture Healing, this term only #5 MeSH descriptor Fracture Fixation explode all trees #6 MeSH descriptor Fractures, Bone explode all trees #7 (fracture* OR pseudoarthros* OR pseudarthros*):ti,ab,kw #8 (#4 OR #5 OR #6 OR #7) #9 (#3 AND #8) 137 Anexos EMBASE (OVID WEB) 1. clavicle/ 2. (clavic* or collarbone).tw. 3. or/1-2 4. exp Fracture Healing/ or exp Fracture Treatment/ or exp Fracture/ or exp Pseudarthrosis/ 5. (fracture* or pseudoarthros* or pseudarthros*).tw. 6. or/4-5 7. and/3,6 8. Clinical trial/ 9. Randomized controlled trial/ 10. Randomization/ 11. Single blind procedure/ 12. Double blind procedure/ 13. Crossover procedure/ 14. Placebo/ 15. Randomi?ed controlled trial*.tw. 16. Rct.tw. 17. Random allocation.tw. 18. Randomly allocated.tw. 19. Allocated randomly.tw. 20. (allocated adj2 random).tw. 21. Single blind*.tw. 22. Double blind*.tw. 23. ((treble or triple) adj blind*).tw. 24. Placebo*.tw. 25. Prospective study/ 26. or/8-25 27. Case study/ 28. Case report.tw. 29. Abstract report/ or letter/ 30. or/27-29 31. 26 not 30 32. limit 31 to human 33. and/7,32 138 Anexos LILACS Mh CLAVICLE OR Tw clavic$ OR Tw collarbone [Palavras] AND Mh FRACTURE HEALING OR Mh FRACTURE FIXATION OR Mh FRACTURES OR Tw fracture$ [Palavras] AND ((Pt randomized controlled trial OR Pt controlled clinical trial OR Mh randomized controlled trials OR Mh random allocation OR Mh double-blind method OR Mh single-blind method) AND NOT (Ct animals AND NOT (Ct human and Ct animal)) OR (Pt clinical trial OR Ex E05.318.760.535$ OR (Tw clin$ AND (Tw trial$ OR Tw ensa$ OR Tw estud$ OR Tw experim$ OR Tw investiga$)) OR ((Tw singl$ OR Tw simple$ OR Tw doubl$ OR Tw doble$ OR Tw duplo$ OR Tw trebl$ OR Tw trip$) AND (Tw blind$ OR Tw cego$ OR Tw ciego$ OR Tw mask$ OR Tw mascar$)) OR Mh placebos OR Tw placebo$ OR (Tw random$ OR Tw randon$ OR Tw casual$ OR Tw acaso$ OR Tw azar OR Tw aleator$) OR Mh research design) AND NOT (Ct animals AND NOT (Ct human and Ct animals)) OR (Ct comparative study OR Ex E05.337$ OR Mh follow-up studies OR Mh prospective studies OR Tw control$ OR Tw prospectiv$ OR Tw volunt$ OR Tw volunteer$) AND NOT (Ct animals AND NOT (Ct human and Ct animals))) 139 Anexos 7.2. Anexo 2: Formulário de extração de dados Autor: ID do estudo Método de randomização Mascaramento dos avaliadores Mascaramento dos participantes Método Mascaramento dos interventores Análise de intenção de tratar Perdas do seguimento País (es) Hospital (s) Período do estudo Número dos participantes Critério de inclusão Critério de exclusão Participantes Idade Gênero Lado Classificação da lesão Convocados Avaliados Tempo da intervenção Duração do tratamento Intervenção Duração da reabilitação Intervenção 1 Intervenção 2 Duração do seguimento Desfechos Desfechos primários Desfechos secundários Notas 140 Referências REFERÊNCIAS 141 Referências 8. REFERÊNCIAS 8.1. Referências dos estudos incluídos nesta revisão Andersen_1987 * Andersen K, Jensen PO, Lauritzen J. Treatment of clavicular fractures. Figure-of-eight bandage versus a simple sling. Acta Orthopaedica Scandinavica 1987;58(1):71-4. Andersen K. comunicação pessoal – novembro 2008. Jensen PO, Andersen K, Lauritzen J. 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Methods: Search strategy: We searched the Cochrane Bone, Joint and Muscle Trauma Group Specialised Register, Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL), MEDLINE, EMBASE, LILACS, trial registries and reference lists of articles. No language or publication restrictions were applied. Selection criteria: Randomised and quasi-randomised controlled trials evaluating any intervention for treating fractures or non-union of the middle third of the clavicle were considered. The primary outcomes were pain, treatment failure and health-related quality of life or shoulder function. Data collection and analysis: Two authors independently selected eligible trials and three authors assessed methodological quality and cross-checked data extraction. Results: Conservative interventions: Three trials were included in this comparison. Two trials compared the figure-of-eight bandage with sling in a total of 234 participants. Both trials were underpowered and compromised by poor methodology. One trial found slightly higher pain levels in the bandage group at 15 days, and the other trial reported greater discomfort during bandage wear. There were no significant differences in functional or other outcomes reported for either trial. The third trial, which evaluated therapeutic ultrasound in 120 participants, was also underpowered but had a low risk of bias. The trial found no statistically significant difference between low-intensity pulsed ultrasound and placebo in the time to clinical fracture healing or in any of the other reported outcomes. Surgical versus conservative interventions: Four studies, two with moderate and two with high risk of bias were included. Two compared plate fixation versus sling; plate fixation showed better patient-based upper extremity outcome scores and less treatment failure. Other two trials comparing intramedullary fixation versus conservative interventions presented better upper limb function to the surgery treatment. Surgical interventions: Data from four small trials, each testing a different comparison, were included. Three trials had design features that carry a high risk of bias, limiting the strength of their findings. Low-contact dynamic compression plates appeared to be associated with significantly better upper-limb function throughout the year following surgery, earlier fracture union and return to work, and a reduced incidence of implant-associated symptoms when compared with a standard dynamic compression plate in 36 adults with symptomatic non-union of the middle third of the clavicle. One study (69 participants) compared the Knowles pin versus plate for treating middle third clavicle fractures or non-union. Knowles pins appeared to be associated with lower pain levels and use of post-operative analgesics, reduced incidence of implant-associated symptoms, and shorter operation time and hospital stay. One study (133 166 Abstract participants) found that a three-dimensional technique for fixation with a reconstruction plate was associated with a significantly lower incidence of symptomatic delayed union than a standard superior position surgical approach. One study (201 participants) assessed the intramedullary fixation for treating acute clavicle fractures comparing closed and opened reduction; there were statistical significant differences in favour of closed reduction with percutaneous fixation for the primary outcomes. Conclusion: There is limited evidence, from single trials only, regarding the effectiveness of different methods for treating fracture and nonunion of the middle third of the clavicle. Further research is warranted. 167 Apêndice APÊNDICE 168 Apêndice Apêndice Apêndice_1. Protocolo publicado – Conservative interventions for treating middle third clavicle fractures in adolescents and adults (Protocol) 169 Apêndice 170 Apêndice 171 Apêndice 172 Apêndice 173 Apêndice 174 Apêndice 175 Apêndice 176 Apêndice 177 Apêndice 178 Apêndice