UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE CIÊNCIAS BÁSICAS DA SAÚDE LABORATÓRIO DE VIROLOGIA PCR em Tempo Real PCR Quantitativa (qPCR) DOUTORANDA: TIANE MARTIN DE MOURA PPG MICROBIOLOGIA AGRÍCOLA E DO AMBIENTE 1 Histórico • Descrita pela primeira vez em 1993 por Higuchi e seus colaboradores • Acoplaram uma câmara de vídeo monitorando a PCR durante todos os ciclos para detectar a fluorescência • Ligação do EtBr às moléculas de dsDNA recém-sintetizadas 2 Princípios da PCR em Tempo Real • Metodologia de PCR + Sistema de detecção de sinais fluorescentes • Detecção, quantificação e amplificação de DNA em uma única etapa o Agilidade na obtenção de resultados • Técnica quantitativa o Quantificação do número de moléculas produzidas a cada ciclo 3 Princípios da PCR em Tempo Real • Etapas de amplificação de uma PCR convencional o Temperaturas e tempos diferentes o Curva de dissociação • Coleta de dados o Fase exponencial da reação • Reagentes de uma PCR convencional + Corante o Intercalantes de DNA de dupla fita (dsDNA) o Oligonucleotídeos marcados • Plataforma de instrumentação o Termociclador + Sistema Óptico o Computador com software para aquisição de dados e análise final 4 Vantagens PCR em Tempo Real PCR convencional • Coleta de dados na fase exponencial • SEM manipulação pósPCR • Resultados quantitativos • Requer concentrações de DNA/cDNA 1000 x < • Tempo de reação reduzido • Maior reprodutibilidade, sensibilidade e precisão • Coleta de dados na fase final da reação (plateau) • Manipulação pós-PCR • Preparação de gel de agarose - visualização • Resultados qualitativos • Requer concentrações maiores de DNA/cDNA • Muito tempo para obter resultados 5 Aplicações • Todas as aplicações da PCR tradicional • Quantificação de carga viral • Quantificação de expressão gênica • Testes de eficiência terapêutica • Detecção de agentes infecciosos • Caracterização de agentes (Genotipagem) 6 Princípios da PCR em Tempo Real Curva de Amplificação Amplificação Exponencial http://users.ugent.be/~avierstr/principles/pcr.html 7 Princípios da PCR em Tempo Real Curva de Amplificação Gráfico de Amplificação A2 Fluorescência (Rn) Linear A1 Baseline background Exponencial Plateau NTC (no template control) 8 Princípios da PCR em Tempo Real Curva de Amplificação Gráfico de Amplificação Fluorescência (delta Rn) Linear A1 A2 Exponencial Threshold Baseline NTC Ct 14,5 Ct 20,8 9 Princípios da PCR em Tempo Real Curva de Amplificação Fluorescência (delta Rn) Log Gráfico de Amplificação Exponencial Threshold 10 Princípios da PCR em Tempo Real Reagentes - Mix • Master Mix Comerciais o Primers e DNA/cDNA • Mix convencional 11 Princípios da PCR em Tempo Real Ciclagem Tempo estimado: 00:57:34 12 Princípios da PCR em Tempo Real Ciclagem Tempo estimado: 00:47:37 13 Princípios da PCR em Tempo Real Otimização – Primers • Desenho de primers (Produto de 100 – 150 pb) • Determinar a concentração ideal de uso • Utilizar uma concentração fixa de DNA/cDNA • Gradiente da concentração dos primers o 0,25 μM; 0,4 μM; 0,5 μM e 0,7 μM 14 Princípios da PCR em Tempo Real Otimização – Primers • Analisar a “Curva de dissociação” • Melhor concentração dos primers • Menor concentração de primers – Máxima amplificação 15 Princípios da PCR em Tempo Real Validação – Primers • Determinar a concentração ideal de uso • Utilizar uma concentração fixa de primers • Gradiente da concentração de DNA/cDNA o 100 ng; 50 ng; 25 ng; 12,5 ng e 6,25 ng 16 Princípios da PCR em Tempo Real Validação – Primers • Analisar a “Curva de dissociação” • Valores de “slope” e de “R2” – Eficiência Concentração ideal dos primers (Otimização) determinada e validada (Validação) → Reações Padronizadas 17 