INFLUENZA
Maria Mazzarello
Aline Anne Ferreira
Abril 2013
Influenza
(gripe)
Agente etiológico:
• vírus RNA
• Família Ortomixovírus
subdividido em três
tipos de vírus
antigenicamente
distintos: A, B e C.
Influenza
Grande preocupação das autoridades sanitárias
mundiais:
 Impacto na morbimortalidade decorrente das suas
variações antigênicas cíclicas;
 Possibilidade de ocorrer pandemias devido a alta
capacidade de mutação antigênica do vírus influenza A,
inclusive com troca genética com vírus não humanos,
ocasionando rápida disseminação e impacto entre os
suscetíveis não imunes com grande repercussão social e
econômica.
Influenza Aviária A (H5N1)
• De 2003 a fevereiro de 2012 foram confirmados
589 casos humanos por influenza aviária A (H5N1)
com 348 óbitos no mundo. Os países com maior
número de casos são a Indonésia (185), o Egito
(163) e o Vietnã (121) (OMS, 2012)
Fases da Vigilância da Influenza A
H1N1 no Brasil
Contenção
SE 16 a 28 de 2009
Mitigação
SE 29/2009 a agosto de 2010
Pós-pandêmica
a partir de agosto de 2010
Classificação Final de casos SRAG
1. SRAG por Influenza
2. SRAG por outros vírus respiratórios (Adenovírus,
Parainfluenza, Sincicial e outros)
3. SRAG por outros agentes etiológicos – especifique
4. SRAG não especificada
Critério de Confirmação
1. Laboratorial – Imunoflorecência e PCR
2. Clínico-Epidemiológico
3. Clínico
Objetivo
• O protocolo tem por objetivo orientar a conduta
frente os casos de Síndrome Gripal e Síndrome
Respiratória Aguda Grave, no país, considerando
a atual abordagem terapêutica garantida pelo
Ministério da Saúde.
Definição de casos de síndrome Gripal
• Indivíduo que apresente febre de início súbito,
mesmo que referida, acompanhada de tosse ou dor
de garganta e pelo menos um dos seguintes
sintomas: cefaleia, mialgia ou artralgia, na ausência
de outro diagnóstico específico.
Definição de casos de síndrome Gripal
< 2 ANOS
• Em crianças com menos de dois anos de
idade, considera-se também como caso de
síndrome gripal: febre de início súbito (mesmo
que referida) e sintomas respiratórios (tosse,
coriza e obstrução nasal), na ausência de outro
diagnóstico específico.
Diferenças entre Gripe e resfriado comum
Síndrome Gripal
A evolução usual da gripe é a resolução espontânea em
sete dias, embora a tosse, o mal estar e a lassidão possam
permanecer por algumas semanas
Sinais de agravamento
• Aparecimento de dispneia ou taquipneia ou hipoxemia;
• Persistência ou aumento da febre por mais de três dias;
• Piora dos sintomas gastrointestinais;
• Exacerbação de doença Pulmonar Crônica e doença
Cardíaca pré-existente;
• Miosite. Alteração do sensório;
• Desidratação
Definição de caso de Síndrome Respiratória
Aguda Grave (SRAG)
Indivíduo de qualquer idade, com Síndrome Gripal e que
apresentam dispneia ou saturação de O2 menor que 95% em ar
ambiente OU sinais de desconforto respiratório.
Indicações de uso do Oseltamivir
(Tamiflu)
• Em todos os casos de SRAG, imediatamente na
suspeita clínica;
• Não precisa aguardar confirmação laboratorial;
• A coleta de amostras da naso e orofaringe deve
ser realizada preferencialmente antes do início do
tratamento e com até 7 dias de início dos
sintomas.
Síndrome Gripal em pacientes com fatores
de risco para complicações
• Além dos medicamentos sintomáticos e da
hidratação, está indicado o uso de Fosfato de
Oseltamivir (Tamiflu) para todos os casos de SG
que tenham fator de risco para complicações,
independente da situação vacinal.
