UMA METODOLOGIA PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL
PAULO, Sirlei Cordeiro Svidzinski de – PUCPR
[email protected]
IENKOT, Valéria Mara – PUCPR
[email protected]
GUEBERT, Mirian Célia Castellain – PUCPR
[email protected]
Eixo Temático: Didática: Teorias, Metodologias e Práticas
Agência Financiadora: não contou com financiamento
Resumo
O objetivo desta pesquisa é de analisar o método Freineano, para reconstruir o conceito a
partir do contexto de uma pedagogia que responda aos interesses das crianças considerando o
desnvolvimento social atual. Esta refleção busca entender como a metodologia de Freinet é
desenvolvida e identificar quais são as ações realizadas pelos professores na educação
infantil, tendo como premissa a concepção de Freinet. Este trabalho se justifica pela
necessidade de saber quais são os benefícios na utilização desta metodologia do
desenvolvimento das crianças na educação infantil. Ao considerar a necessidade de um
ambiente organizado para que a criança possa construir sua autonomia, busca-se entender a
função do educador como observador do aluno. As ações relacionadas no processo de ensinoaprendizagem são consequencias das metodologias utilizadas pelos professores. Este fato nos
coloca diante do objeto de estudo que é a pratica docente, e nos deparamos com o seguinte
problema desta pesquisa: Por que não há mobilidade didática na prática da sala de aula
proposta nas atividades desenvolvidas pelas educadoras de um Centro de Educação Infantil?
Por meio deste questionamento tomamos como objetivo principal analisar e compreender a
prática do professor da educação infantil que utiliza dos cantinhos pedagógicos uma
metologia de intervenção. Esse estudo se desenvolveu numa abordagem qualitativa e como
instrumentos de coletas de dados foram utilizados a observação direta e o questionário para
as professoras regentes de um Centro de Educação Infantil na capital do Paraná. Os dados
coletadas foram organizados e analisadas utilizando do aporte teórico descrito por: Brock,
Dodds e Jarvis (2011), Craidy e Kaercher (2001), Horn (2004) e Sampaio (1989). Os
resultados percebidos após a análise dos dados o viabilizaram o entendimento da
organização dos cantos e a justificativa da escolha desta estratégia de intevençãoo junto aos
alunos de Educação Infantil.
Palavras Chave: Cantinhos Pedagógicos, Educação Infantil, Pesquisa.
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Introdução
A criança da Educação Infantil vive um momento único, de interação com as pessoas,
e as coisas do mundo, atribui significado para suas experiências e para os fatos que a cerca.
Esse processo de experiências faz com que as crianças vivenciem momentos em que
predominam o sonho, a fantasia, a afetividade, a brincadeira e as manifestações de caráter
subjetivo. Por tais razões, as instituições de Educação Infantil são indispensáveis, por serem
espaços educativos para a construção do “eu”, isto é utiliza de diferentes estratégias que
proporcionem a autonomia por meio do trabalho pedagógico que orienta as crianças para suas
escolhas. Há professores que vivenciam e resistem às mudanças, enfatiza o cuidar, centraliza
em si as ações, não possibilita o processo de ensino- aprendizagem contextualizada e lúdica.
O trabalho de investigação que se realizou, propõe compreender a prática do professor
quando este utiliza dos cantinhos pedagógicos como uma estratégia de aprendizagem, nesse
cenário se apresenta como objetivo os alunos como centro das ações do professor para que
desenvolvam a autonomia, a comunicação, com uma prática do professor que exige
linguagem e organização como recursos imprescindíveis para o desenvolvimento destas
crianças atendidas pela Educação Infantil.
A preocupação com a organização deve ser constante, em relação aos espaços e
recursos necessários para que o ambiente transmita harmonia, convide as crianças para
interagir, por meio do brincar e ao mesmo tempo garanta que a criança sinta que faz parte
deste espaço. Pois o ambiente de aprendizagem influência as condutas das crianças e no
desenvolvimento das mesmas.
Nesta perspectiva questiona-se: Porque não há mobilidade didática na pratica da sala
de aula proposta pelas atividades desenvolvidas pelas educadoras de um Centro de Educação
Infantil?
