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Benefícios da equoterapia no parkinson: revisão bibliográfica
Suellem Annye Bantim de Santana1
[email protected]
Dayana Priscila Maia Mejia2
Pós-graduação em Fisioterapia Gerontologia – Faculdade Ávila
Resumo
Este artigo visa abordar os benefícios que a equoterapia pode proporcionar no paciente
idoso portador de parkinson. Com o crescimento mundial da população idosa, a preocupação
em relação à capacidade funcional surge como novo destaque para a estimativa da saúde
desse segmento etário. Esse aumento gera maior probabilidade de ocorrência de doenças
crônicas e o desenvolvimento de incapacidades associadas ao envelhecimento. Parkinson é
uma doença degenerativa caracterizada por morte de neurônios dopaminérgicos da
substância negra. As manifestações clínicas incluem tremor, bradicinesia, rigidez e
anormalidades posturais. Como é uma doença progressiva, usualmente acarreta
incapacidade severa após 10-15anos, o impacto social e financeiro é elevado,
particularmente na população mais idosa. O exercício equestre tem finalidade de reeducação
psicomotora, transmitindo ao cavaleiro movimentos sequenciados e simultâneos, gerando um
movimento tridimensional. A equoterapia utiliza o cavalo como meio facilitador para
melhora do desenvolvimento neuropsicomotor. Proporcionando ao praticante novas formas
de comunicação, socialização, concentração, equilíbrio, coordenação motora,
conscientização postural, modulação tônica e auto-estima. Com isso juntou-se material para
descrever os benefícios da equoterapia no paciente idoso portador de parkinson. E através de
uma revisão bibliográfica teve-se como objetivos específicos abordar sobre a equoterapia,
entender as disfunções do paciente parkinsoniano, e verificar a aplicabilidade da equoterapia
no parkinson.
Palavras-chave: Capacidade funcional; Idosos; Equoterapia; Parkinson; Fisioterapia.
1. Introdução
Com o contínuo crescimento da população idosa em nosso país cresce também a preocupação
social para que idosos e pessoas em processo de envelhecimento percorram tal etapa da vida
de maneira saudável, de modo que cada indivíduo, dentro de suas particularidades e/ou
necessidades, possam encontrar recursos que contribuam para o seu bem-estar físico,
psicológico e social.
O censo de 2006 ratifica as projeções divulgadas quanto ao envelhecimento populacional no
Brasil ao traçar paralelo referente ao censo de 1991; a população idosa brasileira está mais
numerosa e representa maior contingente no número total de habitantes. As pessoas vêm
envelhecimento de forma rápida e intensa, o índice de envelhecimento passou de 21,0 em
1991 para 33,9 em 2005 (BRASIL, 2006).
No ser humano, o envelhecimento trás consigo uma série de mudanças que podem implicar
em fatores limitadores das capacidades funcionais. De forma que, a capacidade funcional
pode ser entendida como fatores globais (intrínsecos e extrínsecos) e integrativos que estão
diretamente relacionados à saúde (RICCI et al., 2005).
Tem-se constatado que é mais fácil evitar mortes do que evitar a ocorrência de doenças
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Fisioterapeuta, Pós-graduando em Fisioterapia em Gerontologia
Fisioterapeuta, Especialista em Metodologia de Ensino Superior, Menstrando em Bioética e Direito em Saúde
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crônicas e o desenvolvimento de incapacidades associadas ao envelhecimento. Quando ocorre
comprometimento da capacidade funcional a ponto de impedir o cuidado entre si, a carga
sobre a família e o sistema de saúde pode ser muito grande (ROSA et al. 2003).
A doença de Parkinson é um distúrbio degenerativo, crônico e lentamente progressivo do
sistema nervoso central, descrito inicialmente por James Parkinson em 1817 como paralysis
agitans. Sendo um distúrbio do sistema extrapiramidal, decorre da destruição generalizada
daquela parte da substância negra que envia fibras nervosas secretoras de dopamina para o
núcleo caudado e putâmen. A doença pode ser caracterizada por rigidez de grande parte da
musculatura do corpo, tremor involuntário das áreas envolvidas mesmo quando a pessoa está
em repouso, numa frequência fixada de três a seis ciclos por segundo, dificuldade intensa de
iniciar movimentos chamada acinesia e instabilidade postural. Contudo, muitos outros sinais e
sintomas podem estar presentes (GUYTON et al., 2006).
Geralmente ela afeta a população acima de 50 anos, com uma incidência estimada de 40 mil
novos casos por ano. Homens e mulheres parecem ser igualmente afetados. O parkinsonismo
se coloca atrás das doenças cerebrovasculares e da artrite sendo a terceira doença crônica mais
comum da faixa etária adulta avançada. A incidência e a prevalência aumentam com a idade,
sendo mais comum entre a sexta e a oitava década da vida. A expectativa de vida hoje é
próxima da normal, mas há um risco duas vezes maior de mortes estreitamente relacionado
com as quedas devidas a distúrbios da marcha (DELISA et al., 2002).
