Modelos Atômicos O átomo nuclear de Rutherford O átomo de Thomson • Evidências que átomos possuem elétrons existiam desde início século XX: – • • − Efeito fotoelétrico, Espalhamento Raios-X. Átomos são eletricamente neutros: – – • Estados de energia do átomo: Para Z elétrons haveria uma carga +Ze. A carga +Ze concentraria quase toda a massa do átomo (me muito pequena). − • Emissão de radiação eletromagnética: − Distribuição das cargas no átomo: – – Massa e carga +Ze distribuidas uniformemente em um volume esférico de 1,0 x10-10 m. Devido à mútua repulsão, os elétrons ficariam distribuidos pela esfera de carga positiva. No estado de menor energia os elétrons estariam fixos nas posições de equilíbrio. Estados excitados os elétrons vibrariam em torno de suas posições de equilíbrio. Carga de elétrons acelerados no estado excitado justificam classicamente a observação de espectro de emissão. • Problema na previsão quantitativa: − − − Cálculo dos () emitidos pelo átomo de apenas um elétron (Ex.4-1) Resultado de uma única frequência característica ,correspondente a = 1200 Å Medidas do espalhamento de partículas alfa por Rutherford (1911) demonstraram, definitivamente, a inviabilidade do modelo. O Átomo de Thomson E as experiências com espalhamento de partículas alfa • A experiência de espalhamento: – – – – Partículas com carga (+2e) são emitidas com alta velocidade por fontes radiativas. Um feixe colimado atinge uma folha fina de metal (Au) e a atravessa facilmente. As ‘s espalhadas pelos átomos do metal são detectadas ao produzirem um flash no detector laminar de ZnS. Conta-se o nº de ‘s espalhadas (por t) no intervalo angular entre e + d. • As previsões do modelo de Thomson: – – – Seja N o nº de átomos que desviam a partícula em sua passagem pela folha, e o pequeno ângulo de deflexão que ela sofre ao atravessar um único átomo Pelo modelo de Thomson: 10-4 rad. 21/2 = (N1/2). 21/2 Sendo 21/2 a raiz do ângulo médio quadrático de espalhamento , E 21/2 a raiz do ângulo médio quadrático de desvio por um único átomo. A teoria estatística prevê a seguinte relação para o nº de ‘s espalhadas no intervalo angular entre e + d : N ()d − 2 I 2 e 2 2 d Para um total de I partículas que atingem a folha (por intervalo t). O Átomo de Thomson Inconsistência com os resultados experimentais • Experimento Geiger e Marsden – 1909 – – – • Medidas de espalhamento de ‘s em uma folha de Au com espessura de 1,0 m mostraram: 21/2 2 .10-4 rad. Resultado coerente com a previsão do modelo atômico de Thomson. Além disso, verificaram que mais de 99% das partículas espalhadas se concentram num ângulo menor que 3º; e a contagem do nº de ‘s espalhadas era consistente com o cálculo N()d da proposta de Thomson. Rutherford "sugere" observar > 90º – – Calculando N( >90º) daria ZERO, ou melhor: 10-3500 !! Mas eles mediram assim mesmo. E contaram muito mais partículas do que o esperado: N( > 90º) da ordem de 10-4 !!! A proposta de Rutherford Um modelo nuclear para o átomo • O modelo atômico de Rutherford – – – – • Núcleo, de pequena dimensão, concentra a carga +Ze e quase toda a massa do átomo no centro. O espalhamento das α's se deve à forte repulsão Coulombiana do núcleo (pontual). Núcleos de átomos pesados → permanecem fixos em suas posições durante o espalhamento. Velocidades não relativísticas: (v/c ≈ 1/20). Trajetória da partícula α espalhada: – – – Partícula de massa M e carga +ze (z= 2) Parâmetro de impacto: b Coordenadas polares: (r, φ) Repulsão Coulombiana: d 2 r d 2 zZe 2 F M 2 r 4 0 r 2 dt dt 1 Ângulo de espalhamento: θ = π – φ(r→) O átomo nuclear de Rutherford A trajetória de espalhamento • Após espalhamento: – • Demonstra-se que (ver Exemplo 4.3): v = v' b= b' Trajetória Hiperbólica (Apêndice D): 1 1 D sen 2 cos 1 r b 2b – D é a distância de máxima aproximação numa colisão frontal (b = 0): zZe 2 D 4 0 M v 2 2 1 • Ângulo de espalhamento: – Obtido pelo valor de φ para: (r→): θ = π – φ cot 2 2b D O átomo nuclear de Rutherford Distribuição angular do espalhamento • Correlação entre b e θ – Para α's com parâmetro de impacto: b e b+db – ângulo de espalhamento entre θ e θ+dθ Cáculo de N(ϴ)d(ϴ) é equivalente a P(b)db: N° de α's que atingem uma lâmina, de espessura t e densidade ρ de núcleos, com parâmetro de impacto entre b e b+db. (Ex. 4.5) d P(b)db tD 2 sen 4 8 sen / 2 Sendo : N(ϴ)dϴ= -I.P(b)db 1 N ()d 4 0 2 2 zZe 2 send I 2 t 2 sen4 / 2 2Mv Em que I é o n° de α's que atingem a lâmina (por u.t.) Modelo de Rutherford X Experiência Por Geiger e Marsden • Teste da dependência N(ϴ)dϴ 5º 150º) – Em Ag e Au (de a – variação de 105 nesta faixa angular: experiência X teoria discrepante em menos de 10%. – Variação de espessura t por um fator 10 confirma a proporcionalidade prevista. – Dependência c/inverso (Ecin)2 - fator de variação 3x, com fontes radiativas diferentes, confirmaram a previsão. – Dependência com a carga (Ze)2 – a comprovação dessa proporcionalidade demonstra, de forma independente, que o n° atômico do elemento na tabela periódica dá o n° de elétrons do átomo. • O tamanho do núcleo – Pelo modelo, o raio do núcleo: r<D Experimentos com elementos mais leves revelam esse limite quando a teoria diverge da experiência: Espalhamento de Rutherford Seção de choque diferencial • Definição p/ângulo sólido dΩ – A fração de α’s espalhadas subentendida por dΩ é dada por: dN d Itd d Onde dσ/dΩ é a seção de choque diferencial para o espalhamento, e como dΩ= 2π.senϴdϴ – Pode-se então reescrever N(ϴ)dϴ= dN 1 dN 4 0 2 2 zZe 2 d I t 2 sen4 / 2 2Mv – De modo que: d 1 d 4 0 2 2 zZe 2 1 2 4 2Mv sen / 2