O USO SISTEMÁTICO DE ANALOGIAS ESTUDO DE UM MODELO DE ENSINO PARA O CONCEITO DE INCOMPATIBILIDADE SANGÜÍNEA Ana Senac Palavras-chave: analogias, metáforas, modelos e modelos de ensino. Resumo O presente trabalho discute as estratégias centradas nos modelos de ensino para expressar os conteúdos científicos e propõe uma efetiva aplicação do uso sistemático de analogias nesses modelos. Para tanto, utiliza a Metodologia de Ensino com Analogias – MECA – para tentar verificar a potencialidade do modelo de ensino, que chamamos de café com leite, para a compreensão do conceito de incompatibilidade sangüínea. O tipo de pesquisa utilizado baseou-se nos fundamentos das pesquisas etnográficas aplicáveis à prática escolar. Parte do pressuposto que o recurso para o raciocínio analógico auxilia na compreensão do conhecimento científico na medida em que aproxima dois assuntos de naturezas distintas. Um domínio menos familiar chamado de alvo, é tornado compreensível por semelhança com um domínio mais familiar, denominado veículo. Apresenta reflexões sobre como o modelo de ensino proposto pode ser utilizado em diversas áreas do conhecimento e para diversos temas. Na identificação de novas analogias, elaboradas pelos alunos, para o mesmo modelo de ensino, verifica-se a possibilidade de avaliação da compreensão do conceito a ser compreendido, tanto pelo professor, como também pelo aluno para proporcionar uma reflexão sobre a sua própria aprendizagem. Ainda, com relação à criação de uma nova analogia para o modelo proposto, verificamos que algumas das analogias construídas pelos alunos poderiam ser utilizadas para substituir o modelo de ensino café com leite. Outras, porém, não apontam nenhum indício de que as relações entre o alvo e o veículo poderiam ser estabelecidas. Verificamos dificuldades no estabelecimento das relações de semelhanças e de diferenças entre o alvo e o veículo, principalmente quando não houve a interação do professor, na condução desse estabelecimento. A discussão final mostra alguns dos problemas pedagógicos encontrados quando não se consideram, criteriosamente, o alcance e os limites das analogias utilizadas didaticamente e as perspectivas e expectativas que esse estudo pode apresentar para a melhoria da qualidade do ensino de ciências.