A equoterapia é um método terapêutico e educacional que utiliza o movimento e
encantamentos do cavalo para se conseguir habilitar ou reabilitar indivíduos com
comprometimentos físicos e/ou mentais ou com necessidades especiais, buscando o
desenvolvimento global do ser humano. Constitui um tratamento complementar de
reabilitação física e mental que utiliza o cavalo como instrumento de trabalho em uma
abordagem multi e interdisciplinar nas áreas de saúde e educação buscando o
desenvolvimento biopsicosocial do indivíduo (CALIXTO et al., s/a).
O cavalo é utilizado com fins terapêuticos, devido sua força, porte, docilidade por se deixar
montar, estabelecendo assim um vínculo com o praticante, desenvolvendo novas formas de
socialização, autoestima, e autoconfiança. Além disso, durante a montaria, o cavalo transmite
ao cavaleiro um movimento rítmico, preciso e tridimensional, que ao caminhar se desloca
para frente/trás, para os lados e para cima/baixo, pode ser comparado com a ação da pelve
humana no andar, permitindo a todo instante, entradas sensoriais em forma de propriocepção
profunda, estimulações vestibular, olfativa, visual e auditiva (CALIXTO et al., s/a).
A técnica tem como objetivo proporcionar aos praticantes o desenvolvimento de suas
potencialidades, respeitando seus limites e visando sua integração na sociedade. Os principais
são: melhora do equilíbrio e postura rompendo o esquema patológico, coordenação de
movimentos e dissociação pélvico-escapular, estimulação da sensibilidade, organização e
consciência corporal, modulação tônica e estimulação de força muscular, transferência de
peso, sensações rítmicas, coordenação motora fina, integração social, concentração e
sequencias de ações, e aumento da capacidade de independência. Baseada na prática de
atividades equestres e técnicas de equitação, sendo um tratamento complementar na
recuperação e reeducação motora e mental (SANTOS, 2005).
Este trabalho trata-se de um estudo qualitativo e descritivo com objetivo de identificar nas
bibliografias disponíveis e atualizadas o material de pesquisa, bem como em sua revisão
integrativa (GONÇALVES, 2004). E no que diz respeito à pesquisa descritiva, Mattos et. al
(2004) relata que “[...] tem como características observar, registrar, analisar , descrever e
correlacionar fatos ou fenômenos sem manipulá-los”. Contribuindo para o processo de síntese
e análise dos resultados de vários estudos e por tanto, criando um corpo de literatura
compreensível.
O levantamento bibliográfico propriamente dito foi realizado através dos sites SCIELO,
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MEDLINE, LILACS, BIREME utilizando as palavras-chave como equoterapia, Parkinson,
idoso, gerontologia, e fisioterapia. Foi também efetuado, um levantamento manual de
capítulos texto de livros e periódicos. Os livros, periódicos e artigos científicos foram
adotados a partir do ano de 1997 progredindo até o ano 2010.
Esse estudo visa abordar os benefícios que a equoterapia pode proporcionar ao paciente idoso
portador da doença de Parkinson. Com objetivo de descrever os benefícios da equoterapia no
paciente idoso portador de parkinson. Tendo em vista os objetivos específicos de abordar a
equoterapia, entender as disfunções do paciente parkinsoniano, e verificar a aplicabilidade da
técnica de equoterapia na patologia de parkinson. Para que assim possa ser difundido o uso da
técnica de equoterapia em idosos que portadores do Parkinson e com isso mostrar os seus
benefícios.
2. Fundamentação Teórica
2.1. Capacidade Funcional
Com o avanço da idade, as pessoas podem tornar-se limitadas em suas habilidades de realizar
atividades de vida diária, devido, entre outros fatores, à falta de condicionamento físico, à
fraqueza muscular generalizada e às alterações do equilíbrio. Entretanto, não se sabe ao certo
a origem destas alterações, já que muitas daquelas relacionadas ao processo do
envelhecimento assemelham-se àquelas induzidas pela inatividade e, possivelmente, poderiam
ser atenuadas ou revertidas através da prática de exercícios regulares. Hamdorf et al.
relacionaram a prática de atividade física regular ao aumento da habilidade funcional e à
maior independência. Sendo assim, programas de atividades físicas regulares para adultos e
idosos têm sido frequentemente propostos para que se possa minimizar as consequências da
inatividade, favorecendo uma melhor percepção do indivíduo em relação à sua qualidade de
vida (GOULART et al., 2004).
