Papel do cooperativismo no desenvolvimento local/regional Cledir A. Magri – Cresol Central Porto Alegre – 18 de outubro de 2012 ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO 1. 2. 3. 4. 5. Considerações iniciais; Cooperativismo de crédito no Brasil; Cooperativismo de crédito solidário; Cooperativismo e desenvolvimento local/regional sustentável; Alguns desafios QUAL O SIGNIFICADO DESTE SÍMBOLO? 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS... Não temos como não nos reportar ao tema do Ano Internacional das Cooperativas – “Cooperativas constroem um mundo melhor”; - Acreditamos nesta afirmação? - Como seriam nossas comunidades sem a presença das cooperativas? - Quais os aspectos que podemos considerar dentro desta análise? Como mensurar? 2. Cooperativismo de Crédito Brasileiro 05 Confederações 38 Centrais 1.273 4.825 Pontos de atendimento 56.178 Empregos diretos Singulares 02 Bancos Cooperativos 5,8 Milhões de Associados Fonte: OCB/Bacen dez/11 REGISTRADAS NA OCB = 1.047 Consolidado do Ramo Crédito Ativos: R$ 86,5 bilhões Patrimônio Líquido: R$ 15,9 bilhões Depósitos: R$ 38,1 bilhões Operações de Crédito: R$ 37,8 bilhões Fonte: Bacen_dez/11 DISTRIBUIÇÃO 3% 7% 8% 37% 46% *Pontos de atendimento = Singulares + PAC’s Fonte: OCB/Bacen dez/11 Observamos que Norte e Nordeste existe uma menor inserção do cooperativismo de crédito e com isso gera baixo acesso a programas/políticas públicas operadas pelas cooperativas – existem vazios de desenvolvimento que as cooperativas podem contribuir com a diminuição ou extinção destes vazios; Mesmo considerando este aspecto não temos como negar que o cooperativismo tem sido ferramenta fundamental para o desenvolvimento de nossas comunidades; 3. COOPERATIVISMO DE CRÉDITO SOLIDÁRIO O cooperativismo de crédito familiar e solidário tem se constituído como importante e estratégica ferramenta de democratização do acesso ao crédito e demais produtos e serviços financeiros, já que contribuem para a superação da pobreza mobilizando e representando milhares de pessoas que, historicamente, estiveram excluídos de políticas públicas de promoção ao desenvolvimento humano e da cidadania. COOPERATIVISMO DE CRÉDITO SOLIDÁRIO Sistema Cooperativo de Economia Solidária Constituídas e dirigidas por agricultores familiares e trabalhadores urbanos; Integradas através de uma Confederação, Centrais de Crédito, Bases de Serviços Regionais e Cooperativa Singulares; SISTEMAS FILIADOS SISTEMAS CONVENIADOS Alguns indicadores dos Sistemas que compõe a CONFESOL: - Associados: 286.870 Ativos: 2,5 bilhões Empréstimos: 1,9 bilhões Depósitos: 800 milhões Patrimônio de Referência: 327 milhões Cooperativas: 187 PAs: 284 Funcionários: + de 2.000 - COOPERATIVISMO DE CRÉDITO SOLIDÁRIO Levar serviços financeiros para locais que possuem pouco ou nenhum acesso é o principal foco das cooperativas. Com essa missão, corroboram para o desenvolvimento local e, paralelamente, aumentam a confiança entre os moradores, uma vez que a administração dos recursos fica sob responsabilidade da própria população beneficiada. * As cooperativas de crédito solidário caracterizando-se, como uma organização que preza pelo bem estar e pelo desenvolvimento social dos grupos que pretende atingir; * O cooperativismo de crédito é fiscalizado pelo BACEN – gera maior controle; Muitas vezes estamos nas cooperativas e só vemos.... 4. Cooperativismo e desenvolvimento local... Desenvolvimento sustentável (Veiga) - cinco elementos que o caracterizam: Social Político Cooperativismo Econômico Ambiental Identificamos esta articulação? Cultural Cooperativismo e desenvolvimento local... Cabe lembrar, ademais, que são muitas as famílias que a cada ano mudam sua condição social e econômica devido aos trabalhos desenvolvidos pelas cooperativas que, em geral, disponibilizam linhas de crédito e repasses do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) ou investem recursos próprios e linhas de crédito que estimulam a habitação rural e urbana. Na medida em que os agricultores acessam o crédito, há uma transformação em suas realidades, pois o crédito acompanhado de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) tem permitido que os cooperados ampliem sua produção e, consequentemente, sua renda, conquistando assim uma significativa melhora na qualidade de vida. CRÉDITO RURAL - 2011 % do Volume de Recursos Liberados em Custeio - 2011 Representando 13% do volume de recursos, as cooperativas “pulverizam” o crédito correspondendo a 22% dos contratos de custeio. 