Com a devida vénia transcrevemos artigo publicado na edição de hoje do Jornal de Negócios on line Economia Europa Noyer alerta para maiores problemas de financiamento de alguns bancos Alguns bancos "começaram a deparar-se com maiores problemas de financiamento", afirmou Christian Noyer, membro do Banco Central Europeu (BCE), sem especificar a que bancos se referia. Carla Pedro [email protected] Alguns bancos "começaram a deparar-se com maiores problemas de financiamento", afirmou Christian Noyer, membro do Banco Central Europeu (BCE), sem especificar a que bancos se referia. Estes comentários renovaram os receios em torno da crise da dívida na Europa, levando a uma queda das bolsas do Velho Continente após nove sessões consecutivas em alta. “As dúvidas em torno da sustentabilidade das finanças públicas em muitos países estão na base da actual incerteza”, declarou Noyer, citado pelo “site” “Investors.com”. Noyer, que é também governador do Banco de França, disse que o intensificar dos problemas de financiamento de alguns bancos, num contexto de crise da dívida pública, reflecte um estado geral de incerteza que, se não for mudado, poderá ter grandes consequências para a estabilidade financeira e para a economia real, como aconteceu durante os últimos meses de 2008. O responsável do BCE comentou também, numa entrevista ao diário francês “La Tribune”, que as nações do G-20 devem chegar a um consenso quanto à necessidade de reforçar a resiliência da banca. Aumentar a solidez do sistema bancário é um imperativo, afirmou. Noyer descreveu também o recente corte do “rating” da Grécia por parte da Moody’s como “incompreensível”. No caso da Grécia, “confiamos mais na análise do FMI”, acrescentou, citado pela “RTT News”. O governador do Banco de França referiu ainda que as medidas do BCE para acalmar as tensões do mercado são insuficientes se forem isoladas e que não são um substituto para a consolidação orçamental. O Programa Especial para os Mercados, que envolve a compra de títulos de dívida pública, “não pode ser e não será um substituto para uma consolidação orçamental efectiva e rápida”, declarou Noyer, citado pela Dow Jones Newswires. 2010.06.22