O processo de envelhecimento manifesta-se por um declínio das funções de diversos órgãos
de forma linear em função do tempo, não se conseguindo definir o ponto exato de transição,
como nas demais fases. Observa-se que ao final da terceira década evidenciam- se as
alterações anatomo-funcionais atribuídas ao envelhecimento. O número de idosos vem
crescendo consideravelmente no Brasil devido às melhorias de condições da saúde pública e
os avanços da medicina. Atualmente, 15 milhões de pessoas têm mais de 60 anos; o Brasil é
considerado o 6º país no mundo com o maior número de idosos, em torno de 32 milhões, de
acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo a OMS, em 2025 serão dois
bilhões de pessoas com mais de 60 anos em todo o mundo.
O limite de idade entre o indivíduo adulto e o idoso é de 65 anos para as nações desenvolvidas
e de 60 anos para os países em desenvolvimento, sendo esse critério cronológico adotado na
maioria das instituições que atendem ao idoso. As doenças crônicodegenerativas como as
doenças de Parkinson e de Alzheimer passaram a serem mais incidentes, sendo a DP
reconhecida como um dos distúrbios (MANTINS-BASETTO et al., 2007).
As doenças crônicas são as principais causas de incapacidade, a maior razão para a demanda a
serviços de saúde e respondem por parte considerável dos gastos efetuados no setor. Segundo
Almeida et al. (2002) a prevalência de problemas crônicos de saúde vem aumentando entre
todos os grupos etários.
Apesar de constituir processo natural, o envelhecimento não ocorre de forma homogênea.
Para Diogo (2000), cada idoso é um ser único que ao longo de sua vida foi influenciado por
eventos de natureza fisiológica, psicológica, sociológica, cultural e econômica, que podem
atuar sobre a qualidade de vida na velhice. O processo de envelhecimento e sua consequência,
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o idoso, certamente repercutem em inúmeras alterações, dentre elas, as modificações que
ocorrem na saúde, em especial, as denominadas doenças crônicas não transmissíveis.
Reiteram Almeida et al., (2002) argumentando que “com o envelhecimento da população
brasileira torna-se cada vez mais importante conhecer e analisar a prevalência das doenças
crônicas. Essas doenças constituem em forte demanda aos serviços de saúde”.
2.2. Parkinson
Reconhecida como doença idiopática, ou seja, sem uma causa ainda definida e evolução
irreversível e incapacitante, a doença de Parkinson é desencadeada pela degeneração
progressiva de neurônios dopaminérgicos da substântia nigra pars compacta do cérebro, que
produzem a dopamina, um neurotransmissor regulador da atividade motora, entre outras
funções. Desta forma, ocorre diminuição acentuada na projeção dopaminérgica da substantia
nigra para o corpo estriado (núcleo caudado e putamen) e, por conseqüência, diminuição da
dopamina estriatal (CAETANO, 2007).
A substância nigra, o núcleo caudado e o putâmen, juntamente com o globo pálido e o núcleo
subtalâmico, são os cinco núcleos subcorticais que constituem os núcleos da base. Todos
estão interconectados e participam no controle do movimento (SHUMWAY-COOK et al.,
2003) através de duas vias que iniciam no corpo estriado, convergem para o segmento interno
do globo pálido, passam pelo tálamo e projetam-se para o córtex. Estas duas vias são
chamadas de “via direta” e “via indireta”. A projeção dos neurônios estriatais direciona-se
diretamente ao segmento interno do globo pálido na “via direta”, enquanto na “via indireta” a
projeção direciona-se ao segmento interno do globo pálido através do segmento externo do
globo pálido e do núcleo subtalâmico. A dopamina tem efeitos diferenciados nas duas vias:
facilita a transmissão ao longo da “via direta” através dos receptores de dopamina D1,
desinibindo o tálamo e liberando os movimentos; e inibe a transmissão ao longo da “via
indireta” através dos receptores de dopamina D2, inibindo o tálamo e, assim, inibindo os
movimentos (RIVLIN-ETZION et al., 2006).
Os núcleos da base auxiliam no controle da atividade motora, participando em muitos
aspectos da integração sensório-motora, tais como a adaptação dos padrões motores ao
contexto (PIERUCCINI-FARIA et al., 2006), a regulação da atividade tônico-muscular, e
geração de força adequada para as respostas de orientação postural e equilíbrio. Suas duas
principais funções são: 1) auxiliar o córtex no planejamento de movimentos bem aprendidos,
permitindo o início e a manutenção do fluxo suave de seqüências destes movimentos e
regulando movimentos auto-iniciados, como o andar; 2) manter o repertório motor em
prontidão para a ação (FERNÁNDEZ-DEL et al., 2004).
