FUNDAÇÃO DE ENSINO “EURÍPIDES SOARES DA ROCHA” CENTRO UNIVERSITÁRIO “EURÍPIDES DE MARÍLIA” – UNIVEM CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DANIEL BARROS DA SILVA MARCELO DIAS DINI ROSEMARY CRISTINA DOS SANTOS A IMAGEM QUE A POPULAÇÃO MARILIENSE TEM DA EMPRESA DORI ALIMENTOS LTDA, COM RELAÇÃO À RESPONSABILIDADE SOCIAL. MARÍLIA 2007 DANIEL BARROS DA SILVA MARCELO DIAS DINI ROSEMARY CRISTINA DOS SANTOS A IMAGEM QUE A POPULAÇÃO MARILIENSE TEM DA EMPRESA DORI ALIMENTOS LTDA,COM RELAÇÃO A RESPONSABILIDADE SOCIAL. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora, como exigência parcial para a obtenção de título de Graduação do Curso de Administração de Empresas, do Centro Universitário “Eurípides de Marília” – UNIVEM, sob a orientação da Profa. Dra. Célia de Oliveira de Santana. MARÍLIA 2007 SILVA, Daniel Barros da; DINI, Marcelo Dias; SANTOS, Rosemary Cristina dos A imagem que a população mariliense tem da Empresa Dori Alimentos Ltda / Daniel Barros da Silva; Marcelo Dias Dini; Rosemary Cristina dos Santos; orientador: Célia de Oliveira de Santana. Marília, SP: [s.n.], 2007. Monografia (Graduação em Administração) – Fundação de Ensino Eurípides Soares da Rocha - UNIVEM, 2007. 1 Responsabilidade Social CDD: 658.408 AGRADECIMENTOS Ag r a d ecem o s pr i m ei r a m en t e a D eu s, po r qu e se n ã o fo sse d a vo n t a d e d ’El e n ós n ã o est a r í a m o s a qu i d esen vo l ven d o est e trabalho de curso. Em seg u n d o l u g a r , a g r a d ecem o s a o s n o sso s pa i s qu e n o s a po i a r a m d u r a n t e t o d a vi d a e, em especi a l , n esses qu a t r o a n o s d e fa cu l d a d e. Acr ed i t a m o s qu e a fa m í l i a é a b a se d e t u d o , o n o sso r efú g i o n a s h o r a s d i fí cei s, po r i sso , t o d o a g r a d eci m en t o é po u co a essas pessoas imprescindíveis em nossas vidas. Fi n a l m en t e, po r ém n ã o m en o s i m po r t a n t e, a g r a d ecem o s a Pr o fª . D r ª . Cél i a , d e qu em n ó s t em o s a h o n r a d e ser o r i en t a n d o s, po r o fer ecer o s m a t er i a i s n ecessá r i o s pa r a o d esen vo l vi m en t o d est e t r a ba l h o, o r i en t a çã o a ssi m co m o efet i va de po r t od o ca d a um su po r t e d a d o de po r m ei o da n o sso s pa sso s, a l ém de co m pa r t i l h a r co n o sco , t o d o seu ex t en so co n h eci m en t o ( o qu a l d i spen sa co m en t á r i o s) , e o seu r ed u z i d o t em po qu e po r el a é magistralmente administrado. SILVA, Daniel Barros da; DINI, Marcelo Dias; SANTOS, Rosemary Cristina dos A imagem que a população mariliense tem da Empresa Dori Alimentos Ltda, com relação a responsabilidade social / Daniel Barros da Silva; Marcelo Dias Dini; Rosemary Cristina dos Santos; orientador: Célia de Oliveira Santana. Marília, SP: [s.n.], 2007. Monografia (Graduação em Administração) – Fundação de Ensino Eurípides Soares da Rocha - UNIVEM, 2007. RESUMO O presente trabalho traz ao leitor conceitos de responsabilidade social, bem como, quais são as ações que fazem parte desta temática e todos os envolvidos. Descreve também das vantagens que a organização pode ter ao praticá-la. Faz parte do trabalho, uma pesquisa empírica, desenvolvida junto aos supermercados situados na cidade de Marília. ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1:Idade................................................................................................................................ 30 Tabela 2: Escolaridade ................................................................................................................... 30 Tabela 3: Trabalho ......................................................................................................................... 31 Tabela 4: Renda ............................................................................................................................. 31 Tabela 5: Residência ...................................................................................................................... 32 Tabela 6: Sexo ............................................................................................................................... 32 Tabela 7: Quantidade ..................................................................................................................... 33 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................7 1. RESPONSABILIDADE SOCIAL E EMPRESARIAL ..............................................................9 1.1 Origens ....................................................................................................................................... 9 1. 2 O Conceito de Responsabilidade Social ................................................................................. 12 1.2.1 Responsabilidade Social Interna ........................................................................................... 14 1.2.2 Responsabilidade Social Externa .......................................................................................... 14 1.3 A Ética e a Responsabilidade Social ........................................................................................ 16 1.4 A Responsabilidade Social como fator competitivo ................................................................ 17 2. STAKEHOLDERS ....................................................................................................................19 2.1. Empregados ............................................................................................................................ 20 2.3 Clientes .................................................................................................................................... 20 2.4 Fornecedores ............................................................................................................................ 21 2.5 Comunidade ............................................................................................................................. 22 2.6 Governo ................................................................................................................................... 22 2.7 Acionistas................................................................................................................................. 23 2.8 Concorrentes ............................................................................................................................ 24 3. A IMAGEM QUE A POPULAÇÃO MARILIENSE TEM EM RELAÇÃO A DORI ALIMENTOS LTDA. ....................................................................................................................25 3.1 Metodologia da Pesquisa ......................................................................................................... 25 3.2 Dados da Empresa ................................................................................................................... 25 3.2.1 Missão ................................................................................................................................... 26 3.2.2. A visão da Dori .................................................................................................................... 27 3.2.3. Valores da Dori .................................................................................................................... 27 3.3. A Pesquisa............................................................................................................................... 29 3.3.1. Perfil dos entrevistados ........................................................................................................ 