PROPOSTA DE CRITÉRIOS PARA SUBSTITUIÇÃO RACIONAL DE HIDRÔMETROS NOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA TEMA I: ÁGUA AUTORES Paulo Sergio Scalize (1) Biomédico formado pela Fac. Barão de Mauá. Engenheiro Civil formado pela Fac. de Engenharia Civil de Araraquara. Especialização em Microbiologia pela USP de Rib. Preto. Mestre e Doutor em Hidráulica e Saneamento pela EESC-USP. Gerente de Controle de Perdas do Dep. Autônomo de Água e Esgotos de Araraquara. VicePresidente da ASSEMAE Regional de São Paulo. Consultor AD Hoc do Gespública. Julio Cesar Arantes Perroni Geólogo formado pela USP São Paulo. Mestre em Hidráulica e Saneamento pela EESC-USP. Coordenador de Operações do Departamento Autônomo de Água e Esgotos de Araraquara. Wellington Cyro de Almeida Leite Engenheiro Civil formado pela Faculdade de Engenharia Civil de Araraquara. Mestre e Doutor em Hidráulica e Saneamento pela EESC-USP. Superintendente do Departamento Autônomo de Água e Esgotos de Araraquara. APRESENTAÇÃO Paulo Sergio Scalize (1) (1) DAAE – Departamento Autônomo de Água e Esgotos Rua Domingos Barbieri 100 – Vila Harmonia – Araraquara /SP CEP 14801-510 Fone (16) 3324 9555 / 3324-9546 [email protected] Autorizo a publicação deste trabalho pela ASSEMAE. PROPOSTA DE CRITÉRIOS PARA SUBSTITUIÇÃO RACIONAL DE HIDRÔMETROS NOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA Palavras-chave: hidrômetros, exame metrológico, aferição de hidrômetro, perdas aparentes, submedição, micromedição. 1. Introdução Visando o combate às perdas aparentes, o parque de hidrômetros deve ser mantido com uma manutenção preventiva ativa, com avaliação criteriosa dos hidrômetros a serem substituídos. Na maior parte dos municípios, a prática das empresas de saneamento é proceder a substituição dos hidrômetros com idade acima de 5 anos ou ainda com volume totalizado acima de 2.000 m3. Este critério não é o melhor, pois o desempenho metrológico não é avaliado, simplesmente são seguidas práticas anteriores e com base em uma interpretação errônea do artigo 8 da portaria 246 do INMETRO que diz que as verificações periódicas devem ser efetuadas nos hidrômetros em uso, em intervalos não superiores a 5 anos. O presente trabalho trás uma proposta de metodologia para identificar os hidrômetros com o pior desempenho metrológico, os quais devem ser substituídos. 2. Descrição do trabalho Foram examinados 862 hidrômetros retirados da rede de distribuição, de classe A e B, divididas por fabricantes e por três faixas de leituras totalizadas, sendo de 0 a 1000 m3, 1001 a 2000 m3 e acima de 2001 m3. Todos os hidrômetros foram submetidos a teste em bancada em três vazões, 15 L/h (classe B) e 30L/h (classe A), 75 L/h (classe A e B) e 750L/h (classe A e B), sendo que os erros