Fermentação 11º SBA Seminário Brasileiro Agroindustrial Ribeirão Preto, Outubro|2010 Henrique Amorim SEDE FERMENTEC SEDE FERMENTEC Nossos Serviços • CONSULTORIA (TRANSFERENCIA DE TECNOLOGIA) • CURSOS E TREINAMENTOS • PESQUISA & DESENVOLVIMENTO E ANÁLISES AREAS • PRODUÇÃO DE ETANOL • BEBIDAS DESTILADAS • INDÚSTRIAS DO AÇÚCAR Profissionais especializados em: • BIOQUÍMICA • QUÍMICA • MICROBIOLOGIA • CIÊNCIAS AGRÍCOLAS Nossa Equipe Formação TOTAL PhD and post Doctoral 9 Master's Degree 9 MBA 4 BS 18 ADM 10 TOTAL 50 Clientes com Contrato Anual Produção anual Cana de açúcar (Mi de ton.) 160 Açúcar (Mi de ton.) 9 Álcool (Bilhões de litros) 7 Bebidas destiladas (Mi litros) 500 Bebidas Destiladas Clientes Fermentec • MULLER 51 (Cachaça) • VALE VERDE (Cachaça) • CASA CUERVO (Tequila) • CAZADORES (Tequila) • BACARDI (Rum) 1. O que fazemos bem e precisamos melhorar Contração de volume e medição do rendimento da fermentação Contração de volume na fermentação Porque este estudo? Perda de massa O que é contração de volume? Como se mede o rendimento da destilaria? Porque ocorre esta contração? Medição do rendimento da fermentação Rendimento Fermentação Volume vinho bruto x Gl vinho bruto - = Volume pé x Gl pé = X 100 Volume mosto x %ARTmosto x 0,6475 Medição do rendimento da fermentação Inicio da alimentação do levedo tratado Medição do rendimento da fermentação Medição do volume de levedo tratado (cuba) Medição do rendimento da fermentação Alimentação do mosto Medição do rendimento da fermentação Volume de Vinho Bruto Total = Mosto + Levedo Medição do rendimento da fermentação Medição do Volume de Vinho Bruto (final da fermentação) Medição do rendimento da fermentação Volume de Mosto = Volume de vinho Bruto - Volume de Levedo Tratado H1 = Volume alimentado de mosto + Levedo H2 = Volume medido final da fermentação H2 < H1 Porque ocorre este fenômeno? 1. Hidrolise da Sacarose GLICOSE H2O O INVERTASE + FRUTOSE 342 g SACAROSE 360 g AÇ.REDUTORES 5,26 g de Água é Incorporada em 100 g de Sacarose 2. Perda de Massa na Fermentação GLUCOSE FERMENTAÇÃO 49 g DE GÁS CARBÔNICO + FRUTOSE 51 g DE ETANOL 100 g AR 3. com a fermentação, além da perda de massa, ocorre nova acomodação entre as moléculas de água e etanol Objetivo do Estudo Avaliar o erro do volume do mosto e conseqüentemente o efeito no cálculo do rendimento da fermentação Condições do experimento Teste conduzido em triplicata 14 testes realizados 10% levedo no vinho %Álcool Vinho %Álcool no pé %Levedo no pé %ART mosto 4,79 6,45 8,70 10,93 3,19 3,94 4,96 5,72 40 38 40 38 9,72 13,61 18,80 23,00 Resultados Média de 3 experimentos em 2005/2006 mais 1 experimento realizado em 2004 Tendência foi constante em todos os experimentos Resultados Teor %Erro no Alcoólico rendimento 4,79 0,134 Correlação Equação 6,45 0,330 R2 8,33 0,520 0,9915 9,07 0,685 10,93 0,901 a b 0,1255 0,4789 y = 0,1255x + 0,4789 Contração de Volume 1,000 0,900 %Erro no Rendimento 0,800 0,700 0,600 y = 0,1255x - 0,4789 R2 = 0,9915 0,500 0,400 0,300 