Uma breve nota:
A música desta apresentação se chama ‘Ameno’
(amenizar, libertar), composta pelo grupo Era.
A tradução da letra, do latim, está logo a seguir, e
vale alguns instantes de reflexão, antes de se
prosseguir com a apresentação.
Não importa qual seja a tua opção religiosa, não fiz
isto com intuito de fazer apologia, mas que você
reflita mesmo.
Abra quando realmente tiver tempo, e vá vendo slide
por slide, nem animei todos, para que você possa
realmente pensar sobre este mundo que vivemos, e
que precisamos melhorar, por nós, pelos nossos
filhos, e os que deles virão.
Pacelli – 06/12/2006
Dori me
Interi mo, Adapare
Dori me
Ameno, Ameno
Lantire, Lantire mo
Dori me
Sinta minha dor
Absorve-me, Toma-me
Sinta minha dor
Liberta-me, Liberta-me
Descubra-me , Descubra meus sinais
Sinta minha dor
Ameno, Omenare, imperavi
Ameno, Dimere, dimere
Mantiro, Mantire mo
Ameno
Suaviza (esta dor), Conforta-me
Perceba, perceba
Mutilaram-me, Machucaram-me
Liberta-me
Omenare, imperavi emulari
Ameno
Omenare, imperavi emulari
Suaviza (esta dor), Conforta-me
Grupo Era
Liberta-me
AMENO
Suaviza (esta dor), Conforta-me
Ameno, Ameno dore
Ameno dori me
Ameno dori me
Liberta-me, Ameniza a dor
Ameniza minha dor
Ameniza minha dor
Ameno, Dom
Dori me, Reo
Ameno dori me
Ameno dori me
Liberta-me, Senhor
Alivia minha dor, Rei
Ameniza minha dor
Ameniza minha dor
Dori me, Dom
Tira-me esta dor, Senhor
- Kyrié
Eléison -
Uma breve jornada,
oportunidades,
legados que ficarão.
Qual o mundo que deixaremos para trás
- para as próximas gerações -,
quando partirmos?
Que herança lhe destinaremos ?
O futuro dependerá
do que agora fizermos.
E, certamente,
há muito por se fazer...
Cabul, Afeganistão
Três anos depois da queda do regime Talebã, - num país dilacerado
pela guerra e onde as oportunidades de trabalho, alimentação e
necessidades básicas são escassas -, crianças disputam migalhas de
carvão que caem dos sacos transportados por caminhões da Cruz
Vermelha, de modo a garantir seu próprio sustento e de suas
famílias.
Karkhla, Paquistão
Crianças com idade entre 4 e 6 anos, em sua maior parte provenientes
de famílias afegãs refugiadas da guerra civil que acomete seu país
natal, trabalham em fábricas de tijolos. O seu desgastante trabalho
consiste em virar os tijolos para que sequem mais rapidamente ao sol.
O seu peso de criança permite que realizem seu penoso trabalho sem
amassar os tijolos em que se apóiam.
Tegucigalpa, Honduras
Abutres e crianças disputam as sobras que encontram num
aterro sanitário da capital hondurenha. Juan Flores e outras
crianças reviram o lixo a fim de encontrar qualquer coisa que
possa ser comido ou vendido.
Siliguri, Índia
Ruksana Khatun, de nove anos de idade, quebra pedras na periferia da
cidade. Pequenas mãos calejadas em troca de um salário irrisório.
Segundo a Organização Internacional de Trabalho, OIT, mais de 220
milhões de crianças trabalham no mundo, mais da metade delas em
funções perigosas e em condições e horários precários, com jornadas de
trabalho de até 17 horas.
San Vicente, Colombia
Na entrada de um bordel, adolescente aguarda o próximo cliente.
Dados divulgados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, UNICEF,
revelam que milhões de crianças são vítimas da exploração sexual em
todo o mundo. A cada ano, um milhão e duzentas mil crianças são
vítimas de tráfico e venda.
Triste mundo que assim trata as suas crianças.
Mais de 100 mil meninas são vítimas de exploração sexual no Brasil, conforme
dados da Organização Internacional do Trabalho, OIT.
O filme “Anjos do Sol” aborda a cruel realidade que cerca o tema. Conforme
relatos da equipe de produção, a exploração sexual de crianças e adolescentes
no país ocorre em duas frentes: - nas cidades litorâneas, estando ligado ao
turismo sexual realizado por estrangeiros; - e nas cidades do interior das
regiões Norte e Nordeste, onde a necessidade desesperada de renda criada
pela pobreza leva os pais a venderem suas filhas.
O filme expõe algumas das práticas que envolvem a exploração sexual infanto-
juvenil, como o leilão de meninas virgens, e os personagens que lucram com
esse mercado: aliciadores (que compram as meninas de suas famílias), donos
de boates, cafetões, coronéis e políticos.
Dentre as tantas histórias tristes que inspiraram o roteiro do filme está a da
pequena menina apelidada de R$ 0,50, por ser este o preço que ela cobrava
por programa.
A
Organização
Mundial
da
Saúde,
OMS,
estima
existirem 100 milhões de crianças vivendo nas ruas do
mundo subdesenvolvido ou em desenvolvimento, das
quais 10 milhões no Brasil.