As mudanças patológicas nos núcleos da base são as principais causas dos sinais e
sintoma, caracterizados por distúrbios do movimento como tremor em repouso; bradicinesia
(lentidão na execução de movimentos), rigidez (hipertonia plástica, acometendo a
musculatura flexora, determinando alterações típicas de postura) e distúrbio de equilíbrio
(decorrente da perda de reflexos de readaptação postural). Embora haja exceções, quando pelo
menos dois desses quatro tipos de sinais clínicos estão presentes, grandes são as chances do
paciente ser portador da doença de parkinson (TEIVE, 2000).
Além das manifestações motoras, os pacientes com doença de parkinson podem apresentar
complicações não motoras, sendo essas evidentes nas fases mais avançadas da doença. Dentre
as principais complicações não motoras Andrade et al, (1998), destaca: a hipotensão
ortostática, distúrbios gastrointestinais (obstipação intestinal, disfagia, distúrbios de:
esvaziamento gástrico, e salivação), distúrbios respiratórios, distúrbios sexuais, distúrbios
sensitivos e dor (são predominantemente desestesicos, com parestesias, desestesias tipo
"queimação", dormência e dores profundas), distúrbios do sono (presença de distúrbio do
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sono REM, da síndrome da apneia do sono, síndrome das pernas inquietas e do aumento de
despertadores noturnos).
Com o desenvolvimento de novos tratamentos foi necessário a formulação de escalas para
avaliar a doença composta de cinco estágios. Essas escalas avaliam desde a condição clínica
geral, incapacidades, função motora e mental até a qualidade de vida dos pacientes (LANA et
al., 2007). A doença de parkinson é classificada segundo a escala de Hoehn e Yahr
(Modificada) criada em 1967 (Tabela 1).
Tabela 1 – Classificação de Hoehn e Yahr (modificada)
A doença de Parkinson ocorre com grande prevalência em indivíduos idosos. Em média
estima-se de 100 a 150 casos para cada 100 mil pessoas. Inicia-se geralmente por volta dos 60
anos de idade e acometem ambos os sexos. Quando a doença se manifesta antes dos 40 anos é
denominada parkinsonismo precoce. Em indivíduos jovens, com idade inferior a 21 anos é
denominada parkinsionismo juvenil. Quanto mais jovem for o paciente com os sintomas da
doença, maior será a possibilidade de haver um componente genético envolvido. (TEIVE,
2000).
Além dos sinais motores mais visíveis identificados no parkinsoniano, o aspecto psicológico
destes indivíduos também é afetado. Silberman et al., (2004) descrevem que a demência e a
depressão podem agravar e trazer consequências negativas durante o desenvolvimento da
doença. Muitos desses apresentam-se estressados e angustiados. A taxa de prevalência de
depressão entre indivíduos com doença de parkinson varia de 20% a 70%. Segundo Oxtoby et
al., (2000) a depressão surge anteriormente aos sintomas físicos em decorrência às alterações
bioquímicas ocasionadas por ela.
A função cognitiva dos indivíduos com doença de parkinson segundo Mader apud Teive
(2000), é prejudicada. Esses indivíduos frequentemente se queixam de dificuldades para
concentrar a atenção a fatos recentes. A capacidade de memorização, também é afetada,
principalmente quando há aspectos depressivos associados.
O diagnóstico é feito com bases clínicas em como tremor, rigidez, bradicinesia e alteração
postural. O diagnóstico da Doença de Parkinson deve ser realizado pelo médico neurologista
por exclusão. Após a descrição dos sintomas pelo paciente - medicamentos utilizados, tremor
em repouso, bradicinesia e rigidez, o médico pede alguns exames como: eletro encefalograma,
tomografia computadorizada, ressonância magnética e análise do líquido espinhal, para ter
certeza de que o paciente não possui nenhuma outra doença no cérebro. O diagnóstico só
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passa a ser confirmado se houver a presença de três dos sintomas da doença de parknson e se
for concluído que não há outra doença afetando o indivíduo (STEIDL et al., 2007).
Na atualidade, consideram-se como fatores etiológicos mais importantes a combinação de
predisposição genética com fatores tóxicos ambientais, ou seja, a chamada “causa
multifatorial” (CARDOSO et al., 2001).
As causas desses distúrbios motores não estão totalmente esclarecidas. Acredita-se que a
depleção progressiva de dopamina no corpo estriado possa levar ao desequilíbrio entre os
impulsos excitatórios e inibitórios. Como os padrões de movimento exigem alterações
seqüenciais entre excitação e inibição, um dano nos núcleos da base gera os distúrbios
motores, afetando principalmente a realização de movimentos repetitivos, simultâneos e
seqüenciais e induzindo alterações no controle do equilíbrio e do andar (CAETANO, 2007).