0,200 0,100 0,000 4,00 6,00 8,00 10,00 %Álcool no Vinho Bruto 12,00 Conclusão 1. Durante a fermentação a perda de massa (CO2) e um rearranjo molecular, acarretando uma redução no volume 2. A redução de volume é proporcional ao teor de açúcar no mosto. Quanto maior o ART do mosto maior a contração do volume 3. O erro induzido no rendimento é de cerca de 0,12% a mais para cada 1% de teor alcoólico a mais. (faixa testada de 4,5 a 11% de álcool) Determinação do rendimento da fermentação por subprodutos Mosto Fermento tratado Açúcares (sac + gli + fru) Sais Ácidos orgânicos Outros Fermento (levedo) Etanol Ácidos Sais Glicerol Outros Vinho Etanol Glicerol Levedo (biomassa) Ácidos Açúcares residuais Soma tem que dar 100 Realidade Normalmente subestimamos os subprotutos, porque: Biomassa: Quando flocula ou decanta, não conseguimos medir. Ácidos: Alguns ácidos são metabolizados por bactérias e parte do acético evapora com o CO2. Manitol: Produto formado por lactobacilos heterofermentativo. Se subestimamos estes subprodutos, vamos superestimar o rendimento da fermentação Avaliação mais realista do rendimento da fermentação Infermentescíveis do Melaço USINA Açúcares Totais (HPAEC) (Eynon-Lane) Infermentescíveis (%) ART A 56,13 60,87 8,45 B 54,05 57,45 6,28 C 58,67 62,81 7,05 D 52,60 56,46 7,33 E 54,54 59,36 8,83 F 60,88 66,47 9,18 Açúcares residuais em vinhos Somogyi e Nelson Resultados HPAEC-PAD USINA %Glicose A B C D E % Frutose %Sacarose 0.043 0.034 0.362 0.020 < 0,001 1.362 0.017 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 < 0,001 0.044 0.017 0.020 %Açúcares totais %ART 0.459 1.454 0.017 < 0,001 0.082 0.599 2.094 0.295 0.214 0.650 Determinando o Fim da Fermentação 10 X 4 8 3 6 2 4 1 2 0 X 4 5 6 ART/DIONEX 7 8 9 HORAS ART/SOMOGYI 10 20 BRIX REFR 0 BRIX REFRATOMÉTRICO ART (%) 5 Determinando o Fim da Fermentação Simulação Número de dornas Tempo de fermentação (h) Tempo de centrifugação (h) Tempo economizado por ciclo Tempo economizado por dorna por dia (h) Tempo economizado total por dia (h) Tempo economizado por 200 dias de safra (h) Número de fermentações extras por safra 7 10 2 1 2 14 2800 255 Determinando o Fim da Fermentação Simulação Número de dornas Tempo de fermentação (h) Tempo de centrifugação (h) Tempo economizado por ciclo Tempo economizado por dorna por dia (h) Tempo economizado total por dia (h) Tempo economizado por 200 dias de safra (h) Aumento de produção 7 10 2 1 2 14 2800 + 9% Biofoss FTIR: Em 2 Minutos: Glicerol Teor Alcoólico Acetato Manitol Sacarose Frutose Glicose Etanol Acetato Glicerol Sacarose 2. Utilização de produto e resultado obtido (Caso 1) A toxidez do alumínio e a linhagem da levedura 41 12,2 38 11,6 34 11,0 31 10,5 27 9,9 23 9,3 20 8,8 16 8,2 13 7,6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 semana Y = 7,28186344 + 0,1022381 X (* r = 0,65960) 13 14 15 Tempo de Fermentação Alumínio no mosto Estudo de caso na Industria - 2006 Alumínio (teste laboratório) 130ppm Viabilidade 100 80 % 60 40 20 0 1 2 