SOCIEDADE DE EDUCAÇÃO DO VALE DO IPOJUCA - SESVALI FACULDADE DO VALE DO IPOJUCA - FAVIP CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM HABILITAÇÃO EM GESTÃO DE NEGÓCIOS MARIA JUCELLY DE OLIVEIRA ROTATIVIDADE DE PESSOAL: ANÁLISE DOS DETERMINANTES NA INDÚSTRIA DE ETIQUETAS ETIGRAF – CARUARU/ PE Caruaru 2011 MARIA JUCELLY DE OLIVEIRA ROTATIVIDADE DE PESSOAL: ANÁLISE DOS DETERMINANTES NA INDÚSTRIA DE ETIQUETAS ETIGRAF – CARUARU/ PE Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Bacharelado em Administração, com Habilitação em Gestão de Negócios, da Faculdade do Vale do Ipojuca (FAVIP), como requisito do título de bacharel Administração. Orientador: Prof. Ms. Marcella Mignac Caruaru 2011 em MARIA JUCELLY DE OLIVEIRA ROTATIVIDADE DE PESSOAL: ANÁLISE DOS DETERMINANTES NA INDÚSTRIA DE ETIQUETAS ETIGRAF – CARUARU/ PE Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Administração da Faculdade do Vale do Ipojuca, como exigência para a obtenção do título de Administrador. Aprovado em: _____/_____/_____ ______________________________________________ Prof. Mestre (Orientador) – FAVIP ______________________________________________ Prof. - FAVIP ______________________________________________ Prof. - FAVIP O482r Oliveira, Maria Jucelly de. Rotatividade de pessoal: análise dos determinantes da indústria de etiquetas ETIGRAF – Caruaru-PE / Maria Jucelly de Oliveira. -- Caruaru : FAVIP, 2011. 58 f. : Orientador(a) : Marcella Mignac. Trabalho de Conclusão de Curso (Administração de Empresas) -Faculdade do Vale do Ipojuca. . 1. Recrutamento. 2. Seleção. 3. Rotatividade. I. Título. CDU 658[12.1] Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário: Jadinilson Afonso CRB-4/1367 Aos meus pais Maria do Carmo e José Joaquim; Aos meus irmãos Josielma Maria e José Maciel; A minha sobrinha Laryssa Heloá: Dedico. AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus, pela oportunidade da vida. E aos meus pais Maria do Carmo e José Joaquim, pelo incentivo em busca do crescimento. Aos meus irmãos, José Maciel e Josielma Maria. Aos amigos adquiridos no decorrer do curso, e aos professores pelo aprendizado durante o curso. Em especial à minha orientadora Marcella Mignac, pela paciência durante a realização deste trabalho. A todos que direta ou indiretamente contribuíram e me incentivaram para execução deste trabalho. “A dúvida é o princípio da sabedoria”. (Aristóteles) RESUMO O objetivo principal deste estudo foi analisar os determinantes da rotatividade dos colaboradores da empresa Etigraf, em Caruaru – PE. Para isso, fez-se necessário descrever o processo atual de recrutamento e seleção da organização, identificar o índice de turnover nos últimos 12 meses e apresentar as possíveis causas que levariam à rotação dos funcionários na percepção dos mesmos, com base nos estudos levantados na indústria de etiquetas. Assim, a pesquisa bibliográfica e a pesquisa de campo nesta organização tornam-se essenciais para o desenvolvimento deste trabalho. Contudo, os dados coletados por intermédio de entrevistas e questionários revelaram o procedimento adotado pela organização no recrutamento e na seleção de novos talentos, assim como os índices de rotatividade que sofreram diversas variações nos últimos doze meses e também três motivos essenciais na causa da rotação de funcionários. Palavras-chave: recrutamento, seleção, rotatividade. ABSTRACT The main objective of this study is to analyze the determinants of turnover of company employees Etigraf in Caruaru - PE. For this, it is necessary to describe the actual process of recruitment and selection of the organization, identify the rate of turnover in the last 12 months and present the possible reasons that would lead to rotation of officials in the perception of them, based on the studies surveyed in the industry of labels. Thus, the research literature and field research in this organization become essential for the development of this work. However, data collected through interviews and questionnaires showed that the procedure adopted by the organization in recruiting and selecting new talents, as well as turnover rates that have undergone several changes in the last twelve months and three main reasons for the cause of rotation employees. Key-Words: recruitment, selection, turnover. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1: Processos de ARH.....................................................................................................16 Figura 2: As três fases do planejamento do recrutamento........................................................18 Figura 3: Processo de seleção de pessoas.................................................................................21 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Subprocessos de ARH..............................................................................................17 Quadro 2: Vantagens e desvantagens do recrutamento interno................................................19 Quadro 3: Vantagens e desvantagens do recrutamento externo...............................................20 Quadro 4: Tipos de benefícios sociais......................................................................................24 Quadro 5: Custos da rotatividade de pessoal............................................................................30 Quadro 6: Taxa de rotatividade segundo setores de atividade econômica: 2007 – 2009.........31 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1: Índice de turnover dos funcionários da Etigraf.......................................................40 Gráfico 2: Não gostar da atividade exercida.............................................................................41 Gráfico 3: Outra oportunidade de emprego..............................................................................42 Gráfico 4: Excesso de trabalho.................................................................................................43 Gráfico 5: Turno de trabalho desagradável...............................................................................44 Gráfico 6: Temperatura elevada no ambiente de trabalho........................................................44 Gráfico 7: Ambiente de trabalho barulhento.............................................................................45 Gráfico 8: Falta de comunicação com os colegas.....................................................................46 Gráfico 9: Falta de colaboração entre os colegas......................................................................46 Gráfico 10: Trabalho não reconhecido......................................................................................47 Gráfico 11: Relacionamento ruim com o encarregado.............................................................47 Gráfico 12: Injustiça por parte do superior...............................................................................48 Gráfico 13: Falta de oportunidade de crescimento...................................................................49 Gráfico 14: Salário não compatível com a tarefa......................................................................49 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Processo de recrutamento e seleção da Etigraf.........................................................37 Tabela 2: Processo de recrutamento e seleção da Etigraf na percepção dos funcionários........38 Tabela 3: Percepção de turnover dos funcionários da Etigraf..................................................39 Tabela 4: Causas da rotatividade na percepção dos funcionários da Etigraf............................41 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................13 1.1 Problema de pesquisa..........................................................................................................13 1.2 Objetivos.............................................................................................................................14 1.2.1 Geral.................................................................................................................................14 1.2.2 Específicos.......................................................................................................................14 1.3 JUSTIFICATIVA.............................................................................................................15 2 REFERENCIAL TEÓRICO..............................................................................................16 2.1 Subsistemas da Administração de Recursos Humanos.......................................................16 2.2 Recrutamento e seleção.......................................................................................................18 2.3 Retenção de talentos...........................................................................................................22 2.4 Desligamentos de colaboradores.........................................................................................27 2.5 Rotatividade de pessoal.......................................................................................................29 3 METODOLOGIA................................................................................................................34 3.1 Natureza da pesquisa...........................................................................................................34 3.2 Locus e sujeitos de pesquisa................................................................................................35 3.3 Procedimentos de coleta de e análise de dados..................................................................35 4 ANÁLISE DOS RESULTADOS.......................................................................................36 4.1 Processo de recrutamento e seleção na Etigraf...................................................................36 4.2 Identificação do índice de turnover....................................................................................38 4.3 Causas da rotatividade na percepção dos funcionários.......................................................40 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................49 REFERÊNCIAS......................................................................................................................51 APÊNDICE..............................................................................................................................53 14 1. INTRODUÇÃO O atual cenário competitivo dos negócios obriga