A doença de parkinson, atualmente não possui cura, porém, ela pode e deve ser tratada de
forma a combater os sintomas e também retardar o seu progresso. Dentre os métodos de
tratamento existentes atualmente estão: cirurgias, fármacos, fisioterapia, terapia ocupacional,
estimulação cerebral profunda e fonoaudiologia. Além disso, muitos trabalhos demonstram
que a atividade física pode contribuir para amenizar os sintomas da doença de parkinosn
(AZEVEDO et al., 2006).
A fisioterapia voltada para pacientes parkinsonianos tem como objetivo minimizar os
problemas motores causados tanto pelos sintomas primários da doença quanto pelos
secundários, ajudando o paciente a manter a independência para realizar as atividades do diaa-dia e melhorando sua qualidade de vida, que pode ser por uso de aparelhos auxiliares. Tais
aparelhos podem incluir corrimões adicionais colocados de forma estratégica pela casa para
suporte adicional, talheres com cabos largos e toalhas de mesa antiderrapantes
(GREENBERG et al., 2005).
Segundo a Associação Brasil Parkinson (2007), a fisioterapia visa a uma reeducação e
manutenção da atividade física, permitindo que o tratamento tenha uma melhor eficácia e,
ainda, uma melhora psicológica do paciente portador de doença de parkinson.
Para Cram (2002), um programa de fisioterapia personalizada para o paciente pode ajudar nos
problemas posturais, nas deformidades e distúrbios da marcha. Incluem-se no programa
exercícios passivos e ativos, treinamento da caminhada, desenvolvimento de atividades
diárias, calor, gelo, estimulação elétrica e hidroterapia.
Segundo Pereira et al., (2000), a diminuição da amplitude torácica é fator determinante das
alterações respiratórias restritivas dos parkinsonianos, limitando a elevação das estruturas do
tórax e a expansão pulmonar. Dessa forma, um programa de fisioterapia respiratória
direcionado para o aumento da amplitude torácica promove a melhora da função respiratória e
da capacidade funcional desses pacientes (FERREIRA et al., 2008).
A coordenação motora, com a evolução da doença, fica comprometida, o que faz com que o
indivíduo diminua suas atividades diárias, desencadeando uma atrofia muscular. Com o
exercício, o aumento da mobilidade pode de fato modificar a progressão da doença e impedir
contraturas, além de ajudar a retardar a doença (SANT et al., 2008).
A reeducação postural e a manutenção da atividade física são os principais focos da atuação
fisioterapêutica no tratamento da doença de parkinson. Os exercícios realizados visam à
manutenção da atividade muscular e flexibilidade. Na ausência de exercícios físicos, os
músculos se atrofiam, o que a aumenta a rigidez típica do parkinsoniano (BOTTINO, 2005).
Os recursos mais utilizados pelo fisioterapeuta são: 1. cinesioterapia - deve-se enfatizar
movimentos extensores, adutores e rotatórios, 2. bolas Suíça - desenvolvida na década de
1970, passando a ser uma forma de reabilitação para posturas anormais e problemas
neurológicos (HAASE et al., 2008), 3. RPG - reeducação postural global, do professor
Phillipe Souchard, 4. Educação Condutiva - desenvolvida por Petho, Hungria, 5. Reeducação
Neuroproprioceptiva, que consiste num recurso terapêutico cinético que utiliza o estímulo da
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sensibilidade para aumentar a força, sensibilidade e coordenação - método Kabat (LIMONGI,
2001), 6. Fisioterapia Respiratória - perda de flexibilidade da musculatura do sistema
respiratório (PARREIRA et al., 2003).
A hidroterapia e a equoterapia deve ser um recurso utilizado para o entrosamento do portador
com outras pessoas no intuito de melhorar a autoestima, a confiança, a coordenação motora,
melhora do tônus muscular e equilíbrio (CARDOSO et al., 2003).
2.3. Equoterapia
O termo equoterapia justifica-se etimologicamente, pelos vocábulos “Equus” e “therapia”,
que significam respectivamente: utilização do cavalo com técnicas de equitação e atividade
eqüestre e aplicação de conhecimento técnico-científico no campo da terapia e educação.
Utilizados como atividades educativas especiais nos distúrbios: evolutivos, comportamentais,
de aprendizagem e emocionais (DIAS et al., 2008).
A equoterapia é um método terapêutico que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem
interdisciplinar nas áreas de saúde e educação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial
de pessoas com necessidades especiais (CONSELHO FEDERAL DE FISIOTERAPIA E
TERAPIA OCUPACIONAL, 2008).
A equoterapia vem sendo utilizada mesmo antes de Cristo, e desde lá os efeitos obtidos por
ela despertaram a atenção da classe médica, que passou a se interessar pelo programa de
atividade eqüestre como um meio terapêutico, tanto que, em 1954, na Noruega, aparecia à
primeira equipe interdisciplinar formada por uma fisioterapeuta e o seu noivo, que era
psicólogo e instrutor de equitação (ANDE/BRASIL, 2009).
