CADERNO DE ORIENTAÇÕES
PARLENDAS
Por que ler livros com parlendas?
A linguagem mediando encontros especiais
Ver:
Caderno de
estudos
D
esde muito pequenas, as crianças experimentam contatos diversos com a linguagem em
momentos de interação: embaladas por uma canção de ninar, atentas às narrativas cotidianas,
criando, elas próprias, narrativas que melhor signifiquem seus jogos simbólicos ou, ainda, recitando
textos durante suas brincadeiras.
Em todos esses casos, a interação com outras pessoas e com diferentes situações é mediada pela
linguagem, ou seja, a palavra apoia e ressignifica experiências de natureza diversa. Mas pode haver na
escola ocasiões especiais em que se favoreça a interação da criança com a linguagem, tendo como finalidade a apreciação e o “manuseio” da palavra em si, ou seja, ocasiões em que se priorize a experiência
com a materialidade da palavra: pular corda ao ritmo de um texto cantado ou decompor uma palavra
ao recitar uma parlenda são experiências concretas com a palavra.
Os textos poéticos, nos quais a intencionalidade estética da linguagem é primordial, são construídos
com base na palavra, explorando-se ao máximo as suas propriedades: ritmo, sonoridade, significado,
forma dos caracteres etc.
Fazem parte desse grupo os gêneros que privilegiam o jogo com as palavras: quadrinhas, trava-línguas
e parlendas, entre outros.
A escola é um espaço privilegiado de encontros: da criança com outras crianças, da criança com adultos
que não sejam apenas seus pais e familiares.
É na escola que terão oportunidade de conhecer uma diversidade de materiais, que também podem
ampliar seus conhecimento e dar acesso a novos saberes. A vida escolar caracteriza-se pela oportunidade
de interação que oferece às crianças: aprende-se melhor e de modo mais significativo em contato com
outras pessoas, com materiais diversos, em tempo e espaço intencionalmente organizados para favorecer
esses encontros. A interação é, também, uma propriedade da linguagem. A leitura e a escrita estão,
prioritariamente, a serviço da comunicação. Portanto, é na escola que temos a chance de criar um
contexto favorável para que ampliem sua experiência com a linguagem.
O que são parlendas?
Parlendas são gêneros que fazem parte da tradição oral, em sua maioria de domínio público, e se caracterizam
por uma forma breve, rimada, ritmada e repetitiva, nem sempre com significado lógico. Podem apresentar, por exemplo, uma série de imagens associadas que obedecem ao senso lúdico ou um diálogo
inusitado no qual predomina a sonoridade e não a coerência.
Como o ritmo é um componente forte nas parlendas, o texto normalmente possui movimento e
convida à brincadeira corporal: gestos costumam acompanhar a recitação desses textos e este é mais
um atrativo para as crianças pequenas.
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Estudiosos dos gêneros de tradição oral classificaram as parlendas segundo critérios diversos, como
a temática (parlendas que ensinam a contar ou que apresentam sequência de eventos, por exemplo)
ou o uso social que normalmente se faz delas (parlendas que iniciam e finalizam uma história ou que
acompanham brincadeiras em roda, por exemplo). Outros nomes dados às parlendas são “brincos”
ou “mnemonias”. Esse último termo tem origem no radical grego mnemo, que significa memória. Não à
toa, também é usado para nomear esse gênero. Uma característica marcante das parlendas é justamente
sua fácil memorização decorrente de uma forma estável e reiterativa, composta de rimas previsíveis
que permitem à criança antecipar e até mesmo substituir as palavras do verso seguinte. Na conhecida
parlenda “um dois, feijão com arroz...”, por exemplo, para os últimos versos “nove, dez, comer pastéis”
há mais de uma possibilidade conhecida e já registrada: “nove dez, bobo tu és”; “nove, dez, vá na bica
lavar os pés, que eu te dou quinhentos réis”. Poderíamos, sem dificuldade, encontrar ainda outros versos
para finalizar esta parlenda, não é mesmo?
As parlendas e o aprendizado da língua
A fácil memorização do texto é um dos principais critérios que norteiam a escolha desse gênero no
trabalho com crianças em fase de alfabetização.
Sabemos que nas atividades de produção escrita, uma vez garantido o conteúdo do texto (sobre o que
fala), as crianças podem se dedicar a pensar mais demoradamente na forma (como se escreve o que
se fala). Desse modo, as parlendas são especialmente eficazes nas atividades que ajudam as crianças a
refletir sobre a relação fonema-grafema (relação entre o que se fala e o que se escreve). A proximidade
sonora entre as palavras que compõem esses textos favorece a reflexão acerca do sistema de escrita,
pois fornece pistas importantes às crianças sobre as possíveis letras a serem usadas em cada palavra.
As relações sonoro-semânticas, ou seja, a proximidade entre som e sentido evidenciada principalmente
nas rimas presentes nesse gênero, são um prato cheio para a percepção do funcionamento da língua.
Isso ocorre porque, ao encontrar uma palavra com determinada terminação sonora ao final de uma
frase, a criança é capaz de antecipar uma possível palavra que comporia uma rima na frase seguinte,
baseando-se tanto no som (a palavra teria de terminar com as mesmas letras da anterior) quanto no
significado (o sentido da palavra teria de caber dentro do contexto daquela frase). Neste caderno, você
encontrará atividades variadas que explicitam estas relações para as crianças de maneira prazerosa.
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Sobre os livros
Os dois livros indicados para este caderno contêm parlendas recolhidas pelos organizadores. Em
ambos, você encontrará parlendas de diversos tipos: das mais populares e tradicionais às versões
menos conhecidas, próprias de determinada região do País.
Salada, saladinha: parlendas
Maria José Nóbrega e Rosane Pamplona (organizadoras)
Ilustrações de Marcelo Cipis
São Paulo: Editora Moderna, 2005.