OBS: não se deve aguardar confirmação laboratorial
Indicações de uso do Oseltamivir
(Tamiflu)
Grupos de risco:
• Crianças < de 2 anos
• Adulto ≥ 60 anos
• Grávidas em qualquer idade gestacional,
puérperas até 02 semanas após o parto (incluindo
aborto e perda fetal);
Indicações de uso do Oseltamivir
(Tamiflu)
Fatores de risco:
• Pessoas com menos de 19 anos de idade em uso prolongado
com ácido acetilsalicílico;
• Indivíduos com doença crônica: Cardiovasculopatias,
pneumopatias,
nefropatias,
distúrbios
metabólicos,
hepatopatias e transtornos neurológicos;
• Imunossupressão;
• População indígena;
• Obesidade .
Síndrome Gripal em pacientes sem fatores
de risco para complicações
Além dos medicamentos sintomáticos e da
hidratação, a prescrição de Oseltamivir deve
ocorrer de acordo com critério médico.
Vigilância Ampliada da
Influenza
PORTARIA Nº 2.693, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2011
 Estabeleceu mecanismo de repasse financeiro do Fundo
Nacional de Saúde aos Fundos de Saúde dos Municípios,
por meio do Piso Variável de Vigilância e Promoção da
Saúde,
para
implantação,
implementação
e
fortalecimento da Vigilância Epidemiológica da
Influenza
 Definir como sítios sentinelas de atuação da Vigilância
Epidemiológica da Influenza as capitais e cidades de
região metropolitana de capitais, com população igual ou
superior a 300.000 mil habitantes(...).
Vigilância Ampliada da Influenza
• Vigilância de Síndrome Respiratória Aguda Grave;
• Vigilância de Síndrome Gripal;
• Vigilância das Hospitalizações por Pneumonia e
Influenza.
Ampliação do número de unidades sentinelas
Metas
Art. 13. O recebimento do incentivo financeiro por parte do Distrito Federal e
Municípios implica no compromisso do cumprimento das metas:
§ 1º Para a Vigilância da SRAG em UTI:
I - notificação de no mínimo 80% dos casos de SRAG internados nos serviços
escolhidos, com o devido envio de amostra aos LACEN e digitação no sistema de
informação Sivep_gripe; e
II - notificação semanal do número de internações por CID 10: J09 a J18 nas UTI
participantes com regularidade de 90% das Semanas Epidemiológicas (SE)
NOTIFICAÇÃO AGREGADA.
-
Metas
§ 2º Para a Vigilância da SG:
I - atingir, no mínimo, 80% de notificação e a coleta de material por
Semana Epidemiológica (SE); 5 amostras/ semana
II - ter informação da proporção de atendimentos por SG, em
relação ao total de atendimentos no serviço;
III - notificação de casos de SG em, no mínimo, 90% da SE no ano;
e
IV - alimentação do Sivep-Gripe.
Metas
§ 3º Para a Vigilância de internações por CID 10: J09 a J18:
I - informar o total de internações na planilha de notificação
agregada pelos CID 10: J09 a J18 no módulo específico do SivepGripe em 90% das semanas epidemiológicas.
•Será desenvolvido nos hospitais sentinelas para influenza.
Unidades que irão implantar o novo SIVEP Gripe
Total = 319 Unidade Sentinelas de Influenza
150 US de
SRAG
Fonte: Adesão a Portaria de Fortalecimento da VE de Influenza.