máximos admissíveis seguem a portaria 246 do INMETRO. Os hidrômetros avaliados foram de seis diferentes marcas, com data de fabricação compreendida entre 1995 e 2006. Os erros apontados para cada uma das três vazões foram tabelados (ver Tabela 1), sendo efetuada uma média aritmética para todos os dados. Os resultados foram obtidos separadamente para os hidrômetros aprovados e para os reprovados marcando a menos. Neste estudo não foi encontrado nenhum hidrômetro marcando a mais. O volume submedido para cada hidrômetro foi determinado utilizando o perfil de consumo de Araraquara (ver Tabela 1), obtido em estudos realizados por empresa contratada. Este perfil pode ser obtido utilizando logger de vazão instalado nas residências. O consumo médio residencial foi calculado dividindo o volume micromedido pelo número de ligações residências, sendo de 19,8 m3/mês (base fevereiro/2007). Consumo (L/h) 0-30 L 30 a 75 L 75 a 750 L Acima de 750 L 14,44 18,74 59,45 7,37 Tabela 1 – Perfil de consumo da cidade de Araraquara. 3. Resultados e Discussões O estudo evidenciou que dos 862 hidrômetros analisados, 37,1% foram reprovados registrando a menos (Tabela 1). O índice de reprovado por modelo de hidrômetro, fabricante e volume totalizado está descrito na Figura 1. O lote de hidrômetro que apresentou um menor desempenho metrológico foram os do fabricante D instalados em 1999 com faixa de volume totalizado acima de 2001 m3, seguidos da faixa de 1001 a 2000 m3 do mesmo ano e fabricante. O volume médio incrementado devido a substituição destes hidrômetros deve ser da ordem de 23% e 30%, respectivamente. Caso fosse possível substituir apenas os hidrômetros que apresentassem uma redução do volume micromedido ao longo do tempo, o volume incrementado seria bem próximo a substituição de todos estes hidrômetros, visto que o índice de reprovação foi de 84% e 96%. Nesta situação, a vantagem obtida com a utilização de um programa seria mínima. No entanto, estes hidrômetros são de 1999 e certamente com a utilização de um programa os hidrômetros com problemas teriam sido substituídos há bem mais tempo. A troca indiscriminada pode trazer resultados negativos ao invés de benefícios, ou seja, ao invés do volume aumentar pode haver uma redução ou ainda não exercer nenhuma influência. Esta condição pode ser observada com os hidrômetros do Fab. B - 1996 com faixa de volume totalizado entre 0 e 1000 m3, onde o volume incrementado seria de -0,2%, caso fossem trocados todos os hidrômetros desta faixa. No gráfico da Figura 2 pode ser observado que a substituição de um determinado hidrômetro pode não ser vantajosa, visto que a porcentagem do volume recuperado seria pequena para tal investimento. Como exemplo temos o hidrômetro do Fab. E – 2003, na faixa de