Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul CIÊNCIA POLÍTICA E TEORIA DO ESTADO Prof. Dejalma Cremonese Lisiane Francisquina LIBERALISMO Santa Rosa, 20 de setembro de 2007. O liberalismo clássico é uma ideologia política que preconiza a liberdade individual através do exercício dos direitos e da lei. Defende uma sociedade caracterizada pela livre iniciativa, um sistema de governo democrático, o primado da lei, a liberdade de expressão e a livre concorrência econômica. Rejeita diversos axiomas fundamentais tais como o direito divino dos reis, a hereditariedade e o sistema religioso oficial. Princípios fundamentais: a Transparência, o direito à vida, à liberdade, à propriedade, um governo baseado no livre Assentimento dos governados e estabelecido com base em eleições livres; igualdade da lei e de direitos para todos os cidadãos. Tem suas origens mais remotas calcadas no humanismo que se iniciou com a contestação da autoridade Das igrejas oficiais durante a Renascença, e com a facção Whigs da Revolução Gloriosa na Grã-Bretanha. No entanto, os movimentos geralmente tidos como verdadeiramente "liberais" surgem durante o Iluminismo. Em resposta ao absolutismo político e ao realismo no Reino Unido é que se formou a história do liberalismo como ideologia consistente. Liberdade não é algo de acessório, mas base fundamental dos direitos políticos e mais tarde do próprio Estado. Raramente os primeiros defensores do liberalismo se colocaram contra a escravidão, e freqüentemente a defenderam ou lucraram com a mesma. Historicamente, os teóricos do liberalismo negaram a humanidade a irlandeses católicos, negros africanos e ameríndios, dizendo que o tratamento brutal aos mesmos lhes faria bem, pois lhes levaria à civilização. Prescrevia a constituição da Província da Carolina: [...] todo homem livre da Carolina deve ter absoluto poder e autoridade sobre os seus escravos negros seja qual for sua opinião e religião. Haviam liberais que defenderam a escravidão dos pobres. Adam Smith, tinha reservas à escravidão dos negros; mas considerava a escravidão das pessoas dos “níveis mais humildes“ da sociedade como uma "punição útil”. “[...] castigo normal para aqueles vagabundos preguiçosos que, mesmo depois de ter sido justamente advertidos e submetidos à servidão temporária, não conseguem sustentar a si próprios e às suas famílias com um trabalho útil” Adam Smith . Vê como desesperadora a situação dos escravos negros nos "governos livres", pois: “- [...] toda lei é feita pelos seus donos, os quais nunca vão deixar passar uma medida favorável a eles.” Smith As origens mais antigas do liberalismo clássico remontam a pensadores antigos como Aristóteles e Cícero. O conceito básico da liberdade foi criado durante a Idade Antiga na Grécia. Sob a bandeira da “liberdade", na Idade Média, as cidades italianas se revoltaram contra os Estados Pontifícios Papais. Um século e meio depois, o filósofo Nicolau Machiavel fez da defesa das liberdades civis a chave da forma republicana de governar. Para John Locke os indivíduos livres poderiam formar a base da estabilidade política em vez de terem licença de agir, desde que não colocassem em causa a estabilidade política. Desenvolve, posteriormente, a “Teoria do Direito Natural" : DIREITO À “ VIDA, LIBERDADE E PROPRIEDADE". Bibliografia: • Domenico Losurdo, Contra-História do Liberalismo (Aparecida, SP: Idéias & Letras, 2006, trad. Giovanni Semerano), publicado em italiano em 2005 como Controstoria del Liberalismo. • JEVONS, S. A teoria da economia política. Sâo Paulo: Abril Cultural, 1987. (Coleção Os Economistas). p. 116.