Entrevista: Astronauta Marcos Pontes fala sobre disciplina e criatividade PUBLICAÇÃO MENSAL DO SINDICATO DOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO NO ESTADO DE SÃO PAULO * ANO 14 - Nº 165 - DEZEMBRO DE 2011 Dicas para um bom planejamento escolar Simples Nacional: ampliação das alíquotas beneficia escolas Índice DIRETORIA Presidente Benjamin Ribeiro da Silva Colégio Albert Einstein [email protected] 1º Vice-presidente José Augusto de Mattos Lourenço Colégio São João Gualberto 4 2º Vice-presidente Waldman Biolcati Curso Cidade de Araçatuba 1º Tesoureiro José Antonio Figueiredo Antiório Colégio Padre Anchieta 2º Tesoureiro Antonio Batista Grosso Colégio Átomo 1º Secretário Itamar Heráclio Góes Silva Educ Empreendimentos Educacionais 2º Secretário Antonio Francisco dos Santos Idéia Jovem S/C LTDA ABCDMR Diretora - Oswana M. F. Fameli (11) 4437-1008 Araçatuba Diretor - Waldman Biolcati (18) 3623-1168 Bauru Diretor - Gerson Trevizani (14) 3226-3096 Campinas Diretor - Antonio F. dos Santos (19) 3236-6333 Marília Diretor - Luiz Carlos Lopes (14) 3413-2437 Jurídico: As lacunas da Nova Lei do Aviso Prévio Saúde: Doenças do verão Planejamento escolar 2012: Momento para repensar a prática pedagógica Cidadania: Escola e família na prevenção às drogas Entrevista: Para o astronauta Marcos Pontes, disciplina e criatividade não são excludentes 10 Nutrição: Conheça mais sobre açúcares e adoçantes 18 36 38 40 Passo-a-passo: Aprenda a fazer um lindo cartão para o Natal 42 Ribeirão Preto Diretor - João A. A. Velloso (16) 3610-0217 Osasco Diretor - José Antonio F. Antiório (11) 3681-4327 Presidente Prudente Diretor - Antonio Batista Grosso (18) 3223-2510 Santos Diretor - Ermenegildo P. Miranda (13) 3234-4349 São José dos Campos Diretora - Maria Helena Baeza (12) 3931-0086 São José do Rio Preto Diretor - Antonio Carlos Tozzo (17) 3222-6545 Sorocaba Diretor - Edgar Delbem (15) 3231-8459 Editor Adhemar Oricchio - MTB 8.171 Repórteres Paula Hernandes - MTB 44.925 Alex de Souza - MTB 57.880 Assessoria de Imprensa e Produção Editorial Editor-chefe Adhemar Oricchio Editor gráfico/revista Alex de Souza Editora de site Paula Hernandes Impressão: Companygraf Colaboradores Antonio Higa * Carlos Alberto Nonino Jocelin de Oliveira * José Maria Tomazela José Rodrigues * Ivaci de Oliveira Ulisses de Souza * Ana Paula Saab Clemente de Sousa Lemes www.sieeesp.org.br Av. Dr. Altino Arantes, 225 CEP 04042-031 - São Paulo - SP (11) 5583-5500 2 Escola Particular Tributos: Simples Nacional sofre alterações que beneficiam instituições de ensino 20 e 22 Educação sexual: Sexo frágil e a prevenção da Aids Ensaio: Lançado durante o Saber 2011, “Mentes que aprendem” trata da prontidão para a aprendizagem Tecnologia: Os jovens e a escolha da carreira Entrevista: “Só vontade de trabalhar não resolve” Aguinaldo Ramos de Miranda 44 Comportamento: O celular e o professor 50 Cursos de janeiro: Confira as novidades do Sieeesp em 2012 52 24 26 Encargos: Verifique as obrigações de sua escola em 2012 53 Estratégia Motivação para melhores resultados 54 34 Capa: sxc.hu Editorial Sieeesp: 80 anos de serviços A o findar o ano de 2011, queremos express a r n o s s a g ra t i d ã o pela confiança em nós depositada, uma credibilidade reafirmada e confirmada durante todo tempo em que estamos à frente dos destinos do Sieeesp. Nestes anos de administração, sempre tivemos a preocupação de prestar cada vez mais serviços aos nossos associados e representar com altivez e responsabilidade os mantenedores de escolas particulares. Tenha certeza, caro Mantenedor, que você sempre teve o seu Sindicato ao seu lado. Foram dezenas e dezenas de viagens a Brasília em busca de apoio político para conseguir melhores condições para as escolas particulares, como a redução das alíquotas da Cofins, a entrada e a manutenção das escolas no sistema Simples de recolhimento de impostos, a defesa das escolas filantrópicas. Preocupamos-nos muito com a melhoria das condições físicas e o aprimoramento do trabalho das sedes regionais espalhadas pelo interior; conseguimos consolidar uma das mais belas páginas do setor educacional brasileiro – o Congresso e Feira Saber, um marco para a escola brasileira e um coroamento dos cursos ministrados em nosso sindicato; criamos e incentivamos inúmeras parcerias para trazer benefícios aos nossos associados, como o atual projeto Vem com a Gente, uma unidade móvel que levará Educação, Cultura e Meio Ambiente para todas as cidades onde mantemos regionais, quando esperamos beneficiar milhares de professores e alunos. Como se vê, o Sindicato preparou-se para efetivamente servir aos seus associados, principalmente nestes tempos de intensa competitividade, que tem gerado uma reestruturação e atualização do setor, com o incremento muito grande da tecnologia. “ Conseguimos consolidar uma das mais belas páginas do setor educacional brasileiro – o Congresso e Feira Saber, um marco para a escola brasileira e um coroamento dos cursos ministrados em nosso sindicato. Podemos dizer que o Sieeesp tem duas grandes missões: a primeira, frente aos seus associados, a outra, frente a toda a sociedade” Para o Sieeesp, tê-lo conosco é uma questão de honra. Já somos, hoje, a maior entidade sindical particular na área da Educação. Com a sua presença, seremos ainda melhores, mais representativos e mais eficientes e cumpriremos com maior rigor a nossa missão. Para discutir assuntos de nosso interesse e dirimir dúvidas, criamos um canal de comunicação. Fale conosco - [email protected]. Queremos lembrar que o ano de 2012 será de muito júbilo para nós, pois comemoraremos 80 anos de serviços prestados à Educação brasileira. Podemos dizer que o Sieeesp tem duas grandes missões: a primeira, frente aos seus associados, a outra, frente a toda a sociedade. Para vocês, associados, o Sindicato tem a função principal de oferecer assessorias, administrativa e pedagógica, cursos, processos de capacitação e atualização profissional, além de representatividade e respaldo político, enfim, todos os serviços necessários para que as instituições educacionais possam cumprir sua função principal: educar. Diante da sociedade, o papel do Sindicato é promover a qualidade do ensino por meio de diversos instrumentos, em todos os âmbitos do ensino, da Educação Infantil ao Ensino Médio. Conseguimos angariar o respeito e a credibilidade de todos, graças a uma administração séria e austera. Agora nos empenhamos na união de todos, não só nossos associados, como também outras entidades representativas da escola particular para nos tornarmos um segmento forte e unido. Contem conosco! Queremos aproveitar para desejar um Bom Natal e um excelente 2012. Benjamin Ribeiro da Silva Presidente do Sieeesp Escola Particular 3 Planejamento Planejamento Escolar 2012 – o momento de repensar a prática pedagógica Dezembro é o momento para fazer um balanço geral das ações de 2011 para, a partir de uma perspectiva crítica, elaborar o planejamento escolar do próximo ano O Paula Hernandes ano letivo está no fim e é hora de pensar nas providências do próximo ano, verificando as ações que deram certo e os aspectos que precisam de mais atenção. Faltou integração da equipe em quais ocasiões? O projeto ficou engavetado? Por que? Dezembro é o momento para fazer um balanço geral das ações de 2011 para, a partir de uma perspectiva crítica, elaborar o planejamento escolar do próximo ano, tendo em vista o papel mediador do coordenador pedagógico, responsável por conciliar demandas dos docentes e da comunidade, convergindo com a missão e o perfil da escola, uma vez que são eles que nortearão todo o trabalho. Planejamento é mais que um documento O planejamento pedagógico é um instrumento que reúne as decisões coletivas com relação à escola, no qual os desejos e intenções da equipe escolar quanto à rotina da instituição devem ser expressos e seguidos conforme o projeto político pedagógico da escola. Em outras palavras, é a operacionalização do Projeto Pedagógico, realizado a partir de uma análise crítica e coletiva. Segundo a assessora pedagógica, Célia Godoy, para que o planejamento funcione, a escola não pode perder 4 Escola Particular Fotos: sxc.hu isso de vista. “O planejamento não é um mero documento redigido para o cumprimento de exigências legais; ele elucida a missão da escola e é também um movimento, uma vez que tratase de um processo coletivo de discussão, análise e tomada de decisões, cujo acompanhamento e avaliação constantes podem definir as mudanças de rumo, sempre que necessário”, diz. O que vai garantir o sucesso do planejamento é justamente sua consonância com o projeto político pedagógico escolar. “A diferença entre escolas que planejam ações sem refletir criticamente o seu contexto e os seus objetivos, daquelas que partem do projeto político pedagógico, trabalhando ideias, valores, a política e a organização curricular é significativa”, diz Célia. Para isso, cada membro da equipe escolar precisa estar ciente de seu papel e atribuições de forma a viabilizar as ações, contribuindo para que a prática em sala de aula e o cotidiano escolar sejam coerentes com os objetivos propostos. A equipe gestora multidisciplinar deve rever as funções que desempenha em sua rotina, bem como avaliar as formas de comunicação estabelecidas entre os membros da equipe, a interação de todo o grupo, Cada membro da equipe escolar deve entender seu papel e atribuições, para que os objetivos propostos no planejamento sejam atingidos além de avaliar as possibilidades reais de mediação que constrói junto aos professores. Por ser um processo de construção coletivo, o planejamento deve partir da escuta atenta de todos os envolvidos para que se possam estabelecer os critérios comuns, discutir as formas de gestão, a organização do espaço e do tempo, a parceria com as famílias, tendo em vista a proposta da escola e sua organização curricular. Por ser um processo de construção coletivo, o planejamento deve partir da escuta atenta de todos os envolvidos. A equipe gestora multidisciplinar deve rever as funções que desempenha e as formas de comunicação estabelecidas entre os membros da equipe Principais erros na execução do planejamento pedagógico Elaborar e cumprir um planejamento exige disciplina e comprometimento de toda equipe, uma vez que, cientes de sua atuação e função na rotina da escola, os educadores precisam estar atentos a cada ação realizada e notificar a coordenação sempre que necessário para que possíveis mudanças de rota sejam devidamente analisadas. Nesse sentido é importante que todas as ações planejadas pela equipe sejam condizentes com sua rotina e, principalmente, alinhadas com sua realidade. De acordo com Célia Godoy, os erros mais comuns cometidos pelas instituições ao formularem seu planejamento estão ligados à falta de um pensamento crítico no que diz respeito aos erros e acertos cometidos pela instituição, à elaboração de um bonito plano pedagógico, que não sai do papel e cumpre apenas sua função burocrática sem ser colocado em prática; na previsão de necessidades baseadas em opiniões pessoais, mitos ou construídas na cúpula da escola. Outro erro comum é a improvisação, que engloba a idealização de metas, sem estipular prazos e etapas para a concretização, ou a falta de acompanhamento e avaliação das ações propostas. “O planejamento pedagógico não pode ficar guardado numa gaveta secreta. É necessário ouvir todos os envolvidos no processo, realizar diagnósticos situacionais e, principalmente, não se pode planejar por ‘achismo’, abrindo mão da avaliação e do pensamento crítico”, explica Célia, que diz que o planejamento é o momento de repensar a prática pedagógica num horizonte de possibilidades, fazendo com que a equipe escolar ref lita sobre qual tipo de educação e formação que se pretende realizar. O papel mediador do coordenador pedagógico Mediação é a palavra-chave quando se pensa em planejamento pedagógico e o coordenador pedagógico é o principal ator nessa tarefa, pois deve avaliar e reavaliar continuamente os processos da escola, aferindo a aplicabilidade do planejamento no favorecendo nhar sua equipe, pa om ac ve de r o suas O Coordenado ades e respeitand lid bi ha as su de to diretoria, o desenvolvimen as relações com a rá ia ed m m bé ra m limitações. Ele ta e abrem espaço pa qu s, ca gi gó da pe iões ção por meio das reun ensino na institui de e ad id al qu da a discussão cotidiano escolar, além de designar tarefas e combinados