30 CONCLUSÃO ...............................................................................................................................36 ANEXO A - QUESTIONÁRIO ....................................................................................................38 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA. ..............................................................................................40 7 INTRODUÇÃO Atualmente o tema Responsabilidade Social vem sendo discutido por diversas áreas de conhecimento e tendo sido considerada que a opção pela empresa de ser socialmente responsável, ou seja, de manter uma relação ética com todos os seus stakeholders, pode ser um diferencial que pode inclusive manter a sua competitividade e assegurar a sua sustentabilidade. Toda e qualquer empresa para manter a sua competitividade necessita do cliente, que se torna cada vez mais exigente, por conta de várias situações, como a globalização, o Código do Consumidor dentre outras. Além disso, como a comunidade “enxerga” a empresa é um ponto muito importante para ela, pois pode significar que a sua atuação tem agradado ou não os interesses da comunidade e vale ressaltar, que no geral, a comunidade em que ela (empresa) está inserida, também são seus clientes. Partindo do prisma que a imagem que a comunidade faz da empresa e que responsabilidade social vem sendo uma tendência cada vez mais forte de diferencial para a empresa, optamos por desenvolver uma pesquisa empírica junto à população Mariliense para verificar que imagem ela faz de uma determinada empresa situada na cidade, com relação a responsabilidade social. Dentre as empresas Mariliense, escolhemos a Dori Alimentos, por ser uma Empresa, nata de nossa cidade, familiar e que por comentários gerais e também pelo que observamos tem tido um desenvolvimento grandioso. Pois há muito pouco tempo era uma Empresa bastante pequena e hoje se apresenta entre as maiores no seu segmento no Brasil. Assim, realizamos a pesquisa com 150 pessoas e para facilitar o acesso ao universo pesquisado, optamos pelas pessoas que vão ao supermercado. E o presente trabalho foi desenvolvido em três capítulos, sendo que no primeiro abordamos as origens e as definições de Responsabilidade Social; no segundo, os conceitos de stakeholders e suas especificações. Os dois primeiros capítulos compuseram todo o aporte teórico, e por fim, o ultimo capitulo foi descrito os dados levantados na pesquisa. Acreditamos que o presente estudo, é de fácil leitura e traz muita informação sobre o tema Responsabilidade Social e inclusive pode ser instrumento de consulta para a Empresa que deu foco a pesquisa e também a outras que tenham interesse no assunto. 8 Por fim, apresentar-se-á uma breve conclusão a respeito do tema apresentado, com os comentários dos resultados alcançados e sugestões para o desenvolvimento de trabalhos relacionados à responsabilidade social nas empresas. 9 CAPITULO I 1. RESPONSABILIDADE SOCIAL E EMPRESARIAL Considerando que o nosso objeto de estudo é verificar que imagem a população Mariliense tem da Empresa Dori Alimentos Ltda, com relação as suas políticas de Responsabilidade Social. Acreditamos ser necessários, até para melhor situar o leitor, iniciarmos apresentando as origens e conceitos de Responsabilidade Social. Assim, nesse primeiro capitulo, estaremos descrevendo as suas origens e conceitos, inclusive citado por diversos autores. É saber público e notório que o tema Responsabilidade Social vem se tornando um assunto altamente relevante no mundo empresarial. Diante do desafio de acompanhar a ampliação de mercados, de novos concorrentes, e uma sociedade cada vez mais exigente, as empresas seguem os caminhos do avanço tecnológico, do fluxo rápido de informações, da gestão de capital, da formação de mão-de-obra e da preocupação com a comunidade. Mas, como são os atos humanos que realizarão tais atividades para o êxito, ou não, da organização, percebe-se, então, que a empresa, além de ser uma realidade econômica, é também uma realidade social. Portanto, estaremos explanando sobre a Responsabilidade Social das empresas, partindo da apresentação de suas formas iniciais. 1.1 Origens Nos primeiros livros sobre responsabilidade social, esse termo era definido como “a obrigação do homem de negócios de adotar orientações, tomar decisões e seguir linhas de ação que fossem compatíveis com os fins e valores da sociedade” (Bowen, 1953, apud Ashley et al.:.8). A definição de responsabilidade social surgiu inicialmente em um manifesto subscrito por industriais ingleses. Apesar de atualmente o tema responsabilidade social ter sido mais valorizado, inclusive sendo discutido por diversas áreas de conhecimento, já é assunto que foi levantado desde o início do século XX. 10 Por exemplo, no ano de 1906 Charles Eliot, 1907 Arthur Hakley, e um pouco mais tarde em 1916 Jonh Clark e em 1923 o inglês Oliver Sheldon fizeram as primeiras manifestações sobre Responsabilidade Social, sendo na época consideradas como heresias sociais, principalmente, pelos empresários e intelectuais contemporâneos. No início do século XX, um fato que chama atenção, ocorreu em 1919, com o julgamento do caso Henry Ford, presidente e acionista majoritário da Ford Motor Company, o qual foi contestado em sua idéia de não distribuir partes dos dividendos aos acionistas e sim, investir na capacidade de produção, no aumento de salários e em outros objetivos sociais. A idéia de Ford foi contestada pelo seu grupo de acionistas liderado por John e Horace Dodges, que segundo ele as organizações existem para o benefício de seus acionistas e os lucros não podem ter outro fim senão esses, a suprema corte de Michigan decidiu a favor dos Dodges. Já durante a Segunda Guerra Mundial a idéia da empresa de responder apenas aos seus acionistas começou a receber críticas, e as ocorrências de diversos fatos sociais trouxeram ao público a discussão sobre a inserção da empresa na sociedade e suas responsabilidades. Na década de 1950 nos Estados Unidos e no final da década de 1960 na Europa, as empresas e academias começam a discutir com mais ênfase a importância dos dirigentes, das empresas de promover a responsabilidade social nas suas organizações. Vale a pena ressaltar que acontecimentos nas décadas de 1960 a 1980 tiveram muitas influências, que inclusive “forçaram” as empresas a pensarem em mudar e dar atenção a outras pessoas além dos acionistas. Nas décadas de 1960 e 1970: Movimento sindical e estudantil; Manifestação contra as armas químicas utilizadas na guerra do Vietnã; Reivindicações da sociedade e; Retirada progressiva do Estado das atividades econômicas. 11 Na década de 1980: Crise econômica / desemprego e a valorização da empresa como “salvadora”. Já no Brasil, a responsabilidade social teve seu início com a criação em 1960 da Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas (ADCE), que reconheceu a função social da empresa associada, e em 1965 usaram o termo pela primeira vez; mas não tiveram sucesso. Somente na década de 1980 surgiram diversos projetos e programas de incentivos as ações sociais praticadas pelas empresas, como por exemplo, o prêmio Eco de cidadania empresarial promovido pela Câmara Americana do Comércio de São Paulo, criado em 1982 e existente até hoje. No mesmo período de promoção desse prêmio a empresa Nitrofértil destaca-se por ser a primeira empresa brasileira a publicar um balanço social. Posteriormente, mais precisamente nos anos de 1992 e 1993, ocorre a divulgação por parte do Banespa de todas as suas ações e o lançamento da campanha nacional da ação da cidadania contra a fome, a miséria e pela vida, realizando pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, com o apoio do Pensamento Nacional das Bases Empresariais (PNBE), o que constitui o marco da aproximação das empresas com as ações sociais. Em 1997 é lançado um modelo de balanço social elaborado por Herbert de Souza e em uma parceria com o jornal gazeta mercantil, e é criado o selo do balanço social visando estimular as empresas brasileiras a fazer divulgação de seus resultados nas atividades sociais. No ano de 1998 é criado o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social pelo empresário Oded Grajeu, um dos fundadores da empresa Grow jogos e brinquedos. Esse instituto serviu como uma ponte entre empresas e causas sociais. E o seu objetivo é disseminar a prática da responsabilidade social empresarial por meio de publicações, projetos e programas para os interessados na temática. As empresas que praticam a responsabilidade social e publicam o balanço social passam a ser premiadas por diversos órgãos como, por exemplo, pela Câmara Municipal de São Paulo e também pela Associação de Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB) com as premiações selo Empresa Cidadã e prêmio Social. Enfim, outras diversas conquistas empresariais, como as normas de controle de qualidade ISO e qualidade ambiental, tornam-se bastante expressivas e revelam o empenho e dedicação das empresas para o alcance de uma sociedade com qualidade de vida a todos. 