13% 49% 36% 2% Banco Oficiais Federais Bancos Privados Bancos Oficiais Estaduais Cooperativas de Crédito % do Número de Contratos em Custeio - 2011 Capilaridade atendendo pequenos e grandes produtores. 22% 13% 5% 60% Fonte: OCB/ Bacen Banco Oficiais Federais Bancos Privados Bancos Oficiais Estaduais Cooperativas de Crédito Fonte: OCB/ Bacen CRÉDITO RURAL Nº de contratos liberados em Custeio Cooperativismo de Crédito 253,478 260,000 237,262 235,224 240,000 221,619 220,000 200,000 185,304 180,000 153,970 160,000 140,496 140,000 120,000 142,613 122,782 102,957 100,000 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Custeio Aumento de mais de 150 mil novos contratos; 146% de crescimento no período. Fonte: OCB/ Bacen Volume liberado em Custeio Cooperativismo de Crédito 6,812 7,000 5,852 6,000 5,250 5,000 4,557 4,000 3,114 3,000 1,578 2,000 1,759 1,662 2,117 1,170 1,000 0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Custeio 2009 2010 2011 Em R$ milhões Aumento de mais de R$5,5 bilhões; Crescimento de 5,8 vezes o volume liberado. Fonte: OCB/ Bacen Por meio das cooperativas milhares de famílias acessam o PRONAF nas suas diferentes modalidades e temos certeza que o este programa atingiu o estágio atual devido a intervenção qualificada das cooperativas nas melhorias e operacionalização deste; Milhares de pequenas agroindústrias financiadas pelas nossas cooperativas – agricultor com o domínio do processo; Desenvolvimento de Programas Habitacionais com reforma e construção de milhares de casas no meio rural e urbano: - Contribui ou não com o desenvolvimento? * Recursos circulando no comércio local e regional; * Agricultor economizando; * Principal: qualidade de vida as famílias; HABITAÇÃO RURAL ANTES DEPOIS Cooperativas contribuem de forma efetiva para a diversificação da produção no meio rural mesmo com resistência de muitos agricultores; Aumentar o poder produtivo – permitir aumento da renda e consequentemente do poder de consumo; Estabelecimento de novos processos organizativos e produtivos; Re-estabelece novas relações entre as pessoas que transcendem os aspectos econômicos. Inicio do cooperativismo (processo milenar / forma nas relações); Nos últimos 10 anos temos muitas barreiras relacionadas ao marco legal do cooperativismo de crédito foram superadas o que permitiu sua expansão; Deve ser mais que uma opção econômica • • • • Cooperação que faz a diferença; O cooperativismo gera inclusão financeira, participação e oportunidades; Participação: Estímulo permanente aos sócios participarem das decisões, assembleias, conselhos, reuniões e capacitações; Cooperativismo – produção de alimentos / soberania alimentar; Onde existem cooperativas os produtos estão mais disponíveis aos cooperados e com melhores condições de acesso; As cooperativas buscam desenvolver produtos adequados as necessidades dos cooperados; Europa e Canadá: períodos de crise fortalecimento e ampliação do cooperativismo; Temos ainda cooperativas assim... 5. DESAFIOS - Cultura do cooperativismo / conteúdo escolar; - Educação financeira; - Controle social – participação efetiva dos cooperados; - Apoio do estado – ferramenta estratégica para o desenvolvimento; - As pessoas conhecerem a aderirem ao cooperativismo – expansão; - Marco regulatório; - Gestão e governança de forma eficiente; - Equilíbrio entre social, econômico, ....; - Manter fiel as origens considerando que as mudanças ocorrem e devemos acompanhá-las; - Superar problemas de ordem afetiva – relações (dado da Espanha); - Tripé: necessidade, criatividade e solidariedade; - Dar sentido ao dinheiro: o que fazemos com o dinheiro depositado na Cresol? O que a cooperativa faz com o meu dinheiro? - Desenvolvimento de projetos alternativos (bioconstrução e agroecologia) – as cooperativas devem encarar este debate não como uma visão romântica, mas de sustentabilidade; - Endividamento dos agricultores familiares. Temos que precisar melhor esta questão com estudos mais elaborados – Produção de alimentos e integradoras; - Ampliar a participação de mulheres e jovens; - ATER para nossos cooperados; - CONFIANÇA no cooperativismo (maior ativo); Dois dilemas do cooperativismo: 1) Com o passar do tempo se acaba; 2) Quando não se acaba, um pequeno grupo se apropria; Atenção... Isso não gera desenvolvimento... - A meta é somar forças... atuar de forma conjunta.... Realidade #... • “A maior loucura é fazer as mesmas coisas e esperar resultados diferentes”.... • “O risco maior é de não fazermos nada...” • Desafio.... MUITO OBRIGADO PELA ATENÇÃO [email protected] (49) 3361-4800 (49) 88382122