a cada um dos componentes da equipe, monitorando prazos e cobrando o cumprimento das etapas estabelecidas. Além disso, o Coordenador deve zelar pela formação permanente de sua equipe, acompanhando a rotina da instituição, favorecer o desenvolvimento de habilidades e competências dos profissionais, tendo em vista também suas limitações para que se trabalhe a questão da superação. Além de exercer o papel de mediador dentro da equipe docente, o Coordenador mediará as relações com a diretoria, por meio das reuniões pedagógicas, que abrem espaço para a discussão da qualidade de ensino na instituição e mediará também a relação com os pais, por meio dos encontros de pais, que buscam integração entre escola e família. Outra função do coordenador é viabilizar o projeto pedagógico por meio da gestão curricular. “O currículo norteará muitas das ações mediadoras do coordenador pedagógico, que deverá fazer valer os quatro pilares da educação: aprender a aprender, aprender a conhecer, aprender a ser e aprender a conviver”, explica Célia. Tudo isso articulando as diretrizes curriculares dentro de uma proposta que trabalhe de maneira interdisciplinar. EP Escola Particular 5 Planejamento Fotos: sxc.hu MOMENTO CHAVE O professor deve conquistar a confiança dos alunos na primeira semana de aula Após o planejamento, o acolhimento Paula Hernandes P assada a semana pedagógica, quando o planejamento escolar foi discutido com a coordenação e as atividades da semana de recepção e acolhimento foram definidas, é hora de retomar a rotina na sala de aula e iniciar os trabalhos em mais um ano letivo. E para que a primeira semana seja tranquila para os pequenos, que estão para conhecer o universo escolar pela primeira vez, Escola Particular conversou com a especialista em Educação Infantil, Gabriela Manzano Antonangeli, para saber como deve ser a recepção dos novos alunos, a postura do professor no relacionamento com os pais e, principalmente, como lidar com a insegurança, tanto da família, no momento em que deixa o filho na escola ades s de ativid Sugestõe ana de para a sem ento e acolhim recepção lista em A especia abriela Infantil, G o ã ç a c u d E eli, Antonang Manzano rso trará o cu que minis pique ulas com a s à a lt o “V a borou um total”, ela des a id v ti a de sequência ção ra a Educa a p s a d a lt vo Infantil. 6 Escola Particular pela primeira vez, como também da criança, que deixa o convívio exclusivo do círculo familiar para se relacionar com colegas da mesma idade. A reportagem também falou também com a psicóloga do Colégio OEMAR, Carmen Galluzzi, sobre os possíveis temas para uma primeira reunião de pais. O momento da acolhida A semana de adaptação é um período de aprendizagem, tanto para os alunos, quanto para a equipe docente. É o momento de criar vínculos e conquistar a confiança dos pequenos. “Acredito que essa semana deve ser recheada de muita alegria, paciência, afetividade, brincadeiras e atividades lúdicas, planejadas conforme a faixa etária de cada turma”, diz Gabriela. - Pedi rà crianç s as qu e desen h um bo em n no ba eco lão de ar - Desenho livre ou para a mamãe e qu ém para algu a nç ia cr cuida da úsicas - Colocar m m as o c e dançar s balões o crianças e de ar rias istó om h r nta os, c iais - Co livr ater com ca e m os rs si mú dive - Brincadeiras livres no parque - Conv id para b ar os pais rincar em de estátu a dia co no primeiro m os fi lhos Como a primeira semana deve trabalhar a acolhida e a relação de confiança entre professores, pais e alunos, Gabriela elaborou uma série de dicas, referentes à postura do professor na hora da recepção, além de atividades que podem ser realizadas nesse período. As dinâmicas, inclusive, farão parte do curso “Volta às aulas com pique total”, que será ministrado por Gabriela no dia 16 de janeiro, das 13h30 às 17h30 na sede do Sieeesp. “A ideia do curso surgiu para colaborar com os professores nessa fase de adaptação e acolhimento, trazendo brincadeiras, dinâmicas e sugestões de atividades lúdicas interessantes para se fazer na primeira semana de aula, além de trabalhar a autoestima dos educadores, fazendo com que eles voltem às aulas com pique total”, conta. Atitudes do professor na recepção O trabalho com os nomes dos alunos logo nos primeiros momentos de aula é fundamental para que eles se sintam acolhidos. Por isso, é importante trabalhar brincadeiras que estimulem a apresentação dos alunos, para que eles se conheçam e para que o professor memorize. “É preciso receber os alunos olhando nos olhos, de braços abertos e com um sorriso no rosto, para que eles se sintam bem-vindos”, diz Gabriela, que recomenda aos professores atividades que possibilitem descobrir as preferências e os interesses dos alunos como parte do processo de construção do perfil da turma, possibilitando escolher, futuramente, as atividades que mais agradam nos momentos de brincadeira. Ao mesmo tempo em que o professor precisa descobrir os interesses da turma, deve ter o cuidado de não sobrecarregar o dia com muitas atividades. Brincadeiras e a descoberta do ambiente Crianças de modo geral são muito curiosas e, uma vez que o professor já aplicou algumas dinâmicas para quebrar o gelo, ele pode planejar atividades de “exploração da escola”, mostrando as dependências, apresentando os funcionários e suas respectivas funções, além das outras turmas. Pode também contar sobre a rotina do dia. “Falar um pouco sobre as atividades vai transmitir mais confiança e segurança, porque a criança já sabe antecipadamente o que vai acontecer”, conta Gabriela Antonangeli. Outra ideia é escolher um ajudante por dia, para fazer com que as crianças se sintam importantes e responsáveis. “É importante promover voz e vez a todos, não elegendo prediletos, por isso a escolha de um ajudante diferente por dia é uma opção para dar oportunidades iguais a todos”, explica. ta livre, feita a pintura com tin um rá se pa ca A s: : ão de boas-vinda ões para o cartão Elabore um cart ofessor. Sugest pr lo pe a ad or mensagem elab rtidas pela criança e a isas lindas e dive co s ta ui m os m a), Juntos fare sora)” “(nome da crianç (nome da Profes ra so es of pr da ijocas ano de 2012. Be la (turma), durante todo o e da escola), sa om (n la co Es à do(a) a), Seja bem-vin “(nome da crianç ra)” é ome da professo ra, beijinhos e at da professora (n a nova professo su r se em liz fe a), Estou muito “(nome da crianç o 2012, um beijinh amanhã”. durante o ano de os nt ju os m re criança)! Esta “Oba, (nome da )”. e da professora professora (nom Pela primeira vez na escola É bastante comum as crianças menores chorarem ao se separarem dos pais nos primeiros dias de aula. Por isso, o trabalho do professor deve ser cuidadoso de modo a mostrar que a escola é um lugar divertido, que possibilita conhecer outras crianças, fazer amigos e aprender brincadeiras novas. Mas nem sempre isso é tarefa fácil. Uma das sugestões para os pequenos é a adaptação gradativa, com duas crianças por vez, para que o professor possa dar uma atenção individualizada, além de diminuir o número de horas de permanência da criança na escola, para que ela se acostume aos poucos com o novo ambiente. “Uma coisa muito importante é não mentir para a criança”, diz Gabriela, por isso não adianta o pai dizer que volta rápido. “Dizer a verdade faz com que a criança se sinta mais segura e tenha mais confiança; se falar que volta em meia hora, é preciso cumprir o combinado”, explica. A fase de adaptação é um processo individual e por isso as reações podem ser as mais diversas. Há crianças que se integram mais rapidamente e outras requerem paciência e mais tempo por parte do professor. “O choro é natural nessa etapa e o professor pode conversar com a criança sobre como foi adaptação dele quando era pequeno, se ele chorava ou não. Dizer que entende a tristeza da separação com os pais, mas que a escola é um lugar que pode ser muito divertido”, recomenda Gabriela. Outra sugestão >>> Escola Particular 7 Planejamento é propor às crianças que façam um desenho ou uma pintura para presentear os pais na hora da saída, durante a primeira semana. O desenho pode também acompanhar um recadinho acolhedor, redigido pelo professor e voltado para pais e alunos. Pais também devem ser acolhidos Não são só as crianças que entram no planejamento do professor na primeira semana de aula. Acolher bem os pais faz parte do processo e é fundamental para a construção de uma relação de confiança entre famílias e escola. De acordo com a educadora Gabriela Manzano Antonangeli, receber carinhosamente os pais e mães em uma reunião logo no início da semana para apresentação dos professores e do plano de trabalho é de suma importância para o sucesso da adaptação escolar, principalmente, quando envolve alunos novos. Por isso, uma das sugestões é convidar pais e mães para conhecer a sala junto com os alunos e, se desejarem, ficar um pouco para transmitir confiança aos pequenos. “Nessa fase o professor deve pedir a colaboração dos pais no diálogo com os filhos; então é interessante que eles conversem sobre esse processo de separação e expliquem às crianças que vão deixá-las na escola, mas ao término do período de aula, estarão lá para buscá-las”, diz Gabriela. Nessa primeira semana de aula, a criança também pode se sentir sozinha, por esse motivo, logo na primeira oportunidade, os pais precisam estar cientes da importância da pontualidade na hora da saída, para que seu filho não se sinta “esquecido”. Dinâmicas que brinquem com o nome das crianças: - O FULANO comeu pão na casa do João Quem eu? Você! Eu não! Então que foi? Foi a FULANA - Brincar de batata quente e quem ficar com a bola, fala o nome para os amigos - Se eu fosse um peixinho e soubesse nadar eu tirava a FULANA lá do fundo do mar! Reunião de Pais Segundo a psicóloga educacional, Carmen Galluzzi, autora do livro “Propostas para Reunião de Pais” (Edicom), o ideal é realizar uma reunião com os pais dos alunos, antes mesmo do primeiro dia de aula para que se esclareçam as normas da escola para cada etapa de ensino e como será feito o processo de adaptação. “A diferença básica, quanto à abordagem dos pais nas reuniões está ligada às características de cada faixa etária. Na Educação Infantil, por exemplo, a reunião pode ser mais lúdica. O Ensino Fundamental I também comporta o lúdico, mas com enfoque em reflexões. Já no Ensino Fundamental II e no Ensino Médio é importante falar sobre a adolescência”, explica. Nesse sentido, Carmen recomenda que a escola se coloque à disposição da família e consulte os pais sobre a necessidade de palestras sobre algum tema específico de interesse deles, ou mesmo, uma reunião temática para discutir determinado assunto com o grupo. Foto: sxc.hu UM BOM LUGAR O trabalho do professor inclui mostrar para a criança que a escola é divertida, possibilita fazer amigos e aprender brincadeiras novas 8 Escola Particular No contato com a família, a postura mediadora do coordenador também é fundamental no acolhimento, pois ele deve tomar a liderança no momento da apresentação da equipe docente e se colocar à disposição para dirimir eventuais dúvidas. Recomendações aos pais de primeira viagem Insegurança não é uma sensação exclusiva das crianças. Muitas vezes, os pais também se sentem inseguros e preocupados em saber se seus filhos serão bem-tratados, se chorarão muito ou se conseguirão se integrar rapidamente ao restante da turma. “Essa sensação de insegurança é natural, especialmente nos pais de primeira viagem. Muitas vezes os pais choram e as crianças não”, conta Gabriela. Pensando nisso, a equipe escolar deve promover um ambiente que fortaleça a relação de parceria com as famílias, pois isso é fundamental para o bom desenvolvimento das crianças. Mas de que forma a escola pode fazer isso? Permitindo que os pais entrem e passem um tempo com a criança, acompanhando a rotina da sala, organizando um ambiente, uma sala, em que os pais possam ficar próximos, até que ambos tenham confiança e segurança para se afastarem totalmente. “O acolhimento deve ser diário e não só na primeira semana de aula, o professor deve elaborar seu planejamento visando ao bem estar dos alunos durante todos os dias em que frequentarão suas aulas”, finaliza Gabriela Antonangeli. EP Coleções CPV Ensino Fundamental I e II Ensino Médio ENEM Sociologia Filosofia Espanhol Biologia Prática EJA Fundamental EJA Médio (completo ou por matéria) Pré-Vestibular Extensivo Humanas ou Biomédicas / Exatas Semi / Semi Light Revisão 1a Fase / 2a Fase Diferenciais CPV Assessoria Pedagógica Personalizada Projeto Pedagógico Integrado Planejamento Pedagógico Projeto Cultural (Literário, Cinema, Visitas) Orientação ao Vestibulando Portal CPV na Internet CPV Informa Atualidades Suporte imediato Capa Personalizada Simulados e Provas Livros Paradidáticos Exercícios Regionais Workshops Vendas:: (11) 3740 - 2115 • [email protected] • www.cpv.com.br/editora Escola Particular 9 Fotos: Alex de Souza / Mario Acedo de Aquino Entrevista DISCIPLINAR É PRECISO Astronauta brasileiro fala sobre a importância da disciplina e da atuação dos pais no desenvolvimento pessoal e profissional dos jovens nos dias de hoje não O Adhemar Oricchio / Paula Hernandes bauruense Marcos Pontes foi o primeiro brasileiro enviado a uma missão espacial em 2006. Engenheiro aeronáutico, consultor técnico de projetos, acadêmico e pai de dois filhos adultos, Pontes tem em sua experiência de vida o propulsor de suas palestras motivacionais e de sua atuação como coach, enfatizando a autodisciplina como um dos fatores essenciais para o sucesso na construção de um projeto de vida pessoal. 