Esse livro pertence a uma coleção intitulada Na panela do mingau, cujos títulos priorizam os gêneros
de tradição oral, como as parlendas, trava-línguas e adivinhas, entre outros. Em Salada, saladinha, as
organizadoras apresentam cerca de cem parlendas, classificadas segundo a temática e a função que
costumam desempenhar nas brincadeiras infantis: parlendas de tirar (cantadas, por exemplo, para escolher quem começa uma brincadeira, quem será o pegador etc.); parlendas de arreliar (cantadas como
provocação ou como “grito de guerra” das torcidas etc.); parlendas de pedir (assemelham-se às simpatias populares religiosas); parlendas de pular corda (cantadas enquanto se pula corda); parlendas de
brincar com os pequeninos (nas quais há contagem ou sequências encadeadas, que brincam com partes
do corpo ou terminam em cócegas, por exemplo); parlendas de brincar (cantadas enquanto se brinca
em roda, com bola, de esconder etc.) e parlendas de acabar (cantadas ao término de uma brincadeira,
ou para finalizar a leitura de uma história, por exemplo). Em algumas páginas, há um texto instrucional
em fonte reduzida, logo abaixo da parlenda, explicando como brincar com as crianças.
A apresentação de cada grupo de parlendas é graficamente marcada pelas cores das páginas que se alteram ao longo da obra. Entre uma parlenda e outra também há ícones separando o texto e facilitando a
localização. Utiliza-se a letra maiúscula, o que favorece a leitura realizada pelas crianças em fase inicial
de alfabetização.
Quem canta seus males espanta 2: mais músicas, parlendas,
adivinhas e trava-línguas
Coordenado por Theodora Maria Mendes de Almeida
Ilustrado por várias crianças
São Paulo: Editora Caramelo, 2000.
Esse livro é o segundo volume organizado pela coordenadora pedagógica de uma escola de educação
infantil e contém textos de tradição oral que faziam parte da rotina da escola. São músicas, parlendas,
adivinhas e trava-línguas, identificados ao longo da obra com esses mesmos títulos, exceto no caso das
músicas que aparecem com seus títulos originais.
Além do livro com as letras das músicas e demais textos, a obra inclui um CD, no qual as próprias
crianças, acompanhadas de músicos diversos, cantam e recitam os 85 textos. São também as crianças
que ilustram as páginas do livro com técnicas e materiais variados – desenho, pintura, colagem etc. –,
conferindo um colorido especial à obra!
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Não há uma organização linear na apresentação dos textos: as parlendas misturam-se às músicas, aos
trava-línguas e adivinhas. O sumário permite ao leitor localizar-se tanto na leitura do livro quanto na
escuta do CD. Ao todo, são 36 parlendas dos mais variados tipos – das mais longas, com sequências
narrativas encadeadas, às mais curtinhas, com apenas uma estrofe – que podem ser cantadas e recitadas em diferentes situações – nas brincadeiras com as partes do corpo, em roda ou mesmo nas que
acompanham o pular corda.
O que há de comum nos dois livros?
Em ambas as obras encontramos parlendas de diferentes tipos que podem ser exploradas com as crianças ao longo das atividades propostas neste Caderno. Observe alguns recursos linguísticos presentes
nas parlendas que facilitam a memorização e a repetição:
1. Brevidade e texto dialogado, no qual predominam a simplicidade do vocabulário e a sonoridade
expressa pela rima. Exemplo: “Nunca me viu, cara de pavio?/ Sempre te vejo, cara de percevejo!”
2. Predomínio da repetição, recurso de linguagem recorrente nesse gênero. Pode-se repetir uma
mesma palavra ou reapresentá-la inserida em outros termos do texto, como se observa nos trechos em
negrito. Exemplo: “Serra, serra,/ Serrador,/ Quantas tábuas já serrou?/ Já serrei vinte e quatro/ Uma,
duas, três, quatro!”
3. Outra forma de repetição presente nesse gênero, em ambas as obras, é o encadeamento que consiste
na reaparição da última palavra de um verso no início do verso seguinte. Exemplo: “Hoje é domingo/
Pede cachimbo/ O cachimbo é de barro/ Bate no jarro/ O jarro é fino” (...)
4. A enumeração, seja ela dos dias da semana, meses do ano, números, seja das partes do corpo,
também é frequente em muitas parlendas. Exemplo: “A galinha do vizinho/ Bota ovo amarelinho/ Bota
um/ Bota dois/ Bota três” (...)
5. Outra recorrência é a possibilidade de variação de uma ou mais palavras, permitindo ao leitor
interagir com o texto e modificá-lo dentro de um contexto dado. Exemplo:“Você tem uma boneca?/
Tenho/ Como é o nome dela?/ Milu/ Quantos anos ela tem?/ Cinco/ Um, dois, três, quatro, cinco.”
(Nesse caso, as crianças podem dizer o nome e a idade que quiserem para a boneca, alterando trechos
do texto).
6. Construção textual caracterizada pelo nonsense, ou seja, significado não lógico, na qual se enfatizam a
sonoridade e o ritmo. Exemplo: “Viva eu/ Viva tu/ Viva o rabo do tatu!”
A peculiaridade de cada uma das obras
A principal diferença entre os dois livros é que Salada, saladinha apresenta apenas parlendas e, portanto,
traz uma variedade maior além de uma classificação mais precisa dos textos, enquanto Quem canta seus
males espanta 2, por incluir também outros gêneros de tradição oral, possui uma menor variedade de parlendas. Nesse último, predominam as parlendas mais curtas e dialogadas, nas quais há, em muitos casos, a
presença das onomatopeias nos versos finais (ding dong; nhoct nhoct; puf puf etc.). Já em Salada, saladinha encontramos mais exemplos de parlendas longas, com séries enumerativas e acumulativas.
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As ilustrações também diferem muito de uma obra para outra. Quem canta seus males espanta 2
apresenta ilustrações infantis, criadas com utilização de materiais diversos que conferem maior concretude aos textos: lãs, botões, folhas secas, papéis picados etc. Já em Salada, saladinha, as ilustrações,
criadas por Marcelo Cipis, são todas de um mesmo tipo, ocupam menor espaço nas páginas e destacam detalhes já presentes nos textos.