as empresas a criar mudanças na sua forma de gestão. A visão de que as pessoas representam a grande vantagem competitiva nas organizações desenvolveu-se a partir do pressuposto de que o envolvimento dos colaboradores com os objetivos organizacionais é o diferencial na estratégia da empresa. Neste contexto, as atividades de recrutamento e seleção devem estar alinhadas as metas da organização para que os melhores profissionais sejam contratados, agregando valor ao negócio e contribuindo para sua lucratividade. Assim, o setor de recursos humanos tem papel fundamental nesta missão. No entanto, se o processo de recrutar e selecionar novos funcionários não for bem conduzido, problemas podem surgir no decorrer do trabalho. Uma destas dificuldades é o alto índice de rotatividade, ou seja, um fluxo desregular de admissões e demissões de colaboradores na empresa. Ressalta-se que existem fatores positivos neste processo, como a entrada de funcionários com um vasto conhecimento e novas experiências, assim como há o lado negativo, onde os custos são altos e a motivação dos trabalhadores é afetada. Em todo caso, é importante observar as causas que levam a esta situação. É necessário investigar se o problema está na instituição, analisando os motivos que levam um funcionário a desligar-se da empresa. Porém, para descobrir as razões que induzem ao turnover, é imprescindível realizar uma pesquisa na organização, contando com a participação de todos os colaboradores. A partir deste momento, a organização poderá designar ações de retenção de talentos. Assim, com estes pressupostos, desenvolveu-se um problema de pesquisa com o tema rotatividade de pessoal, tomando como base estudos na empresa Etigraf, localizada na cidade de Caruaru, no Estado de Pernambuco. 1.1 Problema de pesquisa Quais os determinantes da rotatividade dos funcionários da Etigraf Indústria de Etiquetas Ltda? 15 1.2 OBJETIVOS 1.2.1 Geral Analisar os determinantes da rotatividade dos colaboradores da empresa Etigraf, em Caruaru – PE, no processo de demissão voluntária. 1.2.2 Específicos a) Descrever o processo atual de recrutamento e seleção da organização; b) Identificar o índice de turnover nos últimos 12 meses; c) Apresentar as possíveis causas que levariam à rotação dos funcionários na percepção dos mesmos. 16 1.3 JUSTIFICATIVA Diante das diversas transformações, o mercado exige cada vez mais empresas competitivas e comprometidas com seus colaboradores. Assim, profissionais capacitados são imprescindíveis para atuar nestas corporações. No entanto, fazem-se necessários investimentos em processos de recrutamento e seleção mais eficientes e sistemas de retenção de talentos a fim de evitar gastos tanto com admissões como com demissões de empregados. Porém, a empresa constitui-se de um sistema aberto com fluxo de entradas e saídas de indivíduos, sendo inevitável evitar a rotatividade. Contudo, uma alta rotação de funcionários pode gerar uma série de problemas, agrupando custos e perdas para a organização. O estudo da rotatividade de pessoas é um tema de grande importância na dinâmica organizacional. Desta forma, a escolha deste justifica-se pelo fato de que, identificando as causas e as taxas de rotação de funcionários na empresa, melhorias nos procedimentos de administração de pessoas poderão contribuir com um quadro de funcionários mais qualificados e motivados com o trabalho. Sendo assim, a pesquisa tem como finalidade contribuir para que a organização possa obter respostas para diagnosticar os prováveis determinantes de turnover, podendo tomar providências que contribuirão nos processos utilizados pelos recursos humanos da corporação. O tema é clássico e muito utilizado em pesquisas acadêmicas, porém, a continuação dos estudos poderá trazer outras contribuições que não foram abordadas anteriormente. A partir desta pesquisa, é possível dar suporte tanto para a organização do estudo de caso quanto para outras empresas no que tange a identificação do nível de rotatividade dos seus trabalhadores, orientando-as no desenvolvimento de estratégias de recrutamento e seleção. A pesquisa também é de natureza particular, pois se pretende aplicar os estudos adquiridos na instituição de ensino superior, contribuindo com o desenvolvimento da gestão de pessoas. Para a sociedade, a temática torna-se relevante no sentido de atribuição de maior valor às pessoas que trabalham numa organização. Já na parte acadêmica, o assunto tem sua importância devido à contribuição de uma nova pesquisa, incentivando o surgimento de outros estudos. 17 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Subsistemas da administração de recursos humanos O ser humano é o recurso organizacional mais bem valorizado no mundo competitivo dos negócios. Para administrar todo seu talento, é necessária uma série de processos gerenciados pela administração de recursos humanos. A partir deste pressuposto, é correto afirmar que “o dilema da ARH é: tratar as pessoas como pessoas (dotadas de características próprias de personalidade, motivações, valores pessoais etc.) ou como recursos (dotadas de habilidades, capacidades e conhecimentos etc.)” (CHIAVENATO, 2002, p. 109). Nesta concepção, o administrador da gestão de pessoas deve ter sensibilidade e competência para gerir os recursos humanos da empresa, percebendo suas características pessoais e aplicando da melhor forma suas características profissionais para o alcance de resultados positivos na organização. A ARH produz profundos impactos nas pessoas e nas organizações. A maneira de lidar com as pessoas, de buscá-las no mercado, de integrá-las e orientá-las, de fazêlas trabalhar, de desenvolvê-las, de recompensá-las ou monitorá-las e controlá-las, ou seja, a qualidade da maneira como as pessoas são geridas na organização é um aspecto crucial na competitividade organizacional (CHIAVENATO, 2002, p. 109). Todas estas atividades da administração de recursos humanos, citadas anteriormente pelo autor, estão organizadas num subsistema com cinco processos básicos que devem estar integrados para que o resultado geral seja obtido. Cada um deles possui uma gama de tarefas que visam atender exclusivamente os colaboradores da empresa, atraindo pessoas capacitadas, aplicando ferramentas para contribuir no seu trabalho, mantendo benefícios para reter os talentos da organização, qualificando a mão-de-obra e controlando o processo da gestão de pessoas. A figura a seguir apresenta os processos de ARH. Administração de Recursos Humanos Processos de Provisão de Pessoas Processos de Aplicação de Pessoas Processos de Manutenção de Pessoas Processos de Desenvolvimento de Pessoas Figura 1: Processos de ARH Fonte: Chiavenato (2002, p. 157) Processos de Monitoração de Pessoas 18 Abaixo, segue um quadro dos subprocessos de ARH para exemplificar cada subsistema descrito acima pelo autor. Processos Provisão de Pessoas Subprocessos Recrutamento Seleção Planejamento de RH Aplicação de Pessoas Desenho de cargos Análise e descrição Avaliação do desempenho Manutenção de Pessoas Remuneração Benefícios Higiene e segurança Relações sindicais Desenvolvimento de Pessoas Treinamento Desenvolvimento de pessoas Desenvolvimento organizacional Monitoração de Pessoas Banco de dados Controles Sistemas de informações Quadro 1: Subprocessos de ARH Fonte: Adaptado de Chiavenato (2002, p. 157) Os dados apresentados no quadro acima relatam os cinco processos de ARH e seus subprocessos, ou seja, suas atribuições perante os recursos humanos da empresa. Cada elemento é parte fundamental da gestão de pessoas, que abrange atividades que podem levar o indivíduo a motivar-se no trabalho e, conseqüentemente, melhorar seu desempenho profissional. Para a realização deste trabalho, serão discutidos apenas os processos de provisão e manutenção de pessoas, cujos subprocessos estão relacionados diretamente com o tema da pesquisa, no que tange às possíveis causas da rotatividade dentro da empresa. Assim, seguem subtópicos abordando detalhadamente as atividades destes processos. 2.2 Recrutamento e seleção Chiavenato (2002, p. 197) conceitua recrutamento como “um conjunto de técnicas e procedimentos que visa a atrair candidatos potencialmente qualificados e capazes de ocupar 19 cargos dentro da organização”. Bohlander e Snell (2009, p. 158) complementam que o recrutamento “é o processo de localizar indivíduos em potencial que possam trabalhar para uma organização e encorajá-los a se candidatar a vagas já existentes ou, então, antes que elas sejam abertas”. Pela explanação acima, percebe-se que os autores concordam quanto ao conceito da palavra recrutamento. Porém, é importante praticar um bom processo de atração de talentos para que sejam evitados altos índices de rotatividade de pessoal, custos de contratações desnecessárias e colaboradores não capacitados para as funções desejadas. O processo de recrutamento exige um planejamento constituído por três fases, descritas na figura a seguir. 1 Pesquisa Interna: O que a organização precisa: Pessoas necessárias para a tarefa organizacional 3 Técnica de Recrutamento a aplicar 2 Pesquisa Externa: O que o mercado de RH pode oferecer: Fontes de recrutamento a localizar e alvejar Figura 2: As três fases do planejamento do recrutamento Fonte: Chiavenato (2002, p. 198) A partir da identificação da necessidade de pessoal na empresa, o profissional de RH deve buscar no mercado as fontes de recrutamento que irão suprir os requisitos do cargo a ser ocupado. Segundo Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2006, p. 167), “tudo começa com a ida ao mercado para recrutar e selecionar pessoas que interessem à organização”. Contudo, existem duas fontes a partir das quais as organizações podem recrutar candidatos, que são os meios de recrutamento interno e externo. O recrutamento é interno quando a organização procura preencher uma vaga para um posto de trabalho (cargo) mediante o remanejamento de seus funcionários, que podem ser promovidos (movimentação vertical), transferidos (movimentação horizontal) ou transferidos com promoção (ascensão funcional) (TACHIZAWA; FERREIRA; FORTUNA, 2006, p. 169). O processo de recrutamento interno tanto pode trazer benefícios quanto problemas para a organização. No quadro seguinte, são apresentados exemplos das vantagens e desvantagens deste procedimento. 