10 Escola Particular Em sua participação no Saber 2011, Pontes foi muito bem acolhido pelos congressistas, que fizeram fila para ter seus livros autografados, além de tirar fotos ao lado do astronauta, cuja palestra versou sobre a presença de referenciais dos ambientes escolar e familiar no preparo e no desenvolvimento profissional. Em entrevista à Escola Particular, ele fala sobre sua motivação em palestrar para o público educacional e opina sobre questões que abrangem o universo da educação. A disciplina exige da criatividade as melhores soluções para a expansão do conhecimento De que forma a sua experiência como astronauta pode ajudar as crianças em idade escolar? Acho muito importante conseguir colocar boas ideias na cabeça desses jovens, porque é preciso motivar essa garotada a estudar, a pensar em ciência e tecnologia como uma coisa legal, que é o que falta no Brasil, com enfoque na divulgação científica. Percebo que muitos jovens ainda pensam a ciência como uma coisa chata, centrada na figura de um homem trancado num laboratório. Quando isso acontece, eles não vêem o lado legal da ciência. Atualmente, os educadores se queixam da falta de limites das crianças. De que maneira a motivação e o foco na preparação para o futuro trabalham esse olhar para a questão dos limites, tão debatida na área da educação? Concordo em todas as letras com isso [a falta de limites nas crianças de hoje]. Na minha infância, os limites foram dados naturalmente pelas necessidades; depois eles vieram com os ensinamentos militares. O Brasil, por ter passado por um regime ditatorial, tem ainda algumas distorções sobre como se vê a doutrina militar, que tem muita coisa boa em termos de autodisciplina e de superação, uma vez que o treinamento faz a pessoa suportar determinadas situações que não são confortáveis, visando a um objetivo posterior. Nas minhas conversas com os jovens, eu tento mostrar esse lado, para que eles conheçam seus limites e possam expandi-los, no que diz respeito ao campo do conhecimento. É importante que eles saibam de suas limitações e quais as maneiras de superá-las para alcançar mais. “ Se conseguirmos sensibilizar as famílias para sua importância na formação do indivíduo e a importância de sua participação na escola, será possível reduzir a agressividade” Outra questão disciplinar está relacionada aos casos de bullying. Esse comportamento agressivo sempre existiu, mas não de forma exacerbada. O que o senhor acha disso? Eu não concordo com a ideia de que a criança pode fazer de tudo. A criatividade e a disciplina podem conviver muito bem e não são excludentes. Muito pelo contrário: a disciplina exige da criatividade as melhores soluções para a expansão do conhecimento e o desenvolvimento de coisas novas, mesmo com todas as tarefas que precisam ser feitas. O bullying, de certa forma, está relacionado com essa falta de disciplina, porque quando se permite que uma criança possa fazer de tudo, ela tanto pode fazer de tudo consigo mesma, como pode fazê-lo com os outros. Isso cria certo egoísmo na criança, porque ela deixa de se colocar no lugar do outro. >>> Escola Particular 11 Entrevista Foto: sxc.hu No momento que há mais disciplina, mostra-se a definição clara dos papéis da família e da escola, no que se refere à formação de valores, como respeito e a própria questão da cidadania e da religiosidade. Hoje, as famílias colocam muita carga em cima das escolas, deixando parte da sua obrigação de educar. A escola, por sua vez, não está preparada para assimilar isso, até porque sua função é a de trabalhar o conhecimento. Como reverter este quadro? Acho que a participação da família nesse contexto é extremamente importante até para gerar esses limites de modo a fazer com que a criança entenda quais são os seus direitos, até onde eles vão e quando começam os direitos dos outros. Minha mãe sempre me dizia: “o seu direito termina quando começa o do outro”. Acho que se conseguirmos sensibilizar as famílias para sua importância na formação do indivíduo e a importância de sua participação na escola, será possível reduzir a agressividade. O que o senhor sugere para a melhoria da educação no país? A minha sugestão é estrutural, porque aqui no Brasil pagamos impostos que vão para algum ponto do governo e depois esse dinheiro é distribuído den- tro dos orçamentos para vários locais. Não necessariamente o dinheiro que eu gasto com o pagamento desses impostos vai especificamente para a educação e muito menos, para a educação do meu distrito. Eu, particularmente, gosto de um sistema de tributação que existe nos Estados Unidos, onde moro. No fundo do meu quintal em Houston, há uma escola que corresponde ao nosso Ensino Fundamental I, (Elementary School). É só abrir a cerca do quintal que já estou no pátio da escola. Lá, existe um imposto específico para educação e o dinheiro recolhido é aplicado no distrito de residência do contribuinte. Então, todas as crianças que moram num mesmo distrito têm que estudar nas escolas locais. Minha filha, inclusive estudou nessa escola vizinha. Esse imposto é municipal, o que dá uma certa sensação de posse, uma vez que eu ajudo a pagar para aquela escola ficar em bom estado. Essa sensação de posse ajuda o morador a cobrar providências? Não só cobrar, como também ajudar, porque a escola é minha também. Então, quantas vezes eu já não abri a cerca dos fundos da minha casa, peguei o meu cortador de grama e fui cortar a grama da escola? Se os brinquedos do parquinho estão com a tinta lascada e eu tenho tinta em casa, vou lá, pinto e SALA CHEIA O astronauta Marcos Pontes esteve no Saber 2011, onde ministrou palestra sobre a preparação pessoal por meio da educação e atraiu dezenas de educadores 12 Escola Particular “A função dos pais não é tirar obstáculos da frente das crianças” coloco uma plaquinha avisando “tinta fresca”. Às vezes, os pais se reúnem e vão arrumar a escola, pintar alguma coisa, e eu faço isso, mesmo depois de a minha filha ter saído de lá. Então, há essa sensação de participação. Aqui, embora as escolas sejam também nossas, a gente não tem a sensação de participação. É o discurso “O governo cuida”. Mas eu também tenho que cuidar. Outra questão é a participação dos pais. Cada um tem sua profissão e não custa nada, pegar meia hora uma vez a cada três ou seis meses para participar de atividades promovidas pela escola. Uma diferença que noto dos Estados Unidos em relação ao Brasil é de que lá existe essa cultura de, quinzenalmente, às sextas-feiras no período da tarde, os pais irem para a escola para falar sobre sua profissão e sua rotina de trabalho. Isso é bom para a criança sentir e mostrar quem são seus pais, além de ser bom para os pais se apresentarem e contarem sobre a sua rotina. Essa participação é muito importante, porque é a oportunidade que o pai tem de se aproximar e averiguar as condições físicas da escola, conversar com os professores fora daquelas situações de reunião. É gostoso participar e saber como está o seu filho. O professor também pode aproveitar a oportunidade e orientar o pai. Outro ponto interessante é que lá existe uma polícia específica para a escola. São policiais treinados para lidar com os jovens e eles só trabalham dentro das escolas. Cada instituição, dependendo do tamanho, tem dois ou três policiais por turno e eles conhecem cada um dos meninos e meninas que estão lá, além dos pais. >>> Escola Particular 13 Entrevista Então, se algum estranho entra nas dependências da escola, o policial o aborda educadamente e pergunta o que ele veio fazer ali. Se alguma criança reage de maneira diferente do habitual, o policial consegue perceber isso, no caso de uma criança acuada, suspeita de ser vítima de bullying, por exemplo. Eles também falam a respeito de drogas, de cuidados com a segurança. Isso aproxima o policial da realidade das crianças, pois é uma pessoa que trabalha ali com elas. A disciplina entra na hora do planejamento, que é extremamente necessário para a realização do objetivo proposto. Esse planejamento precisa ser rigorosamente seguido e exige preparação, pois é necessário controlar todas as exigências e superar os obstáculos que surgem no meio do caminho. Na realidade, é preciso aprender com os percalços e fazer alterações na sua rota para alcançar o sucesso. Se não há disciplina, nunca se vai conseguir cumprir o planejamento. De que maneira uma educação mais disciplinada faz com que os jovens encarem melhor os desafios? Nesse contexto, qual a disciplina dos pais? A disciplina esta relacionada à superação de obstáculos. Como sou engenheiro, baseei o meu livro “É possível: como transformar seus sonhos em realidade” numa estrutura de gerenciamento de projetos. Quando se tem um projeto para ser realizado, primeiramente, surge uma ideia, o conceito e, com isso, deve-se extrair o máximo de visões para o que se quer alcançar como resultado. No momento seguinte, é hora de por o pé no chão e pensar nas coisas que a pessoa se imagina fazendo para, a partir daí, traçar as metas, uma a uma. Os pais têm uma função essencial no crescimento e no desenvolvimento da pessoa e essa função não é a de tirar os obstáculos da frente da criança ou do jovem. Todo mundo que tem filho corre esse risco, principalmente quando se vive uma situação difícil. A primeira coisa que passa pela cabeça dos pais é: “o meu filho não vai sofrer como eu sofri e por isso vou dar tudo para que ele não passe pela dificuldade que passei”. Só que, ao fazer isso, é como se o pai colocasse a criança numa redoma e não deixasse que ela criasse anticorpos para combater as doenças. É importante que a criança tenha “ 14 Escola Particular Educação é a maneira de modificar um país. Não adianta fazer campanhas com adultos, se não trabalharmos também as crianças” desafios e o pai pode, por vezes, colocar obstáculos para ver como a criança os supera. O papel do pai é o de observar de perto o desenvolvimento do seu filho e isso não significa ficar mexendo nas coisas dele, mas algo muito mais simples: conversar. Em vários casos, a gente não conversa com os filhos, o que não quer dizer distância. Muitas vezes os pais dizem que trabalham muito tempo fora e não conseguem arrumar tempo para falar com os filhos. Consegue, sim. Eu mesmo fico a maior parte do tempo longe dos meus filhos fisicamente, mas se você me perguntar o que está acontecendo com cada um deles, posso te dizer com precisão, porque hoje temos telefone, internet, skype... Como administrar isso? Quando surgem as oportunidades de aproximação física, é preciso dividir o tempo. Se estou em casa num final de semana, separo um tempo para os meus filhos e pode ligar o Papa, mas se eu reservei aquele momento para ficar com eles, deixo o celular e o rádio desligados. A aproximação tem que ser conquistada naturalmente, não adianta você ter passado 10 anos sem falar direito com seu filho e de repente querer conversar todos os dias com ele, porque ele não vai aceitar isso de uma hora para outra. Mas, de repente, você pode pedir ajuda em alguma coisa que ele saiba e isso talvez possa causar uma aproximação maior, para, a partir de então, você começar a perguntar sobre os detalhes. Educação é... Essencial e uma paixão minha. A meu ver, é a maneira de modificar um país. Não adianta fazer campanhas com adultos se não trabalharmos