leitura de 0 a 1000 m3. A substituição de todos estes hidrômetros resultaria em um acréscimo de 1,7%, enquanto que apenas com a substituição dos reprovados este acréscimo seria de 14,5%. Para este caso a porcentagem de reprovação foi de 16%, num universo de 25 hidrômetros analisados. Outra situação que deve ser observada é relativa aos hidrômetros do Fab. A – 1997 e do Fab. E – 2002, todos na mesma faixa de consumo entre 0 e 1000 m3, onde o índice de reprovação foi de 40% e 35%. As trocas destes hidrômetros acarretariam um acréscimo de 10,6 e 7,8%, respectivamente, enquanto que, caso fosse realizada a substituição, apenas dos hidrômetros registrando a menos, o ganho seria 25,3% e 20,1%, ou seja, muito maior. Em termos financeiros, para o hidrômetro do Fab. A – 1997 na faixa de 0 a 1000 m3, considerando o consumo médio de Araraquara de 20 m3/mês, e o valor de cada 1 m3, acima deste consumo até 30 m3/mês, de R$ 3,25 (O Daae cobra o consumo por faixas em cascata), resultaria em um acréscimo, por hidrômetro substituído, de R$ 6,78 ou de R$ 16,28 caso fossem substituídos apenas os reprovados, um aumento de 140%. Os incrementos de receita podem ser observados na Figura 3. Na Figura 4 pode ser observado que após a substituição de um hidrômetro do Fab. D – 1999, na faixa de 1001 a 2000 m3, ocorreu um grande aumento de consumo. Este hidrômetro foi reprovado marcando -100% Qmin , -99% Qtran e -14,1% Qn. Neste caso o hidrômetro novo registra uma média diária de 787 L/dia, enquanto que o antigo registrava uma média de 340 L/dia. Este aumento está além do esperado de acordo com a Figura 2, ou seja, um aumento de 31,1 %. Na Figura 5 pode ser observado que após a substituição de um hidrômetro do Fab. B – 1996, na faixa acima de 2001 m3, ocorreu uma redução no volume registrado em 5%. O hidrômetro retirado estava registrando + 3,5% Qmin , -2,0% Qtran e -4,7% Qn, ou seja, estava marcando corretamente. Neste caso o hidrômetro novo passou a registrar um volume médio 871 L/dia, enquanto que o antigo registrava uma média de 916 L/dia. Esta redução está fora do esperado de acordo com a Tabela 2 para hidrômetro aprovado. Neste caso, o hidrômetro novo (Fab. D – 2005, na faixa de 0 a 1000 m3) foi retirado e ficou constatado que estava registrando a menos. O hidrômetro atual (Fab. E - 2006) está registrando um volume médio de 1000 L/dia, significando um aumento de 9,1%, próximo ao valor de 4,8% esperado de acordo com a Tabela 2. Vale ressaltar que os valores apresentados não levam em consideração o erro de medição de um hidrômetro novo, ou seja, o volume recuperado deverá ser um pouco menor, visto que um hidrômetro novo pode apresentar um pequeno erro, para o perfil de consumo considerado, de até 2,4%. Este valor deve aumentar com o