Princípios da PCR em Tempo Real Sistemas de Detecção Detecção não-específica • Fluoróforos ligando-se ao dsDNA e emitindo fluorescência o SYBR-Green® Detecção específica • Oligonucleotídeos marcados com fluoróforos altamente específico a sequência alvo, emitindo fluorescência apenas na presença do produto de PCR de interesse o TaqMan® 18 Princípios da PCR em Tempo Real Sistemas de Detecção • Fluoróforos ou Fluorocromos • Cada molécula apresenta um espectro de absorbância e emissão característicos SYBR-green Absorção máxima : 494 nm Emissão máxima : 521 nm 19 Princípios da PCR em Tempo Real Sistemas de Detecção TAMRA Absorção máxima : 555 nm Emissão máxima : 580 nm FAM Absorção máxima: 495 nm Emissão máxima : 521 nm TET Absorção máxima : 519 nm Emissão máxima : 539 nm HEX Absorção máxima : 537 nm Emissão máxima : 556 nm 20 Princípios da PCR em Tempo Real Sistemas de Detecção 21 Princípios da PCR em Tempo Real Sistemas de Detecção Intercalantes de dsDNA – “green” • Detecta produtos inespecíficos – dímeros de primers • Fluoróforo disponível em suspensão • Curva de dissociação • Não permite multiplex 22 Princípios da PCR em Tempo Real Sistemas de Detecção O corante liga-se imediatamente a todos os Amplificação dos genes O corante liga-se a cada alvos nova cópia de dsDNA alvo dsDNA 23 Princípios da PCR em Tempo Real Sistemas de Detecção O corante liga-se a todos as moléculas de dsDNA Quando o DNA é desnaturado, o corante dissocia-se Início da fase de anelamento de primers Polimerização é completada. O corante liga-se ao produto de dsDNA e a fluorescência aumenta 24 Princípios da PCR em Tempo Real Sistemas de Detecção Oligonucleotídeos Marcados • Detecta produtos específicos • Permite Multiplex • Não necessita curva de dissociação • Sondas o Corante reporter 5’ (fluorescente) e Corante quencher 3’ (silenciador) 25 Princípios da PCR em Tempo Real Sistemas de Detecção 26 Princípios da PCR em Tempo Real Sistemas de Detecção 27 Máquinas Eppendorf Mastercycler ep realplex Corbett Stratagene Rotor Gene 6000 Mx series 28 Máquinas Bio-Rad Qiagen Roche Rotor Gene Q LigthCycler 29 Máquinas Applied Biosystems 7300/7500/7500 Fast/Step One/ Step One Plus 30 Máquinas Illumina EcoTM Real-Time PCR System 31 Eco Real-Time PCR System 32 Eco Real-Time PCR System 33 Ensaios Quantificação Absoluta • Correlacionar o número de cópias virais vs. estado de uma doença – DNA/RNA Quantificação Relativa • Analisar alterações na expressão gênica em determinada amostra relativa à outra amostra de referência (controle não tratado) → Transcrição - RNAm 34 Quantificação Absoluta Curva Padrão • Método para determinar o número exato de moléculas (cópias de DNA ou ng de DNA) • Determinar a concentração inicial de uma amostra de concentração desconhecida a partir de uma curva padrão de concentração conhecida o 100 ng; 50 ng; 25 ng; 12,5 ng e 6,25 ng 35 Quantificação Absoluta Curva Padrão • Otimização e Validação dos primers • “Standard” x Amostras Testes • Amplificação • Determinar a quantidade de “alvo” • Parâmetros para conversão de concentração o ng/µl → moléculas/µl 36 Quantificação Relativa • Método da Curva Padrão o Exige menor quantidade de otimização e validação • Método CT Comparativo o Semelhante ao método da CP, porém utiliza-se fórmulas aritméticas o Experimento de validação – eficiência da amplificação do alvo e do controle deverão ser ≈ iguais o Aumenta rendimento (número de poços na placa) o Elimina erro de diluição das amostras 37 Quantificação Relativa • Genes Alvo o Genes de interesse • Genes Endógeno – Referência o Gene de expressão estável sob diferentes situações testadas o Normalização de dados – Correção das variações entre amostras 38 