SÍFILIS
Informações Gerais,
Acompanhamento
e
Controle
Seção Estadual das DST/Aids
Enfª Tatiana Heidi
Setembro/ 2014
Dados Epidemiológicos
• Segundo estimativa da OMS, em 1999 o
número de casos novos de sífilis no mundo foi
de 12 milhões.
• Na América Latina e Caribe estimou-se um
total de 3 milhões de casos novos.
• Desses, 937.000 casos foram estimados para o
Brasil.
Características Gerais
• Enfermidade sistêmica, exclusiva do ser humano, conhecida
desde o século XV.
• Agente etiológico: Treponema pallidum.
• Modo de Transmissão predominantemente sexual; presente
na corrente sanguínea da gestante, atravessa a barreira
placentária e penetra na corrente sanguínea do feto.
• Período de incubação: 21 dias a partir do contato sexual
infectante.
• Suscetibilidade e Imunidade.
Evolução da Doença
Gestante
Primária
Recente
Secundária
Latente Precoce
Adquirida
Latente Tardia
Sífilis
Tardia
Recente
Congênita
Tardia
Terciária
Sífilis Adquirida Recente
 Período de desenvolvimento imunitário na sífilis não tratada.
1- Sífilis Primária
 Caracteriza-se por apresentar lesão inicial denominada
cancro duro, que surge entre 10 e 90 dias, desaparecendo
em 4 semanas sem deixar cicatriz.
Sífilis Adquirida Recente
2- Sífilis Secundária:
 Disseminação dos treponemas pelo organismo.
 Suas manifestações ocorrem de 4 a 8 semanas após o
desaparecimento do cancro.
 Aparece como manifestação clínica o exantema cutâneo.
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Sífilis Adquirida Recente
3- Sífilis Latente Precoce
 Não existem manifestações visíveis, mas há treponemas
localizados em determinados tecidos.
 O diagnóstico só é obtido pelas reações sorológicas.
Sífilis Adquirida Tardia
1- Sífilis Latente Tardia
 Após o primeiro ano de evolução.
 Ocorre em doentes que não receberam tratamento adequado
ou que não foram tratados.
Sífilis Adquirida Tardia
2- Sífilis Terciária
● Ocorre em doentes que não receberam tratamento
adequado ou que não foram tratados.
● Suas manifestações clínicas surgem depois de um
período variável de latência que compreendem:
 As formas cutâneo-mucosas:
lesões gomosas e nodulares,
de caráter destrutivo.
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Diagnóstico da Doença
Clínico
Diagnóstico
Epidemiológico
Microscopia
Laboratorial
Sorológicos
Sorológicos
• Treponêmicos: empregam como antígeno T.
pallidum, e detectam anticorpos antitreponêmicos;
são feitos apenas qualitativamente.
- Sensibilidade: 84%; 100%; 96%.
- FTA-abs (Fluorescent treponemal antibody absorption); TPPA
(Treponema pallidum particle agglutination assay); ELISA
(Enzyme-linked immunossorbent assay); Testes rápidos.
• Não Treponêmicos: detectam anticorpos não
treponêmicos. Podem ser:
- Qualitativos: rotineiramente são utilizados como triagem para
determinar se a amostra é reagente ou não.
- Quantitativos: determinar o título dos anticorpos presentes
que tiveram resultado reagente no teste qualitativo e também
para o monitoramento da resposta ao tratamento.
- Sensibilidade: 78%; 100%; 96%.
- VDRL (Venereal Disease Laboratory) e RPR (Rapid Test
Reagin).
Tratamento
Fases
Sífilis
Primária
Penicilina G Intervalo entre Controle de
Benzatina
as séries
cura (sorologia)
2.400.000 UI
Sífilis
Secundária/ 4.800.000 UI
latente
Sífilis
Terciária/
latente
7.200.000 UI
Dose única
VDRL trimestral
Uma semana
VDRL trimestral
Uma semana
VDRL mensal
Definição de Caso –
Sífilis Adquirida
● Notificação: Portaria nº 1.271, de 6 de Junho
de 2014.
DEFINIÇÃO DE CASO: Todo indivíduo com evidência clínica de sífilis
e/ou sorologia não-treponêmica reagente E evidência laboratorial
com teste treponêmico reagente.
Ficha de Notificação/Investigação
Sífilis em Gestante
• Quadro clínico, manejo diagnóstico e terapêutico não diferem
do período não gestacional.
• Droga de escolha é a penicilina, que atravessa a barreira
transplacentária.