tempo, podendo chegar a 5,7%, e o hidrômetro ainda ser considerado aprovado. Devido a inexistência, no Daae, de um programa para substituir apenas os hidrômetros com queda no desempenho, foi estabelecida uma seqüência que é apresentada no gráfico da Figura 2, onde está sendo considerado o critério do maior volume recuperado como prioridade, pois a relação custo/benefício é maior. Na Tabela 2 estão contidos todos os valores obtidos com o trabalho realizado. Os valores estão em ordem de maior porcentagem de volume recuperado por hidrômetro substituído, considerando a substituição de todos os hidrômetros por ano, fabricante e volume totalizado. 4. Próximas ações A próxima ação é a implantação de um programa para análise do desempenho metrológico dos hidrômetros instalados, com base nas séries histórica de consumo registrado, o que possibilitaria a substituição apenas dos hidrômetros com submedição promovendo retorno de investimento em curto espaço de tempo. As substituições seriam pontuais. 5. Conclusão O presente trabalho permitiu concluir que é necessário a implantação de um programa para análise do desempenho metrológico dos hidrômetros instalados, possibilitando a troca pontual dos medidores com submedição. Pode-se concluir que hidrômetros praticamente novos (Fab D. – 2005), estão piores que os hidrômetros do Fab. B – 1996. Isto fez com que os critérios de aceitação de hidrômetros novos fossem revistos e implementados novos testes (Teste de Fadiga). Este estudo possibilitou a criação de uma seqüência de grupos de hidrômetros que apresentou menor desempenho metrológico, sendo que sua substituição acarretará um aumento no volume micromedido, reduzindo o índice de perdas aparente e, conseqüentemente aumentando o volume faturado. 6. Referências Bibliográficas Portaria 246 – INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial). 17 de outubro de 2000. 7. Anexo Total Fabricante/ano/faixa (m3) Fab. D1999 - acima de 2001 m3 Fab. D1999 - 1001 a 2000 m3 Fab. C1995 - acima de 2001 m3 Fab. B1996 - acima de 2001 m3 Fab. C1995 - 1001 a 2000 m3 Fab. E2003 - acima de 2001 m3 Fab. E2002 - acima de 2001 m3 Fab. C1997 - acima de 2001 m3 Fab. B2000 - acima de 2001 m3 Fab. A1997 - 1001 a 2000 m3 Fab. D1999 - 0 a 1000 m3 Fab. A1997 - 0 a 1000 m3 Fab. C1997 - 1001 a 2000 m3 Fab. E2002 - 0 a 1000 m3 Fab. A1997 - acima de 2001 m3 Fab. B2000 - 1001 a 2000 m3 Fab. C1995 - 0 a 1000 m3 Fab. C1997 - 0 a 1000 m3 Fab. A1998 - 1001 a 2000 m3 Fab. B1996 - 1001 a 2000 m3 Fab. F2001 - 1001 a 2000 m3 Fab. F2001 - acima de 2001 m3 Fab. A1998 - acima de 2001 m3 Fab. E2002 - 1001 a 2000 m3 Fab. F2001 - 0 a 1000 m3 Fab. E2003 - 1001 a 2000 m3 Fab. D2005 - 0 a 1000 m3 Fab. F2003 - 1001 a 2000 m3 Fab. E2003 - 0 a 1000 m3 Fab. B2000 - 0 a 1000 m3 Fab. F2003 - 0 a 1000 m3 Fab. A1998 - 0 a 1000 m3 Fab. E2004 - 1001 a 2000 m3 Fab. B1996 - 0 a 1000 m3 Fab. E2006 - 0 a 1000 m3 Fab. E2004 - 0 a 1000 m3 Fab. F2003 - acima de 2001 m3 Fab. E2004 - acima de 2001 m3 Fab. D2005 - 1001 a 2000 m3 Fab. D2005 - acima de 2001 m3 Fab. E2006 - 1001 a 2000 m3 Fab. E2006 - acima de 2001 m3 Total Qde 23 31 12 15 10 3 2 13 21 10 13 10 12 20 17 22 5 10 31 8 17 6 20 27 15 17 185 1 52 19 25 15 12 9 47 107 0 0 0 0 0 0 862 Resultado(%) min -82,5 -67,5 -73,1 -66,4 -45,2 -55,2 -56,5 -45,0 -43,9 -37,0 -49,8 -42,7 -37,2 -20,6 -27,5 -24,9 -35,0 -24,7 -23,4 -18,3 -10,9 -25,3 -16,4 -14,2 -11,7 -14,3 -14,0 -6,0 -4,7 -5,4 -7,9 -5,2 -1,5 -3,8 -3,7 -0,4 - tran máx min tran máx total -71,0 -37,6 -28,9 -19,3 -21,3 -34,2 -8,5 -21,5 -14,2 -24,3 -11,6 -21,0 -8,7 -4,9 -8,6 -12,0 -4,7 -6,9 -4,2 -2,6 -1,4 -0,8 -5,4 -2,1 -1,0 -2,7 -0,9 1,0 -2,3 -2,2 1,1 0,4 -1,2 -0,4 -1,5 -0,7 - -7,1 -5,1 -5,0 -6,1 -6,5 -0,4 -6,3 -4,6 -4,7 -2,6 -2,2 -0,9 -2,1 -6,0 -1,8 -1,3 -0,5 -1,8 -0,4 -1,6 -3,2 -0,3 -0,7 -1,3 -1,8 -0,3 -0,3 -1,5 -0,9 -0,4 -0,6 -0,1 -0,3 0,0 0,5 0,1 - Reprovados Aprovados Vol. submedidototal (m3) 2,3 1,9 2,0 1,8 1,3 1,5 1,6 1,2 1,2 1,0 1,4 1,2 1,0 0,6 0,8 0,7 1,0 0,7 0,6 0,5 0,3 0,7 0,5 0,4 0,3 0,4 0,4 0,2 0,1 0,2 0,2 0,1 0,0 0,1 0,1 0,0 - 2,7 1,4 1,1 0,7 0,8 1,3 0,3 0,8 0,5 0,9 0,4 0,8 0,3 0,2 0,3 0,5 0,2 0,3 0,2 0,1 0,1 0,0 0,2 0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 0,1 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 - 0,9 0,7 0,7 0,8 0,9 0,0 0,8 0,6 0,6 0,3 0,3 0,1 0,3 0,8 0,2 0,2 0,1 0,2 0,1 0,2 0,4 0,0 0,1 0,2 0,2 0,0 0,0 0,2 0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 -0,1 0,0 - 5,9 4,0 3,8 3,4 2,9 2,9 2,7 2,7 2,4 2,3 2,1 2,1 1,6 1,5 1,3 1,3 1,2 1,2 0,9 0,8 0,8 0,8 0,7 0,6 0,6 0,5 0,5 0,3 0,3 0,3 0,3 0,1 0,1 0,1 0,1 0,0 - Qde 1 5 2 2 3 0 0 4 4 3 3 6 4 13 6 10 2 5 19 5 8 2 15 17 7 14 113 1 50 16 21 10 12 7 46 106 0 0 0 0 0 0 542 Vol. submedidoaprov. (m3) Resultado(%) % 4 16 17 13 30 0 0 31 19 30 23 60 33 65 35 45 40 50 61 63 47 33 75 63 47 82 61 100 96 84 84 67 100 78 98 99 62,9 min tran máx min tran máx total -9,5 -3,1 -2,5 -3,0 -5,7 7,1 -0,9 -4,2 -5,3 -4,4 2,0 -1,7 -5,8 8,1 -1,5 4,0 -2,1 -1,8 -3,2 -4,0 -1,0 -1,2 -6,1 -2,0 -0,3 -6,0 -2,3 -1,8 -2,8 1,4 -1,5 3,2 -3,5 -0,3 - -2,0 -2,3 -1,5 -7,0 -9,1 -5,8 0,0 -0,7 -0,2 0,7 -0,6 -1,7 0,7 -4,3 -2,5 -0,4 0,8 0,0 0,6 1,2 0,6 -1,7 -0,1 -2,0 0,5 1,0 -1,6 -1,7 1,6 2,2 -1,2 1,0 -1,5 -0,6 - 0,7 -1,0 -0,7 -4,6 -2,6 -2,0 0,7 -2,2 -1,4 -0,3 -1,8 -0,9 -0,3 -0,5 -1,1 -1,1 -0,2 -0,4 -1,2 0,8 -0,7 -1,5 -1,5 -0,5 0,7 -1,5 -0,8 -0,2 -0,4 0,0 -0,3 0,1 0,5 0,2 - 0,3 0,1 0,1 0,1 0,2 -0,2 0,0 0,1 0,1 0,1 -0,1 0,0 0,2 -0,2 0,0 -0,1 0,1 0,0 0,1 0,1 0,0 0,0 0,2 0,1 0,0 0,2 0,1 0,1 0,1 0,0 0,0 -0,1 0,1 0,0 - 0,1 0,1 0,1 0,3 0,3 