Por fim, em ambas as obras há recursos extras diferenciados que permitem ao leitor interagir com o
texto para além da leitura do livro: em Quem canta seus males espanta 2, pode-se ouvir as parlendas
cantadas ou recitadas no CD, e em Salada, saladinha, há a presença dos textos instrucionais que ajudam a realizar brincadeiras enquanto se cantam ou recitam as parlendas.
As atividades desenvolvidas aqui são referência para a exploração de livros com parlendas. O livro
Salada, saladinha serviu de referência para a elaboração das propostas apresentadas a seguir. Contudo, você pode experimentar o mesmo tipo de atividade com outras parlendas. Este Caderno é um
convite para que você coloque em jogo seus conhecimentos, ampliando-os com as sugestões apresentadas. É por essa razão que já indicamos neste texto outro livro que compõe o acervo enviado junto
com o material. Bom trabalho!
Lembrete
Sabemos que, quando gostam de uma parlenda, as crianças pedem para que ela seja lida
e recitada diversas vezes. Por isso, não hesite em recitar várias vezes a mesma parlenda.
A formação de futuros leitores se dará no equilíbrio de experiências em que eles possam
recitar e ler parlendas por puro prazer – desfrutando de literatura de qualidade – com outros momentos em que possam aprofundar conhecimentos sobre o texto. Portanto, o desafio
está em não transformar a leitura de parlendas numa atividade mecânica. Assim, procure
garantir a leitura por prazer de maneira independente das atividades com foco no texto. Este
Caderno de orientações apresenta um roteiro de trabalho que não deve ser escolarizado,
mas, ao contrário, servir de instrumento para que as crianças façam uma viagem pelo mundo
da literatura e do conhecimento.
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Sumário
1
Atividade 2
Atividade 3
Atividade
Atividade
Atividade
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5
Memorizar parlendas
Ler um texto memorizado
Recitar parlendas com diferentes vozes
Desenhar a parlenda
Localizar e identificar palavras
da parlenda
Atividade
Atividade
Atividade
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Ditar ao professor uma parlenda conhecida
Ordenar os versos de uma parlenda conhecida
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Escrever nomes de uma parlenda com
letras móveis
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TRILHAS
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Atividade
Memorizar parlendas
professor apresenta o livro Salada, saladinha às crianças e conversa
com a turma compartilhando as parlendas que já conhecem.
Lê algumas do livro e depois as convida a recitar juntos. Por fim,
fala sobre as brincadeiras que são acompanhadas de parlendas e as
convida a brincar.
Roteiro de trabalho
­Preparação
Ler o livro Salada, saladinha para conhecer as parlendas e escolher aquelas que lerá às crianças. Uma
dica para auxiliar você na atividade é recitar as parlendas algumas vezes para memorizar, buscando
dominar ritmo e entonação.
Organização do espaço e das crianças
Essa é uma atividade coletiva. No momento de apresentação do livro, é importante garantir que as
crianças estejam sentadas confortavelmente (em roda no chão, em volta do professor, sentadas nas
cadeiras). Se houver possibilidade, você pode propor que as crianças brinquem recitando a parlenda
em outros espaços, como, por exemplo, o pátio externo da escola.
Orientações para o professor
Apresentar o livro Salada, Saladinha para as crianças e contar que esse é um livro cheio de parlendas.
Informar o título do livro. Pode ser que reconheçam que o título do livro é o nome de uma parlenda. Nesse caso, propor que recitem. Se não conhecerem, contar que é o título de uma parlenda e ler na
sequência o texto que está na página ao lado do Sumário do livro.
Perguntar às crianças se elas conhecem alguma outra parlenda. Deixar que recitem. Se conhecerem
alguma das que constam no livro, manusear o livro junto com elas e ler mostrando onde se encontra.
Mostrar e ler o Sumário às crianças, conversando sobre os diferentes tipos de parlendas apresentados
e as brincadeiras que as acompanham.
Explicar a atividade às crianças, dizendo que lerá diferentes parlendas e que elas escolherão algumas
para memorizar e recitar. Você pode dizer: “Vou ler para vocês algumas parlendas deste livro e vocês vão
me dizer quais delas mais gostaram para recitarmos juntos”.
Repetir os versos,
memorizando-os.
Contar como se brinca.
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Recitar algumas vezes as parlendas escolhidas, solicitando que as crianças repitam os versos com você.
Retomar com as crianças algumas das parlendas lidas e que podem ser recitadas ao brincar. Perguntar
se conhecem alguma brincadeira que tenha parlendas e pedir para que contem como se brinca.
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Ler a parlenda “Bento que bento é o frade!” (pág. 46 do livro Salada, Saladinha) e, logo em seguida, ler
o texto escrito pelas autoras explicando que ali há uma instrução sobre como brincar.
Propor que as crianças brinquem de acordo com as instruções lidas.
O que as crianças podem aprender
Ao conhecer diferentes parlendas, as crianças têm acesso a textos que fazem parte da tradição oral
brasileira e da cultura da infância.
Ao recitar parlendas, as crianças observam as repetições das palavras e dos sons e sua característica
rítmica, favorecendo que elas atentem para um aspecto da forma da linguagem: seu componente sonoro.
Ao propor que as crianças recitem parlendas junto com o professor, favorece-se que as memorizem
fazendo uso delas em suas brincadeiras – e construindo um repertório de formas fixas de linguagem
que contribuem para que entendam a palavra pela palavra, começando a compreender como funciona a
linguagem, tanto do ponto de vista sonoro quanto do significado.
O que mais é possível fazer
Você pode contribuir para que as crianças conheçam cada vez mais parlendas, formando uma ampla
coleção para recitar e brincar. Seguem algumas sugestões:
Convidar as crianças a conversar com os funcionários da escola, perguntando se eles sabem o que
é uma parlenda. Caso os funcionários saibam, pedir que recitem às crianças e, se souberem alguma
parlenda acompanhada de brincadeira, pedir que as ensinem a brincar.