12 Como podemos ver a Responsabilidade Social empresarial foi surgindo gradativamente, e muitos acontecimentos têm “forçado” as empresas a optarem por serem socialmente responsáveis; até mesmo por questões de sua sobrevivência e aceitação por parte de seus clientes. Ainda é difícil definir com exatidão um conceito para responsabilidade social, pois é um conceito que vem progredindo rapidamente e interpretado por diversos ânulos. O que existe é o reconhecimento de alguns aspectos como fundamentais, tais como a ampliação. do alcance das ações; a ultrapassagem das responsabilidades sobre o âmbito legal com ações ditadas pela ética e a necessidade de adequação às demandas sociais, dentre outros. 1.2. O Conceito de Responsabilidade Social Responsabilidade Social pode ser definida como o compromisso que uma organização deve ter para com a sociedade, expresso por meio de atos e atitudes que a afetem positivamente, de modo amplo, ou a alguma comunidade, de modo específico, agindo proativamente e coerentemente no que tange a seu papel na sociedade e a sua prestação de contas para com ela (CARDOSO e ASHLEY, 2002:7). Pelo conceito acima, podemos afirma que socialmente responsável é a empresa que decide participar mais diretamente das ações comunitárias na região em que está inserida e minimizar possíveis danos ambientais decorrentes do tipo de atividade que exerce. Já o conceito dos Autores Almeida, Melo Neto e Froes, traz um significado mais amplo de responsabilidade social: Responsabilidade Social corporativa é o comprometimento permanente dos empresários de adotar um comportamento ético e contribuir para o desenvolvimento econômico, melhorando simultaneamente a qualidade de vida de seus empregados e de suas famílias, da comunidade local e da sociedade como um todo (ALMEIDA, 1999; MELO NETO & FROES, 1999) Para eles a condição de ser socialmente responsável está em investir no bem estar dos seus funcionários e dependentes e possibilitar um ambiente de trabalho saudável, além de promover comunicações transparentes, dar retorno aos acionistas, assegurar sinergia com seus parceiros e garantir a satisfação dos seus clientes ou consumidores. 13 O Instituto Ethos1, em seu site, define Responsabilidade Social, como “... uma forma de conduzir os negócios da empresa de tal maneira que a torna parceira e co-responsável pelo desenvolvimento social”. Fischer (2002: 75), também traz o seu conceito: [...] o conceito de Responsabilidade Social empresarial ou corporativa, é cunhado, no âmbito da teoria das organizações, como uma das funções organizacionais a serem administradas, no fluxo das relações e interações, que se estabelecem entre os sistemas empresariais específicos e o sistema social mais amplo. É sabido que a empresa necessita de recursos da sociedade e do meio ambiente e para que estes recursos não se tornem escassos ou mesmo acabem, é importante e necessário que ela (empresa) lhe dê retornos além dos produtos e serviços comercializados. Cabe a empresa também através de ações sociais contribuir para solução de problemas sociais que afligem a sociedade, investindo em projetos sociais, por exemplo. No geral, podemos afirmar que é necessário que a empresa tenha uma atuação etica com todos os seus stakeholderes, - as “partes interessadas”, como funcionários, clientes, fornecedores, comunidade, governo e acionistas. As ações de Responsabilidade Social exigem periodicidade, método e sistematização e, principalmente, gerenciamento efetivo por parte das empresas cidadãs. Não podemos considerar uma empresa socialmente responsável, aquela que pratica alguns atos de filantropia, não que esses não tenham valor, mas não indicam que a empresa é uma organização responsavelmente social. Isso, porque a Responsabilidade Social devem ser políticas que fazem parte das estratégias da empresa que buscam retorno econômico, social, institucional, tributário-fiscal. Tendo uma postura coletiva e mobilizadora que valoriza a cidadania, promove a inclusão social e restaura a civilidade. O compromisso social equivale à missão social da empresa, definida a partir dos valores chaves e de ações estratégicas básicas. Montana e Charnov (2000) argumentam que a Responsabilidade Social anda de mãos dadas com o poder social, e como a empresa é a maior potência do mundo contemporâneo ela tem a obrigação de assumir uma responsabilidade social correspondente. 1 O Instituto Ethos de empresas e Responsabilidade Social, uma organização de caráter privado sem fins lucrativos, mantida financeiramente por um conjunto de empresas associadas, foi fundado em julho de 1998 na cidade de São Paulo, seu idealizador, fundador é Oded Grajew. 14 Assim, a responsabilidade social gera efeitos tanto no ambiente interno como no externo da organização. 1.2.1 Responsabilidade Social Interna Os autores Melo Neto & Froes (1999:83), consideram que a responsabilidade social interna é aquela que: [...] focaliza o público interno da empresa, sendo seus objetivos principais: a motivação dos funcionários e seus dependentes para um desempenho ótimo; a criação de um ambiente agradável de trabalho e a contribuição para o seu bem-estar. O retorno de tais ações é a dedicação, o empenho e a lealdade dos colaboradores da empresa. As organizações que tratam as pessoas como seu diferencial fazem elas se sentirem valorizadas e motivadas, alcançando equipes coesas e alinhadas aos objetivos organizacionais. O foco das ações da Responsabilidade Social interna são seus empregados e dependentes. Algumas empresas estendem a sua rede de ações internas de responsabilidade social aos funcionários de empresas contratadas, terceirizadas, fornecedores e parcerias. Essas ações de gestão interna compreendem investimentos em diversos benefícios, como: remuneração justa com o cargo que o profissional desenvolve, participação nos resultados da organização, assistência médica, social, odontológica, alimentar, transporte dentre outros. A Responsabilidade Social com seu público interno resulta em maior produtividade, comprometimento e motivação, assim como em menor rotatividade de mão-de-obra. Isso afeta de forma positiva a qualidade dos produtos e serviços oferecidos pela empresa. Quando o alvo das ações sociais é a preocupação com questões tais como a escassez de recursos e a deterioração do ambiente, atuação com a comunidade, com o governo, cliente e fornecedor a Responsabilidade Social passa à sua dimensão externa. 1.2.2 Responsabilidade Social Externa Responsabilidade Social externa é descrita por Melo Neto & Froes (1999:132), como o “desenvolvimento de ações sociais empresariais em benefício da comunidade por meio de 15 ações voltadas principalmente às áreas de educação, saúde, assistência social e meio ambiente”. A Responsabilidade Social da empresa na comunidade deve ser condizente com seus valores e prioridades e visa um maior retorno social de imagem, publicitário e para os acionistas. Externamente, a Responsabilidade Social da empresa é feita das doações, dos programas e projetos que desenvolve, das parcerias com o governo, ONG – Organizações Não Governamentais e a sociedade civil em diversos programas e projetos sociais e dos programas de voluntariado dos quais participam seus empregados e demais parceiros. As ações externas podem ser realizadas diretamente mediante apoio material e de serviços a projetos comunitários voltados a crianças e adolescentes carentes, educação, saúde e ambiente, assim como por meio da disponibilização de funcionários a trabalhos voluntários, dentre outras formas. Também faz parte da responsabilidade externa, as ações da empresa com o governo, com o seu fornecedor e cliente. Em princípio a responsabilidade social da empresa foi fragmentada em interna e externa, mas atualmente o conceito de Responsabilidade Social ampliou, mesmo quando se fala em Responsabilidade Social interna não fica só na concessão de benefícios sociais, mas está principalmente na postura da empresa em lidar com seu empregado de maneira ética. Isso significa que a empresa deve respeitar o ser humano que é o seu empregado, com potencialidades, pontos fortes e fracos, com habilidades para contribuir ao desenvolvimento organizacional, mas que também tem sua necessidade de crescimento pessoal e profissional, de respeito e de muitas outras coisas. O que também é chamado de Responsabilidade Social externa extrapola a situação da empresa de desenvolver ações sociais junto à comunidade, de fazer doações a algumas entidades deve respeitar a comunidade, contribuir para o seu desenvolvimento, mas