PRODUÇÃO DE ESTACAS DE QUALIDADE EM PIMENTA-DO-REINO UTILIZANDO DIFERENTES ESPAÇAMENTOS AMBROZIM, C.S.; SOUZA, C.M.P.; OLIVEIRA, T.M.L.; FURTADO, J.G.; VALANI, R.S.; POSSE, R.P. Instituto Federal de Educação do Espírito Santo, Campus Itapina, [email protected] Conhecida como pimenta da índia, a pimenta-do-reino é uma planta trepadeira que cresce aderida a tutores de madeira ou troncos de árvores, graças às raízes adventícias que surgem na região dos nós. No Estado do Espírito Santo apresenta uma grande extensão de áreas para cultivo da pimenta-do-reino, devendo ser selecionadas aquelas com altitudes menores que 600m. Devem ser escolhidas áreas sem problemas de encharcamento e com baixa intensidade de ventos. São propícias ao cultivo da pimenta-do-reino, no Espírito Santo, todas as áreas com temperaturas mínimas maiores que 5°C, e chuvas bem distribuídas ou com irrigação para suplementação. Já foram constatados plantios de pimenta desde os Municípios de Montanha, no extremo norte, até o Município de Alegre, no sul do Estado. As estacas são produzidas a partir de plantas matrizes que irão fornecer material vegetativo para produção de mudas herbáceas com um ou dois nós e uma folha, as plantas matrizes podem ser originadas de estacas semilenhosas contendo 3 a 5 nós ou a partir de mudas herbáceas previamente enraizadas, no caso de estacas semilenhosas, estas devem ser retiradas de pimentais sadios, vigorosos, livres de sintomas de deficiências nutricionais. Se as estacas forem cortadas de plantas em fase de floração e frutificação, não há emissão de raízes ou quando ocorre, as plantas resultantes são muito fracas. Após o corte, as estacas são imersas em soluções de fungicidas e em seguida plantadas em propagadores. O presente trabalho foi desenvolvido para avaliação da influência dos arranjos de espaçamento entre matrizes de pimenta-do-reino. A expectativa é que o presente trabalho contribua para informar qual o melhor espaçamento para produção de estacas de qualidade fisiológicas para a produção de mudas sadias e vigorosas atendendo a expectativas dos produtores de pimenta-do-reino na Região do Noroeste do Espírito Santo. O experimento foi instalado no Setor de Infraestrutura do Instituto Federal do Espírito Santo, Campus Itapina situado no Município de Colatina-ES. Foram submetidas aos testes a cultivar Bragantina de pimenta-do-reino. Foi utilizado o sistema de tutores (espaldeira) onde os estacões de madeira com 2,0 m de comprimento foram enterrados em fileiras espaçados de acordo com o espaçamento, formando com o solo, um ângulo de 90°. O solo da área foi revolvido e puxado com a enxada para a base dos estacões, a fim de formar as leiras de 0,50m de largura e 0,25 m de altura. Os espaçamentos utilizados foram os seguintes: 0,4x0,4 m; 0,5x0,5 m; 0,6x0,6 m; 0,7x0,7 m; e 0,8x0,8. A adubação foi em cada cova de plantio, usando-se uma mistura contendo 70% de solo e 30% de matéria orgânica. As mudas foram plantadas em covas abertas próximo à base do estacão, sendo amarradas ao mesmo com barbante de sisal para facilitar a aderência das plantas aos tutores de madeira. A avaliação ocorrerá em Novembro de 2015 quando as plantas já estarão aptas a fornecer estacas para a produção de mudas de pimenta-do-reino. Os dados serão submetidos a análises de variância (ANOVA), com o uso do teste F e as médias dos tratamentos, comparadas pelo teste de Tukey a 5% de significância. Para a análise estatística será utilizado o programa estatístico Genes. O experimento implantado em Julho de 2014 foi perdido, pelo provável ataque de fusariose, não foi possível isolar o fungo por falta de estrutura no Ifes campus Itapina. Essa doença é causada por um fungo presente no solo, o Fusarium solani f. sp. piperis. Não há cultivares comerciais resistentes nem tratamento químico eficaz contra o fusarium, e perdas podem chegar a 100% dos plantios. Devido a perda do plantio um novo experimento foi iniciado em março de 2015, sendo assim não houve tempo e realizar as avaliações finais, sendo que a mesma será feita em novembro de 2015 quando as plantas do matrizeiro estiverem aptas para a propagação. Palavras-chave: Piper nigrum , Fusarium, matrizeiro.