Propor às crianças que convidem os colegas das outras salas para brincar com as parlendas que aprenderam.
O que mais é possível fazer
Propor às crianças para recitar e brincar em casa com as parlendas que aprenderam. Também pode
pedir que elas tragam novas parlendas, aprendidas com os pais, parentes, vizinhos ou amigos, para
compartilhar com os colegas.
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2
Atividade
Ler um texto memorizado
professor convida as crianças a ler, junto com ele, uma parlenda.
Após ler algumas vezes, o professor para em certas partes do
texto, solicitando que as crianças completem a palavra que falta.
Por exemplo:
O MACACO FOI À FEIRA
NÃO SABIA O QUE COMPRAR.
COMPROU UMA CADEIRA
PRA COMADRE SE SENTAR.
A COMADRE SE SENTOU,
A CADEIRA ESBORRACHOU.
COITADA DA COMADRE
FOI PARAR NO CORREDOR.
O MACACO FOI À FEIRA
NÃO SABIA O QUE _______
COMPROU UMA CADEIRA
PRA COMADRE _________
A COMADRE SE SENTOU
A CADEIRA ____________
COITADA DA COMADRE
FOI PARAR ____________
Roteiro de trabalho
­Preparação
Garantir que as crianças memorizem algumas das seguintes parlendas do livro Salada, saladinha: Macaco foi à feira (pág. 9); Quem cochicha (pág. 19); Santa Luzia (pág. 24) Uma, duas angolinhas (pág. 43).
Escolher uma delas para realizar a atividade.
Escrever o texto da parlenda em um cartaz. Respeitar a organização em versos do texto e usar
a letra maiúscula.
Organização do espaço e das crianças
Organizar as crianças sentadas de frente para o cartaz com a parlenda escrita.
Orientações para o professor
Retomar com as crianças as parlendas que já conhecem.
Mostrar novamente o livro e contar às crianças que escolheu uma parlenda para ler junto com elas.
Fazer uma primeira leitura do texto todo, sem interrupções, respeitando o ritmo e a entonação
próprios do texto.
Ler junto com o professor
e completar a parte que
falta no verso lido.
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Ler mais algumas vezes, propondo que as crianças recitem com você.
Explicar às crianças que lerá novamente, mas que nessa leitura elas terão de estar muito atentas ao
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texto, pois você vai parar a leitura em alguns momentos e elas devem dizer o que está escrito, ou seja,
a próxima palavra. Você pode dizer: “Hoje vocês vão ler junto comigo algumas parlendas, mas eu vou
parar de ler em alguns momentos e vocês é que vão me dizer o que falta. Vou apontar com o dedo as linhas
que estiver lendo”.
Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade esteja muito difícil para algumas crianças, você pode escolher
uma parlenda com um texto menor, como, por exemplo, as presentes nas páginas 14 e 15 do livro.
Se o desafio proposto nessa atividade parecer muito fácil para algumas crianças, você pode propor que
façam a leitura da parlenda em duplas, onde cada criança deve ler um verso.
O que as crianças podem aprender
Ao propor que as crianças leiam junto com o professor, favorece-se que observem a relação entre a
oralização e o texto escrito.
Ao pedir que as crianças digam a palavra que se segue ao interromper sua leitura, favorece-se sua
participação de forma ativa em uma situação de leitura, em que têm de utilizar o conhecimento sobre o
texto e sua correspondência na escrita.
O que mais é possível fazer
Você pode dar continuidade a essa atividade propondo outros desafios às crianças. Por exemplo, que as
crianças leiam o texto com você, mas dessa vez completando parte de um verso e não apenas uma única palavra. Além disso, você também pode questionar as crianças sobre onde está escrita cada palavra das
partes que ela completou, favorecendo que façam relações entre o texto memorizado e o texto escrito.
Por exemplo, na parlenda Uma, duas angolinhas, você pode interromper sua leitura no quinto verso – “CONTA BEM, ...” – e deixar que alguma criança tente completar. Depois de a criança completar,
favoreça que ela retome o texto e fique atenta à escrita da palavra: “Onde está escrito MANÉ? Como
você sabe?” Solicitar que a criança vá à lousa mostrar onde está escrito e pedir que ela leia em voz alta,
correndo a palavra com o seu dedo. Por exemplo, se em um primeiro momento a criança diz “MANÉ”,
mas percorre o dedo pelas palavras MANÉ e JOÃO, perguntar: “E onde está escrito JOÃO?”, colocando
desafios de forma a ajudá-la a localizar e diferenciar as duas escritas.
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3
Atividade
Recitar parlendas com diferentes vozes
professor propõe às crianças que recitem oralmente algumas
dessas parlendas. A atividade está dividida em três momentos:
no primeiro, o professor e as crianças recitam juntos, perguntando e
respondendo; na segunda parte, as crianças perguntam e o professor
responde; e na última parte, as crianças dividem-se em duplas, e
uma pergunta e a outra responde.
Roteiro de trabalho
Preparação
Separar no livro Salada, saladinha a parlenda Ai, ai!, presente na página 30, e escolher outras, no mesmo
livro, em que haja um jogo de pergunta e resposta, para ler às crianças.
Organização do espaço e das crianças
A primeira parte da atividade é coletiva. No segundo momento, as crianças estarão organizadas em duplas.
Orientações para o professor
Contar às crianças que separou novas parlendas do livro Salada, saladinha para conhecerem.
Ler para as crianças algumas das parlendas escolhidas. Observar aquelas que as crianças mais gostam
e, depois de ler a primeira vez, convidá-las para recitar junto com você.
Comentar com o grupo que se pode brincar com essas parlendas, alternando aqueles que perguntam
e aqueles que respondem.
Ler a parlenda Ai, ai e contar que essa também é de pergunta e resposta, e que pode acompanhar
uma brincadeira.
Explicar a brincadeira às crianças.
Propor às crianças que recitem junto com você a parlenda, mas de formas diferentes. Você pode dizer:
“Primeiro, nós vamos recitar juntos essa parlenda. Depois, vocês vão recitar as perguntas e eu, as respostas.