sem a intenção de deixá-la dependente, ensinando-a a se desenvolver sozinha. Igualmente, as relações com os clientes, fornecedores e governo deve ser um aspecto a se considerar. É primário definir que uma empresa é responsavelmente social interna ou externamente, a responsabilidade social é o todo organizacional, é a portura ética com todos seus Stakeholders. O conceito abaixo nos embasa, na afirmação: 16 A gestão empresarial que tenha como referência apenas os interesses dos seus sócios e acionistas (shareholders) não se mostra suficiente no novo contexto [...] a responsabilidade social de uma empresa deve também considerar todas as relações e práticas existentes entre as chamadas “partes interessadas ligadas à organização” (stakeholders) e o ambiente ao qual pertence:“Partes interessadas (ou stakeholders) são qualquer grupo dentro ou fora da organização que tem interesse no seu desempenho.Cada parte interessada tem um critério diferente de reação porque possui um interesse diferente na organização.” (DAFT, 1999: 88). As relações construídas com os stakeholders sustentadas pela ética, satisfação de suas necessidades e seus interesses, gerando valor para todos, asseguram a sustentabilidade a longo prazo dos negócios, por estarem em sincronia com as novas dinâmicas que afetam o mundo dos negócios e a sociedade, como veremos a seguir. 1.3 A Ética e a Responsabilidade Social Pode-se entender como ética da responsabilidade social a capacidade de avaliar conseqüências para a sociedade, de atos e decisões que tomamos visando a objetivos e metas próprios de nossas organizações... Não se pode fazer unicamente uma análise estratégica dessa responsabilidade, quer dizer, não se quer garantir simplesmente a sobrevivência das organizações, mas diversas outras coisas. É necessária uma análise da responsabilidade, fundamentada no sentido da justiça e definida como a capacidade de deliberar e decidir não só com base nos interesses individuais, mas também do grupo (CORTINA, A. apud RAFAEL, 1997). A tendência é que cada vez mais as empresas passarão a ser questionadas quanto a sua postura social e a qualidade das relações mantidas com seus públicos. Humberg (2002, p. 32) assim se expressa com relação a essa questão: Uma ética empresarial clara corresponde não apenas às exigências do momento, mas às tendências do futuro. Cada vez mais, em todo o mundo as pessoas e as organizações serão cobradas quanto a seus procedimentos. Pode-se dizer que a exigência de ética terá na próxima década um peso tão grande ou ainda maior do que teve a exigência de cuidados ambientais nos últimos dez anos. Até porque o respeito ao ambiente passa a ser um dos aspectos necessários de uma postura ética. 17 A ética é a base da Responsabilidade Social e se expressa por meio dos princípios e valores adotados pela organização para a condução dos seus negócios, deve ser entendida como sendo o cumprimento das normas e leis presentes nas relações empresariais. Conforme Manhães, “a prática da ética insere-se no rol dos deveres relativos à responsabilidade social dos agentes econômicos. É a demonstração de maturidade empresarial influindo positivamente na sua imagem diante do mercado” (1999, p. 32). A conduta ética tem de estar presente na gestão das empresas, sendo definida pela transparência das ações que ela pratica nas relações com seu público e na preocupação que possuem com o impacto das suas atividades na sociedade. Isso refletirá o nível de maturidade de uma empresa além de inúmeros benefícios de reputação junto à sociedade em geral. Muitos estudos têm mostrado que a ética influencia a escolha dos consumidores e também o valor das ações das organizações. Isso é uma tendência que deve crescer cada vez mais. Os ganhos de ter um comportamento ético e socialmente responsável só podem gerar lucros palpáveis para empresa no mercado. E segundo, estudiosos do assunto, pode inclusive ser o seu diferencial daqui para diante. A ética deve ser incorporada naturalmente nas organizações onde a vivência de princípios é o que assegura o caráter ético, prioritário para os públicos quando consideram suas relações com as empresas. A Responsabilidade Social só acontece se a ética for soberana nos negócios, não adianta uma empresa pagar mal seus funcionários, corromper a área de compras de seus clientes, pagar propinas a fiscais do governo e, ao mesmo tempo, desenvolver programas voltados a entidades sociais da comunidade. Isso é ilusório, ou ela é ética por inteiro ou não é ética. Por isso, é importante que as políticas de responsabilidade social façam parte do planejamento estratégico organizacional, fazendo parte da sua cultura. Só assim, pode produzir resultados concretos, trazendo maior competitividade e retorno a todos envolvidos no processo. 1.4. A Responsabilidade Social como fator competitivo Reforçando, quando a Responsabilidade Social, é assumida de forma consistente e inteligente pela empresa, pode contribuir de forma decisiva para a sustentabilidade e o seu desempenho. 18 A vinculação entre o investimento social e o negócio da empresa é vital para o reforço de sua imagem empresarial. E graças a uma imagem fortalecida, a empresa potencializa a sua marca, ganha maior visibilidade, e adquire o status de empresa cidadã. Uma ação social bem conduzida garante a qualquer empresa posição de destaque na sociedade onde atua e frente ao governo, cidadãos, consumidores, fornecedores e concorrentes. Com uma imagem empresarial fortalecida a empresa canaliza a sua busca da competitividade para fatores como preço, qualidade, marca, serviços e tecnologia. A elevada consciência social de uma empresa, o exercício pleno da sua cidadania empresarial e o volume dos seus investimentos sociais com certeza constitui o tripé da autopreservação empresarial. Como podemos perceber, neste primeiro capítulo o nosso objetivo foi de trazer as informações sobre as origens, as evoluções dos conceitos responsabilidade social. Já no próximo capítulo estaremos explanando sobre as “partes interessadas”, ou os chamados stakeholderes, com os quais a empresa deve possuir uma relação responsável. 19 CAPITULO II 2. OS STAKEHOLDERS O sucesso de uma organização depende entre outros fatores do seu desempenho ético em sua relação com os stakeholders, nessa relação deve refletir os valores, administração corporativa da organização, as regulamentações, os controles, os investimentos no meio ambiente, os impactos de seus produtos, serviços e as questões relativas a direitos humanos , dentre outros. Stakeholders são todas as “partes interessadas” da empresa, como funcionários, clientes, fornecedores, governo, comunidade e acionistas. O desenvolvimento de qualquer empreendimento depende muito da participação de suas “partes interessadas”, por isso é necessário assegurar que suas expectativas e necessidades sejam conhecidas e consideradas pelos gestores das empresas. De modo geral, essas expectativas envolvem satisfação de necessidades, compensação financeira e comportamento ético. Cada stakeholders apresentam um determinado tipo de interesse no processo. O envolvimento de todos os interessados não maximiza obrigatoriamente o processo, mas permite achar um equilíbrio de forças e minimiza riscos e impactos negativos na execução desse processo. Uma organização que pretende ter uma existência estável e duradoura deve atender simultaneamente as necessidades de todas as suas “partes interessadas”. E para isso é necessário a empresa gerar valor, ou seja, a aplicação dos recursos usados deve gerar um benefício maior do que seu custo total. A importância do tipo de relacionamento com as “partes interessadas” afeta diretamente a visão estratégica de uma organização, pois, se a empresa não faz questão de ter um bom relacionamento com todas as “partes interessadas” ela realmente não conseguirá o resultado necessário para o seu sucesso. Porém, a empresa que define claramente as políticas e linha de ação com cada um dos stakeholders tem bem mais possibilidades de garantir um bom resultado. A partir de agora, vamos descrever um pouco sobre o papel de cada um dos stakeholders e a importância da relação da Empresa com eles. 20 2.1. Empregados “[…] o lugar de trabalho sempre representou uma comunidade, um lugar onde as pessoas trabalham para um bem comum. Ele deve ser, além disso, um lugar especial, criativo, alegre”. (RODDICK, 2002, p. 41). A empresa socialmente responsável