20 Vantagens É mais econômico, pois impedem custos com anúncios, admissões e interações dos novos empregados. Desvantagens Exige que os colaboradores tenham elevado potencial para o cargo, podendo causar frustrações ou até desligamentos. É mais rápido, evitando demoras com o processo normal de recrutamento externo e a demora natural do processo de contratação. Pode gerar conflitos de interesses, causando um desconforto nos empregados que desejavam aquela oportunidade. Apresenta maior índice de validade e segurança, pois o candidato já é conhecido pela empresa. Quando administrado de forma inadequada, pode levar o empregado, promovido sucessivamente, ao estacionamento por incompetência. Quando utilizado de modo contínuo, a empresa pode perder a capacidade de criatividade e inovação. É fonte de motivação para os colaboradores, estimulando o auto-aperfeiçoamento e a autoavaliação. Aproveita os investimentos em treinamento, onde a organização pode requerer o retorno através da ocupação da nova função. Não pode ser feitos para todos os cargos, sendo recomendado quando o promovido tenha condições de igualar-se aos candidatos externos. Desenvolve um sadio espírito de competição entre o pessoal, sendo possível a oportunidade para aqueles que mereçam. Quadro 2: Vantagens e desvantagens do recrutamento interno Fonte: Adaptado de Chiavenato (2002, p. 210-211) Apesar das inúmeras vantagens ofertadas pelo recrutamento interno, alerta Bohlander e Snell (2009), é necessário que as políticas de RH incentivem a contratação de profissionais de fora da empresa com o objetivo de trazer novas experiências. Isso só é possível através do meio de recrutamento externo. “O recrutamento é externo quando a instituição procura preencher a vaga existente com candidatos externos atraídos pelas técnicas de recrutamento” (TACHIZAWA; FERREIRA; FORTUNA, 2006, p. 171). No entanto, Bohlander e Snell (2009, p. 159) relatam que “vários outros estudos têm surgido que a fonte de recrutamento de um funcionário pode afetar o tempo e o desempenho no cargo, tanto em organizações de pequeno como nas de grande porte”. Desta forma, é essencial ficar atento as fontes corretas para recrutar novos talentos para a empresa, a fim de evitar problemas futuros na execução da função. Assim, após a identificação da necessidade de pessoal e a busca no mercado pelas fontes de recrutamento, faz-se necessário a escolha das técnicas de atração. Chiavenato (2002, p. 212) cita uma variedade de métodos para o processo de recrutamento externo: • Arquivos de candidatos que se apresentaram espontaneamente ou em outros recrutamentos; • Apresentação de candidatos por parte dos funcionários da empresa; 21 • Cartazes ou anúncios na portaria da empresa; • Contatos com sindicatos e associações de classe; • Contatos com universidades, escolas, agremiações estaduais, diretórios acadêmicos, centros de integração empresa-escola etc.; • Conferências e palestras em universidades e escolas; • Contatos com outras empresas que atuam no mesmo mercado, em termos de cooperação mútua; • Anúncios em jornais, revistas etc.; • Viagens para recrutamento em outras localidades. Ainda de acordo com Chiavenato (2002), este método também oferece suas vantagens e desvantagens. Vantagens Traz novas experiências para a organização, podendo trazer contribuições diferentes para o mesmo problema. Desvantagens É mais demorado, envolvendo vários processos até a admissão do novo funcionário. Renova e enriquece os recursos humanos da organização, permitindo o ingresso de pessoal mais qualificado do que os já existentes. É mais caro, exigindo despesas imediatas. Aproveita os investimentos em treinamentos ofertados pelas outras empresas ou pelo próprio candidato, obtendo resultados em curto prazo. É menos seguro, pois os novos empregados são desconhecidos e podem dispor de trajetórias profissionais duvidosas. Pode gerar insatisfação nos colaboradores, construindo barreiras para seu crescimento profissional. Afeta a política salarial da empresa, principalmente quando a demanda e procura re recursos humanos estão divergentes no mercado. Quadro 3: Vantagens e desvantagens do recrutamento externo Fonte: Adaptado de Chiavenato (2002, p. 217) Através das fontes de recrutamento, sejam estas internas ou externas, o gestor de pessoal contará com um número maior de candidatos que serão avaliados com o intuito de preencher os requisitos do cargo e atender a necessidade da instituição. Desta forma, o próximo passo é o processo seletivo. Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2006, p. 173) afirmam que “na fase de seleção, deve-se aplicar a técnica mais compatível com o tipo de mão-de-obra a ser recrutada, ou seja, as informações contidas na própria descrição do cargo e que constam do plano de cargos e salários da organização”. Assim, a empresa deve identificar as formas de selecionar novos 22 candidatos que sejam adaptadas ao cargo a ser preenchido, visto que cada função possui suas especificações. De modo geral, o procedimento de seleção envolve um seguimento de passos a serem tomados para que o candidato recrutado tenha maiores possibilidades de adequar-se à vaga em aberto. Em seguida, pode-se observar o processo de seleção descrito por Chiavenato (2002). A Descrição e análise do cargo • Atividades a executar • Responsabilidades • B Padrões de desempenho desejados para cada atividade C Especificações das pessoas Relações das qualificações pessoais necessárias E Comparação para verificar adequação Decisões D Fontes de informação sobre os candidatos: • Formulário preenchido • Técnicas de seleção • Referências Figura 3: Processo de seleção de pessoas Fonte: Chiavenato (2002, p. 224) Em contrapartida, Bohlander e Snell (2009, p. 209) afirmam que “o número de etapas no processo de seleção e sua seqüência irão variar, não somente coma organização, mas também com o tipo e o nível de cargos serem preenchidos”. Desta forma, cabe à empresa avaliar as etapas que serão essenciais para maior contribuição no processo seletivo. Ainda, deve escolher as técnicas de seleção que se enquadram no cargo a ser executado. Chiavenato (2002, p. 233) dispõe as técnicas de seleção em cinco grupos a seguir. 1. Entrevistas de seleção – dirigidas (com roteiro pré-estabelecido) ou não dirigidas (sem roteiro, ou seja, livre); 2. Provas de conhecimentos ou capacidades – gerais (de cultura e línguas) ou específicas (de cultura profissional e de conhecimentos técnicos); 3. Testes psicométricos – de aptidões (gerais e específicos); 23 4. Testes de personalidade – expressivos (PMK), projetivos (árvore, TAT etc.) ou inventários (de motivação, frustração e interesses); 5. Técnicas de simulação – psicodrama ou dramatização. Em geral, ressalta-se a importância de adequar os processos de recrutamento e seleção aos objetivos organizacionais, havendo sempre possibilidade de flexibilidade para a busca da melhoria contínua. Desta forma, estes procedimentos podem contribuir para a integração do melhor candidato na organização. Assim, a próxima etapa abordará a metodologia da retenção de talentos, para que o profissional contratado permaneça na empresa contribuindo com o seu trabalho. 2.3 Retenção de talentos Um fator importante que deve ser considerado na organização é a manutenção de seus recursos humanos, ou seja, é à disposição de uma série de benefícios, como remuneração justa e adequada à profissão, oferta de benefícios extra-salariais, condições favoráveis à higiene e à segurança no ambiente de trabalho e a manutenção de boas relações sindicais, que levem à satisfação no emprego e, conseqüentemente, à retenção de talentos na empresa. Para uma melhor compreensão do estudo deste tema, seguem subtópicos com explanação das suas variáveis. 2.3.1 Remuneração Muitos são os motivos que podem ser considerados para o alcance da satisfação no trabalho, porém, o salário é um grande motivador. Bohlander e Snell (2009, p. 340) explicam: Os funcionários desejam sistemas de remuneração que considerem justos e à altura de suas capacidades e expectativas. O pagamento, portanto, é uma consideração importante na administração porque fornece aos funcionários uma recompensa quantificável por seus serviços, bem como uma fonte de reconhecimento e subsistência. Chiavenato (2002, p. 373) explana ainda: O salário representa uma das mais complicadas transações, pois quando uma pessoa aceita um cargo ela está se comprometendo a uma rotina diária, a um padrão de atividades e a uma ampla faixa de relações interpessoais dentro de uma organização e, para tanto, recebe salários. 24 Assim, o salário deve ser compatível com as atribuições do cargo, dando condições aos colaboradores de suprir suas necessidades básicas. Além disso, deve ser mantida uma eqüidade interna e externa a fim de manter profissionais comprometidos e satisfeitos com a função desempenhada. Dessler (2003, p. 194) estabelece cinco passos para aplicar a eqüidade salarial na empresa: 1. Conduzir uma pesquisa salarial através de um levantamento formal ou informal sobre a remuneração de profissionais em outras organizações; 2. Determinar o valor de cada função por meio de uma avaliação de cargo, comparando fatores e atribuindo valores para manter a igualdade dentro da empresa; 3. Agrupar cargos semelhantes em faixas salariais, facilitando assim a distribuição do valor salarial para cada ocupação; 4. Determinar o valor de cada faixa, obtendo uma relação entre a relevância da função e o salário que está sendo pago; 5. Desenvolver a amplitude de valores, criando níveis para cada faixa salarial. O objetivo é valorizar o cargo na organização para que o salário seja justo e compatível que, por conseguinte, molda a percepção dos funcionários quanto à sua valorização para a instituição. 