E, ao final, vocês vão, em duplas, se dividir ora um recitando a pergunta, ora recitando a resposta”.
Recitar a parlenda junto
com o professor.
Recitar as perguntas da
parlenda.
Recitar a parlenda
alternando entre aquele
que pergunta e aquele
que responde.
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Convidar as crianças para a primeira recitação, solicitando que elas acompanhem você.
Pedir que as crianças falem as perguntas da parlenda e explicar que você dirá a resposta.
Organizar as crianças em duplas e propor que se alternem, assim: “Agora, vocês vão sentar com
um colega e vão recitar, alternando quem pergunta e quem responde”.
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Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade esteja muito difícil para algumas crianças, você pode fazer
apenas a primeira parte da atividade em que as crianças recitam com você.
Se o desafio proposto nessa atividade parecer fácil para algumas crianças, você pode, no momento da
atividade em duplas, entregar às crianças uma folha com o texto da parlenda e pedir que indiquem, ao
colega, qual verso estão recitando. Pode, também, entregar às crianças tiras com os versos da parlenda e
pedir que elas ordenem conforme a recitam de memória.
O que as crianças podem aprender
Ao propor que as crianças recitem parlendas com estrutura de pergunta e resposta, de diferentes maneiras, favorece-se que aprendam a distinguir papéis na recitação.
Ao pedir que as crianças recitem respeitando o seu momento de falar e o momento do outro, contribui-se para que acompanhem a ordem sequencial do texto e adaptem sua participação desenvolvendo
atenção para a atividade.
O que mais é possível fazer
Você pode dar continuidade a essa atividade fazendo novas propostas que convidem as crianças a
retomar e memorizar a sequência da parlenda. Seguem duas sugestões:
Ler às crianças as parlendas do livro que são de pergunta e resposta e que vêm acompanhadas de
uma instrução de como se brinca e convidá-las para brincar.
Propor ao grupo que ensine às outras crianças da escola a brincar recitando as parlendas de
perguntas e respostas que aprenderam.
O que é possível fazer em casa
Você pode propor que as crianças levem para casa uma folha com a parlenda escrita que recitaram e
sugerir que recitem para seus pais e amigos.
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4
Atividade
Desenhar a parlenda
professor recita a parlenda e depois entrega uma folha com os
três primeiros elementos do texto desenhados para que as
crianças continuem. Ao finalizarem os desenhos, todos recitam
novamente a parlenda para verificar se conseguiram recuperar a
sequência correta do texto.
Roteiro de trabalho
Preparação
Preparar uma folha para cada criança com o desenho dos três primeiros elementos (toicinho, gato e
mato) da parlenda Cadê o toicinho que estava aqui? (pág. 34 do livro Salada, saladinha). Separar material
para as crianças desenharem.
Organização do espaço e das crianças
Essa é uma atividade individual. As crianças podem estar sentadas às mesas, em pequenos grupos, de
forma que possam dividir o uso do material para desenhar.
Recuperar a parlenda de
memória e recitar o verso.
Orientações para o professor
Ler às crianças a parlenda “Cadê o toicinho que estava aqui?”
Propor uma segunda leitura em que as crianças recitarão junto com você.
Organizar as crianças nas mesas, distribuir as folhas e os materiais para que possam desenhar.
Apresentar ao grupo a proposta de desenhar a parlenda. Você pode dizer: “Agora eu trouxe para vocês
uma folha com o desenho de um toicinho, de um gato e de um mato. Observem que um está desenhado
embaixo do outro, pois estão na ordem em que aparecem na parlenda. A proposta é que vocês continuem
desenhando a parlenda nesta folha”.
Desenhar os diferentes
personagens e objetos
da parlenda, retomando
o texto de memória e
buscando adequar à
ordem do texto.
Relacionar informações
entre os desenhos que
fizeram e o texto da
parlenda.
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Perguntar às crianças o que deve ser desenhado depois do mato. Por exemplo: “Vamos lembrar o
que vem depois do mato? Como diz na parlenda?”
Propor às crianças que, agora que já sabem o que vem a seguir na parlenda, façam o desenho e
sigam retomando de memória o texto e completando seus desenhos na folha.
Perguntar às crianças quantos desenhos elas fizeram, e, caso a quantidade seja diferente, você pode
criar uma situação-problema para elas pensarem: “Por que será que cada um criou uma quantidade
diferente de desenhos? Como podemos saber quantos desenhos tinham de ser feitos?”
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Verificar a ordem dos
personagens e objetos
da parlenda e conferir
seus desenhos.
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Combinar com as crianças que você vai dizer a ordem dos personagens e objetos, e elas devem dizer
se está certa. Listar de forma incorreta para ver se as crianças corrigem você e conseguem recuperar
a ordem correta. Caso não consigam chegar à ordem correta, você pode escrever a parlenda na lousa e
convidar as crianças a recitar com você, verificando a ordem de seus desenhos.
Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade esteja muito difícil para algumas crianças, você pode escolher
parlendas mais curtas, facilitando a recuperação de memória por parte das crianças.
Se o desafio proposto nessa atividade parecer fácil para algumas crianças, você pode propor que depois de elas verificarem se está tudo certo na sequência de seus desenhos, então façam a correspondência dos desenhos com o texto, entregando-lhes tiras com os versos da parlenda escrita para fazer a
correspondência entre desenho e texto.
O que as crianças podem aprender
Ao solicitar que as crianças desenhem os personagens e objetos da parlenda na ordem correta de
aparição no texto, favorece-se que retomem a parlenda memorizada em razão da sequência.
Ao propor que as crianças recitem a parlenda para verificar se desenharam todos os elementos do
texto, favorece-se que aprendam a identificar elementos do texto.
Ao propor uma situação de “verificação” do que produziram, favorece-se que constatem que há uma
maneira correta de representar a parlenda, e valoriza-se a troca de informações.