também as crianças. Aqui no Brasil, a gente dá muito enfoque ao Ensino Superior se comparado ao Ensino Fundamental que, como o próprio nome já diz, é fundamental. Acho que deveria haver uma estrutura de ensino básico que comportasse mais alunos em período integral, com atividades extras no contraturno. EP Escola Particular 15 16 Escola Particular AS ESCOLAS PARCEIRAS COC E SEUS ALUNOS CONTAM COM: :: MARCA DE VISIBILIDADE NACIONAL :: TECNOLOGIA DE PONTA APLICADA À EDUCAÇÃO :: :: PORTAL EDUCACIONAL DE EXCELÊNCIA :: PROJETO PEDAGÓGICO CONTEMPORÂNEO :: :: SUPORTE PARA GESTÃO EDUCACIONAL DE QUALIDADE :: Conteúdo Digital Professor Online ClassBuilder Lousa Inteligente Projeto 3D Material Didático www.melhorescolacoc.com.br www.sejaparceirococ.com.br (16) 3603-9750 | 3603-9790 Escola Particular 17 Nutrição Adoçante X Açúcar R * Martha Amódio esolvi escrever sobre esse tema porque acredito que a maioria das pessoas tem dúvidas sobre qual é a melhor opção. Não poderei dar uma resposta já que cada pessoa tem uma necessidade nutricional específica, porém acho interessante fornecer informações para que vocês possam conhecer um pouco mais sobre o mundo doce dos açúcares e adoçantes. O açúcar é a forma mais simples de carboidrato. As variações calóricas entre os diferentes tipos são pequenas, mas há outras diferenças importantes: REFINADO – é a sacarose pura, obtida do melado da cana-de-açúcar. O produto, que inicialmente é marrom, recebe adição de gás sulfídrico e outras substâncias químicas para ficar claro. Nesse processo, o açúcar refinado perde vitaminas e sais minerais. MASCAVO – é o açúcar quase bruto, escuro e úmido, extraído depois do cozimento do caldo da cana. Como não passa pelas etapas seguintes de refinamento, conserva as vitaminas e sais minerais. INVERTIDO – xarope feito do açúcar refinado. Usado no processo de produção de refrigerantes, biscoitos, sucos, sorvetes, molhos e doces em geral. LIGHT – surge da mistura do açúcar refinado com adoçantes dietéticos, como o aspartame, o ciclamato, a sacarina e a sucralose, que aumentam o poder de adoçar da sacarose pura. Para se ter uma ideia, um cafezinho só precisa de 2 gramas de açúcar light para ficar doce, contra 6 gramas de açúcar comum. DEMERARA – é um tipo de açúcar cristal, mas mais escuro porque não sofre processo de branqueamento. Apresenta valores nutricionais similares ao açúcar mascavo. 18 nte Adoça Escola Particular ORGÂNICO – no plantio da cana não são usados adubos nem fertilizantes químicos. O processo de industrialização é livre de cal, enxofre, ácido fosfórico, folímetro e outros elementos adicionados ao produto refinado. Além disso, a embalagem do produto é biodegradável. Os adoçantes dietéticos são, e m s u a m a i o r i a , co m p o s to s a partir de substâncias não calóricas, naturais ou sintéticas, conhecidas como edulcorantes. Esses edulcorantes são mais doces que o açúcar branco e os responsáveis pelo sabor dos adoçantes de mesa. São fórmulas químicas em que a preocupação maior é com o sabor e não com os nutrientes. Devem ser usados por pacientes sujeitos a dietas especiais (regime para emagrecimento, diabetes, etc.) sob orientação do médico ou do nutricionista. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece uma quantidade diária adequada para o consumo desses produtos. O cálculo é simples, basta multiplicar o peso corporal do indivíduo pela IDA (Ingestão Diária Aceitável) de cada substância. Edulcorantes não calóricos • Ciclamato – IDA 11 mg/kg de peso corpóreo; • Sacarina – IDA 5 mg/kg de peso corpóreo; • Acesulfame-k – IDA 15 mg/kg de peso corpóreo; • Steviosídeo – IDA 5,5 mg/kg de peso corpóreo; • Sucralose – IDA 15 mg/kg de peso corpóreo; • Aspartame – IDA 40 mg/kg de peso corpóreo (exceção à regra: apesar de calórico, na dosagem recomendada há calorias desprezíveis por causa do seu poder de adoçamento). Importante lembrar: edulcorantes não calóricos podem possuir calorias, apesar de praticamente desprezíveis. Fotos: sxc.hu Edulcorantes calóricos • Sorbitol (presente na ameixa, cereja, maçã e pêssego) – IDA a OMS (Organização Mundial de Saúde) não atribuiu um limite para a IDA do sorbitol, deixando a critério do bom senso do usuário; • Manitol (presente nos vegetais) – IDA 50 a 150 mg/kg de peso corpóreo; • Xilitol – IDA. A OMS não estabeleceu um limite e o FDA (EUA) indica o consumo na quantidade necessária para o adoçante necessário; • Lactose (açúcar do leite); • Frutose (açúcar das frutas) - é extraída das frutas. A frutose fornece a mesma quantidade de calorias que o açúcar refinado. A grande diferença é o seu “poder de adoçar”, 33% maior que o açúcar comum; • Malto dextrina (extraída do milho). As substâncias calóricas (ou edulcorantes calóricos) são mais utilizadas para diluir, ou dar textura ao adoçante ou ao alimento dietético, do que propriamente adoçar o produto. Não basta apenas saber as características dos edulcorantes. É fundamental se habituar a ler o rótulo dos produtos, tentando identificar cada ingrediente. Só assim vamos nos familiarizar com as terminologias e entender as associações que estão na fórmula, avaliando se é adequada ou não. Uma boa maneira de evitar o pico de saturação e o acúmulo residual no organismo é usar vários tipos. EP * Martha Amódio é nutricionista clínica e diretora técnica da “Comer e Aprender”, consultoria em nutrição escolar www.comereaprender.com.br Escola Particular 19 Tributos Simples Nacional sofre alterações Foto: sxc.hu Lei permitirá que mais empreendedores tenham acesso ao regime simplificado de tributação AMPLIAÇÃO * Regina Nascimento de Menezes A presidente da República, Dilma Rousseff, sancionou no mês passado a Lei Complementar nº 139, de 10/11/2011, que amplia o Simples Nacional, conforme publicado no DOU de 11/11/2011. A nova Lei estava sendo muito aguardada porque reajusta as faixas de enquadramento e o teto da receita bruta anual das empresas do Simples Nacional, e ainda, com a possibilidade de parcelamento de débitos tributários para essas empresas. De acordo com a nova legislação, a partir de 1º de janeiro de 2012, o limite para a receita bruta anual da microempresa, será de R$ 360 mil, e o da empresa de pequeno porte será de R$ 3,6 milhões. O Simples Nacional tem vinte faixas de tributação, nas quais as empresas se enquadram de acordo com o seu faturamento. A partir de 1º de janeiro de 2012, a primeira faixa terá início em faturamentos de até R$ 180 mil e vai aumento até o limite de R$ 3,6 milhões. Os débitos tributários apurados no Simples Nacional que estiverem em atraso, poderão ser parcelados em até 60 parcelas mensais. O Comitê Gestor do Simples Nacional fixará cri- 20 Escola Particular Limite para a receita bruta anual da microempresa será de R$ 360 mil. Na empresa de pequeno porte passa a ser de R$ 3,6 milhões térios, condições para rescisão, prazos, valores mínimos de amortização e demais procedimentos para o parcelamento dos recolhimentos em atraso. Será admitido reparcelamento de débitos constantes de parcelamento em curso ou que tenha sido rescindido, podendo ser incluídos novos débitos, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor do Simples Nacional. A íntegra da Lei Complementar nº 139/2011, com seus anexos, poderá ser acessada pelo site institucional do governo: www.planalto.gov.br, ou solicitada pelo e-mail abaixo: jurí[email protected]. EP As novas regras também reduzem a burocracia para os empreendedores individuais, que poderão fechar negócios por meio eletrônico a qualquer momento no Portal do Empreendedor: www.portaldoempreendedor.gov.br. Também por meio da página, os empreendedores individuais preencherão uma declaração única, em que comprovarão o cumprimento das obrigações fiscais e tributárias e poderão imprimir o boleto de pagamento. Criado em 2007, o Simples Nacional reúne, em um pagamento único, os seguintes tributos: Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), PIS/Pasep, Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), contribuição patronal para o INSS, Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto Sobre Serviços (ISS). Fonte: www.planalto.gov.br * Regina Nascimento de Menezes é advogada do Dep. Jurídico do Sieeesp Leia mais sobre o Simples Nacional na página 22 Escola Particular 21 Foto: sxc.hu Tributos NOVOS CAMINHOS Aprovação da nova lei proporciona mais possibilidades aos empreendedores, por desburocratizar processos, mas requer especial atenção dos mantenedores Atenção aos limites * Vanderlei Ferreira Machado P ublicada no Diário Oficial da União de 11/11/2011, a Lei Complementar nº 139/2011 promove diversas alterações na sistemática simplificada de tributação, denominada de Simples Nacional. Algumas dessas alterações merecem especial atenção dos mantenedores de instituições de ensino. Com a nova lei, o limite de faturamento para fins de opção e permanência no sistema passou de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões. Este aumento do limite de faturamento resultou na realocação das alíquotas em face do faturamento acumulado. É importante destacar que a realocação das alíquotas fará com que algumas instituições de ensino sejam beneficiadas com a redução da carga tributária em 2012, podendo chegar até a 12%. Observe na tabela a seguir, que a instituição que fatura anualmente em torno de R$ 2,4 milhões na tabela vigente até 31/12/2011 está sujeita a uma alíquota de 17,42%. Com a introdução dos novos limites de faturamento, cuja vigência será a partir de 01/01/2012, a alíquota será de 15,35%. REALOCAÇÃO DE ALÍQUOTAS Conforme tabelas ao lado, algumas instituições de ensino serão beneficiadas (áreas demarcadas em amarelo mostram um exemplo), pois terão redução da carga tributária. Verifique em que patamar a sua escola se enquadra 22 Escola Particular Foi atribuída ao Comitê Gestor do Simples Nacional competência para, a partir de 1º de janeiro de 2015, apreciar a necessidade de revisão dos valores de faturamento constante na nova tabela. A pessoa jurídica que no ano calendário 2011 optou pelo Simples Nacional e cujo faturamento seja superior a R$ 2,4 milhões, porém inferior a R$ 3,6 milhões, poderá em 2012 permanecer no Simples Nacional. Destaca-se também a autorização para parcelamento de débitos apurados sob a sistemática do Simples Nacional em até 60 parcelas mensais. O Comitê Gestor do Simples Nacional determinará a forma e condições atinentes ao parcelamento. A opção pelo Simples Nacional resulta na aceitação do sistema de comunicação eletrônica em relação a quaisquer tipos de atos administrativos, tais como: os relativos ao indeferimento de opção, à exclusão do regime, ações fiscais, etc. As comunicações serão feitas, por meio eletrônico, em portal próprio, dispensando a sua publicação no Diário Oficial e o envio por via postal, e será considerada pessoal para todos os efeitos legais. Os procedimentos relacionados à comunicação eletrônica de que trata a Lei Complementar 139/2011 também depende de regulamentação do Comitê Gestor do Simples Nacional, permanecendo vigentes as normas anteriores até que isso ocorra. Por fim, a partir de 01/01/2012 considera-se Microempresa as pessoas jurídicas que aufiram anualmente receita bruta global igual ou inferior a R$ 360 mil, e Empresa de Pequeno Porte as pessoas jurídicas que aufiram anualmente receita bruta global igual ou inferior a R$ 3,6 milhões. EP As comunicações serão feitas, por meio eletrônico, em portal próprio. Isso dispensa sua publicação no Diário Oficial e o envio por via postal. Será considerada pessoal para todos os efeitos legais * Vanderlei Ferreira Machado Mais de 20 anos de experiência nas áreas contábil, tributária e financeira. Bacharel em Direito, Contador, pós-graduado em administração Financeira e Direito Educacional, especialista em planejamento tributário, autor do livro “O peso dos Tributos nas Escolas Particulares” e Gerente Executivo da Meira Fernandes Consultoria & Assessoria Educacional. [email protected] Escola Particular 23 Foto: sxc.hu Educação sexual Se o frágil e a prevenção da Aids * Maria Helena Vilela D ia 1º de Dezembro é o dia mundial de luta contra a Aids. O público feminino tem sido o foco das últimas campanhas, porque a infecção entre as mulheres está em constante crescimento. Segundo o Ministério da Saúde – Departamento de DST/Aids, em 1989, a razão de sexos era de cerca de 6 casos de Aids no sexo masculino para cada 1 caso no sexo feminino. Em 2009, chegou a 1,6 caso em homens para cada 1 em mulheres. Mitos e tabus sexuais As mulheres lutaram por seus direitos sexuais, pelo direito de estudar, desenvolver uma carreira profissional e conquistar sua autonomia econômica e pessoal. Mas quando a questão é amor e sexo, a garota volta no tempo e ainda se comporta de forma submissa aos desejos do namorado, presa a mitos e tabus que colocam sua vida em risco, como por exemplo, a virgindade. A virgindade ainda é valorizada na mulher, principalmente, pelos adultos. Sabendo disso, muitas garotas acabam cometendo equívocos incríveis para não romper o hímen – fazer sexo anal: prática sexual que, quando realizada sem preservativo, é a de maior risco de infecção pelo HIV. Na contra mão dos fatos, pesquisas mostram a dificuldade de a garota negociar o uso da camisinha por medo de perder o namorado, de ser julgada, ou ainda pior: acreditar que “quem ama confia”. Tais comportamentos fazem da mulher o verdadeiro sexo frágil. 