Projeto de Pesquisa Os Conselhos Municipais de Direitos da Criança e do Adolescente e o processo de formulação de políticas de atendimento e de defesa dos direitos: as práticas destes conselhos em Florianópolis, São José e em Palhoça. Constituição Federal de 1988 Art. 227 “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar a criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito a vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda a forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.” “Prioridade Absoluta” A concepção de crianças e adolescentes como sujeitos de direitos e a condição peculiar de desenvolvimento. ATENÇÃO DIFERENCIADA! Lei 8.069 de 1990 O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA Regulamentando a Constituição, vem apontar novas concepções, conteúdos, horizontes no trato da criança e do adolescente, e também nova forma de gestão das políticas a elas destinadas. O ECA estabelece: • A revisão de prioridades alinhadas as necessidades sociais pertinentes à população infanto-juvenil; • a criação dos Conselhos Municipais de Direitos da Criança e do Adolescente, os Conselhos Tutelares e os Fundos. O ECA, no Art. 88, inciso II “ criação dos Conselhos Municipais, estaduais e nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, órgãos deliberativos e controladores das ações em todos os níveis, assegurada a paticipação popular paritária, por meio de organizações representativas, segundo leis federal, estaduais e municipais.” Portanto, ao prever a criação dos Conselhos de Direitos, na análise de SILVEIRA, “o ECA dispõe sobre a construção de relações democráticas quanto a decisões e gerenciamento das políticas, na qual torna-se necessária a parceria, politicamente instituída, entre Estado e sociedade. Trata-se de uma relação de negociação fundada em compromissos e numa agenda pública acordada entre ambos”. (1999:p.86). A efetivação dos Conselhos de Direitos está intrinsecamente ligada a um elemento teórico importante, a democracia. DEMOCRACIA VALOR CENTRAL BUSCA POR NOVOS DIREITOS ABERTURA DO CAMPO SOCIAL ROMPIMENTO DO INDIVIDUALISMO EGOÍSTA AMPLIAÇÃO DE DIREITOS EXISTENTES DECISÕES COLETIVAS Objetivo geral da Pesquisa Estudar e analisar as aproximações entre os preceitos legais e a dinâmica de funcionamento dos Conselhos Municipais de Direitos da Criança e do Adolescente destes municípios, no que tange a formulação de políticas de atendimento e defesa dos direitos de crianças e de adolescentes. Objetivos específicos • Identificar a estrutura, a composição e o processo de funcionamento destes conselhos; • Descrever e analisar os processos de formulação das políticas de atendimento e de defesa dos direitos operados pelos conselhos; • Confrontar os processos descritos e analisados com as expectativas políticas e parâmetros legais inerentes ao Estatuto da Criança e do Adolescente; Objetivos específicos • Confrontar os processos descritos e analisados com as expectativas políticas e parâmetros legais inerentes ao Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA; • Socializar os conhecimentos adquiridos, assim como a produção dos relatórios de pesquisa contribuindo para formação de gestores e articuladores das políticas de direitos da criança e do adolescente dos municípios de abrangência desta pesquisa; Objetivos específicos • Produzir artigos fundamentados na doutrina de proteção integral, Estatuto da criança e do adolescente, com a finalidade de publicizar os resultados da pesquisa; • Fomentar iniciativas no campo do ensino, da pesquisa e da extensão de forma a contribuir para efetivar as relações democráticas dos conselhos municipais dos direitos da criança e do adolescente da Grande Florianópolis em consonância com o ECA, como: Capacitações; diagnósticos; levantamentos, etc; “Dia a dia nega-se às crianças o direito de ser crianças. Os fatos, que zombam desse direito, ostentam seus ensinamentos na vida cotidiana. O mundo trata os meninos ricos como se fossem dinheiro, para que se acostumem a atuar como o dinheiro atua. O mundo trata os meninos pobres como se fossem lixo, para que se transformem em lixo. E os do meio, os que não são ricos nem pobres, conserva-os atados à mesa do televisor, para que aceitem desde cedo, como destino, a vida prisioneira. Muita magia e muita sorte tem as crianças que conseguem ser crianças.” Eduardo Galeano