2.3.2 Planos de benefícios Além da recompensa financeira pelo desempenho das suas atividades, os colaboradores podem contar com benefícios sociais que representam ganhos extra-salariais como assistência médica e odontológica, alimentação, transporte, seguro de vida entre outros. Benefícios sociais são aquelas facilidades, conveniências, vantagens e serviços que as empresas oferecem aos seus empregados, no sentido de poupar-lhes esforços e preocupação. Podem ser financiados, parcial ou totalmente, pela empresa. Contudo, constituem meios indispensáveis na manutenção de força de trabalho dentro de um nível satisfatório de moral e produtividade (CHIAVENATO, 2002, p. 415). Na visão do autor, os planos de benefícios sociais são imprescindíveis na retenção de talentos, pois compõem um atrativo para permanecer no emprego e estimula a motivação na execução das atividades laborais. Bohlander e Snell (2009) relatam dois fatores que devem ser considerados para a implantação correta de um programa de benefícios, que são a escolha de benfeitorias que atendam as reais necessidades dos empregados, alinhadas às metas da organização e o 25 gerenciamento contínuo do plano. È importante ressaltar também que cada benefício deve ajustar-se a cada organização, pois um programa pode funcionar melhor numa instituição, mas em outra pode não trazer recompensas nem para o empregado nem para ela mesma. O quadro, abaixo, apresenta uma relação de benefícios que podem ser oferecidos pela empresa. Tipos de benefícios Classificação Legais Quanto à sua exigência Exemplos Férias, 13° salário, salário família, hora extra, adicional noturno, salário maternidade Espontâneos Seguro de vida, transporte, gratificação, empréstimo Monetários Férias, 13° salário, gratificação, empréstimo Quanto à sua natureza Não monetários Assistência médico-hospitalar e odontológica, refeitório, seguro de vida, transporte Assistenciais Assistência médico-hospitalar e odontológica, assistência financeira, assistência educacional, assistência jurídica, serviço social Recreativos Clube, colônia de férias, promoções e excursões Supletivos Restaurante no local de trabalho, estacionamento privativo, distribuição de café Quanto ao seu objetivo Quadro 4: Tipos de benefícios sociais Fonte: Adaptado de Chiavenato (2002, p. 416-419) 2.3.3 Higiene e segurança no trabalho A higiene e segurança no trabalho visam basicamente a garantir condições adequadas à saúde e ao bem-estar dos trabalhadores, tanto no que se refere à observância dos preceitos legais quanto à aplicação dos novos conceitos de gestão ambiental e gerenciamento ecológico (TACHIZAWA; FERREIRA; FORTUNA, 2006, p. 229). Para Chiavenato (2002, p. 431), higiene do trabalho é “um conjunto de normas e procedimentos que visa à proteção da integridade física e mental do trabalhador, preservandoo dos riscos de saúde inerentes às tarefas do cargo e ao ambiente físico onde são executadas”. Ainda de acordo com Chiavenato (2002, p. 438), segurança do trabalho é “o conjunto de medidas técnicas, educacionais, médicas e psicológicas, empregadas para prevenir acidentes”. A organização deve dispor de condições adequadas ao trabalho, tanto oferecendo um local limpo e organizado quanto ofertando equipamentos de proteção individual ou coletiva e realizando ações de prevenção. Assim, doenças adquiridas no exercício da função podem ser eliminadas com a correta implantação de programas de saúde do trabalhador. Além disso, 26 Dessler (2003) adverte que é muito importante manter um ambiente laboral seguro, principalmente pelos inúmeros acidentes de trabalho. 2.3.3.1 Acidentes de trabalho O objetivo principal de manter programas de segurança na organização é prevenir acidentes de trabalho. Segundo Dessler (2003, p. 283), “os acidentes ocorrem por três razões principais: acaso, condições inseguras de trabalho e ações inseguras por parte dos funcionários”. Má iluminação, sobrecarga de materiais e equipamentos de proteção com defeitos são alguns exemplos de condições consideradas inseguras no ambiente de trabalho. Outro fator causador de acidentes são ações como jogar objetos, trabalhar sem o uso do equipamento de segurança e manusear materiais da maneira errada que podem gerar danos ao colaborador. Devido ao grande número de incidentes, a “VI Conferência Internacional de Estatística do trabalho, estabeleceu o coeficiente de freqüência e o coeficiente de gravidade como medidas para controle e avaliação dos acidentes” (CHIAVENATO, 2002, p. 441). Segue abaixo: CF = n° de acidentes com afastamento x 1.000.000 n° de homens/ horas trabalhadas CG = dias perdidos + dias computados x 1.000.000 n° de homens/ horas trabalhadas Todas as medidas possíveis devem ser tomadas para evitar imprevistos no ambiente laboral e para manter o funcionário trabalhando na organização. Algumas medidas, citadas por Tachizawa; Ferreira; Fortuna (2006, p. 233), devem ser adotadas para prevenir acidentes no local de trabalho. • Manter uma equipe especializada na prevenção de acidentes; • Engajar todos os membros da organização num esforço comum para prevenir acidentes; • Afixar cartazes advertindo sobre os cuidados a tomar no local de trabalho; 27 • Fornecer equipamentos de proteção individual e exigir a correta utilização dos mesmos; • Manter um ambiente de trabalho limpo, iluminado, com temperatura adequada e sem ruídos excessivos; • Verificar regularmente as condições físicas das instalações e dos equipamentos e corrigir as eventuais deficiências; • Instalar equipamentos contra incêndio; • Manter corredores, portas e escadas desobstruídos; • Ter um planejamento físico adequado, que evite aglomerações e permita a livre circulação das pessoas. 2.3.4 Relações sindicais Os sindicatos representam um órgão que defende os direitos dos empregados perante seus empregadores. Para a retenção dos colaboradores, a empresa deve assumir o compromisso de manter boas relações sindicais e permitir negociações de acordos trabalhistas. Chiavenato (2002, p. 459) explana: A política de relacionamento com os sindicatos espelha diretamente a ideologia, a cultura e os valores assumidos pela alta administração da organização, os quais, por sua vez, são influenciados pelo estágio de desenvolvimento do sindicalismo, pelo regime político do governo e pela situação conjuntural da economia do país, dentre outros fatores ambientais. A organização deve trabalhar em conjunto com os funcionários e com as autarquias sindicais para que problemas como greves, formas ilícitas de pressão dos sindicatos e pressões contra os trabalhadores sejam evitados e que a harmonia seja mantida no ambiente laboral. Uma forma de evitar conflitos trabalhistas é através das negociações coletivas. Segundo Bohlander, Snell e Sherman (2003), a negociação exige um levantamento de dados para compor as propostas a serem debatidas, assim como a formação de uma equipe que será responsável pelo processo, permitindo uma ação mais ordenada e com chances de vitórias. A partir desse procedimento, surge a convenção coletiva de trabalho, que pode ser conceituada como “o acordo e caráter normativo pelo qual dois ou mais sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de trabalho” (FALJONE apud CHIAVENATO, 2002, p. 480). 28 Assim, os objetivos dos sindicatos, segundo Dessler (2003, p. 225) é “um de segurança sindical e outro de melhores salários, carga horária, condições de trabalho e benefícios para os seus membros”. Portanto, é essencial a presença de um órgão que representem e defendam os direitos dos trabalhadores, impedindo conflitos trabalhistas e garantindo a retenção de talentos na organização. 2.4 Desligamento de colaboradores Para Chiavenato (1999, p. 70), o desligamento de colaboradores pode ocorrer de duas formas: 1. Por iniciativa da organização (demissão) – ocorre quando a organização decide desligar funcionários, seja para substituí-los por outros mais adequados às suas necessidades, seja para corrigir problemas de seleção inadequada, seja para reduzir sua força de trabalho. 2. Por iniciativa do funcionário – ocorre quando um funcionário decide, por motivos pessoais ou profissionais, encerrar a relação de trabalho com o empregador. Quando a empresa toma a decisão de demitir um empregado, o motivo deve basear-se numa série de fatores que levam àquele procedimento. Bohlander e Snell (2009, p. 70) explicam que “nos casos em que as condições econômicas levam a demissões, os funcionários que saem enquanto estão apresentando um bom desempenho poderão ser contratados novamente quando a situação econômica melhorar e surgirem vagas”. Por outro lado, Bohlander, Snell e Sherman (2003, p. 387) relatam que “quando os funcionários não se conformam às normas e regulamentos organizacionais, a ação disciplinar final em muitos casos é a dispensa”. Há ainda formas de demissão por justa causa, onde a razão da demissão é explícita e de falta grave, e sem justa causa, em que a organização não informa claramente os motivos do desligamento do colaborador. Bohlander, Snell e Sherman (2003, p. 388) alertam que “independentemente das razões para uma dispensa, o funcionário envolvido merece respeito e consideração. O funcionário deve ser informado honestamente, mas com tato, sobre as razões exatas para a dispensa”. Conforme o art. 482 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), citado por MANNRICH (2002, p. 278), o empregado pode ser demitido por justa causa nos seguintes motivos: 29 a) ato de improbidade; b) incontinência de conduta ou mau procedimento; c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço; d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena; e) desídia no desempenho das respectivas funções; f) embriaguez habitual ou em serviço; g) violação de segredo da empresa; h) ato de indisciplina ou de insubordinação; i) abandono de emprego; j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; l) prática constante de jogos de azar. Nestes casos, a instituição deve agir de acordo com a lei e punir o funcionário com a perda de seus direitos trabalhistas. Em outros fatos, a empresa pode proceder com uma reunião de dispensa que auxiliará no ato da demissão (BOHLANDER, SNELL e SHERMAN, 2003, p. 388): 1. Toque no assunto nos primeiros dois ou três minutos, e exponha em ordem lógica todas as razões para a dispensa. 2. Seja direto e firme, mas hábil, e permaneça resoluto em sua decisão. 3. Realize uma discussão em particular, profissional e breve. 4. Evite acusar o funcionário e injetar sentimentos pessoais na discussão. 5. Forneça informações a respeito do pagamento de indenização e a posição dos benefícios e da cobertura. 6. Explique como você irá lidar com as perguntas que os futuros empregadores do funcionário lhe fizerem. Outro elemento importante é a entrevista de desligamento, que pode ser usada em qualquer processo de demissão. De acordo com Chiavenato (1999), os resultados da entrevista 30 de saída são coletados e tabulados, possibilitando conceitos de como o empregado percebe a empresa e suas políticas de recursos humanos. Desta forma, a organização poderá conhecer as causas de insatisfação que levaram o funcionário a desligar-se e tomar providências para evitar a saída de colaboradores que trazem resultados positivos aos seus negócios. Em se tratando do desligamento do colaborador, Chiavenato (1999, p. 70) afirma que “a decisão de desligar-se depende de duas percepções. A primeira é o nível de insatisfação do funcionário com o trabalho. A segunda é o número de alternativas atrativas que ele visualiza fora da organização, isto é, no mercado de trabalho”. O empregado pode estar insatisfeito com diversos fatores, como baixa remuneração, jornada de trabalho cansativa, falta de reconhecimento no trabalho, ambiente físico inseguro, nenhuma expectativa de crescimento profissional, relação chefe e subordinado estressante, entre tantos outros motivos que geram desconforto e procura de outro emprego, que ofereça melhores condições de qualidade de vida no trabalho. Em contrapartida, a empresa passa a ter um alto nível de entradas e saídas de funcionários, causando uma rotatividade de pessoal, cujo tema será abordado a seguir. 