0,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 0,2 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 0,1 0,1 -0,1 -0,1 0,0 0,0 0,1 0,0 - -0,1 0,1 0,1 0,6 0,3 0,3 -0,1 0,3 0,2 0,0 0,2 0,1 0,0 0,1 0,2 0,1 0,0 0,0 0,2 -0,1 0,1 0,2 0,2 0,1 -0,1 0,2 0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 -0,1 0,0 - 0,3 0,3 0,2 0,9 0,8 0,3 -0,1 0,4 0,3 0,1 0,2 0,2 0,2 0,0 0,3 0,1 0,0 0,1 0,2 0,0 0,1 0,3 0,4 0,2 -0,1 0,3 0,2 0,1 0,1 -0,1 0,1 -0,1 0,1 0,0 - Qde 22 26 10 13 7 3 2 9 17 7 10 4 8 7 11 12 3 5 12 3 9 4 5 10 8 3 72 0 2 3 4 5 0 2 1 1 0 0 0 0 0 0 320 Vol. submedidoreprov. (m3) Resultado(%) Vol. recuperado por hidrômetro substituido (%) % min tran máx min tran máx total Total Aprov. Reprov 96 84 83 87 70 100 100 69 81 70 77 40 67 35 65 55 60 50 39 38 53 67 25 37 53 18 39 0 4 16 16 33 0 22 2 1 - -85,8 -79,8 -87,2 -76,1 -62,1 -55,2 -56,5 -68,1 -54,0 -51,1 -63,2 -100,0 -56,8 -55,6 -39,4 -52,5 -57,3 -53,3 -57,1 -45,7 -17,7 -35,9 -62,7 -36,4 -16,6 -71,5 -35,7 -66,0 -24,8 -35,0 -18,5 -28,5 -12,6 -10,4 - -74,2 -44,4 -34,4 -21,2 -26,6 -34,2 -8,5 -28,6 -17,5 -34,4 -15,0 -53,6 -12,8 -10,9 -13,6 -18,4 -6,2 -13,5 -12,3 -7,0 -3,1 -1,9 -23,5 -2,8 -1,9 -5,8 -3,1 -17,7 -4,8 -1,6 -3,2 -5,5 -1,8 -8,2 - -7,5 -5,9 -5,9 -6,4 -8,2 -0,4 -6,3 -5,7 -5,9 -2,7 -2,5 -1,7 -2,2 -15,3 -2,6 -2,0 0,0 -2,5 -0,8 -3,6 -5,0 -0,8 -0,4 -1,1 -2,1 0,8 -1,8 -2,8 -1,4 -1,6 -0,5 -0,2 0,2 -6,9 - 29,8 20,0 19,1 17,1 14,7 14,5 13,7 13,4 12,0 11,5 10,7 10,6 8,2 7,8 6,7 6,7 6,1 6,0 4,3 4,1 3,9 3,9 3,8 3,3 3,0 2,7 2,3 1,7 1,7 1,4 1,3 0,8 0,6 0,6 0,5 0,1 - 1,3 1,5 1,1 4,8 4,3 1,5 -0,4 2,2 1,7 0,7 1,0 1,2 0,9 0,0 1,5 0,3 0,2 0,5 1,2 -0,2 0,5 1,5 1,9 1,0 -0,5 1,7 1,2 0,7 0,3 -0,6 0,6 -0,7 0,4 0,1 - 31,1 23,5 22,7 19,0 19,2 14,5 13,7 18,8 14,9 15,5 13,4 25,3 11,9 20,1 9,8 12,2 9,2 11,7 10,9 10,2 6,4 5,9 13,5 6,3 4,1 10,6 6,8 14,5 5,3 6,3 3,5 5,2 2,0 7,7 - 2,4 2,2 2,4 2,1 1,7 1,5 1,6 1,9 1,5 1,4 1,8 2,8 1,6 1,5 1,1 1,5 1,6 1,5 1,6 1,3 0,5 1,0 1,7 1,0 0,5 2,0 1,0 1,8 0,7 1,0 0,5 0,8 0,3 0,3 - 2,8 1,7 1,3 0,8 1,0 1,3 0,3 1,1 0,7 1,3 0,6 2,0 0,5 0,4 0,5 0,7 0,2 0,5 0,5 0,3 0,1 0,1 0,9 0,1 0,1 0,2 0,1 0,7 0,2 0,1 0,1 0,2 0,1 0,3 - 1,0 0,8 0,8 0,8 1,1 0,0 0,8 0,8 0,8 0,4 0,3 0,2 0,3 2,0 0,3 0,3 0,0 0,3 0,1 0,5 0,7 0,1 0,1 0,1 0,3 -0,1 0,2 0,4 0,2 0,2 0,1 0,0 0,0 0,9 - 6,2 4,7 4,5 3,8 3,8 2,9 2,7 3,7 2,9 3,1 2,6 5,0 2,3 4,0 1,9 2,4 1,8 2,3 2,1 2,0 1,3 1,2 2,7 1,3 0,8 2,1 1,3 2,9 1,1 1,2 0,7 1,0 0,4 1,5 - 37,1 Tabela 2 – Descrição dos medidores, faixas de consumo bem como os resultados obtidos na verificação do desempenho metrológico. Os valores estão em ordem de maior porcentagem de volume recuperado por hidrômetro substituído, considerando a substituição de todos os hidrômetros por ano e fabricante. Fab. E 2004 - 0 a 1000 m3 1 Fab. E 2006 - 0 a 1000 m3 2 22 Fab. B 1996 - 0 a 