Em 1974, na França (Paris), foi realizado o Primeiro Congresso Internacional, que se repete a
cada três anos e, em 1985, na Itália (Milão), em um congresso, foi criada a Federação
Internacional de Equoterapia, hoje com sede na Bélgica (SANTOS, 2005).
A aplicação da equoterapia é adotada na recuperação e reabilitação de pessoas com
necessidades especiais, em mais de 140 países. No Brasil, essa forma de terapia passou a
ganhar impulso a partir dos anos 80 com a criação da ANDE-Brasil (Associação Nacional de
Equoterapia). Através dela foram se desenvolvendo vários centros de equoterapia em estados
brasileiros. O método foi reconhecido como terapêutico em 1997 (CREFITO 06, 2004).
A admissão do praticante é realizada através de uma avaliação médica e depois é
encaminhado em seguida à prática equoterápica. Onde é reavaliado por uma equipe
multidisciplinar composta por profissionais da área de saúde (fisioterapeuta, psicólogo,
médico, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, educador físico) e profissionais da área de
educação (pedagogo e profissional de equitação) que determinará a principal necessidade do
praticante e indicará o tipo de terapia e o programa a ser executado de forma individualizada.
O atendimento só deverá ser iniciado mediante um parecer favorável em avaliação médica,
psicóloga e fisioterápica (ARAÚJO, 2005).
De acordo com Dias et al., (2008) é indispensável e relevante que se conheça a patologia em
causa, o cavalo, as técnicas específicas a serem adotadas nas áreas da saúde, educação e
equitação e, igualmente, a necessidade do praticante. Para tanto, faz-se necessário estabelecer,
antes de iniciar a primeira sessão, as indicações, contra-indicações e as precauções a serem
tomadas por cada praticante.
O cavalo, ao deslocar-se, exige do cavaleiro, ajustes tônicos para adaptar seu equilíbrio a cada
movimento. O ritmo do passo tem uma freqüência de 1 a 1,25 movimentos por segundo, que
leva o cavaleiro a realizar de 1800 a 2250 ajustes tônicos em trinta minutos de sessão. A
quantidade de repetições torna o exercício bastante intenso, por esse motivo, não é
recomendado que uma sessão de equoterapia dure mais que trinta minutos, pois resulta em um
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aumento de 12,5% dos batimentos cardíacos, o que pode ser comparado com uma caminhada
lenta (LERMONTOV, 2004).
Na hipoterapia o praticante não tem condições físicas e/ou mentais para se manter sozinho
sobre o cavalo. É necessário um auxiliar-guia para conduzir o cavalo e um terapeuta montado
juntamente com o praticante, dando-lhe apoio. O cavalo é tido como instrumento dotado de
ritmo, oscilação do corpo e beneficia o físico e o psicológico (FREIRE, 1999).
Na educação e reeducação o praticante já apresenta condições de se manter sozinho sobre o
cavalo, e já consegue interagir com o animal. Por esse motivo, depende menos do auxiliarguia e o terapeuta não monta junto ao praticante, somente o acompanha lateralmente. O
cavalo continua proporcionando benefícios pelo seu movimento tridimensional e
multidirecional, e o praticante passa a interagir com mais intensidade. É nesse programa que o
cavalo atua mais como instrumento pedagógico (ANDE/BRASIL, 2009).
No pré-esportivo o praticante tem boas condições para atuar e conduzir o cavalo sozinho,
podendo participar de exercício específico. Ele passa a exercer maior influência sobre o
cavalo, que é utilizado como instrumento de inserção social. Porém a orientação e
acompanhamento dos profissionais continuam necessários (FREIRE, 1999).
No esportivo traduz-se como o momento de alta, sendo o praticante inserido na escola de
equitação. Porém deve ficar claro que o praticante só poderá ter alta da equoterapia após ter
alcançado todos os objetivos terapêuticos (MEDEIROS et al., 2003).
O fisioterapeuta deverá interpretar o diagnóstico do praticante, compreendendo seus limites e
ofertando-lhes condições para superá-los a partir do seu potencial, lembrando que, na
equoterapia, o cavalo é o estimulador sensorial e motor do praticante e que a função do
fisioterapeuta durante a sessão é conduzi-la de modo a facilitar a realização dos movimentos
normais e inibir a realização de movimentos anormais. Como o fisioterapeuta é o profissional
da equipe com grande responsabilidade quanto à capacitação física dos integrantes, é
importante também a avaliação frente o instrutor de equitação das condições de trabalho do
cavalo, observando se ele tem participação de treinamento quanto às respostas aos comandos
utilizados durante as sessões e se o animal vem ao trabalho no picadeiro descontraído,
evitando, com isso, que ocorram situações desagradáveis pelo cavalo querer se exercitar ou
brincar em hora imprópria (ROCHA, 2008).