2.5 Rotatividade de pessoal “A rotatividade de pessoal é o resultado da saída de alguns funcionários e a entrada de outros para substituí-los no trabalho” (CHIAVENATO, 1999, p. 69). Em uma organização onde há um número elevado de admissões e demissões, deve constar uma preocupação, pois elementos como clima organizacional, relacionamento interpessoal e produtividade podem ser afetados, interferindo no trabalho dos funcionários. Além disso, o desligamento gera novas contratações para suprir as necessidades do negócio e garantir a continuidade do serviço, causando custos para as empresas. Chiavenato (2002) relata que existem três tipos de custos com a rotatividade de pessoas na organização, que são: custos primários, secundários e terciários. O quadro abaixo apresenta a classificação dos custos, juntamente com seus subtipos e suas características. Desta forma, tem-se uma visualização melhor dos gastos com contratações e rescisões que, em sua maioria, geram custos desnecessários para o empregador. Assim, segue. 31 Tipos de custos Subtipos de custos Custo de recrutamento e seleção Custo de registro e documentação Custos primários Custo de integração Custo de desligamento Reflexos na produção Reflexos na atitude do pessoal Custos secundários Custo extralaboral Custo extra-operacional Custo extra-investimento Custos terciários Perdas nos negócios Características Gastos com anúncios em jornais, formulários, testes de seleção e avaliação de candidatos; despesas de manutenção dos órgãos de serviços médicos devido aos exames admissionais. Gastos com formulários, documentações, anotações, registros, abertura de conta bancária. Despesas do órgão de treinamento, custo de tempo gasto com o processo de ambientação do empregado recémadmitido. Custos das entrevistas de desligamento, das indenizações e das antecipações de pagamentos, como férias, 13° salário, FGTS etc. Perda da produção causada pela vaga deixada enquanto não for preenchida; insegurança inicial do novo empregado e sua interferência no trabalho dos colegas. Imagem e atitudes que o empregado desligado e o empregado contratado transmitem aos seus colegas. Despesas de pessoal extra ou horas extras para cobrir a vaga existente ou mesmo para cobrir a deficiência inicial do novo funcionário. Custo adicional de energia elétrica, devido ao índice reduzido de produção do novo empregado; acréscimos de erros e problemas de controle de qualidade. Aumento proporcional das taxas de seguro, depreciação do equipamento, manutenção e reparos em relação ao volume de produção; aumento de salários pagos aos novos colaboradores e, conseqüentemente, reajuste dos demais. Reflexos na imagem e nos negócios da empresa. Quadro 5: Custos da rotatividade de pessoal Fonte: Adaptado de Chiavenato (2002, p. 187-190) Assim, pode-se observar que os prejuízos causados pelo alto nível de rotação de pessoal são enormes, que podem ser percebidos principalmente a médio e longo prazo, gerando custos não só para as organizações como também para o governo, devido aos seguros desempregos, e para a economia do país. 32 Estudos realizados pelo DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-econômicos (2007-2009) revelam o crescimento da rotatividade no mercado formal brasileiro, segundo dados coletados nas RAIS de 2007 a 2009. Segue quadro abaixo: Quadro 6 :Taxa de rotatividade segundo setores de atividade econômica: 2007-2009 Fonte: RAIS (MTE) apud DIEESE (2009). Pelos dados apresentados acima, percebe-se que houve um aumento da rotação de funcionários em todos os setores da economia, principalmente no ano de 2008. Os setores de construção civil e agricultura tiveram os maiores índices de rotatividade, a indústria de transformação apresentou porcentagem alta comparada à taxa nacional, enquanto que o comércio e os serviços representaram taxas acima da média do país. As causas, segundo o DIEESE (2007-2009), são baseadas nos seguintes pontos: • O mercado de trabalho formal brasileiro caracteriza-se por uma forte flexibilidade contratual. • Anualmente, neste mercado cresce o total de vínculos ativos e o volume de desligamentos, resultando em uma relação linear entre o total de desligados no ano e o estoque em 31/12. • Cerca de 2/3 dos vínculos são desligados antes de atingirem um ano de trabalho e o tempo médio do emprego formal é de, aproximadamente, apenas 4 anos. • A remuneração média das admissões é inferior à remuneração média dos desligamentos, com algumas variações setoriais. 33 • Um grande contingente de trabalhadores tem participação intermitente no mercado de trabalho formal, variando entre a condição de desligados e admitidos durante anos seguidos. • Praticamente não existe limitação à demissão no Brasil. A restrição é principalmente de ordem econômica. O Brasil não é signatário da Convenção 158 da OIT, que busca inibir a demissão imotivada. • Cerca de 6,0% dos estabelecimentos (111 mil), foram responsáveis por 62% dos desligamentos em 2009. • Os pequenos e médios estabelecimentos podem apresentar altas taxas de rotatividade embora não sejam os principais responsáveis pela maior parte dos contratos rompidos. • A rotatividade no Brasil é pró-cíclica. Os dados foram obtidos a partir de cálculos do índice de rotatividade de pessoal, que “é baseado no volume de entradas e saídas de pessoal em relação aos recursos humanos disponíveis na organização, dentro de certo período de tempo, e em termos percentuais” (CHIAVENATO, 2002, p. 180). Em outros termos, o índice de rotatividade é calculado pela seguinte equação proposta pelo autor citado acima. A+D Índice de Rotatividade de Pessoal = _2__________ x 100 EM Onde: A = admissões de pessoal dentro do período considerado; D = desligamentos de pessoal dentro do período considerado; EM = efetivo médio da área considerada dentro do período considerado. Pode ser obtido pela soma do efetivo existente no início e no final do período, dividida por dois. Outro cálculo que pode ser adotado é a avaliação da rotatividade de pessoal por departamento (CHIAVENATO, 2002, p. 182). A+D + R + T Índice de Rotatividade de Pessoal = _2__________ x 100 EM 34 Onde: R = recebimento de pessoal por transferência de outros subsistemas (departamento ou seções); T = transferências de pessoal para outros subsistemas. Há também uma fórmula para avaliar os índices de rotatividade mês a mês. Segue: Índice de Rotatividade de Pessoal = D x 100 EM Onde: D = número de funcionários demitidos no mês EM = efetivo médio da área considerada dentro do período considerado O turnover (rotatividade) pode tanto ser considerado positivo como negativo. Se por um lado, a saída de um empregado com baixo desempenho, substituído por outro com um desempenho satisfatório, trazer ganhos para a empresa, por outro lado, perder um colaborador de elevado potencial poderá trazer prejuízos aos negócios do empreendimento. Contudo, é preferível evitar altos índices de rotatividade e, se possível, pesquisar com os próprios funcionários a respeito das causas de tantos desligamentos por sua iniciativa. 35 3. METODOLOGIA 3.1 Natureza da pesquisa Pesquisa é um processo de desenvolvimento do conhecimento que utiliza normas estabelecidas pela metodologia do trabalho científico, com o objetivo de encontrar soluções para interrogações existentes. Pode-se definir pesquisa como o procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação suficiente para responder ao problema, ou então quando a informação disponível se encontra em tal estado de desordem que não pode ser adequadamente relacionada ao problema (GIL, 1999, p. 17). 3.1.1 Quanto aos fins Quanto aos fins, a pesquisa qualifica-se como descritiva e exploratória. A primeira por apenas registrar fatos sem a participação do entrevistador. A segunda por buscar fatos não explorados anteriormente. Na concepção de Prestes (2008, p. 26), “na pesquisa descritiva, se observam, registram, analisam, classificam e interpretam os fatos, sem que o pesquisador lhes faça qualquer interferência”. Ainda de acordo com Prestes (2008, p. 26), “a pesquisa exploratória configura-se como a que acontece na fase preliminar, antes do planejamento formal do trabalho”. 3.1.2 Quanto aos meios Quanto aos meios, a pesquisa caracteriza-se como bibliográfica, de campo e estudo de caso. A pesquisa é considerada bibliográfica porque “procura explicar um problema a partir de referências publicadas (em livros, revistas, etc.)” (RAMPAZZO, 2005, p. 53). Neste caso, a pesquisa deu-se por meio de artigos publicados na Internet e de livros na área pesquisada para compor o referencial teórico. Pesquisa de campo “assim é denominada porque a coleta de dados é efetuada “em campo”, onde ocorrem espontaneamente os fenômenos, uma vez que não há interferência do 36 pesquisador sobre eles” (ANDRADE, 2006, p. 127). Assim, será necessário o deslocamento até a empresa para a aplicação das entrevistas da pesquisa. Já o estudo de caso, afirma Gil (1999, p. 73), “é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado”. Desta forma, o estudo de caso foi realizado com a indústria de etiquetas Etigraf para tornar a pesquisa mais delimitada. 3.1.3 Quanto à forma de abordagem A abordagem da pesquisa é quantitativa e qualitativa, pois se utiliza de instrumentos de coleta de dados para quantificar opiniões, e serão descritos os resultados da pesquisa em forma de narrativa proporcionando melhor compreensão do contexto do problema. (COOPER e SCHINDLER, 2003). De tal modo, os resultados do estudo serão apresentados por meio de cálculos para quantificar os dados coletados. A abordagem quantitativa tem como finalidade “quantificar opiniões, dados, nas formas de coleta de informações, assim como também com o emprego de recursos e técnicas estatísticas” (OLIVEIRA, 2004, p. 115). 3.2 Locus e sujeitos de pesquisa O universo da pesquisa é composto por todos os funcionários da empresa Etigraf. No que se refere à amostra, o estudo será realizado com a responsável pelo setor de Recursos Humanos e também com todos os colaboradores da empresa, somando um total de 25 pesquisados que representa o quantitativo total de empregados da indústria de etiquetas, sendo a pesquisa considerada um senso. 