CAT-1 3 PE-2 4 BG-1 BY 5 ciclos Alumínio (teste laboratório) 130ppm 100 Rendimento 95 % 90 85 1 2 3 CAT-1 PE-2 4 BG-1 BY 5 ciclos Estudo de caso – 10 primeiras semanas Tempo de fermentação Etanol 100% PE-2 100% PE-2 40% PE-2 60% CAT-1 10% PE-2 90% CAT-1 2007 2008 2009 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 2006 Tempo de fermentação (h) Etanol vinho (%) 2. Utilização de produto e resultado obtido (Caso 2) Destilaria A SAFRA 2006/2007 100% 80% 60% 40% 20% 0% 25 82 159 214 235 CAT-1 PE-2 SELVAGENS BG-1 Selvagem D1 Selvagem D3 DIAS Destilaria A SAFRA 2007/2008 100% 80% 60% 40% 20% 0% 21 CAT-1 SELVAGENS Selvagem D3 106 224 PE-2 Selvagem D1 Selvagem D4 247 DIAS SA-1 Selvagem D2 Destilaria A SAFRA 2009/2010 100% 80% 60% 40% 20% 0% 92 CAT-1 SELVAGENS Selvagem D4 220 PE-2 Selvagem D1 DIAS SA-1 Selvagem D3 Destilaria A SAFRA 2010/2011 100% 80% 60% 40% 20% 0% DIAS 2 CAT-1 12 PE-2 17 FT858L 26 Selvagens Concentração centrífuga: unidade V2 CONC. CENTRÍFUGAS (%) 90 SAFRA 2008/09 SAFRA 2009/10 SAFRA 2010/11 80 70 60 50 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 SEMANA Desempenho FT858L Aglomeracao (%) Cont. Bact. (10x7) Viabilidade (%) % alcool vinho Tempo ferm. (h) Antibiotico (mg/L) Acido (g/L) 2009 Lev. Selv. 42 3,5 82 8,9 9,8 11,7 5,6 2010 FT 858 1,7 1,2 87 9,5 9,6 8,7 6,1 3. Eficiências (reais) alcançadas Dificuldade de se medir corretamente o rendimento Dados tem que ter coerência Biomassa Glicerol Contaminação Açúcar Residual Realidade Média máxima 92% Picos 93% Média clientes Fermentec 90,4% 4. Desafios Futuros ECOFERM Fermentação com até 16% de teor alcoólico: Reduzindo a vinhaça pela metade Tadeu Fessel ECOFERM - Fermentação com Até 16% de Teor Alcoólico: Reduzindo a Vinhaça pela Metade O Processo de Fermentação ECOFERM A Planta de Demonstração ECOFERM Tadeu Fessel Processo Mosto Açúcar 14 – 30 % % etanol 7 – 16 % Levedura TEOR ALCOÓLICO e TEMPO DE FERMENTAÇÃO XAROPE – FT - A BG-1 26,00 24,00 24,00 22,00 22,00 20,00 20,00 18,00 18,00 16,00 16,00 14,00 14,00 12,00 12,00 10,00 10,00 8,00 8,00 6,00 6,00 1 6 11 16 21 26 31 36 41 46 51 56 61 66 71 76 81 86 91 Rodadas Tempo de fermentação Teor Alcoólico 96 101 106 111 116 121 126 % álcool (v/v) Tempo ferm. (h) 26,00 VIABILIDADE e TEOR ALCOÓLICO XAROPE – FT - A BG-1 92,00 18,00 84,00 16,00 76,00 14,00 68,00 12,00 60,00 10,00 52,00 8,00 % 20,00 44,00 6,00 1 5 9 13 17 21 25 29 33 37 41 45 49 53 57 61 65 69 73 77 81 85 89 93 97 101 105 109 113 117 121 125 129 Rodadas Viabilidade Teor Alcoólico % álcool (v/v) 100,00 TEOR ALCOÓLICO e TEMPO DE FERMENTAÇÃO XAROPE – FT - B 20,00 25,00 23,00 18,00 21,00 16,00 17,00 14,00 15,00 13,00 12,00 11,00 9,00 10,00 1 9 17 25 Rodadas Tempo de fermentação Teor Alcoólico % álcool (v/v) Tempo ferm. (h) 19,00 ECOFERM - Fermentação com Até 16% de Teor Alcoólico: Reduzindo a Vinhaça pela Metade A Planta de Demonstração ECOFERM Tadeu Fessel Ecoferm: Planta de Demonstração Localizada na Usina Bom Retiro – Grupo Cosan (Capivari – SP – Brasil) Capacidade de