É função do fisioterapeuta na equipe: avaliação global do praticante; elaboração do plano de
tratamento; colaboração na escolha do cavalo e equipamento; execução e orientação, junto aos
demais profissionais, dos objetivos priorizados pela equipe; demonstração de técnicas de
manuseio e de condução da sessão de acordo com as capacitações funcionais do praticante;
reavaliação; dar alta fisioterápica ao praticante, com justificativas ao praticante quando
possível, aos responsáveis e a equipe; orientar ergonomicamente os profissionais e terapias
atuantes no centro de equoterapia; prestar primeiros socorros aos praticantes e equipe de
trabalho na ocorrência de acidentes (ANDE/BRASIL, 2009).
A equoterapia é indicada no tratamento dos mais diversos tipos de comprometimento como:
patologias ortopédicas (problemas posturais, doenças do crescimento, má formação da coluna,
acidentes com sequela de fraturas e pós-cirúrgicos, amputações, artrite reumatóide, artroses,
espondilite anquilosante, dismorfismos esqueléticos, subluxações de ombro ou quadril),
patologias neuromusculares (epilepsia controlada, poliomielite, encefalopatia crônica da
infância, sequelas de traumatismo crânio-encefálico, plegias, doença de parkinson, acidente
vascular cerebral, mielomeningocele, multiesclerose, espinha bifida, lesões medulares,
hidrocefalia, macrocefalia, microcefalia), patologias cardiovasculares e respiratórias
(cardiopatias, doentes respiratórios - que desejam principalmente se reabilitar voltando a
realizar esforço e prática de exercícios físicos) e outras patologias (distúrbios mentais,
distúrbios comportamentais / sociais, distúrbios sensoriais, alterações de escrita, linguagem
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oral, motricidade oral, voz, emocional, atraso maturativo, sequelas de queimaduras, doenças
sanguíneas e doenças metabólicas) (LERMONTOV, 2004).
2.4. Benefícios da Equoterapia no Parkinson
A fisioterapia na equoterapia tem como finalidade proporcionar ao praticante portador de
deficiência a prevenção e o tratamento de patologias, bem como a reabilitação e o
desenvolvimento de seu estado atual por meio do uso do cavalo, principalmente através do
uso dos movimentos tridimensionais e multidirecionais. Cabe ao fisioterapeuta, o
posicionamento do praticante no cavalo, de acordo com os objetivos de estimulação, bem
como a escolha de acessórios para auxiliar na montaria e nos cuidados com transporte do
praticante para o cavalo e para o solo (UZUN, 2005).
Considerando somente os aspectos físicos da equoterapia, ressaltamos com movimentos
direcionais como gestor dos benefícios neuromotores. Para que as aferências sensórias
desencadeadas pelo movimento tridimensional influenciem o praticante. A resposta adaptativa
do praticante desencadeada durante o deslocamento do centro gravitacional nos três planos de
movimentos (sagital, frontal e transversal), é conseqüente à interconexão de vários sistemas,
como: visual, vestibular, proprioceptivo, somato-sensorial e musculoesquelético, que atuam
em intima e inseparável correlação para o ajuste do controle postural (MEDEIROS, 2008).
As andaduras que o cavalo realiza instintivamente são o passo, o trote e o galope. O passo é
uma andadura simétrica e marchada, onde o equino toca distintamente os quatro membros no
solo, considerada a mais indicada para praticantes iniciantes. É a andadura mais favorável
para a relação entre cavalo e cavaleiro, o que permite uma íntima ligação em condições de
grande precisão (LADISLAU et al., 2000).
A freqüência da andadura do cavalo depende do comprimento do passo e da velocidade da
andadura: Antepistar - É quando o cavalo apresenta um comprimento de passo curto, em que
sua pegada antecede a marca da pegada anterior. Sobrepistar - É quando o cavalo possui
uma freqüência média, as marcas das patas posteriores sobre o solo, ficam em cima das
anteriores. Transpistar - É quando o cavalo apresenta um comprimento de passos longos, no
qual a marca das patas posterior ultrapassa a pegada anterior. Essa é o ideal para ser
utilizado (BARBOSA, 2004).
O trote é uma andadura simétrica e saltada, fixada a dois tempos, pois cada bípede diagonal
eleva-se e pousa simultaneamente com um tempo de suspensão entre o pousar de cada um. A
simetria se deve aos movimentos da coluna vertebral em relação ao eixo longitudinal. A
andadura é fixada porque quase não se percebe os movimentos do pescoço, e é a dois tempos
porque entre o elevar de bípede diagonal até o seu retorno ao solo se verificam duas batidas.
Nessa andadura o cavalo conserva uma altitude de conjunto quase constante (KAGUE, 2004).