3.3 Procedimentos de coleta e análise dos dados Na coleta de dados foram utilizados dois métodos: entrevista e questionário. A entrevista foi feita com a profissional de Recursos Humanos da indústria em estudo para conhecer o processo de recrutamento e seleção realizado pela mesma e para colher dados de entradas e saídas de empregados nos últimos 12 meses. As causas da rotatividade foram avaliadas pelos colaboradores por intermédio de um questionário com respostas de múltipla escolha, assim como foi aplicado também outro questionário acerca do processo de recrutar e selecionar novos talentos. 37 Assim, os dados coletados foram expostos por meio de tabulações, cálculos, gráficos e interpretações para facilitar a verificação dos resultados. Os dados correspondentes à entrevista foram organizados numa tabela a fim de dispor de uma melhor visualização dos resultados. No levantamento do índice de turnover, os dados foram obtidos através de cálculos e disponíveis em gráfico. Os dados das questões fechadas do questionário também foram dispostos em gráficos, utilizando porcentagens. E, por último, foi feita uma breve exposição dos impactos causados pela rotatividade na organização do estudo de caso, fazendo uma interpretação dos dados pesquisados. 38 4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS 4.1 Processo de recrutamento e seleção na Etigraf Através de uma entrevista estruturada com a responsável pelo setor de Recursos Humanos da Etigraf, obtiveram-se informações quanto ao processo atual de recrutamento e seleção. A tabela, abaixo, apresenta os resultados obtidos. PERGUNTAS RESPOSTAS 1. Quais os tipos de recrutamento são utilizados pela empresa? “A Etigraf realiza o recrutamento interno e externo”. 2. Quais são as formas de divulgação de novas oportunidades? 3. A empresa possui Banco de Talentos? “A atração de talentos é realizada de forma interna, oferecendo oportunidades aos colaboradores da organização por meio de informativos no quadro de avisos e através da vaga divulgada pelo supervisor, e de forma externa, através de parcerias com a Agência do Trabalho, Caruaru Currículos e Senai”. Não”. 4. A organização dispõe de uma descrição de cargos? 5. Quais as técnicas utilizadas no processo de seleção? “Atualmente não”. “Para a seleção de pessoal são aplicados testes que medem a atenção, analisam o perfil psicológico do candidato e a sua capacidade de liderança. Após a aplicação dos testes, é realizada uma entrevista com a diretoria da indústria”. 6. Quais métodos são utilizados na captação de “O setor de Recursos Humanos é responsável pela convocação dos candidatos, que é realizada pelo talentos? telefone, onde a vaga é divulgada e é marcado o dia para a seleção”. 7. Como os candidatos recebem o resultado da “Os resultados são divulgados no mesmo dia, após a correção dos testes. Se o candidato for aprovado nesta seleção? primeira etapa, ele é encaminhado para a entrevista com o diretor”. Tabela 1: Processo de recrutamento e seleção da Etigraf Fonte: Da pesquisa (2011) Pelos resultados apresentados acima, observa-se que a empresa estudada oferece oportunidades aos seus colaboradores para participar dos processos de seleção e, conseqüentemente, proporciona seu crescimento profissional. O que se pode destacar também é que não há um banco de talentos disponível. Esta ferramenta é muito importante para o exercício da função de RH, pois organiza os currículos e facilita o processo de triagem dos candidatos em potencial para as vagas abertas na organização, otimizando o trabalho. 39 Outro ponto a ser discutido é a ausência de uma descrição de cargos para saber exatamente o perfil do candidato que a empresa pretende contratar, tornando o processo menos eficaz. Quanto ao processo de seleção, a utilização de diversas técnicas torna o método mais eficiente e proporciona maiores possibilidades de encontrar o candidato certo. A entrevista também é uma relevante ferramenta de seleção, pois o primeiro contato com o candidato é essencial antes do início do trabalho. E, enfim, a divulgação do resultado no mesmo dia é interessante tanto para a organização, que evita gastos para divulgação dos resultados da seleção, quanto para o candidato, que não fica na ansiedade para o outro dia. Na oportunidade, também foi aplicado um questionário com os 25 funcionários da indústria a respeito do processo de recrutamento e seleção na visão dos mesmos. Assim, seguem resultados. PERGUNTAS 1. Como você obteve informações de vagas na empresa? 2. Como você foi recrutado para participar do processo de seleção? 3. Quais foram as etapas de seleção que você participou? RESPOSTAS “Através da agência do trabalho” “Através de conhecidos” “Através do currículo publicado no site da Caruaru Currículos” “Através de currículo deixado na empresa” “Por telefone” “Testes e entrevista” Tabela 2 – Processo de recrutamento e seleção da Etigraf na percepção dos funcionários Fonte: Da pesquisa (2011) Na percepção dos colaboradores, a divulgação de oportunidades de emprego na Etigraf foi através das parcerias que a organização mantém e também por meio de pessoas conhecidas que tiveram conhecimento da vaga, além de currículos entregues diretamente na empresa. A convocação foi realizada por telefone, provavelmente pelo departamento de Recursos Humanos. Em relação às etapas de seleção, foram aplicados testes e realizada entrevistas. Percebe-se que as informações colhidas neste questionário são semelhantes àquelas encontradas na entrevista com o setor responsável. A Etigraf utiliza-se de diferentes canais para atrair talentos para a organização e estes correspondem de forma eficiente, levando as oportunidades aos candidatos que desejam ingressar na instituição. O profissional de Recursos Humanos é responsável pela convocação dos candidatos, assim como pela aplicação dos testes e divulgação dos resultados. Em parceria com a diretoria, que realiza as entrevistas com aqueles que apresentaram bons resultados nos testes, o departamento aperfeiçoa seu trabalho 40 quanto ao processo de recrutamento e seleção. Além disso, uma metodologia de seleção de mão-de-obra bem elaborada e bem aplicada evita gastos desnecessários com a rotatividade de pessoal. 4.2 Identificação do índice de turnover De acordo com dados coletados no questionário junto ao setor de Recursos Humanos, foi possível identificar o índice de turnover da Etigraf nos últimos 12 meses, como mostram os cálculos na tabela a seguir. PERÍODO CÁLCULO RESULTADO Setembro/ 2010 10 x 100 / 72 13,89% Outubro/ 2010 4 x 100 / 70 5,71% Novembro/ 2010 2 x 100 / 68 2,94% Dezembro/ 2010 11 x 100 / 57 19,30% Janeiro/ 2011 3 x 100 / 55 5,45% Fevereiro/ 2011 12 x 100 / 44 27,27% Março/ 2011 1 x 100 / 44 2,27% Abril/ 2011 9 x 100 / 38 23,68% Maio/ 2011 5 x 100 / 34 14,71% Junho/ 2011 5 x 100 / 35 14,29% Julho/ 2011 10 x 100 / 28 35,71% Agosto/ 2011 3 x 100 / 25 12% Tabela 3: Percentual de turnover dos funcionários da Etigraf Fonte: Da pesquisa (2011) Pelos dados apresentados acima, observa-s que a Etigraf possui diferentes índices de rotatividade nos últimos 12 meses pesquisados. O menor índice foi encontrado no mês de março, que pode justificar-se pelo fato da indústria estar em período de férias coletivas, portanto só foi realizada uma demissão. Já o maior índice de turnover foi percebido no mês de julho, onde foram desligados dez funcionários, tendo em vista que a empresa deparava-se com apenas 28 colaboradores. Para uma melhor visualização dos dados, segue gráfico com os resultados encontrados. 41 40,00% 35,71% 35,00% out/10 30,00% 27,27% nov/10 23,68% 25,00% dez/10 jan/11 19,30% 20,00% 15,00% fev/11 14,71%14,29% 13,89% 12% 10,00% 5,00% set/10 mar/11 abr/11 5,71% 2,94% 5,45% 2,27% mai/11 jun/11 0,00% jul/11 Gráfico 1 – Índice de turnover dos funcionários da Etigraf Fonte: Da pesquisa (2011) Observando o gráfico 1, nota-se nitidamente que os índices de rotatividade na Etigraf diferem-se entre si. Os meses de outubro, novembro e março apresentaram indicadores menores em relação aos demais meses. Em fevereiro, abril e, principalmente, em julho encontra-se os indicadores mais elevados. De forma geral, os índices de turnover na empresa são preocupantes. Um dos motivos para tantos desligamentos de funcionários, segundo a própria organização, é a mudança para o SIMPLES, onde os encargos com folha de pagamento são reduzidos, gerando uma diminuição de custos. No entanto, percebeu-se que não só houve demissões, como também contratações de novos colaboradores. Contudo, a rotatividade possui diversos pontos negativos, provocando prejuízos tanto a curto como em longo prazo. Desta forma, o planejamento é a forma mais indicada de evitar gastos desnecessários e diminuir o índice de entrada e saída de empregados. Além disso, para combater a rotatividade é importante conhecer as causas e os determinantes para seu acontecimento. 4.3 Causas da rotatividade na percepção dos funcionários Por intermédio de um questionário, composto por treze motivos que podem levar um funcionário a sair da empresa em que trabalha, foi possível verificar as causas da rotatividade 42 na percepção dos colaboradores da Etigraf. Assim, seguem os resultados obtidos expostos numa tabela. MOTIVOS NENHUMA POUCA IMPORTÂNCIA IMPORTÂNCIA 1 5 12 11 7 6 7 5 10 9 6 0 Turno de trabalho 9 8 5 desagradável Temperatura elevada 15 5 5 no ambiente de trabalho Ambiente de trabalho 7 5 8 barulhento Falta de comunicação 2 5 10 com os colegas Falta de colaboração 5 5 10 entre os colegas Trabalho não 2 6 10 reconhecido Relacionamento ruim 0 10 10 com o encarregado Injustiça por parte do 0 5 8 superior Falta de oportunidade 2 8 10 de crescimento Salário não compatível 2 4 6 com a tarefa Tabela 4: Causas da rotatividade na percepção dos funcionários da Etigraf Fonte: Da pesquisa (2011) 3 Não gostar da atividade exercida Outra oportunidade de emprego Excesso de trabalho IMPORTANTE MUITO IMPORTANTE 0 5 5 5 7 5 12 5 13 Através dos dados disponíveis na tabela, construíram-se os gráficos para cada motivo relacionado com as causas da rotatividade na empresa estudada. 