TRIMETILAMINÚRIA Índice da documentação 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Número da página Trimetilaminúria ................................................... 2 Bases científicas .................................................. 2 Diagnóstico e Tratamento .................................................. 3 Links da internet sobre trimetilaminúria .............................. 3 Carta de Maria de la Torre .................................................. 4 Carta da Dra. Cheryl Fields .................................................. 9 Carta de Karen James ........................................................ 12 1. Trimetilaminúria A Trimetilaminúria (TMAU) é uma condição na qual os sofredores exalam um cheiro corporal bastante desagradável. Eles excretam a trimetilamina química (TMA) no seu hálito, suor e urina. A TMA é o químico ao qual o nariz humano é mais sensível e é o mesmo químico que dá aos peixes o cheiro de apodrecido. Esta é a razão pela qual, por muitos anos, se referia à condição como síndrome do cheiro de peixe. Uma pessoa afetada precisa lidar com os desagradáveis sintomas da sua condição, causada pelos altos níveis de TMA circulando nos seus corpos e em suas secreções corporais, e os prejuízos sociais de quem tem este tipo de odor. Indivíduos com a TMAU, portanto, passam por problemas médicos, psicológicos e sociais, que impactam não somente nas suas vidas, mas também nas vidas das suas famílias. Sentimentos suicidas, isolamento social, relacionamentos quebrados, depressão, falta de entendimento por colegas de trabalho, tudo contribui às dificuldades encaradas pelos que devem viver com as consequências devastadoras da TMAU. Poucos casos de TMAU com quadros de epilepsia foram relatados. Alguns pacientes com TMAU exibiram odores corporais episódicos e suas más experiências são agravadas se os médicos consultados perceberem que a condição seja imaginária. Um banho não é solução para a TMAU. Este não é um problema de higiene. TMAU é relatada em todos os grupos étnicos e em ambos os gêneros. Os sintomas são geralmente inatos, e podem piorar durante a puberdade. Em mulheres, por causa das muidanças hormonais, os sintomas são mais severos, logo antes e durante a menstruação, depois de tomar anticoncepcionais por via oral, e em torno da idade da menopausa. 2. Bases científicas para a Trimetilaminúria A TMAU foi identificada como uma desordem herdada e recessiva, causada por mutações no gene flavina possuidora de monooxigenase-3, FMO3. A proteína do FMO3 muda o odor do TMA para o químico TMA N-Óxido, que não tem cheiro. Dependendo da severidade desta mutação, este processo de conversão não existe, ou é fortemente reduzido, nos pacientes com TMAU. O químico TMA é produzido a partir de componentes alimentares normais, tais como a colina, encontrada em muitos alimentos, por exemplo, leite, carne vermelha, ovos e soja. No intestino, as bactérias convertem a colina em betaína. O TMA é então produzido a partir da betaína por uma enzima bacteriana. O TMA produzido no intestino é rapidamente absorvido e, no fígado, a enzima FMO3 converte a TMA para TMA N-Óxido. Veja a figura 1. Imagem 1. O caminho simplificado mostra a produção do TMA no intestino, e sua conversão para TMA N-Óxido no fígado, pela ação da proteína FMO3. A ação do FMO3 é ausente ou minimizada na Trimetilaminúria. 3. Diagnósticos e Tratamento A TMAU é diagnosticada pela taxa elevada de TMA:TMA N-Óxido [1.2] na urina. Análises genéticas subsequentes do gene FMO3 podem ser usadas para identificar mutações específicas que causam a desordem [1.2]. O gerenciamento da TMAU não é satisfatório. Tratamentos com antibióticos, para matar a bactéria do intestino, podem funcionar temporariamente para alguns pacientes, aliviando os sintomas. Entretanto, tal tratamento não é sustentável e não funciona para a maioria das TMAU. Controle dietético restrito, que elimina comidas que produzem TMA, é recomendado. Porém, manter uma dieta baixa em colina é difícil e insalubre, e ela mesma pode levar a problemas médicos futuros. 4. Links na internet sobre Trimetilaminúria http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK1103/ [1] Phillips IR Shephard EA, (2007 e atualizado em 2011) Trimethylaminuria. In: GeneReviews em GeneTests: Medical Genetics Information Resource .Direitos autorais, Universidade de Washington, Seattle. http://www.eurogentest.org/web/info/public/unit3/geneCards.xhtml clique noi índice em ‘Trimethylaminuria’ para acessar o artigo: [2] Shephard EA, Treacy EP, Phillips IR (2012). Clinical utility gene card for: Trimethylaminuria.. Eur J Hum Genet, advanced online publication (doi:10.1038/ejhg.2011.214). http://www.youtube.com/user/TheCalmwaves/videos Coleção de clipes de vídeo sobre TMAU