O que mais é possível fazer
Você pode dar continuidade ao trabalho com essa parlenda propondo outras atividades:
Entregar às crianças os desenhos com os objetos e personagens da parlenda e cartelas com os nomes
dos mesmos. Pedir que elas coloquem ao lado do desenho o nome correspondente;
Entregar às crianças apenas os desenhos com os personagens e objetos da parlenda e pedir que elas
escrevam abaixo o nome deles.
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TRILHAS
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Atividade
Localizar e identificar as palavras da parlenda
professor entrega para cada criança uma folha com uma parlenda
escrita e propõe que leiam junto com ele. Depois, solicita que,
individualmente, leiam novamente a parlenda e circulem as palavras
que indicam os dias da semana. Por fim, pede que as crianças ditem
os nomes que circularam e escreve uma lista.
Roteiro de trabalho
Preparação
Preparar uma folha para cada criança da sala com a parlenda Amanhã é... (pág. 37 do livro Salada,
saladinha). É importante que você já tenha recitado essa parlenda para as crianças em outras situações,
e que elas já conheçam o texto de memória. A escrita da parlenda na folha deve respeitar a organização
em versos do texto e usar a letra de forma maiúscula.
Organização do espaço e das crianças
No início, essa é uma atividade individual e as crianças podem estar sentadas nas cadeiras. Na segunda
parte, a atividade é coletiva e as crianças precisam visualizar a escrita na lousa.
Recitar a parlenda de
memória tendo como
referência o texto escrito
na folha.
Estabelecer relações entre
os nomes, encontrando
um nome genérico a partir
daquilo que eles têm
em comum.
Ler buscando ajustar o
texto que já conhecem de
memória com sua
forma escrita.
Colocar em jogo
estratégias de leitura
para localizar nomes
no texto.
Ler nomes e ditar para o
professor.
Retomar o texto comparando
as palavras circuladas com
as escritas na lousa.
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Orientações para o professor
Organizar as crianças nas mesas e explicar a proposta da atividade. Você pode dizer: “Vou entregar
para vocês uma folha com uma parlenda que vocês já conhecem. Primeiro, nós vamos ler juntos o texto
da parlenda”.
Perguntar às crianças sobre o que fala essa parlenda. A ideia é ajudá-las a identificar a série apresentada na parlenda: os nomes de todos os dias da semana. Pedir que as crianças encontrem um
nome para esse grupo de palavras: “Qual o nome que podemos dar para este conjunto de palavras:
segunda-feira, terça-feira, quarta-feira...?”
Introduzir a nova proposta convidando as crianças a ler a parlenda, fazendo uma leitura silenciosa:
“Agora vocês vão ler novamente a parlenda, mas, desta vez, cada um lerá para si mesmo”.
Continuar a proposta explicando às crianças o próximo desafio: “Vocês vão ler mais uma vez a
parlenda, só que cada vez que acharem no texto o nome de um dia da semana, vocês devem fazer um
círculo em volta dele”.
Pedir às crianças que ditem o que circularam para você escrever na lousa.
Solicitar que todos observem bem os nomes escritos na lousa e verifiquem se circularam
corretamente e não deixaram de marcar nenhum.
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Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade esteja muito difícil para algumas crianças, você pode escrever
a parlenda na lousa, propor que as crianças leiam com você e depois digam quais são os dias da semana que aparecem. Conforme as crianças dizem os nomes, você escreve na lousa e, somente depois,
entrega a folha e pede para elas localizarem no texto os nomes e os circularem.
Se o desafio proposto nessa atividade parecer muito fácil para algumas crianças, você pode propor que,
depois de comprovarem se circularam os nomes certos, guardar as folhas, apagar a lista da lousa e entregar uma folha em branco para que escrevam uma lista com o nome de todos os dias da semana.
O que as crianças podem aprender
Ao propor que as crianças pensem um nome genérico que reúna um grupo de nomes, favorece-se
que aprendam a relação de campo semântico.
Ao propor que as crianças circulem os nomes na parlenda, favorece-se que aprendam a localizar
nomes no texto.
O que mais é possível fazer
Para dar continuidade no trabalho com vocabulário e campo semântico:
Leia e converse com as crianças sobre os nomes presentes em outras parlendas do livro Salada, saladinha, como, por exemplo, Um, dois, Feijão com arroz... (pág. 35) ou parlendas que você ou as
crianças conhecem. Convide-as a encontrar o nome que dariam para cada um desses conjuntos de
palavras. Faça cartões com desenhos dessas palavras. Agrupe as crianças e peça que separem os cartões
segundo o grupo a que pertencem.
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Atividade
Ditar ao professor uma parlenda conhecida
professor solicita que as crianças ditem uma parlenda conhecida
e que observem como se escreve o texto.
Roteiro de trabalho
Preparação
Selecionar algumas parlendas que já foram memorizadas pelas crianças para que cada grupo possa
ditar uma diferente.
Organização do espaço e das crianças
Essa atividade deve ser realizada em pequenos grupos. Você pode organizar a turma de forma que,
enquanto dá atenção especial a um grupo, as demais crianças realizem outra atividade que tenham
condições de fazer sozinhas (por exemplo, brincar com jogos conhecidos).
Ao longo de alguns dias, você fará essa mesma proposta de forma a atender cada grupo separadamente.
Orientações para o professor
Sentar com as crianças em roda e explicar a atividade: “Hoje, teremos uma atividade em que cada
grupinho de crianças vai fazer uma proposta diferente. Alguns grupinhos vão ter jogos para jogar e
um único grupo vai sentar comigo para fazer uma atividade de ditar uma parlenda para eu escrever e
montarmos um caderno de parlendas de nossa sala”.
Ditar a parlenda recuperando
o texto de memória.
Adequar o ritmo do ditado
ao da escrita do professor.
Observar a disposição gráfica
do texto (linhas).
Verificar se há modificações
para fazer no texto.
Explicar às crianças, já no pequeno grupo, que vão ditar uma parlenda já conhecida. Antes
do ditado, recitá-la novamente para relembrar e dizer: “Como já sabemos essa parlenda de memória,
podemos escrevê-la para colocar no caderno de nossa sala e lermos sempre que quisermos lembrá-la.