60,00% 48,00% 50,00% 40,00% Nenhuma importância 28,00% 30,00% 20,00% 20,00% 10,00% Pouca importância Importante Muito importante 4,00% 0,00% Gráfico 2 – Não gostar da atividade exercida Fonte: Da pesquisa (2011) 43 De acordo com os resultados apresentados acima, verificou-se que a maioria dos empregados da Etigraf, representado por 48% no gráfico, considera que não gostar da atividade exercida é um motivo importante para sair da empresa. No entanto, este não é um fator muito importante para os funcionários, cujo resultado foi de apenas 28%, enquanto que 20% acham de pouca importância e outros 4% não deram nenhuma importância. Quando o trabalhador gosta da função que realiza, cada vez mais se sente realizado com o que faz e seu trabalho tende a ser mais proveitoso para a organização. Em conseqüência, permanece por mais tempo na empresa. 30,00% 25,00% 28,00% 28,00% 24,00% 20,00% 20,00% Nenhuma importância 15,00% Pouca importância Importante 10,00% Muito importante 5,00% 0,00% Gráfico 3 – Outra oportunidade de emprego Fonte: Da pesquisa (2011) Após a análise dos dados acima, pôde-se verificar que a maior parte dos funcionários da indústria de etiquetas não considera que outra oportunidade de emprego seja um fato muito importante para deixar seu trabalho, visto que somente 20% marcaram ser muito importante e 28% importante, enquanto que 24% julgaram um motivo de pouca importância e 28% foram indiferentes. Desta forma, comenta-se que os colaboradores da Etigraf não pediriam demissão para trabalhar em outra empresa, sendo este um fato positivo para a mesma. Assim, este não é considerado um motivo para a rotatividade. 44 45,00% 40,00% 40,00% 36,00% 35,00% 30,00% 25,00% Nenhuma importância 24,00% Pouca importância 20,00% Importante 15,00% Muito importante 10,00% 5,00% 0,00% 0,00% Gráfico 4 – Excesso de trabalho Fonte: Da pesquisa (2011) Quanto ao excesso de trabalho, 40% dos investigados afirmam que este motivo não é considerado importante para deixar a empresa, ao mesmo tempo em que 36% consideram-no de pouca importância. Em contrapartida, apenas 24% acham ser este um fato que merece importância e nenhum dos entrevistados optaram por muito importante. Tendo em vista que, com a saída de funcionários, a sobrecarga de trabalho torna-se inevitável, gerando fadiga e estresse, podendo levar a mais demissões. Porém, na Etigraf, não foi encontrado este problema, como mostraram os resultados acima. Em relação ao turno de trabalho desagradável, os resultados foram semelhantes ao motivo anteriormente abordado. A maioria dos pesquisados não acreditam que a mudança de turno seja um empecilho para abandonar o trabalho, onde 36% responderam nenhuma importância e 32% optaram por pouca importância. No entanto, 20% dos funcionários acham que este motivo é importante e outros 12% consideram ainda muito importante. Os resultados podem ser vistos no gráfico a seguir. 45 40,00% 36,00% 35,00% 32,00% 30,00% 25,00% Nenhuma importância 20,00% 20,00% Pouca importância 15,00% 12,00% 10,00% Importante Muito importante 5,00% 0,00% Gráfico 5 – Turno de trabalho desagradável Fonte: Da pesquisa (2011) A indústria de etiquetas possui três turnos de trabalho da produção, que são matutino, vespertino e noturno, além do horário comercial para os profissionais da administração. Qualquer colaborador pode ser transferido para qualquer um destes turnos, porém, como comprovou a pesquisa, isso não é uma causa para a saída de empregados da empresa. 70,00% 60,00% 60,00% 50,00% Nenhuma importância 40,00% Pouca importância 30,00% Importante 20,00% 20,00% 20,00% Muito importante 10,00% 0,00% 0,00% Gráfico 6 – Temperatura elevada no ambiente de trabalho Fonte: Da pesquisa (2011) A respeito do motivo temperatura elevada no ambiente de trabalho, a maior parte dos funcionários afirmam que este não tem nenhuma importância para deixar sua função na organização, com representação no gráfico de 60% dos entrevistados, onde ainda 20% acham de pouca importância e mais 20% consideram importante. Nenhum dos pesquisados preferiram a opção muito importante. É relevante destacar que trabalhar num ambiente 46 saudável, além de agradável é essencial para proteger a saúde do trabalhador. Porém, na Etigraf, este problema não foi percebido, portanto, não é um fator determinante para o afastamento de um colaborador. 35,00% 30,00% 32,00% 28,00% 25,00% 20,00% 20,00% 20,00% Nenhuma importância Pouca importância 15,00% Importante 10,00% Muito importante 5,00% 0,00% Gráfico 7 – Ambiente de trabalho barulhento Fonte: Da pesquisa (2011) Pelos resultados apresentados acima, comprova-se que um ambiente de trabalho barulhento pode ser considerado um motivo para um funcionário sair da empresa, onde 32% dizem ser importante e 20% concordam ser muito importante. Porém, 28% ainda acham que este agente não tem nenhuma importância e mais 20% afirmam ser de pouca importância. Assim, conclui-se que os empregados estão preocupados com um ambiente laborativo com muito barulho, podendo este motivo ser passível de pedidos de demissão. Tendo em vista que a Etigraf opera com equipamentos barulhentos, principalmente aqueles utilizados no setor de tecelagem recomendam-se a distribuição de equipamentos de proteção individual, como protetores auriculares, para manter o bem-estar de seus colaboradores e evitar uma causa para a rotatividade. Outro motivo que pode aumentar o índice de turnover é a falta de comunicação com os colegas. Na Etigraf, os funcionários demonstraram que a relação de amizade cultivada na empresa é importante, representado no gráfico abaixo por 36%, e considerada muito importante por 20% dos entrevistados. Outros 36% afirmaram também que o motivo citado acima é de pouca importância e somente 8% disseram não ter nenhuma importância. Portanto, é essencial que a empresa cultive um ambiente harmonioso entre os seus colaboradores. Um bom exemplo disso é realizar festas de socialização e confraternização, demonstrando a importância daquele momento. Segue gráfico com dados discutidos aqui. 47 40,00% 36,00% 36,00% 35,00% 30,00% 25,00% 20,00% Nenhuma importância 20,00% Pouca importância 15,00% Importante 10,00% 8,00% Muito importante 5,00% 0,00% Gráfico 8 – Falta de comunicação com os colegas Fonte: Da pesquisa (2011) 45,00% 40,00% 40,00% 35,00% 30,00% 25,00% 20,00% 15,00% 10,00% Nenhuma importância 20,00% 20,00% 20,00% Pouca importância Importante Muito importante 5,00% 0,00% Gráfico 9 – Falta de colaboração entre os colegas Fonte: Da pesquisa (2011) A partir dos dados identificados no gráfico acima, verificou-se que a maioria dos pesquisados acreditam que a falta de colaboração entre os colegas é um fator que pode causar o desligamento de um funcionário da organização, onde que 40% responderam ser importante e 20% afirmou ser muito importante, enquanto que 20% acharam um motivo de pouca importância e mais 20% não deram nenhuma importância. Contudo, é relevante que a empresa possua um clima propício ao trabalho, enfatizando o trabalho em equipe. Em se tratando de trabalho não reconhecido, o gráfico que se encontra logo abaixo revela que 40% dos entrevistados acham importante receber um feedback do trabalho realizado, 28% concordam ser muito importante, 24% consideram este motivo de pouca importância e apenas 8% afirmam que não tem nenhuma importância. 48 45,00% 40,00% 40,00% 35,00% 28,00% 30,00% Nenhuma importância 24,00% 25,00% Pouca importância 20,00% Importante 15,00% 10,00% Muito importante 8,00% 5,00% 0,00% Gráfico 10 – Trabalho não reconhecido Fonte: Da pesquisa (2011) A partir da identificação destes dados, é notório que a maioria dos funcionários da Etigraf aufere de alguma forma um reconhecimento do seu desempenho no cargo. No entanto, é possível perceber que alguns dos entrevistados não consideram que este motivo seja causa de saída da organização. De qualquer forma, é recomendável que a empresa garanta que todos os seus colaboradores recebam um retorno de seu esforço, demonstrando interesse pelo desenvolvimento de sua equipe. 45,00% 40,00% 40,00% 40,00% 35,00% 30,00% Nenhuma importância 25,00% 20,00% 20,00% Importante 15,00% Muito importante 10,00% 5,00% Pouca importância 0,00% 0,00% Gráfico 11 – Relacionamento ruim com o encarregado Fonte: Da pesquisa (2011) Quanto ao relacionamento ruim com o encarregado, constatou-se, segundo gráfico acima, que 40% dos investigados consideram este motivo é importante para deixar seu trabalho na empresa e outros 40% acham que este fator merece pouca importância. No 49 entanto, 20% ainda afirmam ser muito importante e nenhum dos pesquisados optou por nenhuma importância. Conclui-se, portanto, que manter uma boa relação com o supervisor é essencial para um bom clima organizacional, evitando o desligamento dos empregados e também um índice alto de rotatividade. 60,00% 48,00% 50,00% 40,00% 32,00% 30,00% Nenhuma importância Pouca importância 20,00% 20,00% Importante Muito importante 10,00% 0,00% 0,00% Gráfico 12 – Injustiça por parte do superior Fonte: Da pesquisa (2011) Pode-se perceber, pelos dados apresentados acima, que a injustiça por parte do superior não obteve resultados positivos. 48% dos entrevistados responderam que acham muito importante o motivo de injustiça na empresa para deixá-la, 32% concordam ser importante e 20% optaram por pouca importância, enquanto que nenhum trabalhador escolheu a opção nenhuma importância. Desta forma, explana-se que o respeito por parte do chefe faz com que o colaborador desempenhe melhor suas funções, cultivando um sentimento positivo em relação ao seu trabalho. Caso contrário, o funcionário ficará desmotivado e seu trabalho será cada vez menos produtivo. Assim, a Etigraf deve observar este motivo para impedir o turnover na empresa. A falta de oportunidade de crescimento é visto como um fator que pode causar a rotatividade. O fato de não ver uma ascensão de cargo dentro da empresa pode fazer com que o empregado seu trabalho na primeira oportunidade de emprego. De acordo com o gráfico abaixo, 40% dos pesquisados concordam ser este um motivo importante e mais 20% afirmam ser muito importante. Porém, 32% dizem que há pouca importância nisso e ainda 8% expõem não ter nenhuma importância. Neste último caso, pode-se considerar que há aqueles funcionários que realmente não buscam seu crescimento profissional. Todavia, a indústria de 50 etiquetas deve atentar-se para àqueles que almejam um cargo superior e evitar que estes deixem a empresa. 45,00% 40,00% 40,00% 35,00% 32,00% 30,00% Nenhuma importância 25,00% 20,00% 20,00% Importante 15,00% 10,00% Pouca importância Muito importante 8,00% 5,00% 0,00% Gráfico 13 – Falta de oportunidade de crescimento Fonte: Da pesquisa (2011) 60,00% 52,00% 50,00% 40,00% Nenhuma importância 30,00% 24,00% 20,00% 10,00% 16,00% 8,00% Pouca importância Importante Muito importante 0,00% Gráfico 14 – Salário não compatível com a tarefa Fonte: Da pesquisa (2011) Na percepção dos funcionários da Etigraf, o salário não compatível com a tarefa é considerado, em sua maioria, como um motivo que gera demissão. 