vai além dos comprometimentos das leis trabalhistas, apesar do cumprimento das obrigações e direitos legais do empregado, como as leis referentes à segurança, saúde, remuneração direta e indireta também é uma política de responsabilidade social da empresa. Porém, quando estamos ressaltamos que responsabilidade social extrapola a questão legal, estamos nos referindo que uma empresa socialmente responsável com o seu empregado, tem o interesse de proporcionar o ambiente de trabalho seguro e produtivo nos quais possibilita um crescimento profissional e pessoal a cada um dele; ampliar os benefícios sociais complementares, desde que atendam as suas necessidades; contribuir para a sua constante qualificação, respeitar as diversidades, a cultura, as crenças, incentivá-lo a participação no cotidiano organizacional, por fim respeitá-lo com Ser Humano. Uma empresa socialmente responsável tem definido a sua relação com os empregados nos seus objetivos estratégicos, fazendo com que o interesse de ambos, empresas e empregados caminhem de mãos dadas. Ainda, a empresa deve proporcionar condições iguais ao seu público interno, impedindo qualquer tipo de discriminação ao oferecer oportunidades, garantindo direitos iguais para todos os candidatos que estiverem concorrendo a uma vaga de trabalho. Outro ponto importante é que as demissões sejam feitas respeitando o Ser Humano e que inclusive contribua na recolocação do demissionário. 2.2 Clientes “Jamais ponha em dúvida se um pequeno grupo de cidadãos conscientes e comprometidos pode mudar o mundo; na realidade, são eles os únicos capazes de fazer isso”. (MEAD Apud RODDICK, 2002, p. 38). 21 A responsabilidade social em relação aos clientes se forma com base nas legislações e no comprometimento ético que a empresa tem ao definir e entregar o um produto seguro, com qualidade e com preço justo, além oferecer informações precisas e honestas sobre o mesmo, por exemplo: quanto ao seu rendimento e desempenho; além de responder prontamente as reclamações durante e depois do consumo/uso de seus produtos. Os clientes esperam que as empresas socialmente responsáveis invistam em melhorias contínuas assegurando a eficiência, segurança e disponibilidade de seus produtos e serviços, minimizando possíveis riscos a sociedade e ao meio ambiente. 2.3 Fornecedores “Podemos saber o valor de um produto numa loja, mas não compreendemos o quanto ele cria meios de sobrevivência para as pessoas e como ele provê assistência e avanço econômico” (RODDICK, 2002, p. 40). Cabe a empresa manter contratados com seus fornecedores com clausulas integras, contribuindo para o seu desenvolvimento como parceiro, uma empresa socialmente responsável jamais massacra um fornecedor, mas o torna o seu parceiro verdadeiro e é leal com ele, nas relações comerciais. Além da relação ética com os fornecedores, cabe a empresa utilizar de critérios de comprometimento social e ambiental ao selecionarem seus parceiros, que estarão estabelecendo uma relação ao médio e longo prazo, com isso, a empresa deve conhecer a fundo suas atitudes em relação aos trabalhadores e o meio ambiente, essa conduta deve ser difundida com todos, os fornecedores, empresas parceiras e terceirizadas, fazendo com que os funcionários dessas empresas, tenham o mesmo conceito dos funcionários da empresa socialmente responsável, formando assim um elo, entre todos, fornecendo condições iguais as que seus funcionários têm, fazendo que com não haja diminuição de qualidade no serviço, mesmo com a terceirização ou com parcerias, ou seja, ser politicamente correta com eles e estar atentas a sua postura. Assim, a empresa deve tomar consciência da cadeia de fornecedores, atuando no desenvolvimento de todos, dando suporte aos mais fracos, evitando a sua imposição do poder econômico ou político. 22 2.4 Comunidade “A palavra comunidade vem de ‘comunhão’, de dividir uma tarefa comum. E é no compartilhamento de uma tarefa que as pessoas são capazes de fazer mais do que imaginam. Aí, sim, existe algo real que merece ser celebrado” (FOX Apud RODDICK, 2002, p. 38). Um dos papeis da comunidade é oferecer recursos às empresas dentro dela instalada, como empregados, parceiros e fornecedores, que tornam possível a execução das suas atividades corporativas, e o inverso disso é a empresa participando através de investimento, criação de programas sociais movidos por organizações comunitárias e ONGs – organizações não governamentais ou por elas mesmas. As empresas podem também atuar em causas das comunidades locais, apoiando com ações ambientais, recrutamento de pessoas vítima de exclusão social 2.5 Governo “Todo conhecimento deveria ser traduzido em ação” (EINSTEIN apud RODDICK, 2002, p. 40). A empresa deve relacionar-se de forma ética e responsável com órgãos públicos, a fim de cumprir as legislações e mantendo interações dinâmicas com seus representantes, visando a constante melhoria das condições sociais e políticas do país. O comportamento ético em que as relações entre a empresa e governos devem ser transparentes para a sociedade, acionistas, empregados, cliente e fornecedores. Pode ainda contribuir com as campanhas políticas, a transparência os critérios e as doações para candidatos ou partidos políticos, pode contribuir com o exercício da cidadania de cada um de seus empregados, atuando nas informações sobre as eleições, por exemplo. A postura da empresa deve ser contra as propinas e recebimentos de ofertas desonestas ou de favorecimentos por pessoas que representam os órgãos públicos. A empresa pode mostrar sua vontade de fazer algo mais, assumindo a responsabilidade de eliminar as discriminações históricas, como: etnias, sexo, deficientes, idosos, e criar um ambiente onde todos esses grupos possam atuar sem discriminação. Ser ambientalmente responsável também ajuda a ficar em dia com o governo e a sociedade, criando um programa de proteção ambiental, não denegrindo o meio ambiente com sua produção, mantendo um relacionamento cordial com a natureza, sociedade e governo. 23 A empresa pode também ser responsável socialmente pagando seus impostos e tributos, apoiando o governo nas áreas social. 2.6 Acionistas “As empresas precisam ter o lucro como objetivo, do contrário, elas morrem. Mas se uma empresa é orientada apenas para ter lucro... também morrerá, porque não terá mais nenhum motivo para existir.” (FORD apud RODDICK, 2002, p. 36). A empresa tem perante os acionistas a responsabilidade de utilizar seus recursos com atividades desenvolvidas com a única finalidade de aumentar seus lucros, dentro das restrições legais impostas pela sociedade, divulgando com total clareza e honestidade o resultado e a utilização desses recursos. Os acionistas estão assegurados por lei o direito a informação de natureza financeira, contudo, aos acionistas não reservam apenas o direito de ter garantido o lucro, mas também a informação que possa suportar uma decisão de vender as ações e deixar de ter participação como proprietário. A utilização de qualquer outro meio de alavancagem financeira a não ser pelos meios legais, e qualquer ação da organização que ultrapasse o comportamento socialmente obrigatório de benefício de outro grupo, que não os acionistas, constituem uma violação da responsabilidade da mesma, por tanto, cabe a gestão ter um comportamento socialmente responsável para obter um desempenho econômico favorável e propício para atuar com vantagem competitiva. Se tiver uma postura legalmente nos padrões, ela terá uma atuação responsável agindo proativamente e teria uma maior consciência sobre as questões sócias culturais e ambientais, e seus consumidores seriam capazes de diferenciar seus produtos em relação aos seus concorrentes menos responsáveis socialmente e poderia se antecipar e evitar ações governamentais restritivas a suas atividades. Ainda, uma empresa socialmente responsável, trata os seus acionistas majoritários e minoritários sem descriminações. 