1000 m3 Fab. E 2004 - 1001 a 2000 m3 0 Fab. A 1998 - 0 a 1000 m3 33 16 Fab. F 2003 - 0 a 1000 m3 Fab. B 2000 - 0 a 1000 m3 16 4 Fab. E 2003 - 0 a 1000 m3 Fab. F 2003 - 1001 a 2000 m3 0 Fab. D 2005 - 0 a 1000 m3 39 18 Fab. E 2003 - 1001 a 2000 m3 Fab. F 2001 - 0 a 1000 m3 53 Fab. E 2002 - 1001 a 2000 m3 37 25 Decrição do hidrômetro Fab. A 1998 - acima de 2001 m3 Fab. F 2001 - acima de 2001 m3 67 Fab. F 2001 - 1001 a 2000 m3 53 38 Fab. B 1996 - 1001 a 2000 m3 Fab. A 1998 - 1001 a 2000 m3 39 50 Fab. C 1997 - 0 a 1000 m3 60 Fab. C 1995 - 0 a 1000 m3 55 Fab. B 2000 - 1001 a 2000 m3 65 Fab. A 1997 - acima de 2001 m3 Fab. E 2002 - 0 a 1000 m3 35 Fab. C 1997 - 1001 a 2000 m3 67 40 Fab. A 1997 - 0 a 1000 m3 77 Fab. D 1999 - 0 a 1000 m3 70 Fab. A 1997 - 1001 a 2000 m3 81 Fab. B 2000 - acima de 2001 m3 Fab. C 1997 - acima de 2001 m3 69 100 Fab. E 2002 - acima de 2001 m3 Fab. E 2003 - acima de 2001 m3 100 70 Fab. C 1995 - 1001 a 2000 m3 87 Fab. B 1996 - acima de 2001 m3 Fab. C 1995 - acima de 2001 m3 83 Fab. D 1999 - 1001 a 2000 m3 84 96 Fab. D 1999 - acima de 2001 m3 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 Índice de reprovação (%) Figura 1 – Índice de reprovação dos hidrômetros estudados. Estão em ordem crescente de volume recuperado. Fab. E 2004 - 0 a 1000 m3 7,7 0,1 2,0 Fab. E 2006 - 0 a 1000 m3 0,5 Fab. B 1996 - 0 a 1000 m3 Fab. E 2004 - 1001 a 2000 m3 0,6 0,0 0,6 Fab. A 1998 - 0 a 1000 m3 0,8 Fab. F 2003 - 0 a 1000 m3 5,2 6,3 1,3 Fab. B 2000 - 0 a 1000 m3 5,3 1,4 Fab. E 2003 - 0 a 1000 m3 14,5 1,7 0,0 Fab. F 2003 - 1001 a 2000 m3 1,7 Fab. D 2005 - 0 a 1000 m3 Hidrômetros Reprovados 6,8 2,3 Fab. E 2003 - 1001 a 2000 m3 Total 10,6 2,7 4,1 Fab. F 2001 - 0 a 1000 m3 3,0 Fab. E 2002 - 1001 a 2000 m3 3,3 Fab. A 1998 - acima de 2001 m3 Decrição do hidrômetro 3,5 6,3 13,5 3,8 Fab. F 2001 - acima de 2001 m3 3,9 Fab. F 2001 - 1001 a 2000 m3 3,9 Fab. B 1996 - 1001 a 2000 m3 4,1 Fab. A 1998 - 1001 a 2000 m3 4,3 5,9 6,4 10,2 10,9 Fab. C 1997 - 0 a 1000 m3 11,7 6,0 Fab. C 1995 - 0 a 1000 m3 9,2 6,1 Fab. B 2000 - 1001 a 2000 m3 12,2 6,7 Fab. A 1997 - acima de 2001 m3 9,8 6,7 Fab. E 2002 - 0 a 1000 m3 20,1 7,8 Fab. C 1997 - 1001 a 2000 m3 11,9 8,2 Fab. A 1997 - 0 a 1000 m3 25,3 10,6 Fab. D 1999 - 0 a 1000 m3 10,7 Fab. A 1997 - 1001 a 2000 m3 13,4 15,5 11,5 Fab. B 2000 - acima de 2001 m3 14,9 12,0 Fab. C 1997 - acima de 2001 m3 18,8 13,4 13,7 13,7 14,5 14,5 Fab. E 2002 - acima de 2001 m3 Fab. E 2003 - acima de 2001 m3 Fab. C 1995 - 1001 a 2000 m3 19,2 14,7 Fab. B 1996 - acima de 2001 m3 17,1 19,0 Fab. C 1995 - acima de 2001 m3 22,7 19,1 Fab. D 1999 - 1001 a 2000 m3 20,0 23,5 31,1 29,8 Fab. D 1999 - acima de 2001 m3 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 Volume recuperado por hidrômetro substituido (%) Figura 