Quantificação Relativa Método CT Comparativo – Método 2-ΔΔCt • Eficiência das amplificações 90 – 110% • Software já calcula • Comparação dos valores CT amostras/controle normalizados por genes endógenos ΔΔCT= ΔCTamostra - ΔCTreferência 39 Quantificação Relativa Gene expression fold-change values derived from qPCR data. The changes in expression of four genes: glucose-6-phosphate isomerase (GPI); granulysin (GNLY); granzyme B (GZMB); and granzyme H (GZMH) in MCF-affected tissues were normalised to ribosomal protein S9 (RPS9) and plotted with respect to equivalent tissues from control animals. Results of kidney transcript assays are in the light columns while results of lymph node assays are in the dark columns Russell et al 2012. Host gene expression changes in cattle infected with Alcelaphine herpesvirus 1. Virus 40 Research v169, p.246 – 254. Bibliografia • Creating Standard Curves with Genomic DNA or Plasmid DNA Templates for Use in Quantitative PCR http://www6.appliedbiosystems.com/support/tutorials/pdf/quant_pcr.pdf • EcoTM Real-Time PCR System User Guide http://www.illumina.com/ecoqpcr • Guide to Performing Relative Quantitation of Gene Expression Using Real-Time Quantitative PCR. Disponível em: http://www.gu.se/digitalAssets/1125/1125331_ABI__Guide_Relative_Quantification_using_realtime_PCR.pdf Acesso em 08 de abril de 2013. • Higuchi R et al (1993). Kinetic PCR analysis: real-time monitoring of DNA amplification reactions. Biotechnology Nature Publishing Company 11, 1026-1030. • Livak KJ, Schmittgen TD (2001). Analysis of relative gene expression data using realtime quantitative PCR and the 2(-Delta Delta C(T) ) method. Methods 25, 402-408. • Oliveira TMS (2010). PCR em tempo real: métodos e aplicações. Dissertação de Mestrado. Universidade de Aveiro • Russell et al (2012) Host gene expression changes in cattle infected with Alcelaphine herpesvirus 1. Virus Research v169, p.246 – 254. 41 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MICROBIOLOGIA AGRÍCOLA E DO AMBIENTE ANÁLISE TRANSCRICIONAL DO PATÓGENO Enterococcus faecalis VANCOMICINA RESISTENTE DOUTORANDA: TIANE MARTIN DE MOURA (BOLSISTA CAPES) ORIENTADORA: PROFA. DRA. ANA PAULA GUEDES FRAZZON 42 Justificativa e Objetivos A espécie E. faecalis • Comensal potencialmente patogênica • Desenvolve estratégias para detectar, responder e se adaptar a ambientes hostis – oportunista • Relevância clínica – infecções x tratamento o Verificar o comportamento de uma cepa EVR em ambiente simulado frente à vancomicina o Analisar a regulação in vitro de alguns genes relacionados a virulência o Avaliar o conjunto de transcritos gerados 43 In Vitro Evaluation of Biofilm Formation and Expression of Virulence-Related Genes in Vancomycin Resistant Enterococcus Faecalis Isolated from Urinary Tract Infection 44 Objetivo • Avaliar a resposta apresentada por uma cepa de E. faecalis Vancomicina Resistente em um ambiente simulado acrescido de urina (simulação de ITU) frente à Vancomicina • Expressão de genes relacionados a virulência 45 Resultados e Discussão qPCR Fold Changes 100 80 60 tuf 40 20 0 bopA* bopC* vanA* Expressão de genes de relacionados à virulência de VRE em caldo 2xYT/Urina tratados com vancomicina em comparação ao controle (sem vancomicina) (* p ≤ 0,05). 46 Conclusão • A presença de vancomicina é capaz de estimular a regulação de genes importantes na formação de biofilme • A vancomicina induz a auto-expressão do vanA • Administração de vancomicina pode estar contribuindo para o aumento da virulência em isolados clínicos portanto, é extremamente necessário ter cautela na prescrição deste antimicrobiano 47 Obrigada! 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