Para buscar dados que possibilite a análise desta situação de conflito, traçamos os
objetivos que nos auxiliarão nas análises do campo empírico.
a- Identificar e analisar as diferentes formas que a professora utiliza para realizar o
trabalho com os cantinhos pedagógicos.
b- Identificar quais são as práticas que o professor lança quando utiliza dos cantinhos
pedagógicos como um recurso didático para o processo de interação dos alunos.
c- Compreender a dinâmica da sala de aula e sua organização quando o professor
utiliza os cantos pedagógicos.
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Mediante tais objetivos, temos a pretensão de conhecer, analisar e compreender a
metodologia utilizada pelos professores quando utilizam dos cantinhos pedagógicos, busca-se
perceber a coerência da teoria com a prática proposta com esta metodologia.
Uma vez que o trabalho com os cantinhos pedagógicos tem como percussor Freinet,
que traz uma proposta metodológica que enfatiza no processo de ensino-aprendizagem, a
criança como seres únicos, sem submetê-las a modelos previamente estabelecidos, e que
favorece a estruturação de sua personalidade.
A criança se desenvolve pelo ambiente, e a aprendizagem é resultado desta interação.
No entanto para a efetivação deste processo, os ambientes devem ser ricos em estímulos de
qualidade para favorecer diferentes oportunidades para a criança.
Desenvolvimento
Ao conhecer a história da Educação Infantil, temos o professor que não era visto
como um profissional da educação, defendia-se a concepção do magistério como uma
vocação, os profissionais e a sociedade acreditavam que o trabalho com crianças deveria ser
de cuidar, com a função de substituir o papel da mãe.
O século XX, foi marcado por grandes avanços, surge uma nova forma de entender a
infância
e o atendimento das crianças em espaços educativos formais, enfatizando a
organização destes espaços essêncialmente para educar as crianças.
Com o surgimento destes espaços, há necessidade de profissionais especialistas que
compreendam as características da infãncia, sua importância na construção de processos
relevantes para o resto da vida das crianças. No entanto a organização destes espaços também
precisa ser pensados bem como os conteúdos de ensino.
Esses avanços surgiram a partir de mudanças econômicas, políticas e sociais que
ocorreram na sociedade,
pela incorporação das mulheres
no mercado de trabalho,
modificando a organização das famílias.
Diante dessas mudanças constatou-se que o profissional
Infantil
que atua na Educação
deve ser qualificado, pois hoje a estes espaços não tem mais o perfil de
assistencialista (cuidadores) , sendo a formação profissional essencial para que contemple as
especificidades da educação nessa fase da vida, que consiste em um dos principais alicerces
da constituição do sujeito.
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Nesta concepção é relevante utilizar-se de uma metodologia que garanta o
desenvolvimento integral das crianças da Educação Infantil. Para tanto uma das propostas de
se trabalhar é a dos cantinhos pedagógicos, teve como percussor Célestin Freinet, que
defendia uma pedagogia como um conjunto de propostas teóricas, instrumentos e técnicas
assentadas em princípios de cooperação livre, expressão, responsabilidade, solidariedade,
comunicação e documentação, a forma de possibilitar o desenvolvimento deve ser natural,
nesta concepção surge a sua preocupação com uma educação realizada em quatro paredes,
rígida e ultrapassada, o que causa a vontade de mudança em Freinet, descrita por Sampaio
(1989, p.15):
Dentro da classe não havia nada que realmente motivasse as crianças, que
permaneciam sentadas em suas carteiras, pregadas no chão. Freinet sabia que
alguma coisa teria de ser feita. Era preciso mudar.
A preocupação para fazer uma pedagogia diferenciada, vem também com Montessori,
que defendia que uma das condições essênciais para a organização de uma proposta é de
permitir as manifestações livres das crianças, em primeiro lugar. Ao contrário destas
concepções, os principais objetivos da metodologia Freniana é de propor atividades
espontâneas e o trabalho acontece em espaço onde os alunos se movimentassem com
liberdade na escolha de tarefas a serem realizadas.
Sob essa ótica, a organização do espaço considera a criança em sua relação com os
objetos e o meio. Por isso, os materiais devem ser especialmente construídos e selecionados, a
fim de desenvolver todos os sentidos e todas as orientações as quais refletiam a vida cotidiana
das crianças. Esta metodologia evidencia-se a preocupação constante com a organização de
um ambiente onde as crianças possam descentrar da figura do adulto.