24 Escola Particular Fragilidade física A infecção pelo HIV se dá pelo contato direto com o sangue, sêmen e as secreções vaginais de uma pessoa infectada, e isto pode acontecer no sexo oral, mas principalmente na relação vaginal e no sexo anal. O ânus e a vagina são órgãos muito vascularizados, revestidos por um tecido delgado chamado de mucosa. Na relação sexual, especialmente durante a penetração, o pênis provoca atrito na vagina ou no ânus, causando microfissuras que facilitam a entrada do HIV na corrente sanguínea. Outro fator que aumenta a vulnerabilidade da mulher à Aids é a menstruação. Quando a mulher está menstruada, a descamação da parede do útero o deixa completamente exposto ao HIV. Fazer sexo menstruada é “entregar o ouro para o bandido”, pois o vírus atinge a corrente sanguínea sem precisar fazer esforço. Como se não bastasse tudo isso, o canal vaginal é um órgão interno, o que dificulta à mulher perceber qualquer alteração na vagina. Muitas vezes, ela só descobre que tem uma infecção, ou mesmo uma DST, se consultar um ginecologista, ou quando a doença já está bastante adiantada. Uma infecção agrava ainda mais a fragilidade da parede vaginal, aumentado a vulnerabilidade da mulher à Aids. O professor pode ajudar O professor tem um papel importante na vida de seus alunos. O que ele acredita, diz e ensina é levado em consideração pelos jovens. Assim, não deixe passar em branco o dia 1º de dezembro, você pode fazer alguma coisa para diminuir a vulnerabilidade de suas alunas. Elas precisam saber que é preciso ser espertas para ficar fora desta estatística da Aids. Se existe sexo frágil, estes são o sexo anal e o vaginal, quando o assunto é Aids. Abaixo estão alguns cuidados fundamentais, conversem sobre eles na sala de aula: • Não delegue ao outro o cuidado sobre seu corpo – O corpo só tem um dono, e este é você. • Só se previne quem tem convicção dessa necessidade. Portanto, informação sobre prevenção é fundamental! • Não faça nenhum acordo sexual que possa lhe colocar em risco. • Liste os nomes das pessoas que você considera importante e que lhe ama. Isto ajudará você a não esquecer que é amada. • Se for transar, não beba. A bebida atrapalha o prazer e faz você esquecer seus limites. • Nunca negocie o uso da camisinha na hora da transa. O tesão embriaga e lhe deixa entregue a sorte, ou azar! • Existem camisinhas de vários tipos e qualidades. Portanto, sempre haverá uma que se adéque ao seu parceiro. • Sexo é uma brincadeira de verdade. Quando a gente se machuca, a cicatriz fica para sempre. EP * Maria Helena Vilela é educadora sexual e diretora do Instituto Kaplan www.kaplan.org.br Escola Particular 25 Ensaio Prontidão para a Aprendizagem Lançado durante o Saber 2011, “Mentes que Aprendem” trata de vários aspectos do processo de cognição. V ocê já leu este livro? Ele é para a sala de aula e para a vida. Mais do que um ensaio sobre a Prontidão para a Aprendizagem, “Mentes que Aprendem” é um trabalho de pesquisa que rompe a inércia do conhecimento. Não há milagres – aqui, se existe mágica, é por meio da ciência, ou seja, de forma estritamente racional. Se há problemas para proporcionar a educandos uma aprendizagem verdadeiramente eficaz e funcional, ao ler este conteúdo o leitor é levado a solucioná-los de maneira prática e sistêmica. “Mentes que aprendem” vai além, uma vez que incita a reflexão permanente do educador quanto à sua prática e qualificação profissionais. Dividido em nove capítulos, a obra oferece subsídios para sanar dificuldades reais de professores e alunos dentro e fora da sala de aula. Espere, portanto, a defrontação de uma série de complexidades, tanto de natureza sociocultural, incluindo a formação de valores familiares, como 26 Escola Particular de natureza biofísica. Já no primeiro capítulo, o livro vai ao encontro das inúmeras diferenças de aprendizagem que existem entre meninos e meninas. Sem quaisquer “achismos”, são fornecidas respostas para diversas questões, a exemplo de: “As características inerentes ao sexo de nossos alunos são levadas em conta na hora da aplicação de tais estratégias em sala de aula? Considerar somente o desenvolvimento cognitivo baseado na faixa etária é suficiente para garantir uma aprendizagem real? Existem diferenças de amadurecimento neurológico entre meninos e meninas na mesma faixa etária? Ser menino ou ser menina interfere na maneira como se aprende?”. Feita para ser lida, relida, ref letida, a obra é de cabeceira. Reunindo uma série de prontidões cujas aquisições são responsáveis por ótimos resultados educacionais, no segundo capítulo, Prontidão Neural, é abordado o processo da mielinização, que possibilita ao ser humano >>> Fotos: Alex de Souza Ana Laura Diniz QUESTÃO DE ESCOLHA Para Susan Zimog Leibig, organizadora do livro, a inteligência emocional é responsável pelo bem-estar humano. Ser emocionalmente inteligente é saber dissociar o estado interno de bem-estar dos acontecimentos no meio ambiente, agindo com sabedoria. Abaixo, ela explica tais conceitos durante palestra do Saber 2011 Educar é transformar. Conheça o Programa DSOP de Educação Financeira e descubra como ele pode transformar a vida de alunos, professores e pais. Nosso objetivo é combater o analfabetismo financeiro, preparando crianças e jovens para enfrentar os desafios da vida. Para isso, desenvolvemos o Programa DSOP de Educação Financeira para o Ensino Básico, que contempla 15 livros didáticos, distribuídos entre os ciclos Infantil, Fundamental e Médio, curso de capacitação de professores e palestras dirigidas aos pais. Os livros permitem à escola trabalhar o conteúdo com liberdade e flexibilidade, adaptando-os à sua proposta pedagógica e ao ritmo de aprendizado dos seus alunos. O curso de capacitação de professores proporciona uma apropriação efetiva da Metodologia DSOP e o entendimento do poder transformador que seu uso integrado pode ter na vida prática de cada indivíduo. As palestras dirigidas aos pais visam envolvê-los no aprendizado do aluno e no ciclo de conscientização e prosperidade. Conheça mais sobre nossas soluções no site www.dsop.com.br ou ligue para o telefone 11 3177-7800. Felipe Leme Xavier Augusto, aluno do Colégio Gutenberg. Mogi das Cruzes - SP. Respeitando o dinheiro e realizando sonhos Escola Particular 27 Ensaio o alicerce para a construção gradual das habilidades e competências que serão dominadas por ele no decorrer de seu desenvolvimento. “Ela é muito rápida nos dois primeiros anos depois do nascimento e, a partir daí, continua em um ritmo mais lento durante a infância e a adolescência. Sendo assim, as partes do cérebro que governam os movimentos motores só estarão totalmente mielinizadas depois dos seis anos de idade”. Apressamento cognitivo Além disso, vários pesquisadores afirmam que hoje em dia, cada vez mais, vem ocorrendo o fenômeno do “apressamento cognitivo”, onde o fator de decisão para exigir do indivíduo o domínio de determinado saber é apenas a idade cronológica, sem considerar o momento de maturação neural que ele está vivenciando. “Esse ato pode comprometer sobremaneira o processo de aprendizagem de uma pessoa, tornando-se fato causal de futuras dificuldades no acompanhamento dos programas escolares”. Outra atenção é quanto à Prontidão Sensorial. Segundo a obra, a sua formação advém de programação genética, porém é necessário que o ambiente contribua para que as experiências sensoriais proporcionem um desenvolvimento pleno destas atividades desde o nascimento. “Quando os sentidos são potencializados, aguçados, a criança percebe o mundo com mais clareza, foca a aquisição da aprendizagem em diferentes estilos (auditivo, visual, olfativo, gustativo e tátil), reconhece e identifica diversos SOLUÇÕES O livro resgata a ideia de que o aluno é um ser capaz de aprender e aponta os meios para que os pais e mestres atinjam esse objetivo 28 Escola Particular Em “Mentes que aprendem”, tudo passa pela Prontidão Cognitiva, que vai se construindo gradativamente durante as diferentes fases da vida, porém com intensidade significativa no período da educação formal sons, desenvolve a atenção e memória auditiva, entre outras habilidades”. Para tanto, a educação da criança deve primar pelo exercício da imaginação, por meio de jogos simbólicos, de contar histórias e de brincadeiras. Somado a isso, vem a Prontidão Motora. Aliada às bases da Prontidão Moral – onde se internaliza a diferença fundamental dos conceitos de “ser humano” e de “ser pessoa”, a Prontidão Motora é abordada em aspectos que desembocam e se emaranham na Prontidão Emocional. Afinal, “o que é emoção? Como ela se manifesta? Como ela interfere no modo de ser e agir das pessoas? Ela direciona decisões? É possível ter a vida sob controle, com tantas emoções a que se está sujeito? Como controlar as emoções para facilitar o processo de aprendizagem? Qual a relevância das emoções e a inteligência emocional?”. Inteligência emocional Segundo Susan Zimog Leibig, diretora do Instituto de Pe s q u i s a s e m N e u r o e d u c a ç ã o (www.neuroeducacao.com.br) e organizadora deste livro, é importante deixar claro que a inteligência emocional é a responsável pelo sentido do bem-estar humano, o sentimento da felicidade. Ser emocionalmente inteligente é saber dissociar o estado interno de bem-estar dos acontecimentos no meio ambiente, agindo com sabedoria. Em “Mentes que aprendem”, tudo passa pela Prontidão Cognitiva, que vai se construindo gradativamente durante as diferentes fases da vida, porém com intensidade significativa no período da educação formal. É natural. O indivíduo para atingir a Prontidão Cognitiva, no entanto, precisará concretizar as Prontidões Neural, Sensorial, Motora e Emocional. “Quanto mais hábil o indivíduo se apresentar em cada etapa de seu desenvolvimento, mais aprimoradas estarão as codificações armazenadas em seus decodificadores, que por sua vez efetuarão com mais eficiência e elaboração a leitura de dados captados do meio ambiente.” Além disso, Vontade moral e Motivação aparecem como dois fatores fundamentais para superar as dificuldades nas fases de transição escolar. “Sem se esquecer da importância do impulso que as mudanças de atitude do aluno podem trazer para o sucesso de sua aprendizagem, como o aluno processa o impacto das novidades surgidas em cada um desses períodos escolares e aquilo que pode levá-lo à desmotivação para aprender e, consequentemente, a um decréscimo cumulativo em seu aproveitamento”. Além do óbvio E é justamente no último capítulo, Prontidão para a Aprendizagem, que a obra vai além da conclusão esperada, ela resgata a importância do trabalho desenvolvido e coordenado por Jacques Delors para a Unesco, no início da década de 90, A Educação para o Século XXI, em que visava transformar o aluno em alguém capaz de aprender. Esse novo modelo, apoiado em quatro pilares conceituais – aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a viver com os outros; e aprender a ser – tem em “Mentes que aprendem” o seu primeiro aspecto muito bem desenvolvido – aprender a conhecer –, “pois dele é que emana o encadeamento dos demais. É a partir dele que o educando poderá traçar um novo modus operandi, um divisor de águas que inicia o caminho para a solução das dificuldades que giram em torno do seu aprender”. É sabido que os desafios educacionais são muitos e variados, mas é exatamente nesse ponto que “Mentes que aprendem” atua como alicerce pedagógico fundamental na busca não somente de maior equidade educacional, como no implemento de