Fazemos assim: vocês ditam e eu escrevo aqui nesse papel”.
Escrever no ritmo que as crianças ditam, comentando com elas quando você sentir dificuldade
de acompanhar o ditado, de forma que adaptem o ritmo do ditado com a sua escrita.
Perguntar às crianças, conforme escreve o que ditam, quando deve mudar de linha.
Reler a parlenda, após ter sido escrita, para que as crianças decidam se falta algo: “Vou reler o que
vocês me ditaram. Se acharem que falta algo ou que é necessário mudar uma palavra, para que fique igual
à parlenda que conhecemos, digam para que eu acrescente ou faça a alteração”.
Comentar com as crianças que você vai passar a limpo o texto e que depois entregará a elas a folha
para que façam uma ilustração, já que, posteriormente, quando todos os grupos tiverem terminado,
esse material se tornará um caderno de parlendas da sala.
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Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade esteja muito difícil para algumas crianças, você pode recitar
com elas antes de começar o ditado e relembrar, sempre que necessário, a continuidade da parlenda.
Se o desafio proposto nessa atividade parecer muito fácil para algumas crianças, você pode propor que
elas escrevam algumas partes do ditado, alternando com as crianças do grupo a função daquele que escreve.
O que as crianças podem aprender
Ao participar de uma atividade em que ditam uma parlenda ao professor, as crianças têm a oportunidade de observar como cada uma das partes do texto é registrada por escrito. Também poderão observar as características do escrito, especialmente a disposição em linhas.
Ao propor que as crianças adaptem o ritmo do ditado à sua escrita, favorece-se que aprendam a controlar o que dizem para acompanhar o ritmo daquele que está escrevendo.
Ao reler para as crianças aquilo que foi ditado, solicitando que pensem sobre a necessidade de mudar
algo no texto, contribui-se para que elas se apropriem da linguagem escrita nos textos.
O que mais é possível fazer
Você pode propor às crianças que auxiliem na construção do caderno coletivo que une todas as parlendas ditadas. Elas podem fazer ilustração, índice, capa etc.
O que é possível fazer em casa
Depois de montado o caderno junto com as crianças, você pode fazer um rodízio entre elas para levá-lo
para casa e recitar com seus familiares e amigos.
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Atividade
Ordenar os versos de uma parlenda conhecida
professor propõe ao grupo que recite uma parlenda já conhecida
de memória, fazendo uma marcação coletiva na mudança
de cada verso. Depois, entrega às crianças tiras com os versos da
parlenda para que ordenem.
Roteiro de trabalho
Preparação
Organizar tiras para cada grupo com os versos da parlenda Batalhão, lhão, lhão (pág. 30 do livro Salada,
saladinha). Escrever a parlenda toda em um cartaz. Para ambas as escritas, usar letra de forma maiúscula.
Caso a parlenda escolhida esteja afixada na parede de sua sala, retirar, considerando que, se usarem esse
modelo, a atividade se transforma em comparação entre as tiras e o texto.
Organização do espaço e das crianças
Organizar quartetos de crianças, considerando possibilidades de ajuda e troca entre elas.
Orientações para o professor
Recitar a parlenda junto com as crianças antes de mostrar seu texto escrito.
Apresentar o texto escrito na lousa e conversar sobre ele. Por exemplo, “Onde se inicia o primeiro
verso? Onde termina?”. Deixar que as crianças arrisquem seus palpites.
Fazer um gesto marcando
toda vez que um verso
se inicia.
Recuperar a sequência
da parlenda de
memória, colocar em
jogo suas estratégias de
leitura e ordenar
as tiras.
Propor mais uma recitação coletiva, mas, dessa vez, com um desafio: todas as crianças precisam combinar um gesto em comum para fazer todas as vezes que um novo verso começa – por exemplo, todas
batem palmas. Recitar cada verso junto com as crianças.
Explicar o que será feito: “Eu trouxe uma parlenda que vocês gostam muito e que já conhecem de
memória. Separei os diferentes versos da parlenda e estou propondo que vocês tentem ordená-los tal como
está escrito no livro Salada, saladinha, de modo que fique igual. Sendo assim, vocês vão ter de lembrar a
parlenda de memória, ler os diferentes versos que receberam e colocá-los na ordem do livro”.
Entregar as tiras às crianças.
Compartilhar com os
colegas suas estratégias
para ler e escolher as
tiras da parlenda
Orientar as crianças a conversar com os colegas para decidir qual tira escolher, justificando entre
si as escolhas para fazer a ordenação. Nessa decisão, terão de pensar em cada verso e buscar pistas
que as ajudem a identificar onde ele pode estar escrito. Como a única diferença entre cada verso são as
letras (a quantidade de letras e palavras, as letras usadas), as crianças podem se apoiar nas informações
escritas que já dispõem (letras conhecidas, palavras que sabem escrever).
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Circular entre os grupos problematizando suas produções: perguntar como as crianças descobriram
que determinado verso deve vir antes de outro, mesmo que tenham feito escolhas corretas.
Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade esteja muito difícil para algumas crianças, você pode fazer esse
trabalho entregando algumas tiras na ordem correta e solicitando que as crianças ordenem somente o
final da parlenda.
Se o desafio proposto nessa atividade parecer fácil para algumas crianças, você pode propor entregar
uma folha com a parlenda faltando alguns versos e pedir que elas escrevam o verso que falta, fazendo
ou não uso de um banco de dados.
Q que as crianças podem aprender
Considerar que, ao retomar um texto de memória para conseguir ordenar seus versos, favorece-se
que as crianças estabeleçam novas correspondências entre o oral e o escrito.
Ao pedir que as crianças localizem versos, contribui-se que coloquem em ação diferentes estratégias
de leitura.
Ao trabalhar em pequenos grupos, as crianças têm a oportunidade de observar e aprender como utilizar as informações escritas que se encontram na sala (as letras e palavras afixadas nas paredes) como
apoios para realizar atividades de leitura.