A concepção de Freinet trouxe grande influência para os centros de Educação Infantil,
onde as salas são organizadas para que haja a construção da autonomia das crianças, os
materiais são selecionados respeitando as fantasias, a ludicidade, e todos os recursos são
colocados ao alcance da criança, e a temática de cada espaço educativo corresponde a uma
competência que este deve construir no seu processo de desenvolvimento.
O ambiente de aprendizagem influência a conduta da criança, possibilita sua
imaginação. Ao professor cabe observar o “momento” como um retrato da relação
pedagógica, na qual a criança expressa seus desejos, angústias e descobertas de si e do grupo.
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Em síntese, o trabalho desenvolvido com esta concepção deve estar centrado nas
crianças e sua relação com o ambiente, e ao professor cabe o papel de ser o mediador dessa
prática para se efetivar a aprendizagem. Pois segundo Sampaio (1989, p. 188):
Também o fato de o professor não poder estar atendendo a todos ao mesmo tempo
faz com que as crianças descubram individualmente, ou em grupo, a solução para
seus problemas, favorecendo dessa forma o desenvolvimento de sua autonomia.
É necessário o professor compreender que o seu papel é proporcionar nas crianças
experiências diversificadas e enriquecedoras, afim de que elas possam desenvolver sua
autonomia, e auto-estima.
A criança precisa relacionar-se e comunicar-se com outras crianças e com os adultos,
ter a possibilidade de cooperar, compartilhar experiências e, ao mesmo tempo, necessita de
seu espaço próprio. A privacidade é necessário para reforçar o “eu” e protegê-lo, portanto, é
necessário que haja espaços para cada membro do grupo expressar-se.
Os cantinhos pedagógicos como estratégia que permite a interação das crianças umas
com as outras,
brincam juntas, e lhes são
proporcionadas momentos prazerozos e
espontâneos, a criança interpreta e assimila o mundo e suas relações.
Piaget (1978), afirma que a partir da brincadeira a criança pode demonstrar o nível
cognitivo que se encontra além de permitir a construção do conhecimento.
Já Vygotsky coloca a brincadeira como algo simplista da infância, que são influências
sociais que a criança recebe ao longo da vida.
No momento de desenvolver ações nos cantinhos pedagógicos, a interação uns com os
outros acontece a todo momento. E vemos que a brincadeira é vivenciada pelas crianças no
momento do estar nos cantinhos pedagógicos. Diante desta
constatação se evidência à
importância da brincadeira para o desenvolvimento, interação e aprendizagem.
Horn diz que (2004, p.71):
O brinquedo satisfaz as necessidades básicas de aprendizagem das crianças, como,
por exemplo, as de escolher, imitar, dominar, adquirir competência, enfim, de ser
ativo em um ambiente seguro, o qual encoraje e consolide o desenvolvimento de
normas e de valores sociais. Assim, deve haver também conexões entre
desenvolvimento e aprendizagem, considerando a diferença de linguagens
simbólicas e, conseqüentemente, a relação entre o pensamento e a ação.
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Na brincadeira a criança protagoniza as experiências que trazem e compartilham das
mesmas com os colegas enquanto vivenciam o “faz de conta”, brincam naturalmente através
de um processo de desenvolvimento para descobrir o seu ambiente, para aprender sobre o que
acontece e porque as coisas acontecem e prioritariamente para se divertir.
Por essa razão acredita-se que a brincadeira é a ferramenta mais valiosa para a
aprendizagem. Segundo Horn (2004, p.70): “O ato de brincar é tanto processo como modo;
por conseguinte, qualquer coisa pode ser realizada de maneira lúdica.”
Compreendemos que o professor deve oportunizar a brincadeira de forma lúdica para
seus alunos, estimulá-los para que se torne uma atividade prazeroza, pois o ato de brincar é
uma atividade importante no processo de desenvolvimento da criança.
As atividades lúdicas devem fazer parte das estratégias para a construção de conteúdo
especificos para as crianças da Educação Infantil, uma vez que a brincadeira é uma atividade
educativa essêncial e que faz parte da infância. É por meio das brincadeiras que as atividades
propiciam a vivência de diversas emoções e pensamentos.
É preciso, sobretudo na Educação Infantil, como nas séries iniciais do Ensino
Fundamental, dar espaço para as atividades lúdicas, pois sua influência é necessária para o
desenvolvimento da criança.