Fermentação de 20.000 L de etanol/dia Operação 2008/2009/2010 Utiliza vinhaça como fonte de calor Ecoferm: Processo de fermentação com resfriamento por água gelada PRÉ FERMENTADOR CO2 VAPORES ÁGUA ÁGUA + ETANOL MOSTO COLUNA DE LAVAGEM FERMENTAÇÃO 36,3 C ÁGUA DA TORRE VINHO/ VINHO EM FERMENTAÇÃO VINHAÇA – FONTE QUENTE 29 C TORRE DE RESFRIAMENTO ÁGUA GELADA (CHILLER) DESTILAÇÃO BIOETANOL 20 C 85 C VINHO K VINHAÇA 25 C CHILLER 78oC Ecoferm: Processo de fermentação com resfriamento por água gelada Visão geral da planta Ecoferm Ecoferm: Processo de fermentação com resfriamento por água gelada Chiller Ecochill entre a torre de água e o fermentador Balanço Energético Fontes de Energia Make up Condensados TORRE DE RESFRIAMENTO Vegetal V2 Vinhaça 2ª Opção 1ª Opção 3ª Opção Condensados p/ Chiller Vapor Escape Caldo EVAPORAÇÃO 1º EFEITO ECOCHILL Vegetal Vegetal V2 V2 p/Chiller Chiller p/ EVAPORAÇÃO 2º EFEITO Vinhaça Vinhaça p/ p/Chiller Chiller FERMENTAÇÃO CO2 Vegetal V1 p/ Destilaria DESTILAÇÃO Etanol Balanço de Energia no sistema de Fermentação com refrigeração por Chiller de Absorção Resultados para diferentes teores alcoólicos Indicadores Evaporação com 1 efeito 2 efeitos 3 efeitos % Etanol no vinho (GL) 8,0 9,0 10,0 11,0 16,0 16,0 Volume de vinhaça gerada (l/l et) 10,6 9,1 8,0 7,0 3,9 3,9 Água circulante na fermentação (l/l et) 99,9 100 100 101 53,5 53,5 Consumo de vapor na destilaria (kg/l et) 2,60 2,36 2,16 1,99 1,46 1,46 8,1 9,06 10,6 11,0 16,2 16,2 78,2 79,7 81,0 82,2 82,3 83,8 Tempo de fermentação (horas) Energia disponível p/Cogeraçao (Kwh/tc) Dados referentes a produção de etanol hidratado Economia Insumos Ácido 0,73g/L etanol (Piloto) Antibiótico Antiespumante Redução pela metade do uso de centrífugas Água de Diluição Produção de 1.000 m3 etanol /dia De 8% para 16% de teor alcoólico Redução 50% volume para diluição Economia de 900 m3/dia Variação da Relação Volumétrica Vinhaça/Etanol em Função do Grau Alcoólico do vinho Aquec. Indir. 5 Borbotagem Consumo de Vapor Vinho (oGL) Consumo Vapor (Kg/L etanol produzido) 8 2,60 9 2,36 10 2,16 11 1,99 12 1,85 13 1,74 14 1,61 15 1,52 16 1,46 Ganho de 1,14Kg/L de etanol hidratado Ganho – Distribuição Vinhaça Produção de 216 milhões L/safra Teor Alcoólico do Vinho 9,5 p/ 12,00 9,5 p/ 14,00 9,5 p/ 16,6 Vinhaça Vinhaça Vinhaça 10,5 1.295.635,74 2.275.427,35 3.295.831,43 20,5 1.912.724,60 3.359.095,58 4.870.160,56 30,5 2.663.516,04 4.677.558,60 6.785.594,33 Distância (Km) Valores em R$ Economia 216.000 m3 de etanol produzido 90 L/tonelada de cana R$ 6.785.594,33 – Unidade A R$ 4.296.110,40 – Unidade B Ganho com Vinhaça Vantagens - Redução do Volume de Vinhaça pela metade - Economia de Água tratada, pela metade - Economia de Insumos - Otimização do Balanço Energético - Economia na distribuição da vinhaça - Redução de centrífugas, pela metade Tadeu Fessel Pesquisa Financiamento: • 1977 até 2008: somente recursos da Fermentec • 2008 e 2009: CNPq - bolsistas • 2010: FAPESP – PIPE - equipamentos MUITO OBRIGADO