reformas no ensino que garantam a qualificação e o aprendizado do aluno em sua totalidade. EP 1 Sistema Software TORNAMOS SIMPLES AS COISAS APARENTEMENTE COMPLEXAS, SOMOS GENTE DE RESULTADOS. ASSESSORIA - Contabilidade Estratégica CONSULTORIA - Área Fiscal e Legal - Área Trabalhista - Área Previdenciária - Auditoria - Econômico e Financeiro - Custos - Marketing - Gestão Estratégica - “Business Plan” - Inadimplência - “Due Diligence” SISTEMAS TREINAMENTO INTEGRADOS - Acadêmico - Grade Curricular - Financeiro - Econômico - Custos - CRM - WEB - Econômico e Financeiro - Planejamento Tributário - Gestão de Inadimplência - Atendimento e Negociação - Gestão de Marketing - Gestão de Pessoas - Planejamento Estratégico Estratégias Inovadoras Para Superar-se Em Ambiente Hipercompetitivo ACERPLAN NA REDE SOCIAL WWW.ACERPLAN.COM.BR [email protected] Central de Atendimento: (11) Nosso Time de Especialistas Aguarda Seu Contato 2989 6080 / 2987 1407 São Paulo / Salvador / Vitória / Natal / Belém / Rio de Janeiro / Belo Horizonte / Amapá Escola Particular 29 30 Escola Particular Escola Particular 31 32 Escola Particular Escola Particular 33 Imagens: sxc.hu Tecnologia Os jovens e a escolha da carreira EMPREGABILIDADE * Célio Antunes de Souza P lanejar a vida profissional é tão fascinante quanto programar uma viagem. É visível que os jovens estão ingressando no mercado de trabalho cada vez mais cedo. É fato que estão cada vez mais perdidos quanto ao futuro profissional e que o nível exigido de qualificação é cada vez maior. Em meio à competitividade do mercado de trabalho, destaca-se quem possui especializações, cursos de aprimoramento para a área e, principalmente, a busca contínua pela atualização de conhecimento. É de suma importância elaborar um plano de carreira em que os jovens devem, juntamente com seus orientadores, criar um guia que trace o caminho a ser percorrido rumo ao sucesso profissional. Para isso devem ser feitas algumas perguntas: • Com qual profissão me identifico mais? • O que será necessário estudar? • Como faço para chegar a este objetivo? • O mercado exige certificações? • Quais as experiências que tenho de vivenciar para chegar ao meu objetivo? 34 Escola Particular Um mercado competitivo exige cada vez mais. Especializações, certificações e os cursos de aperfeiçoamento profissional são o diferencial que todo recrutador buscará nos candidatos A IMPACTA, atenta a essas e outras perguntas, criou a certificação ICS (Impacta Certified Specialist), que assegura o conhecimento necessário aos profissionais que buscam as melhores oportunidades de trabalho. A certificação contempla um conjunto de treinamentos especialmente selecionados para formar especialistas nas áreas de TI, Gestão e Design. A certificação ICS pode ser inserida nas escolas a partir do 6º ano letivo, na própria grade curricular ou por meio de cursos extracurriculares. Neste cenário, os jovens podem começar a traçar suas carreiras e serem profissionais altamente requisitados por grandes empresas do mercado nacional e internacional. O modelo é referência no “Manual de Treinamento de RH” da ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos), ABTD (Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento), AAPSA (Associação Paulista de Gestores de Pessoas) e ASTD (American Society for Training and Development). EP * Célio Antunes de Souza é presidente do Grupo Educacional Impacta Tecnologia [email protected] Escola Particular 35 Jurídico DE OLHO NO BOLSO Lacunas polêmicas * Josiane Siqueira Mendes F oi publicada, no último dia 13 de outubro de 2.011, a Lei nº. 12.506, que dispõe acerca do aviso prévio. Referida lei dispõe que: “Art. 1º O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa. Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias. Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.” Muitos questionamentos têm sido feitos em razão da grande polêmi- 36 Escola Particular Aprovação da Nova Lei do Aviso Prévio não evita diferentes interpretações do texto Foto: sxc.hu O ponto crucial da lei é quanto à natureza jurídica do acréscimo de dias. Se considerado como tempo de trabalho, haverá todos os reflexos e incidências legais, o que será muito oneroso para o empregador ca em torno da nova lei. Salvo melhor juízo, o ponto crucial da lei é quanto à natureza jurídica do acréscimo de dias. Se considerado como tempo de trabalho, haverá todos os reflexos e incidências legais, o que será muito oneroso para o empregador. Analisando a referida lei, entendemos que não houve a revogação do artigo 487 da Consolidação das Leis do Trabalho e entendemos que o legislador acrescentou três dias por ano de trabalho ao aviso prévio de 30 dias, considerando referido acréscimo, como uma penalidade ao empregador no caso de dispensa imotivada e por consequência, deu-lhe natureza jurídica de verba indenizatória. Nessa linha de raciocínio, ou seja, considerando o referido acréscimo como penalidade e, portanto, como uma indenização, o acréscimo de dias não poderá contar como tempo de trabalho para nenhum efeito, quer seja, trabalhista ou tributário. Além disso, questiona-se se vale para os empregados e empregadores. A nosso ver, vale apenas para os empregados, visto que a própria Constituição Federal, no artigo 7º, XXI, estabelece que: “São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XXI – aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;” Assim, temos que é direito do empregado, pois, considerar o contrário seria entender que o empregado estaria criando uma penalidade para si, caso se demitisse. Outro ponto relevante que tem sido objeto de discussão é quanto à aplicação da lei, ou seja, se beneficiará os empregados demitidos dentro dos dois últimos anteriores à sua publica- ção. Com certeza, a referida questão será submetida à apreciação do Poder Judiciário, inclusive, porque já houve manifestação de dirigentes sindicais quanto a esta iniciativa. Todavia, diante das lacunas da lei e das inúmeras interpretações da mesma, muitos questionamentos e entendimentos continuarão a surgir. Assim, não resta alternativa, senão, aguardarmos a provocação do Poder Judiciário para que se manifeste sobre os questionamentos, que com certeza serão propostos. É certo que muitas homologações serão feitas, com ressalvas, pelos Sindicatos das categorias profissionais e, nesse caso, devemos aguardar as decisões judiciais, caso haja ingresso de reclamação trabalhista na Justiça do Trabalho. É certo, também, que os Estabelecimentos de Ensino deverão se precaver diante das posturas adotadas, visto que, em razão desses posicionamentos, poderão ser compelidos a efetuar o pagamento de alguma diferença daquilo que for pago, caso o entendimento da Justiça seja diferente. Além disso, os Sindicatos deverão estar muito atentos quando da celebração das Convenções Coletivas de Trabalho das categorias, a fim de se adaptarem à nova lei do aviso prévio. É mais uma lei que terá de ser submetida à apreciação do Poder Judiciário, para o esclarecimento do seu conteúdo e aplicabilidade. EP * Josiane Siqueira Mendes é do Departamento Jurídico do Sieeesp Escola Particular 37 Foto: Alex de Souza Saúde Doenças do A Ao frequentar as praias, é necessário proteger a pele adequadamente, por meio da aplicação de filtros ou bloqueadores solares. Também recomenda-se o uso de chapéus, guarda-sol e evitar horários de maior exposição solar: entre 10h e 16h * Dr. Fernando Guida Tartuce / Dr. Lúcio Colamarinio Cury s férias de verão chegam com muitas diversões e alegrias, mas vêm acompanhadas de algumas enfermidades que podem ser prevenidas com cuidados básicos que veremos a seguir. Essas enfermidades são: desidratação, insolação, micoses, intoxicações alimentares, conjuntivite bacteriana e queimaduras pela exposição solar. Desidratação A desidratação é a perda de líquidos de dentro das células e dos vasos sangüíneos, que acarreta a sensação de sede, diminuição da quantidade de urina, boca seca, olhos fundos e irritabilidade. Pode ser ocasionada por infecções bacterianas ou virais (principalmente rotavírus), que levam à diarréia e vômitos. A exposição solar intensa (insolação) acarreta aumento na produção de suor, que leva à desidratação, que por sua vez provoca intensa sensação de falta de ar, dores de cabeça, náuseas, tonturas, pele quente e avermelhada. Ocorrendo desidratação, a principal conduta a ser tomada é a ingestão abundante de água potável e frutas frescas, para restituir a quantidade de sais minerais e líquidos para o corpo. Nos dias atuais, deve-se utilizar o soro oral da Organização Mundial da Saúde, que pode ser facilmente adquirido em postos de saúde e em 38 PREVENÇÃO Escola Particular farmácias, ao invés da ingestão do soro caseiro. Intoxicação Alimentar A maioria dos quadros de intoxicação alimentar ocorre pela ingestão de alimentos contaminados por microorganismos nocivos. Durante o verão, é prática comum das pessoas se alimentarem fora de casa, o que torna mais suscetível a ingestão de alimentos contaminados. Alguns desses microorganismos nocivos são bactérias e vírus, que podem afetar um grande grupo de alimentos sem que os mesmos estejam estragados, causando à pessoa sintomas variados, que dependem do tipo de microorganismo que causou a intoxicação alimentar. Geralmente, o quadro de intoxicação alimentar se demonstra pelos seguintes sintomas: dores abdominais, febre, diarreia (acompanhada ou não de vômitos), dores de cabeça, e até mesmo desidratação grave. A duração e a variação dos sintomas estão diretamente relacionadas ao microorganismo causador da doença, podendo ser mais ou menos intenso e mais ou menos duradouro. A intoxicação alimentar pode ser evitada pelas seguintes condutas: lavar muito bem verduras, frutas e legumes com solução de hipoclorito de sódio a 2%, facilmente encontrado em supermercados ou quitandas, além de não ingerir carnes cruas. Outra importante conduta é a ingestão abundante de água potável, e nos casos mais graves que tenham sintomas mais intensos, procurar um médico. Conjuntivite Bacteriana Conjuntivite é a inf lamação das conjuntivas (pele transparente que recobre os olhos), que pode ser causado por: bactérias, vírus, produtos químicos e alergia. Essa doença se torna mais comum no verão pela facilidade de proliferação das bactérias o que ocasiona: vermelhidão, coceira, secreção com pus nos olhos e aversão à luz. A transmissão da Conjuntivite Bacteriana é feita pelo contato direto nos seguintes casos: mãos sujas, toalhas, piscinas sem tratamento com cloro e praia poluída. Pode ocorrer também a transmissão pelo contato direto com uma pessoa contaminada. O tratamento deve ser prescrito pelo médico, pois geralmente, devem ser utilizados colírios com antibiótico. Micoses A Micose é uma infecção causada por fungo que se instala na pele. Os fungos são microorganismos presentes no meio ambiente e que se desenvolvem com mais facilidade em ambientes úmidos e pouco arejados. Dicas para evitar doenças no verão: • Evitar o consumo de carnes e alimentos crus em geral; • Ingerir grande quantidade de líquidos, preferencialmente água, que deve ser potável; • Dar preferência a alimentos como: carnes grelhadas, saladas, verduras, legumes e frutas; • Utilizar filtros protetores ou bloqueadores solares antes de se submeter à exposição solar; • Evitar piscinas sem tratamento adequado da água. Checar previamente a qualidade das praias; • Vacinar a criança contra o rotavírus nos primeiros meses de vida. • Evitar andar descalço. Durante o verão, com o aumento do calor e da transpiração, é comum haver a procura por ambientes úmidos, como piscinas, por exemplo. Esse cenário é ideal para a proliferação e desenvolvimento da Micose, ser mais frequente em unhas, virilhas e pés. A Micose pode surgir em diferentes partes do corpo e cada lesão pode apresentar um aspecto diverso do outro. O tratamento é feito mediante remédios e cremes, e dependerá do tipo de micose que será avaliada caso a caso pelo médico. Queimaduras pela exposição solar A queimadura pela exposição demasiada ao sol é dividida em dois tipos: primeiro e segundo graus, que dependem da profundidade da lesão na pele, ou seja, o período em que a pele permaneceu exposta à radiação ultravioleta B (UVB). Normalmente, as queimaduras mais comuns são as de primeiro grau, com o acometimento da epiderme sem a presença de bolhas, concomitante- mente com sintomas de: vermelhidão da pele, inchaço e dor. As queimaduras solares de