24 2.7 Concorrentes O relacionamento da empresa com seus concorrentes pressupõem que a competência e a qualidade dos produtos seja o fator soberano para influenciar o mercado (ETHOS, 2000, p. 28). O concorrente é uma realidade na relação comercial e que inclusive faz com que as empresas busquem constate melhorias para ganhar a preferência dos clientes. Porém, vale lembra que uma empresa socialmente responsável não vai praticar atos não moralmente aceitos, de que lhe traga benefícios, como: monopólio, oligopólio, dumpings, formação de trustes e cartéis, mas vai estar incentivando sempre o fortalecimento a livre concorrência de mercado. A concorrência deve ser leal, tendo como principal base de disputa a qualidade dos produtos e serviços, sendo inaceitáveis práticas desleais, tais como, difamação, disseminação de inverdades e maledicências, sabotagens, espionagem industrial, contratação de funcionários de concorrentes para obtenção de informações privilegiadas, etc., em nome de serem concorrentes. Assim, concluímos o segundo capitulo, com o objetivo de trazer ao leitor conhecimentos sobre stakeholderes e embasamento para a resposta do nosso objeto de estudo. No próximo capitulo, está descrito a pesquisa empírica. 25 CAPITULO III 3. A IMAGEM QUE A POPULAÇÃO MARILIENSE TEM EM RELAÇÃO A DORI ALIMENTOS LTDA, COM RELAÇÃO A RESPONSABILIDADE SOCIAL. Neste capítulo estaremos apresentando os métodos utilizados na pesquisa empírica e os seus resultados, o qual demonstrará qual a imagem que população Mariliense da Empresa Dori alimentos, com relação a responsabilidade social. 3.1 Metodologia da Pesquisa Para resposta ao nosso objeto de estudo “verificar qual a imagem que a população Mariliense tem da empresa Dori Alimentos Ltda, com relação a Responsabilidade Social.”, realizamos uma pesquisa. Para o desenvolvimento desta pesquisa, foram consideradas diferentes fases: preparação do formulário, definição da amostra e, por fim a coleta e a análise dos dados. A coleta de dados foi feita, por meio de entrevista, com um roteiro composto de 20 questões, das quais somente uma era aberta e as outras fechadas. O universo da pesquisa restringiu-se a três supermercados da cidade, que estão localizados na região norte, sul e centro da cidade. As entrevistas foram realizadas, pessoalmente pelos pesquisadores, abrangendo um total de 150 pessoas, sendo 50 de cada um dos supermercados. Os sujeitos da pesquisa, foi aleatório, ou seja, pessoas que estavam presente nos supermercados e se dispuseram a responder as perguntas. 3.2 Dados da Empresa Para melhor situar o leitor, antes de apresentarmos os resultados da pesquisa, vamos nos ater a passar alguns dados da Empresa estudada. A Empresa Dori Alimentos é uma indústria de capital nacional, multi-familiar, com duas unidades fabris e um centro de distribuição na cidade de Marília-SP, uma unidade produtiva na cidade de Rolândia-PR, além das filiais comerciais e representantes por todo país. Ela foi fundada em 1967 e adquirida pelos acionistas majoritários em 1988. Na época era 26 uma pequena empresa, que produzia 350.000 quilos por mês e seus produtos eram bastante artesanais, contando com menos de 100 empregados. No ano seguinte, 1989, a Dori adquire a fábrica de balas Ouro Verde, que na época oferecia em torno de 80 empregos e produzia 150.000 quilos por mês. Ao longo dos últimos 18 anos a Empresa Dori teve um desenvolvimento significativo, atualmente oferece mais de 2000 empregos diretos e produz em torno de 7.000.000 quilos por mês. A Empresa oferece um AMPLO mix de produtos alimentícios, entre caramelos de chocolates, balas duras e mastigáveis, pirulitos duros e mastigáveis, confeitos de amendoim, de amido, de chocolate e chicle. Toda a produção da Dori é armazenada num moderno Centro de Distribuição e seus produtos são vendidos em todo o território nacional e para mais de 70 países pelo mundo. A Dori tem por política, fabricar produtos de alta qualidade, em todas as suas Unidades que satisfaçam o seu consumidor; bem como, cuida do meio ambiente, através de diversas ações, como: tratamento de efluentes, reciclagem de lixo dentre outras. Busca principalmente, proporcionar, aos seus colaboradores, crescimento profissional e pessoal. É uma Empresa, que segundo seus dirigentes esta atenta ao seu compromisso de tratar com ética os seus stakeholders. 3.2.1 Missão da Dori A Missão é a razão de ser da organização: Cada organização tem uma missão que define todo seu sentido [...]. Assim, é mais importante definir claramente a meta e a finalidade da organização estimulando seus membros a alcançá-las do que determinar um conjunto de normas e regulamentos. São os fins que conferem sentido às atividades e as regras só podem ser fixadas se eles forem levados em conta (BELIZÁRIO Apud ZOBOLI, 2003, p. 16). Consciente de que a Missão é a razão de ser da empresa, a Dori tem como missão Produzir e comercializar alimentos de qualidade com foco em candies, oferecendo a mais ampla linha de produtos do setor, que proporcionem prazer e satisfação para toda a família, com forte presença no mercado nacional e crescimento internacional. 27 3.2.2. A visão da Dori Fortalecer e consolidar a marca Dori no mercado, melhorando a rentabilidade e a integração entre as áreas, com uma estrutura organizacional completa e eficiente. 3.2.3. Valores da Dori Responsabilidade, ética, respeito e transparência em nossas relações. Qualidade dos produtos e atendimento aos desejos dos consumidores. Integração e objetividade, gerando a agilidade necessária. Concorrência leal, crescimento nos mercados, nacional e internacional, em busca do lucro em nossas atividades. Atuação em prol das comunidades de Marília (SP) e Rolândia (PR), locais em que estamos presentes com unidades fabris. A Empresa Dori tem políticas definidas para atender aos seus stakeholders: Atendimento ao seu colaborador: Com o interesse de proporcionar o bem estar ao seu colaborador, a Dori oferece plano de carreira, treinamento e desenvolvimento, programas de saúde, benefícios sociais, participação nos resultados dentre outros. Alguns dos benefícios sociais oferecidos aos seus colaboradores: alimentação, convênios diversos, kits de produtos Dori, orientação jurídica, atendimento social individualizado, comemoração pelo aniversario, confraternização no final do ano, visita domiciliar, espaço de convivência e descanso no intervalo da jornada de trabalho, participação em esportes, bolsa de estudo, kits de material escolar, auxilio creche, vale transporte, seguro de vida em grupo, auxilio funeral, brinquedos, uniformes, final de semana especial, café com o presidente, projeto mãe e filho, comemoração pelo dia internacional da mulher, dia das 28 mães, festa junina, semana da cultura, dia dos pais, semana da pátria, semana da criança, jantar de homenagens, concurso de desenho para filhos de colaboradores. Atendimento a Comunidade Além das doações em dinheiro ou produtos de sua fabricação, a Dori através de um grupo de voluntários presta serviços a entidades sociais. A sua atividade de ação social, inicio com um grupo de voluntários, colaboradores da Empresa, num asilo, em que desenvolviam trabalhos de visitas sociais, atividades de lazer, festa junina e almoço especial. Atualmente, a Empresa atende a diversas entidades que cuidam de crianças, através do seu projeto denominado “Faça Parte” as seguintes entidades: 1.Arca de Noé (entidade situada na cidade de Marília-SP) 2.Escola Benito Martinelli (entidade situada na cidade de Marília-SP) 3.SOAME (entidade situada na cidade de Rolândia-PR) Atendimento para os clientes A Dori alimentos é uma Empresa que investe em tecnologia, buscando a cada vez mais oferecer produtos de qualidade e que tenham segurança alimentar. Não utilizam de propaganda enganosa e está sempre buscando atender aos anseios de seus consumidores. Atendimento aos Fornecedores Com um grupo limitado de fornecedores, faz negociações no “ganha-a-ganha”, permitindo crescimento para ambos os lados. Um exemplo de sua responsabilidade com o seu fornecedor é com relação aos plantadores de amendoim, uma de suas materiais-primas mais importante. Com profissionais capacitados, ela contribui orientando-os desde a seleção da semente a colheita do grão. 29 Atendimento ao Governo A Empresa cumpre as suas obrigações, através do recolhimento de seus tributos. Contribuem na sensibilização de seus colaboradores para o seu papel de cidadão. Atendimento aos acionistas Os sócios majoritários respeitam os minoritários. É uma Empresa que trabalha de maneira transparente, que inclusive publica anualmente o Balanço Social, usando o modelo IBASE. E vem tendo um ótimo crescimento e resultados significativos. Atendimento ao Meio Ambiente Além dos cuidados que mantém para preservar o meio ambiente no seu processo de fabricação, de tratamento de influentes, sensibiliza os seus colaboradores ao habito de reciclagem, de uso racional de energia elétrica, de água, dentre outros. 