O que mais é possível fazer
Você pode fazer essa atividade com outras parlendas. Pode também distribuir diferentes parlendas para
cada grupo, considerando diferentes graus de desafios e as possibilidades das crianças em resolvê-los.
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TRILHAS
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Atividade
Escrever nomes de uma parlenda com letras móveis
professor retoma com as crianças a parlenda Cadê o toicinho
que estava aqui? e pede que escrevam, com letras móveis,
alguns dos nomes que aparecem na parlenda.
Roteiro de trabalho
Preparação
Separar um conjunto de letras móveis para cada criança, já separando as letras das palavras GATO,
MATO e FOGO. Se você não tiver as letras móveis, é possível confeccioná-las (veja outras informações
sobre letras móveis no Caderno de estudos da caixa para ler e escrever textos).
Organização do espaço e das crianças
Essa é uma atividade individual, então cada criança pode estar sentada à mesa.
Orientações para o professor
Recitar com as crianças a parlenda Cadê o toicinho que estava aqui?
Explicar a proposta da atividade que farão: “Hoje, vamos escrever com estas letras algumas
palavras que fazem parte da parlenda. Para isso, eu vou entregar para cada um de vocês as letras necessárias para escrever a palavra GATO. O desafio será arrumar estas letras de forma que elas formem a
palavra GATO.”
Organizar as letras
formando a
palavra indicada.
Fazer relações com
outras escritas que
conhecem para
conseguir encontrar
a ordem certa
das letras.
Entregar as letras para as crianças.
Circular entre as crianças ajudando aquelas que precisam de auxílio. Dar dicas sobre como se escreve
a palavra, convidando-as a pensar em outros nomes que já conhecem.
Convidar uma criança, depois de todas terminarem suas escritas, para escrever na lousa como
escreveu a palavra GATO com as letras móveis. Interromper a escrita depois que ela tiver escrito GA e
perguntar: “Até aqui, o que ela já escreveu? E o que falta para terminar?”, socializando com as crianças
informações sobre como se escreve.
Orientar o grupo para que todos observem como o colega escreveu para compararem a sua escrita.
Selecionar as letras
de cada palavra e
organizá-las
formando as
palavras indicadas.
Pedir às crianças que permaneçam sentadas, pois você vai propor mais uma desafio: “Agora eu vou
entregar para vocês as letras de mais duas palavras da parlenda – MATO e FOGO. Desta vez, vocês precisam
primeiro selecionar quais são as letras de cada palavra e depois ordenar as letras formando as palavras”.
Entregar as letras para as crianças.
Finalizar a atividade pedindo que cada criança compare suas escritas com as do colega ao lado.
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Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade esteja muito difícil para algumas crianças, você pode realizar
apenas a primeira parte da atividade em que elas ordenam as letras de apenas uma palavra por vez.
Se o desafio proposto nessa atividade parecer fácil para algumas crianças, você pode entregar a elas
não somente as letras da palavra proposta que escrevem, mas todas as letras do alfabeto, de forma que
tenham, desde o início da atividade, de selecionar as letras, dentro do universo de letras entregues e
ordená-las formando as palavras.
O que as crianças podem aprender
Ao pedir que as crianças escrevam palavras com letras móveis dando a elas as letras necessárias para
escrever a palavra, favorece-se que ao ordenar façam uma escrita analítica que ajuda a compreender um
aspecto da estrutura do sistema de escrita (como as letras são ordenadas dentro de uma palavra).
Ao propor o desafio de que as crianças tenham de separar as letras de duas palavras diferentes para
depois ordenar, contribui-se para que aprendam a selecionar as letras que compõem uma palavra para
depois ordená-las.
O que mais é possível fazer
Para dar continuidade ao trabalho com a parlenda Cadê o toicinho que estava aqui?, você pode
propor a seguinte atividade:
Dividir as crianças em duplas e entregar cartões com as seguintes escritas: GATO, MATO,
FOGO, ÁGUA, BOI, TRIGO, GALINHA, OVO e FRADE. Entregar às crianças cartões com a letra
A e cartões com a letra O e pedir que ditem para você os três primeiros versos da parlenda. Chamar atenção para a letra que introduz o nome GATO. Depois que as crianças falarem “O gato”, escrever na lousa para que todas visualizem e propor: “Então, agora, a proposta é que vocês coloquem
antes de cada uma dessas palavras da parlenda que entreguei a letra A ou a letra O”.
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Créditos institucionais
TRILHAS
Iniciativa:
Natura Cosméticos
Realização:
Programa Crer para Ver, Natura Cosméticos
Desenvolvimento:
Cedac
Ficha Técnica
Programa Crer para Ver, Natura Cosméticos
Coordenação:
Maria Lucia Guardia e Lilia Asuca Sumiya
Cedac
Coordenação:
Beatriz Cardoso e Tereza Perez
Concepção do conteúdo e supervisão:
Ana Teberosky
Direção editorial:
Beatriz Cardoso e Beatriz Ferraz
Consultoria literária:
Maria José Nóbrega
Equipe de redação:
Beatriz Cardoso, Beatriz Ferraz, Cristiane Fernandes Tavares, Debora Samori, Maria Grembecki, Milou Sequerra, Patrícia Diaz
Equipe da Gerência de Educação e Sociedade, Natura Cosméticos:
Maria Lucia Guardia, Lilia Asuca Sumiya, Fabiana Shiroma, Eliane Santos, Isabel Ferreira, Luara Maranhão, Marcio Picolo
Edição de texto:
Marco Antonio Araujo
Coordenação de produção:
Fátima Assumpção
Projeto gráfico:
SM&A Design
Ilustrações:
Vicente Mendonça
Revisão:
Ali Onaissi
“ESTE CADERNO TEM OS DIREITOS RESERVADOS E NÃO PODE SER COPIADO OU REPRODUZIDO, PARCIAL OU
TOTALMENTE, SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA E EXPRESSA DO PROGRAMA CRER PARA VER, DA NATURA COSMÉTICOS,
E DO CEDAC.”
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