O galope é uma andadura assimétrica porque não existe simetria entre os movimentos da
coluna vertebral em relação ao eixo longitudinal. É saltado por existir um tempo de suspensão
e muito basculada em razão dos amplos movimentos do pescoço. O galope possui três tempos
porque entre o elevar de um membro ou membros associados até o seu retorno ao solo se
observam três batidas (LADISLAU et al., 2000).
O cavalo inicia o movimento de distensão de sua pata posterior esquerda para debaixo do seu
corpo, movimento de impulsão, gera uma perda de equilíbrio de seu centro gravitário,
deslocando seu corpo para frente e a direita, havendo desse instante um movimento de flexão
da coluna vertebral, gerado pelo movimento do membro posterior. Em seguida, ocorre o
avanço da pata posterior direita de forma a escorar a massa que se desloca. Ao tocar o solo
com a pata anterior, ele freia o movimento para frente, provocando a busca do equilíbrio,
gerando uma extensão em sua coluna vertebral. Durante o movimento de flexão da coluna
vertebral do cavalo, o praticante é impulsionado para cima e, quando ocorre a extensão,
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retorna a posição inicial, direcionada para baixo, sendo estimuladas duas vezes infrasuperiormente num único passo (MEDEIROS et al., 2002).
Ao iniciar o movimento, o cavalo avança uma de suas patas posteriores enquanto a anterior se
distende para apoiar seu corpo. Para compensar este deslocamento e poder se movimentar
para frente, o cavalo executa uma inflexão para lado contrario ao membro que irá apoiar.
Nota-se que o ponto máximo deste deslocamento acontece quando o cavalo se encontra sobre
uma base lateral. Na continuidade do movimento, essas inflexões vão invertendo. Existe um
movimento em que a coluna se endireita que coincide com base diagonal. O passo completo
do cavalo corresponde ao deslocamento de seus quatro membros. Em um único passo do
cavalo, têm-se dois deslocamentos laterais, para a esquerda e para a direita, fazendo um
movimento completo no plano frontal (MEDEIROS et al., 2002).
Ao iniciar o movimento de distensão da pata posterior direita, ocorre perda de equilíbrio,
deslocando o corpo do cavalo para frente e para a esquerda. Para retornar o equilíbrio, o
cavalo alonga seu pescoço, abaixa a cabeça e avança a pata anterior esquerda para escorar a
massa que se desloca. Ao tocar o solo com a pata anterior esquerda o cavalo freia o
movimento para frente, levanta a cabeça retornando o equilíbrio, facilitando o avanço da pata
posterior direita. Em um passo completo, o praticante é deslocado ântero–posteriormente duas
vezes (MEDEIROS et al., 2002).
A recuperação da independência funcional após um problema neurológico é um processo
complexo, que existe a reconquista de muitas capacidades. Uma vez que o controle da posição
do corpo no espaço é uma parte essencial das capacidades funcionais, a equoterapia, através
do movimento tridimensional e conseqüente ativação dos sistemas neurais e músculo
esquelético, e a favorecer a aquisição de padrões motores básicos, como: controle de cabeça e
tronco, reações de retificação, equilíbrio e proteção e rotações, sendo estes indispensáveis à
restauração do controle postural, que é parte essencial para a recuperação da função
(MEDEIROS, 2008).
A equoterapia é uma abordagem terapêutica que utiliza o cavalo como facilitador para um
melhor desenvolvimento neuropsicomotor do indivíduo. A interação com o animal propicia
ao praticante atingir novas formas de comunicação, socialização, concentração, equilíbrio,
coordenação motora, conscientização postural e ganho da auto-estima. Apesar de ser indicada
também aos adultos, as crianças e os idosos são a grande maioria, principalmente as que
apresentam déficit motor nas doenças neurológicas. O trabalho motor realizado na
equoterapia é muito importante (NEVES, 2008).
3. Conclusão
No presente trabalho, constatou-se que a expectativa de vida da população vem aumentando
consideravelmente, o que teoricamente predispõe a enfermidades neurodegenerativas, dentre
elas a doença de parkinson, o que gerará um planejamento na saúde pública, já que a doença
tende a ocasionar um impacto socioeconômico negativo e na qualidade de vida desses
indivíduos.
Assim, considera-se necessário que haja um maior conhecimento acerca da patologia e de
seus reflexos no dia a dia do parkinsoniano, sob um viés interdisciplinar, uma vez que as
limitações posturais, respiratórias, fonatórias e nutricionais encontram-se interligadas pelas
complexas conexões neuromusculares, o que demanda uma equipe interdisciplinar e integral.
A equoterapia é uma técnica utilizada por uma equipe multidisciplinar onde o fisioterapeuta
tem um importante papel durante as sessões, pois a admissão do praticante se dá
principalmente pelos dados colhidos tanto na avaliação médica e principalmente na avaliação
fisioterapêutica.
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