segundo grau atingem uma camada mais profunda da pele, causando além dos sintomas acima mencionados, o aparecimento de bolhas. Além desses sintomas, existem possíveis complicações causadas pela exposição demasiada à luz solar, que são: insolação, aumento da espessura da pele, recorrência de herpes simples labial e câncer de pele. Para prevenir as queimaduras solares, é necessária proteção adequada da pele com aplicação de filtros protetores ou bloqueadores solares, aliado ao uso de chapéus, guarda-sol e evitar a exposição solar entre 10h e 16h. Larva migrans (“Bicho Geográfico”) A larva migrans, conhecida vulgarmente como bicho geográfico, é uma doença causada por parasitas intestinais do cão e do gato. Ao defecar na terra ou areia, os ovos eliminados nas fezes transformam-se em larvas que penetram na pele do homem, causando a doença. Por estar em pele humana, a larva não consegue se aprofundar para atingir o intestino (o que ocorreria no cão e no gato) e caminha sob a pele, formando um túnel tortuoso e avermelhado. Para prevenir a infecção pela larva migrans deve-se evitar andar descalço em locais frequentados por cães e gatos. Também se recomenda cobrir as caixas de areia durante a noite, para evitar que os gatos venham a defecar no local. Recolher as fezes de seu cachorro e estimular outros donos de animais a fazerem o mesmo. EP * Dr. Fernando Guida Tartuce * Dr. Lúcio Colamarinio Cury Médicos da Clínica Santa Isabella Escola Particular 39 Cidadania Escola e família na prevenção às drogas CONVERGÊNCIA As informações que os jovens recebem na escola devem estar em sintonia com o que aprendem em casa. Em contrário, fica difícil modificar comportamentos e evitar que eles se percam * Cel. Edson Ferrarini N OSSA sociedade exige, cada vez mais, que o jovem seja responsável por suas decisões. Os adolescentes são confrontados com escolhas sobre carreira, relacionamentos, amigos, drogas, etc. De um modo geral, não são capazes de reconhecer as alternativas disponíveis e não sabem os passos necessários para obterem sucesso em sua opção. Saber tomar decisões é uma habilidade que pode e deve ser aprendida. Os pais e a escola são os agentes principais, para ensinar e servir de modelo, na tomada de uma boa decisão, quando o momento assim o exigir. À escola e ao educador cabem o entrosamento e o intercâmbio com a família. A escola é a educação formal e, a família, a educação informal. Na escola está o conhecimento técnicocientífico e tudo mais que o aprendizado formal pode proporcionar. Se as informações obtidas na escola estiverem em desacordo com as que recebe em casa, o jovem acabará enfrentando dificuldades de entro- 40 Escola Particular samento e criando resistências em sua conduta. Jovem que tiver ótima educação formal e completa educação informal, terá mais condições de ser um VENCEDOR. A Organização das Nações Unidas para a Ciência e Cultura (Unesco) aponta a escola como o local adequado para o desenvolvimento de ações preventivas visando a melhoria da qualidade de vida. Aprendizagem nada mais é do que mudança de comportamento. Na escola, prevenção também se ensina. O aluno adolescente está na fase mais rica para a aprendizagem, mudanças de postura, atitudes e comportamentos. Aí, a família é indispensável e a escola é fundamental. Para se falar sobre drogas é preciso estar informado e o processo pedagógico exige muito diálogo, afetividade e respeito aos medos, valores e incertezas do jovem. A escola e a família devem se perguntar: estamos dando ao jovem aluno condições de suportar a pressão do grupo para dizer “tô fora, sou vencedor” quando alguém lhe oferecer droga? Seja na escola estadual, municipal ou particular. Se a escola e os pais não estiverem em paz com sua consciência diante da pergunta, a droga está mais próxima do que se pode imaginar. É preciso estabelecer barreiras entre o jovem e a droga, e, a escola e a família é que podem edificar estes obstáculos. “A prevenção às drogas se inicia na família. Deve ser incorporada como uma política de governo e consolidada na escola. Toda a sociedade deve participar da prevenção.” EP * Coronel Edson Ferrarini é psicólogo, advogado e deputado estadual por São Paulo www.coroneledsonferrarini.com.br [email protected] Mensagem Só existem dois dias do ano em que nada pode ser feito: o ontem e o amanhã. Portanto, hoje é o dia certo para amar, acreditar e, principalmente, viver! Feliz Natal e muita paz em 2012 Diretoria do Sieeesp Escola Particular 41 Passo-a-passo Cartão de Natal Criação e execução: * Leila Grillo Material: - Papel color set nas cores azul, branca e vermelha; - Canetinhas hidrográficas; - Cola; - Tesoura. Um lindo cartão personalizado, para você presentear quem quiser. * Leila Grillo é arte-educadora, autora e coautora de vários livros, entre eles “Origami: Aprender, Fazer e Ser é só Querer”. Blog: www.leilaorigami.blogspot.com 1. Corte 3 quadrados, medindo 8x8 cm e dobre-os na diagonal. Encaixe dois quadrados, colando-os. 3. Cole a estrela no cartão já dobrado. Depois, cole um gorro e cole na estrela. Por fim, pinte os detalhes. Pronto! 42 Escola Particular 2. Cole o terceiro quadrado por cima dos outros. Ficou lindo! Escola Particular 43 Entrevista C Alex de Souza om o tema “Matemática: prazer em conhecer, prazer em aprender”, o professor Aguinaldo Miranda mostrou no Saber 2011, a importância da aprendizagem significativa da matemática, disciplina tida como chata e incompreensível por muitos alunos. Segundo ele, o ensino da matemática deve ser feito por meio de exemplos concretos, mostrando a utilidade prática do conceito para a vida do aluno, valorizando o trabalho de campo e o contato com a natureza. Neste rápido bate-papo, Aguinaldo mostra sua visão sobre o ensino da disciplina e aponta para um dos principais problemas para o baixo desempenho dos brasileiros com números: a falta de conhecimento matemático pelos próprios professores. O senhor poderia comentar os resultados da Olimpíada Brasileira de Matemática, que colocou o Piauí [alunos de Cocal dos Alves, a 262 km de Teresina] em destaque pelo desempenho dos estudantes? O que isso representa para o ensino da matemática no Brasil? O que a gente percebe é que a aprendizagem de matemática no Brasil 44 Escola Particular Fotos: Alex de Souza / Mario Acedo de Aquino Palestrante do Saber 2011, o professor de matemática Aguinaldo Miranda critica a formação dos novos professores e defende a volta dos Cefans. O SEGREDO É A BASE Para o professor, que ministra cursos na sede do Sieeesp, é preciso investir na base e na formação dos profissionais envolvidos no trabalho com as séries iniciais não é o que deveria ser. Com os centros de desenvolvimento, como São Paulo e Rio de Janeiro, espera-se muito mais dos educandos dessas regiões, porque imagina-se que próximos aos avanços tecnológicos, esses alunos já garantem um status de aprendizagem maior, quando na realidade é preciso garantir maior aprendizagem. Imagino que escolas rurais, que trabalham a matemática do dia a dia, de forma concreta, ensinam de forma muito mais saudável do que, simplesmente pegar uma calculadora ou o computador para fazer contas. O mesmo vale para as pesquisas escolares feitas pelo Google. Hoje está muito cômodo. Os alunos têm a internet à disposição para fazer trabalhos escolares. Quanto ao exemplo do Piauí, é muito importante a divulgação de casos como este, em que se percebe a intenção dos professores, porque se trata de uma aprendizagem significativa. Na matemática, se o conteúdo não for >>> Escola Particular 45 Entrevista PRAZER NO APRENDIZADO A oficina “Matemática: prazer em conhecer e prazer em aprender!” reuniu educadores em atividades lúdicas. Para Miranda, o recurso da ludicidade pode e deve ser aplicado ao ensinar matemática significativo não existe aprendizagem. E se o pensar não vier antes do agir, a aprendizagem também não existe. O tema da minha palestra no Saber é “Matemática: prazer em conhecer, prazer em aprender!” Quando se fala em conhecer é no sentido amplo da palavra e eu acho que no Piauí, eles descobriram esse ponto. Conversando com o professor Sílvio Wonsovicz, que falou sobre a educação para o pensar, ele diz que falta essa reflexão nas disciplinas, inclusive na matemática, porque o aluno precisa saber porque ele está aprendendo matemática e qual a diferença que essa aprendizagem fará em sua vida prática. Essa também é a sua linha de trabalho? Exatamente. Ensino para o meu aluno a importância de ele saber os divisores de um número ou os múltiplos. Numa determinada fase da escolaridade, o aluno tem que aprender isso, mas de que maneira ele aprende isso? Decorando? Vivenciando? A partir do momento que eu mostro a importância dessa aprendizagem, por meio de brincadeiras ou situações-problema, a aprendizagem ganha significado no universo dos alunos. Por exemplo: no caso dos mínimos múltiplos comuns (MMC), eu preciso mostrar para que servem. Como? “Dois amigos querem sair juntos, mas um só pode a cada dois dias e outro a cada três. Eles saíram no dia 10 de setembro. Depois de quantos dias eles poderão sair novamente juntos?” Dessa forma não se trabalha só o MMC, mas mostra-se para a criança a importância do que ela está aprendendo, por meio de uma situação cotidiana, que carrega um significado. O meu objetivo é despertar a criança para a aprendizagem da matemática significativa. Ela pode usar calculadora e computador, mas não pode deixar de fazer as sinapses neurais, com a prática do cálculo mental. Por isso, acredito que esse pessoal do Piauí, quando forem trabalhar os >>> EXPERIÊNCIA DIDÁTICA O professor Aguinaldo Ramos de Miranda tem ministrado diversos cursos e oficinas na sede do Sieeesp. Na foto ao lado o professor expõe os trabalhos de educadores que participaram do curso “A matemática e os conflitos de aprendizagem” 46 Escola Particular Escola Particular 47 Entrevista Imagino que escolas “ rurais, que trabalham teoremas de Tales, de Pitágoras e os postulados de Euclides, eles farão de forma significativa, podem ir a campo e ter contato com a natureza. Na sua opinião, como está a formação dos professores na área da matemática? Eu acredito só a vontade de trabalhar não resolve. Falta conhecimento. Envelhecer na idade física, cronológica, tem as suas desvantagens, porém o envelhecimento nos traz aprendizagem. Eu sou do tempo em que o professor era normalista, ou seja, fazia o ensino Fundamental, o Médio e poderia optar pelo Curso Normal, que formavam professores polivalentes, que aprendiam português, matemática, conhecimentos gerais, etc. Depois, veio o magistério, que foi substituído pelos Cefans, os Centros de formação. Hoje, a professora faz pedagogia e vai dar aula. Se for no ensino público, ela terá 30, 40 alunos para passar os conhecimentos que ela aprendeu num curso de pedagogia. Como ela vai trabalhar um conteúdo de matemática de forma compreensível e significativa, se ela mesma não se apropriou desse conhecimento? Vejo nos meus cursos e palestras professoras ávidas por conhecimento, porque elas têm dificuldades na sala de aula, por não poderem passar o que não aprenderam. Enquanto não 48 Escola Particular Foto: sxc.hu a matemática do dia a dia, de forma concreta, ensinam de forma muito mais saudável do que, simplesmente pegar uma calculadora ou o computador para fazer contas” se voltar o olhar para a criação de novos Cefans, dando a essas professoras condições de realizar um trabalho significativo, elas vão ter dificuldade, isso não só em matemática, como também em outras áreas, o que é muito sério. A gente que está no dia a dia da sala de aula vê isso. Quando saio pelo interior de São Paulo para ministrar oficinas de matemática, vejo que muitas professoras desconhecem propriedades matemáticas elementares. Como uma pessoa pode ensinar outra, se não adquiriu aquele conhecimento? Isso “ Vejo professoras ávidas por conhecimento, porque elas têm dificuldades na sala de aula, por não poderem passar o que não aprenderam. Enquanto não se voltar o olhar para a criação de novos Cefans, elas vão ter dificuldade. Isso não só em matemática, como também em outras áreas, o que é muito sério” independe de vontade, de vocação e de ganho salarial, depende de formação. O governo tem trabalhado muito no fomento do Ensino Superior, seja na democratização do acesso, construindo novas universidades federais ou em projetos como o Fies e o Prouni. Existe uma inversão, sendo que primeiro deveria se trabalhar a base? Exatamente. Este