2 – Comparação do volume recuperado por hidrômetro substituído, considerando todos hidrômetros ou apenas os reprovados. Fab. E 2004 - 0 a 1000 m3 1,3 Fab. E 2006 - 0 a 1000 m3 0,3 Fab. B 1996 - 0 a 1000 m3 Fab. E 2004 - 1001 a 2000 m3 0,4 0,0 0,4 Fab. A 1998 - 0 a 1000 m3 0,5 Fab. F 2003 - 0 a 1000 m3 3,3 2,3 4,0 0,8 Fab. B 2000 - 0 a 1000 m3 3,4 0,9 Fab. E 2003 - 0 a 1000 m3 9,3 1,1 0,0 Fab. F 2003 - 1001 a 2000 m3 Fab. D 2005 - 0 a 1000 m3 1,1 4,4 1,5 Fab. E 2003 - 1001 a 2000 m3 6,8 1,7 Fab. F 2001 - 0 a 1000 m3 2,0 Fab. E 2002 - 1001 a 2000 m3 Decrição do hidrômetro 4,9 0,1 2,6 4,1 2,1 Fab. A 1998 - acima de 2001 m3 2,4 Fab. F 2001 - acima de 2001 m3 2,5 Fab. F 2001 - 1001 a 2000 m3 2,5 Fab. B 1996 - 1001 a 2000 m3 2,6 Fab. A 1998 - 1001 a 2000 m3 2,8 Fab. C 1997 - 0 a 1000 m3 8,7 3,8 Reprovados 4,1 Total 6,5 7,0 7,5 3,8 Fab. C 1995 - 0 a 1000 m3 5,9 3,9 Fab. B 2000 - 1001 a 2000 m3 7,9 4,3 Fab. A 1997 - acima de 2001 m3 6,3 4,3 Fab. E 2002 - 0 a 1000 m3 12,9 5,0 Fab. C 1997 - 1001 a 2000 m3 7,6 5,3 Fab. A 1997 - 0 a 1000 m3 16,3 6,8 Fab. D 1999 - 0 a 1000 m3 8,6 6,9 Fab. A 1997 - 1001 a 2000 m3 10,0 7,4 Fab. B 2000 - acima de 2001 m3 9,6 7,7 Fab. C 1997 - acima de 2001 m3 12,1 8,6 8,8 8,8 9,3 9,3 Fab. E 2002 - acima de 2001 m3 Fab. E 2003 - acima de 2001 m3 Fab. C 1995 - 1001 a 2000 m3 12,4 9,5 Fab. B 1996 - acima de 2001 m3 11,0 Fab. C 1995 - acima de 2001 m3 12,2 12,3 Fab. D 1999 - 1001 a 2000 m3 14,6 15,1 12,8 20,0 19,2 Fab. D 1999 - acima de 2001 m3 0 3 6 9 12 15 18 21 Incremento de receita por hidrômetro substituido (R$.mês/hidrômetro substituido) Figura 3 – Incremento de receita mensal para cada hidrômetro substituído. Poder observado que substituindo apenas os hidrômetros reprovados os valores recuperados serão maiores, quando comparados com a substituição de todos os hidrômetros de um mesmo fabricante e ano. Análise de consum o m atrícula 596787 hidrômetro 1999 1066 1066 1200 848 862 633 593 382 424 400 357 207 286 250 143 200 333 400 324 467 600 593 593 636 800 207 Consumo mensal médio (L/dia) 828 hidrômetro 2006 1000 0 Período (m ês) Figura 4 – O hidrômetro ano 1999 foi reprovado marcando -100% Qmin , -99% Qtran e -14,1% Qn. Após substituição do hidrômetro o consumo aumentou de uma média 340 L/dia para 787 L/dia. Análise de consum o m atrícula 264008 1281 1400 hidrômetro 1996 1000 867 875 821 939 903 871 897 857 839 844 893 848 848 960 1000 1000 906 844 906 hidrômetro 2007 677 800 655 Consumo mensal médio (L/dia) 1000 1091 hidrômetro 2005 1200 600 400 200 0 Período (m ês) Figura 5 – O hidrômetro ano 1996 foi aprovado marcando +3% Qmin , -2% Qtran e 4,7% Qn. Após substituição do hidrômetro o consumo diminuiu de uma média 916 L/dia para 817 L/dia. Voltou a aumentar após instalação de um novo medidor.