3.3. A Pesquisa Como já foi dito, os dados foram levantados através da entrevista com 150 pessoas, com o objetivo de conhecer que imagem população Mariliense tem da Empresa Dori Alimentos em relação as suas políticas de responsabilidade social. Os entrevistados foram questionados quanto ao conhecimento da Empresa, do tema abordado e das práticas empresariais. Também se procurou conhecer as razões pelas quais são adquiridos os produtos da Empresa, e a forma que eles a definem. 30 3.3.1. Perfil dos entrevistados Idade Tabela 1 IDADE QUANTIDADE % Menos de 18 anos 5 4 18 A 30 anos 63 42 30 A 40 anos 35 23 40 A 50 anos 26 17 50 A 60 anos 15 10 Acima de 60 anos 6 4 TOTAL 150 100% Pelo quadro acima, podemos observar que a maioria das pessoas entrevistadas, são jovens entre 18 a 30 anos e a minoria está entre os jovens com menos de 18 anos e nos com mais de 60 anos. Escolaridade Tabela 2 ESCOLARIDADE QUANTIDADE % 1º Grau incompleto 11 8 1º Grau completo 9 6 2º Grau incompleto 16 11 2 º Grau completo 56 37 Universitário 41 27 Pós-Graduação 17 11 TOTAL 150 100% A maioria dos entrevistados tem a escolaridade 2º grau completo. 31 Trabalho Tabela 3 PROFISSÃO QUANTIDADE % C/ vínculo privada 90 60 C/ vínculo pública 22 14 Empresário 13 9 Do Lar 5 3 Desempregado 4 3 Aposentado 7 5 Não trabalha 9 6 TOTAL 150 100% A maioria dos entrevistados trabalham com vinculo empregatício em empresas privadas. Um percentual de 83% prestam serviços remunerados ou são empresários e os outros 17% não tem trabalho remunerado, ou estão desempregados ou já são aposentados. Renda Tabela 4 RENDA QUANTIDADE % Menos de 1 salário 12 8 1 a 3 salários 64 43 4 a 6 salários 46 31 7 a 10 salários 19 13 > de 10 salários 9 5 Total 150 100 Salário Mínimo Do universo entrevistado, 74% têm uma renda entre um a seis salários mínimos 32 Residência Tabela 5 LOCAL RESIDÊNCIA QUANTIDADE % Zona norte 45 30 Zona sul 43 30 Zona leste 14 29 Zona oeste 9 6 Centro 39 5 Total 150 100% Apesar dos supermercados estarem situados nas regiões norte, sul e centro, alguns entrevistados moram na zona leste, ou seja, isso demonstra que algumas pessoas vão a supermercados que estão mais distantes de suas residências. Sexo Tabela 6 SEXO QUANTIDADE % Feminino 82 55 Masculino 68 45 Total 150 100 Com relação ao sexo dos entrevistados, está bastante próximo o número de mulheres e homens, 55% do sexo feminino contra 45% do masculino. Considerando que o nosso objeto de estudo é verificar a imagem que a população Mariliense tem da empresa Dori Alimentos com relação as políticas de responsabilidade social desenvolvidas pela Empresa junto aos colaboradores e à comunidade de um modo geral, a primeira pergunta foi “Você sabe o que é Responsabilidade Social?”. O nosso objetivo com a referida pergunta era perceber o conhecimento pelos entrevistados do termo responsabilidade Social. E segundo as suas respostas, uma grande maioria, ou seja, 85% afirmam que sabem o que é Responsabilidade Social. 33 Tabela 7 – Conhecimento sobre responsabilidade social QUANTIDADE % SIM 127 85 NÃO 4 2 +/- 19 13 TOTAL 150 100 Das 127 pessoas que afirmaram saber o que é Responsabilidade Social, são 75 do sexo feminino e 52 do sexo masculino; 58 dos pesquisados com esse conhecimento têm formação acadêmica universitária. Entre os entrevistados que sabem o que é Responsabilidade Social 51 possuem o 2° grau completo. Isso demonstra a estreita ligação entre o conhecimento do que seja responsabilidade social e a formação acadêmica. Dentre os que sabem o que é responsabilidade social 78 deles têm vínculo empregatício em empresas privadas; 17 possuem vínculo empregatício em empresa pública; 13 são empresários; 3 são donas de casa; 10 estão desempregados ou não trabalham e 6 são aposentados. Disso pode-se observar que a Responsabilidade social deixou de ser de conhecimento exclusivo de uma determina categoria, ainda que predominante de funcionários de empresas privadas e empresários, também apareceram outros, como as do setor público, as donas de casa e os aposentados. Talvez, a maioria esteja em empresas privadas, por conta, desse tipo de empresa , estar mais voltada a desenvolver políticas de Responsabilidade Social. Daqueles que afirmam saber o que é Responsabilidade Social apenas 3 possuem renda inferior a 1 salário; já um terço dos entrevistados, ou seja 50 pessoas, possuem renda de 1 a 3 salários; enquanto que os que têm renda de 4 a 6 salários foi o número 46 pessoas, de 7 a 10 salários 19 pessoas e acima de 10 salários 9; ou seja. Das ultimas três faixas salariais, 100% das pessoas afirmam saber o que é responsabilidade Social. Outro dado interessante, do universo pesquisado que sabe o que é Responsabilidade Social, 40 pessoas moram na zona norte; 35 na zona sul; 11 na zona leste; 7 moram na zona oeste e 34 são moradores do centro da cidade. Quanto a atividade remunerada, verifica-se que todos os entrevistados com uma renda elevada sabem do que se trata o termo responsabilidade social.Ainda com relação ao local de residência a maior incidência se deu nas zonas norte, sul e centro, fato explicado pela localização dos ponto de pesquisa: supermercado Tauste Norte, Pão-de-Açucar no Centro, e supermercados Kawakami instalado na região Sul da cidade. 34 Em seguida foram feitas 12 perguntas a respeito do conhecimento que eles têm das políticas, práticas e atividades desenvolvidas da Empresa Dori Alimentos, sempre atentando para o tema responsabilidade social. Os entrevistados foram indagados de como eles classificam a Empresa Dori no que se refere a Responsabilidade Social. Todos a classificaram como uma empresa responsavelmente social. Na pesquisa também foi solicitado aos pesquisados que citassem três empresas em Marília que desenvolvem políticas de Responsabilidade Social. As três Empresas mais lembradas pelos entrevistados, foram a Dori, a Marilan e a Nestlé. Das quais a Dori teve maior incidência, sendo citada 135 vezes, seguida da Marilan com 95 citações e Nestlé com 84. Podemos observar que um percentual bastante representativo indica a Dori como uma Empresa Responsavelmente Social, ou seja, 90% do universo pesquisado. Com relação a contratação de mão de obra infantil, possíveis discriminações na hora da contratação ou a situações de poluição do meio ambiente, foi observado que 100% dos entrevistados concordam que não há ocorrências nesses aspectos, pela Empresa Dori. Vale ressaltar que foi perguntado exclusivamente sobre essa Empresa. De todos os entrevistados, 99% acham que a Dori Alimentos oferece produtos com qualidade; 87% acreditam que ela respeita seus consumidores e que não trabalha utilizando propaganda enganosa. Quanto ao recolhimento de impostos 71% acreditam que a Empresa cumpre com seus compromissos tributários. Dentre as atividades relevantes desenvolvidas pela Dori Alimentos e de conhecimento dos entrevistados, aquelas relativas aos funcionários detiveram 69%, as direcionadas aos clientes 9%, aos fornecedores 4%, e aquelas destinadas à comunidade é de conhecimento de 36% dos entrevistados. Apesar de um percentual significativo, considerar a Dori como uma Empresa responsavelmente social, o percentual das ações que eles dizem conhecer não é tão significativo. Isso, pode ser em virtude a Empresa não fazer grandes divulgações. A respeito dos motivos pelos quais os consumidores adquirem os produtos da Dori Alimentos os que mais se destacaram foi a qualidade e o preço dos produtos, o primeiro ocorrendo 134 vezes e o segundo 70 vezes, muitas pessoas indicaram as duas situações (qualidade e preço). A maneira com que a Empresa lida com seus funcionários e as atividades que ela faz com a comunidade que eram as outras alternativas apareceram 30 vezes cada. 35 Ainda com o intuito de buscar mais subsídios para o conhecimento da resposta do nosso objeto de estudo, foi questionado a cada um dos entrevistados como eles vêem a Empresa Dori Alimentos no todo e os resultados foram os seguintes: É uma empresa que oferece variedade de produtos com muita qualidade. Responsável, gera muitos empregos e contribui para o desenvolvimento da cidade. A Dori se apresenta como uma empresa que não se preocupa apenas com seu retorno econômico mas também com a qualidade de vida de seus funcionários e o bem estar da sociedade. Ela é uma empresa antiga da cidade de caráter familiar com nome conceituado nacional e internacionalmente, conquistado pela qualidade de seus produtos e dos serviços prestados a comunidade. É considerada uma das melhores empresas no ramo de confeitos e balas, com um variado mix de produtos que atendem as diversas necessidades de seus clientes. Contribui muito para o crescimento da cidade por meio do recolhimento de seus impostos, demonstrando seriedade e levando o nome de Marília para vários lugares de maneira positiva. Uma empresa diferenciada tratando com responsabilidade e compromisso seus clientes, funcionários, fornecedores e a comunidade de modo geral. Enfim, uma empresa antenada nas mudanças possuindo em sua administração grandes líderes, e que se preocupa com o oferecimento de produtos com grande variedade, com a qualidade de vida de seus funcionários e com o local onde está inserida. Pelas falas dos entrevistados, não só as selecionadas aqui, mas todas apresentadas, praticamente todos os entrevistados vêem a Dori Alimentos como uma Empresa responsável com seus stakeholders, ou seja, têm uma visão bastante positiva da Empresa. 