• História de tratamento em gestação anterior: investigar
aspectos clínicos, laboratoriais e epidemiológicos.
• Fazer controle de cura, com a realização do VDRL.
• Doença de notificação compulsória desde 2005.
Dados Epidemiológicos
Casos de Sífilis em gestante –
2005 a 2012:
Brasil: 57.700
Sul: 6.112
RS: 2.901
Tx. Detecção 2011:
Brasil: 5,0
Sul: 3,9
RS: 4,8
Coeficiente Mortalidade 2011:
Brasil: 3,9
Sul: 3,8
RS: 6,8
DEFINIÇÃO DE CASO: Gestante que durante o
pré-natal apresente evidência clínica e/ou
sorologia não treponêmica reagente, com teste
treponêmico positivo ou não realizado.
FICHA DE INVESTIGAÇÃO
Tratamento Inadequado
• Realizado por qualquer medicamento que não seja a
penicilina; ou
• Tratamento incompleto, mesmo que tenha sido feito com
penicilina; ou
• Tratamento inadequado para a fase clínica da doença; ou
• Instituição de tratamento dentro do prazo de 30 dias
anteriores ao parto; ou
• Ausência de documentação de tratamento anterior; ou
• Ausência de queda dos títulos após tratamento adequado; ou
• Parceiro não tratado ou tratado inadequadamente ou quando
não se tem informação disponível sobre o seu tratamento.
Instrumentos disponíveis para controle
• Antes da Gravidez:
- Diagnóstico precoce em mulheres em idade reprodutiva e
seus parceiros.
- Realização do teste VDRL/TR em mulheres que manifestem a
intenção de engravidar.
- Tratamento imediato dos casos diagnosticados em mulheres e
seus parceiros.
• Durante a Gravidez:
- Realizar o teste VDRL/TR no 1º trimestre da gravidez ou na 1ª
consulta, e outro, no início do 3º trimestre.
Sífilis Congênita
• Doença de fácil prevenção, mediante o acesso precoce à
testagem e o tratamento adequado das gestantes positivas,
incluindo o tratamento do parceiro.
• Disseminação hematogênica do agente etiológico da gestante
infectada por via placentária.
• Pode ocorrer em qualquer fase gestacional ou estágio clínico
da doença.
• Principais fatores: estágio da sífilis na mãe e a duração da
exposição do feto no útero.
• Ocorre aborto espontâneo, natimorto ou morte perinatal em
aproximadamente 40% das crianças infectadas.
• Dois estágios: precoce e tardia.
Sífilis Congênita
Ocorre infecção fetal via placentária, em geral, em qualquer
momento da gestação ou estágio clínico da doença.
Sífilis Congênita Recente:
As manifestações clínicas se apresentam logo após o
nascimento, ou pelo menos durante os primeiros 2 anos.
Na maioria dos casos ESTÃO PRESENTES JÁ NOS
PRIMEIROS MESES DE VIDA.
Sífilis Congênita
Sífilis Recente:
●
Assume diversos graus de gravidade:
- Lesões cutâneo-mucosas.
- Lesões ósseas.
- Lesões do SNC.
- Lesões do aparelho respiratório.
- Hepatoesplenomegalia, pancreatite.
- Rinite sanguinolenta.
- Anemia, plaquetopenia, púrpura.
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Sífilis Congênita
Sífilis Congênita Tardia: se declara após o segundo ano de
vida.
●
Principais características:
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- Fronte olímpica.
- Mandíbula curva.
- Arco palatino elevado.
- Dentes de Hutchinson.
- Nariz em sela.
- Tíbia em lâmina de sabre.
- Surdez, retardo mental.
- Hidrocefalia.
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Diagnóstico da Doença
Clínico
Diagnóstico
Epidemiológico
Laboratorial
Microscopia
Sorológicos
LCR
Rx ossos longos
TRATAMENTO
Período Neonatal / Pós
Neonatal
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
Casos de Sífilis Congênita em
menores de 1 ano –
1998 a 2011:
Brasil: 80.041
Sul: 6.143
RS: 3.977
Tx. Incidência 2011:
Brasil: 3,3
Sul: 2,5
RS: 4,5
Coeficiente Mortalidade 2011:
Brasil: 3,9
Sul: 3,8
RS: 6,8
Critérios de
Definição de Caso
4º CRITÉRIO
Notificação/Investigação
Obrigada!
[email protected]
51-32885910
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Sífilis Congênita Recente