O cantinho pedagógico como uma prática para a Educação Infantil possibilita
inúmeros benefícios, sendo uma atividade de alta prioridade, estimula a criança a criar
símbolos e faz também com que e todos vivenciem o faz de conta, como também se sustenta
como uma proposta para favorecer o vínculo com o ambiente a ser explorado e a imaginação.
A sala de aula na Educação Infantil, organizada por cantinhos devem oportunizar
cantos de trabalho, que comportem um número x de alunos. É importante, ressaltar que os
materiais, os brinquedos e tudo o que será utilizado em cada canto, deverá ficar ao alcance das
crianças.
A organização dos cantinhos é de fundamental importância para que os alunos tenham
um melhor contato e possam desenvolver suas habilidades de maneira prazerosa, pois
segundo Sampaio (1989, p.187):
Essa organização do espaço em cantos mais ou menos protegidos e comportando um
número maior ou menor de crianças para cada atividade, permite a elas um
aprofundamento maior de seus contatos.
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Essa prática na sala de aula exige que a professora conversse com seus alunos sobre as
regras para a participação dos cantinhos, pois é necessário que todas as crianças participem de
todos os cantos, havendo assim um rodízio dos alunos.
Quando o professor começar desenvolver essa prática, deve orientar os alunos de
como funcionará os cantinhos e o que os alunos devem fazer. Depois de um certo tempo as
crianças já familiarizadas com as regras para participarem de todos os temas porpostos, é
natural que entre elas haja a articulação nos cantinhos não sendo mais necessário mediação
da professora, tornando assim uma atividade com maior liberdade de escolha e situações de
prazer para as crianças.
Sampaio diz que (1989, p.188): “Os cantos podem ser: da cozinha, da fantasia, da
biblioteca, da água, do jornal, da pintura, da construção, do recorte, da colagem, da
marcenaria, da tapeçaria, das bonecas etc”.
Além dos cantos criados pela professora ou até mesmo pela escola muitas vezes os
próprios alunos sugerem a construção de novos cantos. Segundo Horn (2004, p.87):
Se a professora permite às crianças a construção desses espaços, compartilhando
com os alunos as suas normas de funcionamento, certamente vínculos de confiança
serão estabelecidos. As possibilidades de múltiplas vivências permitirão o
contraponto nas idéias e nas opiniões diferentes entre as crianças, estabelecendo na
sala de aula um clima de cumplicidade.
A construção de um canto é algo sério e deve ser construído com responsabilidade,
pois nunca se deve propor um cantinho sem que a criança conheça aquela realidade, pois só
haverá sentido para a criança se o que ela estiver fazendo tiver significado para ela.
Para alcançar resultados incríveis e fazer com que as atividades se tornem prazerosas é
necessário que os cantos sejam montados de acordo com a faixa-etária dos alunos, de acordo
com o interesse deles e também deve conter materiais acessíveis a essas crianças. A criança
deve encontrar nos espaços ordem e uma atmosfera agradável e acolhedora como materiais
limpos, inteiros, em condições de uso.
No decorrer da pesquisa constatou-se como os professores desenvolvem o trabalho
com os cantinhos pedagógicos, estruturam suas rotinas revelando suas posturas pedagógicas.
Para tanto foi selecionada uma escola e uma sala de aula da Educaçao Infantil da capital do
Paraná, que se utiliza a prática dos cantos pedagógico, realizamos vinte horas de observações
diretas das práticas desenvolvidas pelos profesores.
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Com as observações, evidênciamos que o brincar faz parte da rotina das crianças, e é
um recurso para a interação dos alunos, isto acontece de forma significativa e é fundamental
a criança ter um ambiente com variados objetos, com os quais ela possa criar imaginar e
construir. Cosntatou-se também que o professor é o mediador entre as crianças, quando
estão nas práticas dos cantinhos, colocando sempre a criança como ator principal no processo
de sua aprendizagem.
Observamos que a organização do ambiente, é compoto por móveis coloridos e com
altura acessível as crianças, bem como está a orientação para o sucesso deste estraégia, o que
caracteriza o trabalho e os objetivos dos cantinhos pedagógicos, essas constatações são
positivas, mas não retratam a concepção do trabalho com os cantos na sua integral proposta,
uma vez que encontramos um despreparo dos docentes em relação a esta metodologia,
quando evidenciada momentos onde a figura do professor era centralizada.