Muitas destas crianças mantêm algum tipo de laço
familiar, porém despendem a maior parte do tempo
nas ruas, - pedindo esmola, vendendo coisas de
pouco valor, engraxando sapatos, lavando vidros de
carros -, a fim de complementar o ganho familiar.
Não raro, se envolvem em pequenos furtos.
Outras vivem de fato nas ruas, em grupos, dormindo
em prédios abandonados, debaixo de pontes e
viadutos, e em parques públicos.
Recife, Brasil
A
maioria
abusa
das
dessas
crianças
drogas,
que
as
Nos dois grupos, os meninos são maioria. As
ajudam a negar, a fugir da
meninas têm por destino a prostituição.
realidade, a matar a fome, e a
se aquecer.
Talvez seja hora dos políticos e governantes
incluírem ‘compaixão social’ nas
suas pautas e agendas de trabalho.
Tão perversas quanto persistentes, as desigualdades sociais e a
pobreza atingem particularmente a população infanto-juvenil no país.
Estudos têm mostrado que as condições de vida das crianças é mais
severa em lugares onde a infra-estrutura escolar é de baixa
qualidade.
Faz-se necessário, portanto, criar condições que estimulem um
aumento na freqüência escolar, com a consequente ampliação dos
seus horizontes e o desenvolvimento das suas potencialidades.
As políticas destinadas a acabar com o trabalho infantil também
devem procurar eliminar a necessidade da família pela renda da
criança.
Segundo dados do Escritório das
Nações
Unidas
de
Combate
às
Drogas e ao Crime, UNODC, o uso de
drogas
ilícitas
crescendo,
mundiais
no
apesar
de
permanecem
mundo
dos
controle.
como
os
vem
esforços
Os
EUA
principais
consumidores de maconha e cocaína
Califórnia, Estados Unidos
Não muito distante da Disneylândia, a
Terra da Fantasia, crianças, filhos de
pais viciados em drogas, catam latas a
fim de complementar o orçamento
familiar, e ajudam, como podem, nos
afazeres domésticos.
no mundo.
O aumento no consumo das drogas sintéticas - como a
anfetamina e estimulantes similares ao ecstasy - é considerado
preocupante pela facilidade com que elas são produzidas, já que,
ao contrário das drogas tradicionais, não são necessárias
grandes áreas de plantações, sendo produzidas com produtos
químicos facilmente obtidos, em laboratórios muitas vezes
improvisados, tornando o combate mais difícil.
Segundo o UNODC, a questão das drogas sintéticas exige uma
redefinição das abordagens adotadas, devendo-se mudar o
paradigma em torno da questão do combate às drogas, com a
prevenção ganhando uma importância muito maior do que a
repressão.
Congo, África Central
A avó de Chantis Tuseuo, de nove anos de idade, estende a mão para
sua neta, gravemente desnutrida, que aguarda atendimento num posto
de saúde nos arredores de Kinshasa.
No mundo, segundo dados do UNICEF, estima-se que 55% das mortes
de crianças estão associadas à desnutrição, à fome que debilita
lentamente.
A insanidade
das guerras…
Irlanda do Norte,
décadas de 80 e 90
Chechênia, 1997
Kosovo, 1999
África,
desde sempre
Faixa de Gaza,
Palestina, 2004
Iraque, 2005
Israel, 2006
Líbano, 2006
etc, etc etc...
até quando?
É no coração da noite,
que desponta o dia.
Qual o mundo que pretendemos deixar
para as futuras gerações?
Um mundo mais justo, certamente...
O Reino de Deus não irá
despencar sobre nossas cabeças
da noite para o dia,
se somos sinceros no nosso desejo
de que ele venha até nós, temos que
fazer a nossa parte.
O Reino de Deus, a idade
áurea marcada pela justiça,
não descerá dos céus,
ele soerguer-se-á do chão em
que pisamos, regado pelo
sagrado suor dos que se
importam com o próximo.
A sua chegada depende de
pequenos atos de bondade, de
heróicos gestos de compaixão.
Qual o mundo que deixaremos para as
crianças de hoje,
para as que ainda nascerão?
Misericórdia
A palavra misericórdia, de origem latina, surge da
junção de misereo / miséria, e cor / coração.
Ela representa, portanto, um sentimento de empatia,
colocar a miséria do próximo no nosso próprio coração.
A misericórdia se refere ao coração que
se compadece e age.
O oposto do amor não é o ódio,
mas a indiferença.
Érico Veríssimo
- Kyrié
Eléison -
Antiga invocação grega que significa:
Senhor, envia Teu Sopro,
envia Tua Misericórdia.
Estou precisando do Teu Sopro,
da Tua Força,
da Tua Misericórdia.
Bem-aventurados os misericordiosos,
porque alcançarão misericórdia.
Sermão da Montanha
Há muito por ser feito ainda.
Quem semear, colherá...
Deus move o céu inteiro naquilo que o ser
humano é incapaz de fazer.
Mas não move uma palha naquilo que a
capacidade humana pode resolver.
antigo ditado oriental
Pacelli – 06/12/2006
[email protected]
Reflita, pense, se desejar repasse.
Só não fique indiferente.
Faça a sua parte na diferença!
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Kyrié Eléison