52% dos investigados julgaram que o salário não compatível com as atribuições do cargo é um fator muito importante para deixar a empresa, 24% consideraram ser importante, 16% responderam ter pouca importância e 8% avaliaram ser de nenhuma importância. O resultado tem reflexo positivo para a rotatividade, recomendando-se a adoção de medidas para reduzir seu impacto. 51 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS As empresas encontram-se cada vez mais obrigadas a criar mudanças na sua gestão como forma de manterem-se competitivas no mercado de negócios. Neste aspecto, as pessoas são vistas como a grande vantagem competitiva. Assim, as atividades de recursos humanos devem estar direcionadas aos melhores procedimentos de recrutamento e seleção para que os melhores profissionais sejam contratados, agregando valor ao negócio e contribuindo para sua lucratividade. Porém, se o processo não for bem elaborado, podem surtir efeitos negativos e inesperados para a empresa, como um alto índice de rotatividade. Contudo, o objetivo deste trabalho foi analisar os determinantes da rotatividade dos colaboradores da empresa Etigraf, em Caruaru – PE. Para tanto, foi descrito o processo atual de recrutamento e seleção da organização em estudo. Identificou-se também o índice de turnover nos últimos 12 meses. Da mesma forma, fez-se o levantamento das possíveis causas da rotação dos colaboradores da empresa na percepção deles. Como resultados encontrados, identificou-se que a Etigraf faz uso de diferentes canais para atrair talentos para a organização, utilizando-se tanto do recrutamento externo como interno, sendo este último um fator positivo, pois oferece oportunidades de crescimento para seus colaboradores. No processo de seleção, são aplicados testes de atenção, psicológicos e de liderança, assim como é realizada a entrevista junto à diretoria da organização. Ao final do processo, os candidatos recebem os resultados no mesmo dia, sendo também um diferencial para o setor de gestão de pessoas. Ressalta-se ainda que uma metodologia de seleção de mãode-obra bem elaborada e bem aplicada evita gastos desnecessários com a rotatividade de pessoal. Quanto ao índice de turnover, notaram-se resultados preocupantes para a Etigraf. Os meses de outubro, novembro e março apresentaram indicadores menores em relação aos demais meses. Em fevereiro, abril e, principalmente, em julho encontrou-se os indicadores mais elevados. Uma das justificativas apresentadas pela empresa foi a transferência para o SIMPLES, onde esta adotará menos custos com os impostos da folha de pagamento. Mas, os estudos apontaram novas contratações, o que demonstra que a indústria não tem seu plano definido ainda. Desta forma, o planejamento estratégico é a forma mais indicada de evitar gastos desnecessários e diminuir o índice de entrada e saída de empregados. Na análise das possíveis causas da rotatividade, foram listados 13 motivos: não gostar da atividade exercida, outra oportunidade de emprego, excesso de trabalho, turno de trabalho desagradável, temperatura elevada no ambiente de trabalho, ambiente de trabalho barulhento, 52 falta de comunicação com os colegas, falta de colaboração entre os colegas, trabalho não reconhecido, relacionamento ruim com o encarregado, injustiça por parte do superior, falta de oportunidade de crescimento e salário não compatível com a tarefa. Os motivos que poderiam causar a saída dos colaboradores da Etigraf estão relacionados, principalmente, com a injustiça praticada pelo superior hierárquico, a falta de oportunidades para ascensão no cargo e o salário incompatível com a atividade exercida. Portanto, a empresa deve estar atenta aos fatores que levam à rotatividade para que planos de intervenção sejam criados, a fim de diminuir os impactos causados pelos altos índices de rotação de funcionários, como gastos com anúncios, testes e exames médicos; despesas de contratação, treinamento e socialização; custos das rescisões de contrato, assim como pagamentos de multas e encargos; perda da produção devida ao desligamento de um empregado ou pagamento de horas extras para suprir a falta, entre outros aspectos negativos. Assim, conclui-se a pesquisa respondendo ao problema proposto e sugerindo novas contribuições para identificar os motivos pelo quais os funcionários deixam uma organização, tendo em vista que os fatores podem mudar de pessoa para pessoa, de função para função e de empresa para empresa. 53 REFERÊNCIAS ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração de trabalhos na graduação. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2006. BOHLANDER, George W.; SNELL, Scott. Administração de recursos humanos. São Paulo: Cengage Learning, 2009. BOHLANDER, George W.; SHERMAN, Arthur. Administração de recursos humanos. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 1999. ______. Recursos humanos. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2002. COOPER, D.R. & SCHINDLER, P. S. Métodos de pesquisa em administração. 7. ed. São Paulo: Bookman, 2003. DESSLER, Gary. Administração de recursos humanos. São Paulo: Pretence Hall, 2003. DIEESE - DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SÓCIOECONÔMICOS. Estudo de rotatividade de mão-de-obra. 2007-2009. Disponível em: <http://www.mte.gov.br>. Acesso em: 29 mai 2011. GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999. MANNRICH, Nelson. Constituição federal, consolidação das leis do trabalho, legislação previdenciária. 3. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002. PRESTES, Maria Luci de Mesquita. A pesquisa e a construção do conhecimento cientifico: do planejamento aos textos,da escola à academia. 3. ed. São Paulo: Rêspel, 2008. RAMPAZZO, Lino. Metodologia científica: para alunos dos cursos de graduação e pósgraduação. 3. ed. São Paulo: Loyola, 2005. TACHIZAWA, Takeshy; FERREIRA; Victor Claudio Paradela; FORTUNA, Antônio Alfredo Mello. Gestão com pessoas: uma abordagem aplicada às estratégias de negócios. 5. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006. OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratando de Metodologia Cientifica, São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004. 54 APÊNDICES 55 Apêndice A - Entrevista processo de recrutamento e seleção Função:__________________________ 1. Quais os tipos de recrutamento são utilizados pela empresa? 2. Quais são as formas de divulgação de novas oportunidades? 3. A empresa possui Banco de Talentos? 4. A organização dispõe de uma descrição de cargos? 5. Quais as técnicas utilizadas no processo de seleção? 6. Quais métodos são utilizados na captação de talentos? 7. Como os candidatos recebem o resultado da seleção? 56 Apêndice B - Questionário processo de recrutamento e seleção Este questionário faz parte do Trabalho de Conclusão do Curso de Administração com Habilitação em Gestão de Negócios, da Faculdade do Vale do Ipojuca. O seu objetivo é apresentar o processo de recrutamento e seleção da empresa na percepção dos mesmos. As informações, aqui contidas, serão mantidas em sigilo, não sendo divulgados nomes ou quaisquer outras informações pessoais dos entrevistados e, somente, serão utilizadas como dados para a tabulação dos resultados deste estudo. Agradeço sua colaboração. 1. Como você obteve informações de vagas na empresa? 2. Como você foi recrutado para participar do processo de seleção? 3. Quais foram as etapas de seleção que você participou? 57 Apêndice C - Questionário identificação do índice de turnover 1. Relacione as informações que se pedem abaixo de acordo com os últimos 12 meses (setembro de 2010 a agosto de 2011) a) Número de funcionários demitidos nos meses abaixo: Setembro/ 2010: ________ Outubro/ 2010: ________ Novembro/ 2010: ________ Dezembro/ 2010: ________ Janeiro/ 2011: ________ Fevereiro/ 2011: ________ Março/ 2011: ________ Abril/ 2011: ________ Maio/ 2011: ________ Junho/ 2011: ________ Julho/ 2011: ________ Agosto/ 2011: ________ b) Número de funcionários no último dia nos meses abaixo: Setembro/ 2010: ________ Outubro/ 2010: ________ Novembro/ 2010: ________ Dezembro/ 2010: ________ Janeiro/ 2011: ________ Fevereiro/ 2011: ________ Março/ 2011: ________ Abril/ 2011: ________ Maio/ 2011: ________ Junho/ 2011: ________ Julho/ 2011: ________ Agosto/ 2011: ________ 58 Apêndice D - Questionário causas da rotatividade na percepção dos funcionários Este questionário faz parte do Trabalho de Conclusão do Curso de Administração com Habilitação em Gestão de Negócios, da Faculdade do Vale do Ipojuca. O seu objetivo é apresentar as principais causas da rotação de colaboradores na percepção dos mesmos. As informações, aqui contidas, serão mantidas em sigilo, não sendo divulgados nomes ou quaisquer outras informações pessoais dos entrevistados e, somente, serão utilizadas como dados para a tabulação dos resultados deste estudo. Agradeço sua colaboração. 1. Responda as questões abaixo a respeito dos motivos que fariam você sair da empresa em que trabalha, marcando apenas uma alternativa. Não gostar da atividade exercida Outra oportunidade de emprego Excesso de trabalho Turno de trabalho desagradável Temperatura elevada no ambiente de trabalho Ambiente de trabalho barulhento Falta de comunicação com os colegas Falta de colaboração entre os colegas Trabalho não reconhecido Relacionamento ruim com o encarregado Injustiça por parte do superior Falta de oportunidade de crescimento Salário não compatível com a tarefa Nenhuma importância Importante Nenhuma importância Importante Nenhuma importância Importante Nenhuma importância Importante Nenhuma importância Importante Nenhuma importância Importante Nenhuma importância Importante Nenhuma importância Importante Nenhuma importância Importante Nenhuma importância Importante Nenhuma importância Importante Nenhuma importância Importante Nenhuma importância Importante Pouca importância Muito importante Pouca importância Muito importante Pouca importância Muito importante Pouca importância Muito importante Pouca importância Muito importante Pouca importância Muito importante Pouca importância Muito importante Pouca importância Muito importante Pouca importância Muito importante Pouca importância Muito importante Pouca importância Muito importante Pouca importância Muito importante Pouca importância Muito importante