é o ponto nevrálgico. Nós tínhamos que começar da base, das EMEIS, das creches, para depois passarmos ao fundamental I, ao Fundamental II. É preciso olhar para a educação numa crescente, não de cima para baixo. Claro que precisamos de formação de profissionais, de ensino superior, mas primeiro é necessário resgatar as dificuldades que estão na base da aprendizagem. É preciso dar fundamentação aos professores, no sentido de que eles compreendam as necessidades de aprendizagem das crianças em diversas faixas etárias. Assim, o professor pode trabalhar de forma a se apropriar do conhecimento que passará a seus alunos, conforme o desenvolvimento da turma. É preciso investir na base e na formação dos profissionais envolvidos no trabalho com as séries iniciais. É algo que precisa ser construído aos poucos. Por isso que se faz necessário repensar o início da aprendizagem das nossas crianças. EP Escola Particular 49 O celular e o professor Fotos: sxc.hu Comportamento O uso do aparelho celular durante as aulas configura-se um ato de indisciplina, que precisa ser devidamente coibido pela direção escolar. * Luiz Antonio Miguel Ferreira F oi notícia, recentemente, o caso de violência praticada por um aluno contra uma professora, uma vez que a mesma o repreendeu pelo uso de aparelho celular, durante a aula. Depois de o celular tocar por quatro vezes, ela pegou o aparelho e o levou à diretoria, fato que motivou a agressão por parte do aluno, com chutes e agressões na cabeça. O adolescente foi suspenso das aulas por três dias e responderá pelo ato infracional praticado perante a Vara da Infância e da Juventude, podendo sofrer uma das medidas socioeducativas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente. Desde 15 de janeiro de 2008 existe regulamentação da Lei nº 12.730, que estabelece a proibição, durante o horário das aulas, do uso de telefone celular por alunos das escolas do sistema estadual de ensino. Na verdade, nem haveria a necessidade de tal lei, pois se trata de uma regra básica de educação 50 Escola Particular Pobre professora, agredida, por desempenhar, de maneira exemplar, o seu mister e por fazer cumprir a lei. Sim, porque, no Estado de São Paulo, vigora a Lei nº 12.730, de 11 de outubro de 2007, que foi regulamentada pelo Decreto n. 52.625, de 15 de janeiro de 2008, estabelecendo a proibição, durante o horário das aulas, do uso de telefone celular por alunos das escolas do sistema estadual de ensino. Na verdade, nem haveria a necessidade de tal lei, pois se trata de uma regra básica de educação, ou seja, não utilizar o aparelho celular durante as aulas, peças de teatros, cinemas, cultos PREVISTA EM LEI A retirada do aparelho celular utilizado indevidamente é um ato necessário e legal para o bom desempenho das atividades docentes. Não há como conciliar-se o desenvolvimento das aulas com o uso do aparelho celular e missas, palestras etc. No entanto, por carência de formação familiar, a lei vem reforçar a necessidade de se cumprir esta norma geral de convivência e disciplina. A professora agiu dentro da maior legalidade possível. A retirada do aparelho celular, que está sendo utilizado indevidamente, é um ato necessário e legal para o bom desempenho das atividades docentes. Não há como conciliar-se o desenvolvimento das aulas com o uso do aparelho celular, durante a realização das mesmas. Pode-se, num primeiro momento, retirá-lo e deixá-lo na própria sala de aula, onde o aluno poderá reavê-lo, quando do término das atividades. Em caso de reincidência, pode ser retirado e levado à diretoria, fazendo A omissã o a escola, dos pais autoriz a vi tomar a a professora, a at para ban itude necessária ir durante o uso do apare lho as aulas com que o aluno o retire após todas as aulas. E, na hipótese de continuidade de tal conduta, existe a possibilidade de retirada do aparelho e entrega, pela diretoria, somente a um dos pais ou responsáveis, que tomará, formalmente, ciência da conduta irregular do filho e da necessidade de intervir, para que a situação não se repita. O uso do aparelho celular durante as aulas configura-se um ato de indisciplina, que precisa ser devidamente coibido pela direção escolar. Para que isso ocorra, deve a direção da unidade escolar: I - adotar medidas que visem à conscientização dos alunos sobre a interferência do telefone celular nas práticas educativas, prejudicando seu aprendizado e sua socialização; II - disciplinar o uso do telefone celular fora do horário das aulas; III - garantir que os alunos tenham conhecimento da proibição (art. 2º do Decreto Estadual n. 52.625/08). Assim, antes de se tomarem medidas administrativas previstas no regimento escolar, todos devem ter ciência da proibição da utilização do celular durante as aulas e a clareza de que o seu uso prejudica o desenvolvimento das atividades propostas, interferindo, negativamente, no direito à educação, que é garantido a todos. Por sua vez, os pais, que são corresponsáveis pela efetividade do direito à educação (Constituição Federal, art. 205) e que fornecem o celular aos filhos, devem orientá-los da forma mais adequada de utilizálos, contribuindo para a sua educação. Neste sentido, além das instruções básicas de como utilizar a tecnologia embutida no aparelho (fotos, redes sociais, mensagens etc.), os alunos têm que ser orientados sobre as regras fundamentais e essenciais de convivência de como, onde e quando pode utilizá-lo, no caso, o ambiente escolar. A omissão dos pais autoriza a escola, via professora, a tomar a atitude necessária para banir o uso do aparelho durante as aulas. E, em última hipótese, a conduta dos pais pode configurar uma infração administrativa prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (art. 249), referente ao descumprimento dos deveres decorrentes do poder familiar. Verifica-se, de todo o contexto, que esta questão se relaciona com a necessidade imperiosa de os pais estabelecerem limites aos filhos. Com efeito, se assim não procederem, outros agentes serão chamados a desempenhar esta função, no caso, a professora, que nada mais fez que impor um limite ao uso indevido do celular. E agora, como decorrência do ocorrido (ato infracional), o Poder Judiciário e o Ministério Público irão intervir, impondo outros limites, que se materializarão nas medidas socioeducativas. O celular chegou a todas as classes sociais e faz parte da vida de crianças e adolescentes. É preciso enfrentar os problemas decorrentes de seu uso e isso requer o comprometimento dos pais, da escola e de todo o sistema de proteção dos direitos da criança e do adolescente, para evitar situações como a que foi noticiada. EP * Luiz Antonio Miguel Ferreira Promotor de Justiça, Coordenador da área de Educação do Centro de Apoio Cível do Ministério Público do Estado de São Paulo. Mestre em educação. Autor do livro: O Estatuto da Criança e do Adolescente e o professor (Cortez, 2010). Membro do Conselho Consultivo da Fundação Abrinq. Escola Particular 51 Cursos Tabela de cursos sujeita a alterações. Para consultar a lista atualizada, acesse nosso site. Informações e incrições: [email protected] (11) 5583-5555 www.sieeesp.org.br 52 Escola Particular Encargos Painel do leitor Este espaço está reservado para você, leitor, compartilhar sua opinião. Escreva para: [email protected] Ou nas redes sociais: Facebook: www.facebook.com/sieeesp Twitter: twitter.com/sieeesp_oficial Confira as obrigações de janeiro - DIA 06/01/2012 SALÁRIOS - ref. 12/2011 FGTS - ref. 12/2011 - DIA 10/01/2012 ISS (Capital) - ref. 12/2011 - DIA 16/01/2012 INSS (Individual) - ref. 12/2011 - DIA 20/01/2012 INSS (Empresa) - ref. 12/2011 SIMPLES NACIONAL - ref. 12/2011 - DIA 25/01/2012 (feriado no município de SP) COFINS – Faturamento - ref. 12/2011 PIS – Faturamento - ref. 12/2011 PIS – Folha de Pagamentos - ref. 12/2011 - DIA 31/01/2012 IRPJ – (Mensal) - ref. 12/2011 CSLL –(Mensal) - ref. 12/2011 Esclarecimentos sobre a agenda: HELP - Assessoria e Contabilidade (11) 3399-5546 e (11) 3399-4385 e-mail: [email protected] www.helpescola.com.br (11) 2626-7019 [email protected] a ue su Coloq em marca cia n evidê [email protected] Escola Particular 53 Estratégia Foto: sxc.hu Gestão Escolar – Motivação para Melhores Resultados * Marcelo Daniel O sucesso de uma organização do trabalhador durante a realização está diretamente ligado à de suas funções, como ambiente de sua infraestrutura, aos seus trabalho adequado, presença ou processos e procedimentos, recursos ausência de acompanhamento e tecnológicos, produtos e serviços, além feedback de sua chefia em relação às da sua localização, posicionamento suas atividades, desvalorização do perante o mercado em que atua e, empregado e a falta de incentivos, entre muitos outros aspectos, aos seus entre outros exemplos. Talvez seja recursos humanos. E, em relação a esse exatamente por esta ampla variedade último item, destaca-se a motivação de fatores relacionados ao tempo, ao dos funcionários da instituição de indivíduo e ao ambiente externo que ensino. a motivação seja algo tão intrigante. E Apesar de a motivação se tratar de certa forma, também seja algo tão apenas de um dos vários aspectos simples e tão complexo de se entender. que podem melhorar o desempenho Conhecer a definição de motivade um colaborador, aumentando a ção e as várias teorias motivacionais produtividade da empresa, ela talvez que podem ser encontradas na literatuseja um dos principais fatores (senão ra, saber da importância da motivação o principal fator) que desenhará os no trabalho, do acompanhamento e da resultados da escola. Despertá-la e valorização do indivíduo, reconhecer mantê-la em seus colaboradores são as diferenças individuais e as difepreocupações encontradas nas mais rentes habilidades de cada colaboradiversas organizações, dor e possuir a atitude formadas por diferentes adequada fazem com Embora não indivíduos. que haja a oportuniseja o principal A motivação está dade de compreender fator de sucesso, ligada a uma série de os motivos que levam a investir na fatores relacionados uma gestão de sucesso motivação dos à emoção, ao conheou de fracasso. cimento, às neces Para que se possa colaboradores sidades e ao desejo manter os trabalhapode ajudar a de cada pessoa. Tais dores produzindo de desenhar os fatores podem fazer acordo com as expectaresultados que a com que um indivíduo tivas e necessidades da escola obterá motive-se ou contribuir instituição de ensino, é para a sua desmotivafundamental que haja ção. Vale lembrar que a motivação uma preocupação em como elevar a não está necessária e diretamente produtividade de seus colaboradores, ligada à remuneração do trabalhador, motivando-os a empreender a energia mas determinada pelas diferenças necessária para que isto ocorra. individuais, habilidades, percepção e Acompanhar o trabalho do corpo atitude de cada pessoa. docente, reconhecer e respeitar as Além de fatores intrínsecos diferenças individuais, valorizar o de cada ser humano, há questões alcance de resultados e aprimorar externas que podem afetar, favorável as habilidades de todo o grupo são ou desfavoravelmente, a motivação bons exemplos de como caminhar em 54 Escola Particular RECONHECIMENTO Mais do que pagar bons salários, reconhecer a obtenção dos resultados fará com que o corpo docente se sinta estimulado a melhorar ainda mais direção à melhoria de resultados com uma equipe motivada. Acima de tudo, é fundamental que liderança e liderados, empregador e empregados tenham a convicção de que, para que bons resultados possam ser alcançados, é fundamental que haja o envolvimento de todos. E para que isto ocorra, vale lembrar a citação do fundador da revista britânica Management Today, Robert Heller, no livro Como aprimorar a gestão de pessoas (Publifolha): “a confiança é a base para um envolvimento verdadeiro”. Há muito mais fatores a serem considerados sobre este tema de Recursos Humanos, mas, em primeiro lugar, é importante que os líderes escolares tenham como uma de suas principais preocupações a busca incessante para a conquista de melhores resultados, por meio de uma equipe motivada e comprometida com um ensino de qualidade. EP * Marcelo Daniel Graduado em Letras, com pós-graduações em Língua Inglesa, Psicopedagogia Institucional e Gestão de Recursos Humanos. Atualmente, faz parte da equipe do Departamento de Operações do CNA – Administração Nacional como Gerente de Planejamento Operacional. Escola Particular 55 56 Escola Particular