O Dia do Papa O Dia do Papa é comemorado durante a festa de São Pedro, dia 29 de junho. Como já se sabe, Pedro é aquele apóstolo escolhido para ser guia e referência da nova experiência de fé iniciada com Jesus de Nazaré (Mt 16,18). No Dia do Papa, a sociedade é convidada pela Igreja a rezar pelo Pontífice, que, aliás, tem pedido constantemente a oração dos fiéis pelo mundo inteiro. As pessoas são chamadas a se unirem e a se colocarem ao lado de Francisco, dizendo, em orações, que ele não está sozinho. Afinal de contas, tarefa árdua essa de se colocar a serviço de uma Igreja com mais de 2.000 anos de legado, continuando a tradição, mas traduzindo-a para os novos tempos e as novas exigências do trabalho apostólico. Nesse dia, o olhar carinhoso deve ser voltado para o Papa Francisco tendo como referência, também, a pessoa de Pedro, o Apóstolo. Ele é o discípulo que mais expressa os dilemas humanos em todos os Evangelhos. Ele ama, mas ao mesmo tempo nega; ele se põe a serviço, mas requer reconhecimento; abandona tudo por um ideal, mas sente saudade dos tempos em que não se comprometia por uma causa; assume a mensagem de paz do Mestre, mas é o primeiro a sacar a espada; cheio de coragem, mas ao mesmo tempo escondendo os próprios medos. Enfim, a figura de Pedro é a própria figura da humanidade. Humanidade esta que foi o ponto culminante da vida e história de Jesus de Nazaré, ao qual ele dedicou todo amor e tempo de luta. Talvez por expressar tão bem esse jeito de “ser humano” que exatamente ele, Pedro, tenha sido escolhido para “chefiar” a Igreja nascente. Pedro é autenticidade pura! Vive suas contradições, mas vai até o fim. Percebe que o barco já está em alto mar, e por mais que queiramos, não dá pra voltar. Por isso ele assume a proposta do Cristo e sofre a mesma pena do Mestre: é crucificado. Pedro é, de fato, referência de humanidade e vivência de fé para a sociedade. Por esse motivo que no Dia do Papa é fácil olhar para Francisco e enxergar Pedro. Um Papa que assume pecados, que torce pelo seu time de futebol, que coloca as crianças à frente das autoridades, que diz claramente que o Amor é mais importante que o Dogma. Enfim, um Papa que luta por uma renovação dentro da própria Igreja, clamando para que ela seja autêntica, assim como o primeiro Pedro, e não se envergonhe de sua humanidade. Mas deve-se ter em mente que essa missão não é só de Francisco. Lógico que ele é o primeiro servo, o primeiro responsável pela animação e renovação da Igreja, mas os cidadãos devem se colocar ao seu lado, pedindo também para que os bons ventos do Santo Espírito inundem o Vaticano e, como a primeira comunidade dos doze apóstolos, possamos viver na simplicidade da proposta cristã e no amor que fundamenta a construção de uma nova ordem social. Não basta apenas admirar a postura de Francisco; é preciso que as pessoas se coloquem à serviço de um Cristianismo Vivo, em uma ação evangelizadora amorosa e fraterna. Peçamos que nesse dia estejamos autentica e humanamente testemunhado, com nossas vidas, com nossos pensamentos e com nossas ações, que estamos com o Papa!