CARACTERIZAÇÃO DE FORMULAÇÕES CERÂMICAS PARA PAVIMENTOS DE BAIXA POROSIDADE PROBITI/ FAPERGS Bruna Louise Perotti¹, Sergio G. Echeverrigaray¹, Robinson Carlos Dudley Cruz¹ [email protected], [email protected], [email protected] ¹INSTITUTO DE MATERIAIS CERÂMICOS, UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL, 95765-000, BOM PRINCIPIO - RS Objetivos O potencial de crescimento do setor cerâmico no Rio Grande do Sul est baseado em novas matérias primas e tecnologias de produção. Este trabalho tem como objetivo geral caracterizar a fusibilidade de diferentes materiais do RS e avaliar a possibilidade de sua utilização como materiais fundentes para a fabricação de pavimentos cerâmicos de baixa porosidade. O resultado da sinterização em diferentes temperaturas para amostras prensadas pode ser avaliado nas Figura 2 e 3 para as amostras A e B, respectivamente. Metodologia Foram selecionados duas matérias primas da região do Vale do Rio Caí, aqui apresentadas como amostra A e B. O fluxograma abaixo ilustra os procedimentos de preparação e caracterização das amostras. Figura 2 – Corpos de prova da amostra A após queima (a) 900 ° C – 30 min; (b) 1100 °C – 30 min; (c) 1200 ° C – 30 min Procedimento experimental Secagem das amostras 24h a 110° C Figura 3 – Corpos de prova da amostra B após queima (a) 900 °C – 30 min; (b) 1100 °C – 30 min ; (c) 1150 °C – 30 min Via Seca Peneiramento das amostras Com o aumento da temperatura há uma mudança no padrão de difração de raios-X, que podem ser relacionados com a transições de fases cristalina que compõe a amostra A, conforme mostra a Figura 4. Análises de DR-X foram feitas também para a amostra B, porém seus resultados ainda não foram tratados. Via Úmida Curvas de Moagem Moinho de Bolas Compactação de Amostras Prensagem uniaxial Ensaios de Fusibilidade 900 a 1300° C em forno tubular Ensaios ceramográficos Difração de raios X Microscopia ótica Ensaios Morfológicos Resultados e Discussão A Figura 1 mostra os resultados das curvas de moagem para as duas amostras. Determinante para estes ensaios é o tamanho inicial da amostra, antes da moagem. Nota-se que a amostra B possui um tamanho inicial maior quando comparada com A. Portanto o tempo de moagem é elevado para B. O objetivo desta operação é obter pós com a mesma quantidade de material retido em malha de abertura 45 µm. Figura 4 – Padrões de DR-X da evolução microestrutural em diferentes temperaturas. Particulas retidas - 45 µm [%] 55 Amostra A Amostra B Fase Símbolo Ilmenita Sanidina # l Albita m Quartzo u 50 FeTiO3 Al1.04Ca0.04K0.65Na0.31 O8Si2.96 (Ca,Na)(Mg,Fe,Al)(Al, Si)2O6 SiO2 45 Considerações finais 10 5 0 0 60 120 180 240 300 Tempo de Moagem [min] Figura 1 – Gráficos moagens amostras A e B. 360 Os resultados de DR-X mostram que albita e sanidina estão bem cristalizadas em 900 °C e que a sanidina, em temperaturas elevadas (> 1100 °C), se funde com as demais fases (picos marcados com círculos preenchidos). O resultado da análise para a amostra sinterizada a 1100 °C mostra que a quantidade de albita está diminuindo. A formação de ilmenita ocorrei entre as temperaturas de 900 °C e 1000 °C, e que juntamente com o quartzo, são as fases majoritárias em altas temperaturas. Agradecimentos