36 CONCLUSÃO O presente tinha por objetivo conhecer qual a imagem que a população Mariliense tem da Empresa Dori Alimentos no que se refere a Responsabilidade Social. Os entrevistados afirmam que a imagem que eles tem na Dori no que se refere a responsabilidade social é positiva, porém, alegam que as políticas poderiam ser mais divulgadas, para que a população tivesse um conhecimento maior do que a Empresa vem desenvolvendo com relação ao tema. Pela fala dos entrevistados, pudemos observar que apesar de dúvidas sobre o que é responsabilidade social, eles valorizam o papel da Empresa em se preocupar e lidar bem com os seus colaboradores, clientes, comunidade dentre outros. Podemos até arriscar a dizer, que a empresa que quer manter uma imagem positiva perante o consumidor, tem que desenvolver políticas de Responsabilidade Social e divulgar, para que todos tenham conhecimentos. A pesquisa revela também que a decisão de compra dos produtos da Dori Alimentos, está atrelada na maioria das vezes, a qualidade e ao preço, o que não deixa de ser uma postura de responsabilidade social da Empresa. Apesar das parcas informações oficiais que o consumidor tem da Empresa, eles caracterizam que uma empresa que é responsável pelas suas ações, só pode conquistar um diferencial importante no mercado que valoriza cada vez mais uma imagem empresarial positiva. Não foi possível definir com exatidão, se as políticas de responsabilidade social é um incentivo a escolha dos produtos Dori, porém todas as vezes que a Empresa se “mostra” , ela é lembrada e considerando que a maioria compra o seu produto por impulso, é extremamente importante que a Empresa esteja sempre sendo lembrada. Outro dado interessante na pesquisa, é que do maior conhecimento e valorização da responsabilidade social pelos entrevistados, são aqueles que têm maior grau de escolaridade; isso talvez, por ser pessoa que têm mais acesso as informações e aos meios de comunicação. Independe, do ser uma ferramenta para alanvacar vendas, pelos dados levantados nesta pesquisa observamos que existe uma a importância da inclusão da responsabilidade social nas políticas de administração das empresas. E que as pessoas entrevistadas consideram que a Dori tem uma imagem extremamente positiva na cidade de Marilia. 37 Podemos concluir pelos dados da pesquisa que a população mariliense vê a Dori Alimentos de maneira bastante positiva, em alguns relatos, pessoas afirmaram sentir orgulho do prestigio da Empresa e do seu comportamento perante a sociedade. Esperamos que as considerações levantadas por esta pesquisa possam contribuir para os gestores, profissionais e estudiosos que lidam com o assunto em tela e principalmente que a divulgação do assunto, faça com que os consumidores estejam atentos e valorizando o comportamento responsável das empreas de modo geral; pois a partir do momento que todas as empresas possuírem consciência dos impactos positivos ou negativos que pode causar a sociedade, podemos ter uma qualidade de vida melhor para a comunidade de modo geral. E por fim, sugerimos a pesquisadores que a pesquisa pode ser apronfudada com uma amostra maior, ou ainda um estudo comparativo das empresas de alimentos da cidade de Marília. 38 ANEXO A - QUESTIONÁRIO Verificar qual a imagem que a população mariliense tem da Empresa Dori Alimentos. 1.Idade: ( ) menos de 18 anos ( ) 18 a 30 anos ( ) 30 a 40 anos ( ) 40 a 50 anos ( ) 50 a 60 anos ( ) acima de 60 anos 2.Escolaridade ( ) 1º grau incompleto ( ) 1º grau completo ( ) 2º grau incompleto ( ) 2º grau completo ( ) Universitário ( ) Pós-Graduação 3.Profissão ( ) com vínculo empregatício empresa privada ( ) com vínculo empregatício empresa pública ( ) empresário ( ) do lar ( ) desempregado ( ) aposentado ( ) não trabalha. 4. Renda: ( ) menos de 1 salário mínimo ( ) 1 a 3 salários mínimos ( ) 4 a 6 salários mínimos ( ) 7 a 10 salários mínimos ( ) acima de 10 salários mínimos 5. Local residência: ( ) Zona norte ( ) Zona sul ( ) Zona leste ( ) Zona oeste ( ) centro 6. Sexo ( ) feminino ( ) masculino 7. Você sabe o que é responsabilidade social? ( ) sim ( ) não ( ) mais ou menos 39 8. Cite 3 empresas em Marília que desenvolvem políticas de RS. 9. Você conhece a Empresa Dori Alimentos? ( ) sim ( ) Não ( ) mais ou menos 10. Você já ouviu falar se a Dori contrata mão de obra infantil (crianças)? ( ) Sim ( ) Não 11. Você sabe se a Dori faz discriminações na hora de contratação. Discriminação de raça, religião, sexo e outros? ( ) sim ( ) não 12. Você acha que os produtos da Dori têm qualidade? ( ) Sim ( ) Não ( ) não sei 13. A Dori respeita os seus consumidores? ( ) sim ( ) Não ( ) não sei 14. Você já viu alguma propaganda enganosa da Dori ( ) sim ( ) Não ( ) nunca vi propagandas da Dori 15. Você já ouviu falar se a Dori cumpri com os seus compromissos de recolhimento de tributos (impostos)? ( ) sim ( ) Não 16. Você sabe de alguma situação que a Dori tem feito algo para poluir o meio ambiente? ( ) sim ( ) Não 17. Você conhece alguma atividade relevante que a Dori desenvolve para: a) seus funcionários ( ) sim ( ) não b) Clientes ( ) sim ( ) não c) Fornecedores ( ) sim ( ) não d) Comunidade ( ) sim ( ) não 18. Como você classifica a Dori alimentos no que se refere a Responsabilidade Social? ( ) empresa responsável ( ) empresa irresponsável 19. Por quais razões você adquire os produtos Dori: Pode escolher mais de uma alternativa. ( ) Qualidade dos produtos. ( ) Preço dos produtos. ( ) maneira com que ela lida com seus empregados. ( ) pelas atividades que ela faz com a comunidade. ( ) Outros. Quais _________________________________________________ 20. Defina como você vê a Empresa Dori alimentos. 40 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA. ASHELEY, P.A. eti al. Ética e responsabilidade social nos negócios. São Paulo: Saraiva, 2002. CARDOSO, A..J.G & ASHELEY, P.A “A responsabilidade social nos negócios: um conceito em construção”. In: Ashley, P.A. (coord) Ética e responsabilidade social nos negócios. São Paulo: Saraiva, 2002. LUMBERG, M.E. Ética na política e na empresa: 12 anos de reflexões. São Paulo: CLA, 2002. MANHÃES, J.M. Ética na política e na empresa : 12 anos de reflexões. São Paulo: Pioneira, 1999. MELO Neto, F.P & FROES, C. Responsabilidade social e cidadania empresarial: a administração do terceiro setor. Rio de Janeiro. Qualitymark, 1999. 2ª Reimpressão: 2005. MELO Neto, F.P.& FROES, C. Responsabilidade social e cidadania empresarial: a administração do terceiro setor. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999. RAFAEL, E.J. Fundações e direito: Terceiro setor. São Paulo: Melhoramentos, 1997. Responsabilidade Social das empresas: a contribuição da universidades, 2002 Responsabilidade social das empresas: a contribuição das universidades, volume 3. São Paulo: Peirópolis: 2004. Responsabilidade social das empresas: a contribuição das universidades, volume 4. RODDICK, A. Meu jeito de fazer negócios. Rio de Janeiro: Campus, 2002. São Paulo: Peirópolis: Instituto Ethos, 2005. www.ethos.org.br: acesso em 15/10/2007; ZOBOLI, Elma Lourdes Campos Pavone. Ética nas organizações. In: Cadernos do Instituto Ethos. Disponível em www.ethos.org.br/publicações. This document was created with Win2PDF available at http://www.win2pdf.com. The unregistered version of Win2PDF is for evaluation or non-commercial use only. This page will not be added after purchasing Win2PDF.