Este aspecto foi constado ao observar que a professora organizou todos os grupos, os
materiais, a dificuldade da professora foi evidenciada
ao
propor atividades sob sua
orientação, mostrando que a teoria relacionada as suas ações não são condizentes com a
prática proposta.
Na prática pedagógica do professor junto aos cantinhos pedagógicos, é importante que
o professor faça intervenções somente em situações em que sejam necessárias para o bom
andamento das atividades, sendo um mediador do processo e não autoritário na organização
deste. O professor deve observar a movimentação das crianças, e ao mesmo tempo, dos
diferentes grupos, afim de oferecer novos recursos materias, atitudinais e procedimentares,
bem como oportunizar desafios, situações capazes de enriquecer as experiências e ampliar o
conhecimento dos alunos.
Certamente uma única investigação não é insuficiente para analisar todos as situações
de conflito que
estamos
constando,
nesse sentido delineamos novos estudos como
descentralizar a figura do professor na educação infantil,
a identificação das difrentes
metodologias possíveis para crianças, concepção de educação e escola, entre outros aspectos
metodológicos, conteúdos, avaliação, recursos etc.
Consideramos que a metodologia observada mesmo sendo uma prática comum na
Educação Infantil, não se desenvolve em sua integra, por não haver conhecimento incoporado
pelas educadoras e o modelo que o professor é o centro do processo de desnvolvimento das
crianças ainda não foi superado, dificultando a excução desta proposta.
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Por fim, a metodologia proposta por organização de cantinhos deve ser efetivada com
dois aspectos, uma a mobilidade do professsores e a adequação dos recursos propostos as
crianças com o intuito de construir sua automia.
Considerações Finais
Ao identificar e analisar as diferentes formas que a professora utiliza para realizar o
trabalho com os cantinhos pedagógicos constatou-se que há fatores limitares na sua execução,
estes identificados por um lado a não compreensão adequada por parte dos professores da
concepção da proposta desta metodologia, e por outro a insegurança destes ao organizar os
cantinhos e possibilitar às crianças a liberdade de escolher o que é de seu interesse, isso
favorece o fracasso da metodologia.
Outro aspecto a ser considerado se refere ao identificar quais são as práticas que o
professor lança mão, quando utiliza dos cantinhos pedagógicos como um recurso didático
para o processo de interação dos alunos. Neste aspecto de análise se constatou a autoridade do
professor na organização e definição dos grupos, inviabilizando a autonomia e construção de
identidade do grupo. A metodologia é entendida como uma atividade, e não como um
processo, negando seu caráter natural de possibilidade do desenvolvimento das crianças.
E o terceiro aspecto a ser considerado é em relação à compreensão e a dinâmica da
sala de aula e sua organização quando o professor utiliza os cantos pedagógicos, este processo
evidencia quando o professor planeja e organiza os cantinhos com seus objetivos, deixando de
forma secundária os interesses das crianças.
Portanto a metodologia de Freinet apresenta-se como uma opção metodológica
contextualizada, atual e útil, porém não é efetivada de forma adequada pela falta de
conhecimento teórico e por práticas instaladas na Educação Infantil que não permite que a
criança construa sua autonomia e pensamento por meio dos recursos disponíveis no ambiente,
justamente pela falta de consciência dos professores que estes não são donos dos saberes, e
não perderão suas funções de mediadores ao realizar práticas contextualizadas e de interesses
dos alunos.
REFERÊNCIAS
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BROCK, Avril. DODDS, Sylvia. JARVIS, Pam. OLUSOGA, Yinka. Brincar: Aprendizagem
para a vida. Porto Alegre: Editora Penso 2011.
CRAIDY, Carmem. KAERCHER, Gládis. Educação Infantil: Pra que te quero. Porto
Alegre: Editora Artmed, 2001.
HORN, Maria da Graça Souza. Sabores, Cores, Sons, Aromas: A organização dos espaços
na Educação Infantil. Porto Alegre: Editora Artmed, 2004.
LUDKE, Menga. ANDRÉ, Marli. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São
Paulo: Editora EPU, 1986.
SAMPAIO, Rosa Maria Whitaker Ferreira. Freinet: Evolução histórica e atualidades. São
Paulo: Editora Scipione Ltda, 1989.
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