169 US
de
SG
Unidades Sentinelas da Síndrome
Gripal na Bahia
• Pronto Atendimento Hélio Machado (Itapuã)
• 12 Centro de Saúde Alfredo Bureau (Boca do Rio)
• Centro de Saúde Edson Texeira Barbosa (Pernanbués)
• Centro de Saúde Adroaldo Albergaria (Periperi)
• 5º Centro de Saúde Professor Clementino Fraga (centenário)
Unidades Sentinelas da Síndrome
Respiratória Aguda Grave (SRAG) na Bahia
•
•
•
•
•
Hospital Otávio Mangabeira
Hospital Roberto Santos
Maternidade José Maria de Magalhães
Hospital Aliança
Hospital São Rafael
Atividades desenvolvidas
• Visita Técnica às unidades sentinelas SRAG
• Capacitação das as unidades sentinelas para
utilizar o sistema SIVEP-GRIPE
• Capacitação em coleta Naso e Orofaringe das
unidades sentinelas (LACEN)
• Fornecimento de kits de coleta Naso e orofaringe
Cronograma de Atividades Pactuado para
Implantação do SIVEP GRIPE
Dados Epidemiológicos
Casos e evolução de SRAG por ano de início
dos sintomas, 2009-2013*
ANO
2009
2010
2011
2012
2013
Total
SRAG
1078
127
57
204
18
1484
Fonte: SINAN Influenza Web
* Dados até 05/05/2013
A/H1N1
n
óbitos
504
22
7
1
1
0
16
0
1
0
529
23
Casos confirmados de Influenza A H1N1 por
município de residência, Bahia, 2012
Município
casos incidência óbito letalidade
Salvador
7
0,3
0
0
Vitória da conquista
1
0,3
0
0
Feira de Santana
2
0,4
0
0
Jacobina
1
1,3
0
0
Queimadas
1
4,1
0
0
Pedrao
1
14,5
0
0
Boninal
1
7,3
0
0
Luis Eduardo Magalhães
1
1,7
0
0
Catu
1
2,0
0
0
Total
16
0,4
0
0
Fonte: Sinan Influenza web
Notificação de SRAG, Bahia,2013*
Município
Salvador
Jequié
Total
Ign/Branco
13
1
14
Fonte: Sinan Influenza web
Dados até 05/05/2013
Cura
2
0
2
Óbito por Influenza
1
0
1
Total
16
1
17
Dados de Síndrome Gripal
Monitoramento realizado na 5º Centro de Saúde –
Clementino Fraga em 2012
Contexto Internacional 2013
Estados Unidos - Período Sazonal Epidêmico 20122013 – Vírus Influenza A (H3N2)V
China – Vírus da Influenza Aviária A (H7N9): 128
casos e 26 óbitos
Prevenção
Etiqueta Respiratória
Fonte: Vacinômetro/Datasus/MS. Acesso em 05/05/2013.
Fluxo de notificação e envio de amostras SRAG
UNIDADE HOSPITALAR
DISTRITOS SANITÁRIOS → SMS
DIRES
DIVEP
Sinan Influenza Web
LACEN
FIOCRUZ-RJ
Novo Protocolo de Tratamento da Influenza
2013
O uso do antiviral Oseltamivir tem se
mostrado como o recurso terapêutico
de maior impacto na redução de
gravidade e óbitos por influenza.
Recomendações para a Vigilância
Divulgação de Protocolos
Elaboração e divulgação de Boletins Epidemiológicos
Monitorar a disponibilidade de Oseltamivir nas Unidades de Saúde
Notificação imediata de paciente que adoeceu e viajou recentemente (últimos
20 dias) para locais com casos confirmados para o novo vírus da influenza
aviária A (H7N9) quer seja em humanos e animais;
Realizar coleta de naso e orofaringe dos casos SRAG internados; e
Orientar o uso do antiviral oseltamivir de acordo com o Protocolo de
Tratamento da Influenza.
Informação sempre ..
Influenza:
A ameaça constante...
Contatos e informações
• Diretoria de Vigilância Epidemiológica - SESAB/Gt Influenza – (71) 3116 –
0042
• Hospital Otávio Mangabeira – (71) 3117-1765
• Laboratório Central de Saúde Pública Professor Gonçalo Muniz (LACEN) –
(71) 3356-2299 e-mail : [email protected]
• Boletins, Informes e Protocolos - consultar o site www.vigilanciaemsaude.
ba.gov.br ou www.saude.gov.br
• Solicitar o kit de coleta: LACEN/BA – Solicitação do meio de transporte viral
para coleta de Influenza ao Setor de Insumos Estratégicos FAX: (71) 33572820, e-mail:
• DASF – Distribuição de Oseltamivir para as Diretorias Regionais de Saúde
Responsável – Fernanda Borges ([email protected])
• (71) 3115-4113
-
OBRIGADA!
Coordenação de Vigilância das Doenças Imunopreviníveis (COVEDI)
Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVEP)
GT PFA / INFLUENZA
Dra. Maria Mazzarello - Responsável técnica
Aline Anne Ferreira - Técnica sanitarista
Tânia Damásio - Aux Enfermagem
E-mail:[email protected]
Homepage: www.vigilanciaemsaude.ba.gov.br
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Definição de caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave